terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Adeus 2013!



Hoje é o último dia do ano. Não temos muito o que comemorar, mas muito o que lamentar