quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Exame de sangue que poderia diagnosticar câncer!



Teste seria capaz de distinguir o sangue de pessoas saudáveis de pacientes com câncer ou de quem está prestes a desenvolver a doença.

Cientistas da Universidade de Bradford criaram um exame simples de sangue que, em teoria, poderia ser usado para diagnosticar câncer. O teste vai capacitar médicos a descartar o câncer para pacientes que apresentam uma série de sintomas, tornando desnecessárias não apenas preocupações, mas a realização de exames caros e invasivos como biópsias.

Os primeiros estudos com o exame mostraram que ele é capaz de diagnosticar o câncer ou a eminência do desenvolvimento de câncer de cólon, de pulmão ou melanoma.

Batizado de Lymphocyte Genome Sensitivity (LGS), ele analisa linfócitos e mede o dano causado em seu DNA, através de raios ultravioletas. Os resultados mostram uma distinção clara entre pessoas saudáveis e quem tem ou tem risco de desenvolver a doença.

De acordo com Diana Anderson, professora de Bradford responsável pela pesquisa, os linfócitos são parte do sistema de defesa do corpo e, quando o organismo está combatendo um câncer, as células ficam mais frágeis. "Se expostas a raios ultravioleta, elas sofrem danos no DNA de forma mais fácil do que células saudáveis. E é dessa forma que ocorre o diagnóstico", explica.

Para verificar a hipótese, o estudo analisou amostras de 208 pessoas - 94 voluntários eram saudáveis, enquanto 114 pessoas eram pacientes em processo de diagnóstico ou tratamento. As amostras foram coletadas, anonimizadas, e, então, foram submetidas ao exame. E o diagnóstico foi feito de forma perfeita em todos os casos.

O exame deve passar por mais testes clínicos antes de sua administração ser liberada.





   Fonte: Luciana Galastri/Galileu

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Uma camisinha que mata HIV??




O preservativo é um método seguro para evitar as doenças sexualmente transmissíveis, mas não oferece uma proteção completa – falhas e infecções ainda podem ocorrer. Pensando em reduzir ainda mais estes riscos, a empresa farmacêutica australiana Starpharma desenvolveu um produto chamado Vivagel, capaz de neutralizar 99,9% dos vírus da Aids, herpes e HPV.

A substância foi recentemente aprovada pelo governo da Austrália, e uma parceria com a fabricante de preservativos Ansell promete, dentro dos próximos meses, colocar no mercado do país uma linha de camisinhas com o Vivagel incluído no lubrificante.

“Quanto maior o número de partículas virais a que se é exposto, isso tipicamente se traduz em uma chance maior de infecção”, disse a doutora Jackie Farley, executiva da Starpharma, em entrevista à rede australiana ABCNews.

Além do mercado australiano, a farmacêutica também já firmou parceria no Japão: a Okamoto, maior fabricante de preservativos do país, deve começar a produzir em breve uma linha com o gel. No Brasil, a Ansell marca presença com a marca Blowtex, portanto também tem a opção de vender camisinhas com o Vivagel por aqui.





Fonte: André Jorge de Oliveira/Galileu

Glúten - O que é isso?



Glúten é uma proteína composta pela mistura das proteínas gliadina e glutenina, que se encontram naturalmente na semente de muitos cereais, como trigo, cevada, centeio e aveia. Para algumas pessoas, a ingestão de glúten provoca danos na parede do intestino Alimentos com Glútendelgado, acarretando prejuízos para a saúde.

Qualquer receita ou produto alimentar que apresenta na sua composição algum desses alimentos, vai possuir glúten, mesmo que em pequenas quantidades.

É muito frequente surgir em determinadas embalagens de produtos alimentícios a frase: "Contém glúten". É um alerta para as pessoas intolerantes ao glúten não consumirem aquele produto.

O glúten se encontra no endosperma dos grãos de amido. A sua capacidade de absorção de água e a sua viscosidade conferem à massa de farinha as propriedades que a tornam apta para a panificação. Como subproduto na obtenção do amido, é usado no fabrico de rações e alimentos ricos em proteínas e para a produção da glutamina.

Quando ingerido em excesso, o glúten pode provocar a diminuição da produção da serotonina, o que leva a um quadro de depressão mesmo nos indivíduos que não possuem nenhum problema de hipersensibilidade a essa proteína.

O excesso de glúten também propicia o aparecimento de psoríase e de artrite psoriática.

A palavra glúten tem origem no latim, sendo que gluten significa cola, o que pode ser explicado porque o glúten é uma substância viscosa.

Intolerância ao Glúten
Por ser uma proteína de difícil digestão, é comum haver algum tipo de intolerância ao glúten, semelhante à que ocorre com a lactose do leite, embora neste caso se trate de um açúcar.

Já a doença celíaca é uma reação autoimune do organismo provocada pela ingestão de glúten. As células de defesa atacam o glúten mas ao mesmo tempo atacam também as paredes do intestino, provocando uma atrofia na mucosa intestinal que impede a absorção dos nutrientes. É uma doença crônica que exige a eliminação total do glúten na dieta por toda a vida.

Acredita-se que a doença celíaca seja desenvolvida por pessoas geneticamente suscetíveis, sendo mais comum em mulheres e aparecendo geralmente na infância, embora possa surgir em qualquer idade.

Muitas pessoas são intolerantes ao glúten e por esse motivo, o mercado de produtos alimentares sem glúten tem crescido bastante, para suprir a necessidade de pessoas que não podem ingerir alimentos com glúten.

Glúten e Obesidade
Existem dietas que excluem totalmente o glúten da alimentação, porque algumas pessoas afirmam que o glúten está diretamente relacionado com a obesidade. Existe um livro da autoria de Regina Racco intitulado Glúten e Obesidade: A Verdade Que Emagrece, onde essa ligação é feita. Apesar disso, especialistas afirmam que a eliminação total do glúten só é aconselhada a pessoas que sejam intolerantes a essa proteína.

Nutricionistas também afirmam que como o glúten está presente em muitos carboidratos, a redução do glúten na alimentação implica uma redução nas calorias e consequentemente no peso, algo que acontece em qualquer tipo de dieta, com ou sem restrição do glúten.



Fonte: Significados.com


Porque Nossa Polícia É Violenta?!






Um estudo realizado com cerca de 21 mil policiais em todo o Brasil revelou que quase 30% deles já foram vítima de abusos físicos ou morais em suas instituições – parte deles, durante o treinamento policial.
Segundo especialistas ouvidos pela BBC Brasil, a violência dentro das instituições policiais colabora para que os agentes da lei reproduzam esses abusos contra setores menos favorecidos da sociedade.

O levantamento, Opinião dos Policiais Brasileiros sobre Reformas e Modernização da Segurança Pública, foi feito por pesquisadores do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e da Secretaria Nacional de Segurança Pública entre junho e julho deste ano por meio de um questionário eletrônico.

Segundo o documento, 28% dos policiais pesquisados disseram ter sido "vítima de tortura em treinamento ou fora dele" e 60% afirmaram ter sido desrespeitados ou humilhados por superiores hierárquicos.
"Se o policial sofre com a violência internamente, ele vai reproduzi-la na sociedade", afirmou Rafael Alcadipani, especialista em estudos organizacionais da FGV.

Ele disse que é preciso entender essa cifra em um contexto policial que muitas vezes preza a violência na formação de seus agentes.

"Você precisa de alguns grupos específicos de policiais mais duros para lidar com conflitos, mas a maior parte do policiamento não vai lidar com essa realidade, eles vão lidar com desentendimentos entre vizinhos e brigas de casais, por exemplo."

Segundo a pesquisadora Camila Nunes Dias, da Universidade Federal do ABC e associada ao Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo (NEV-USP), as humilhações praticadas por superiores contra policiais podem influenciar a forma com que esses agentes lidam especialmente com as camadas menos favorecidas da sociedade.

"A violência policial não acontece só entre policiais e a sociedade civil, ela é frequente dentro da própria corporação."
"Se policiais são alvo de humilhação espera-se que alguns desses indivíduos queiram reproduzir isso com as pessoas com as quais eles lidam, sobretudo as mais vulneráveis socioeconomicamente e os egressos do sistema prisional."

Treinamento duro
O relato de abusos por todo esse contingente de policiais pode estar relacionado a treinamentos precários, mas também à falta de entendimento da profissão por parte dos policiais.

Esse é o ponto de vista do coronel José Vicente da Silva Filho, ex-secretário Nacional de Segurança Pública, professor do Centro de Altos Estudos de Segurança da PM de São Paulo e membro do fórum organizador do estudo.
Segundo ele, as escolas policiais do mundo todo adotam um ritmo intenso e bastante militarizado no processo de treinamento, no qual alguns exercícios podem até ser interpretados como abusos ou tortura.
Entre eles estão especialmente a imposição de exercícios físicos extenuantes e a privação de sono ou alimentação por períodos prolongados.

"Não há outra forma de lidar com tensão senão senti-la. Se o nível de estresse não for trabalhado, pode afetar as decisões do policial", afirmou.
"A polícia não é igual às Forças Armadas, mas as situações de estresse são tão frequentes quanto as das Forças Armadas."

Ressentimento
Para José Vicente da Silva, interpretar certas atividades intensas como abuso por decorrer de um desentendimento, fruto de uma deficiência no processo de ensino ou de compreensão do policial sobre sua própria carreira.

Ele geraria uma série de policiais ressentidos, cujo trabalho com a sociedade também seria comprometido.
Porém, também pode ser resultado de escolas de formação de baixa qualidade, onde instrutores pouco preparados impõem situações de abuso que podem até colocar em risco a integridade dos novos policiais.
Isso tenderia a acontecer principalmente em Estados onde há um volume maior de treinamento de policiais.

José Vicente Silva Filho afirmou que de fato nesses casos os abusos podem ser reproduzidos no tratamento da sociedade. Porém, segundo ele, os abusos policiais não podem ser explicados apenas por problemas de formação.
Eles estão relacionados às condições de trabalho dos policiais, que envolvem baixos salários (o maior problema, segundo 84% dos entrevistados), altas jornadas, falta de recursos e apoio médico e psicológico deficitário.

A pesquisa mostrou que essa realidade está fazendo muitos policiais se arrependerem da carreira. Entre os pesquisados, 34% disseram que sairão da polícia quando tiverem oportunidade e 38% afirmaram que teriam escolhido outra profissão se pudessem voltar no tempo.

Desmilitarização
O estudo também constatou que a maior parte dos agentes da lei entrevistados gostaria que a atividade policial fosse organizada em uma carreira única, integrada e de natureza civil.
Segundo os dados, 27% são favoráveis a uma nova polícia de caráter civil, que faça patrulhamento de ostensivo de rua e investigação. Outros 21% querem a união das polícias militar e civil em uma instituição civil.

Apenas 14% dos pesquisados disseram preferir a manutenção da estrutura atual, na qual a Polícia Militar patrulha e a Civil investiga.

Segundo Alcadipani, essa porcentagem é resultado do fato de que a maior parcela dos entrevistados era composta de policiais de nível hierárquico mais baixo. Eles estariam descontentes com o alto nível de controle de sua atividade por níveis hierárquicos mais altos.

De acordo com Alcadipani, por vezes a questão da desmilitarização é vista pela opinião pública como sinônimo de uma polícia mais aberta e mais comunitária – fatores que são essenciais, mas não estariam relacionados a uma hierarquia militar, necessária, segundo ele.

Para Dias, a discussão sobre a desmilitarização ou não da polícia diz respeito somente à eficácia da instituição. Segundo ela, antes de entrar nesse debate é preciso reduzir os casos de violência, arbitrariedade e corrupção da polícia.
"É difícil debater modelos de eficácia quando ainda temos esquadrões de extermínio integrados por policiais."



Fonte:  Luis Kawaguti/BBC Brasil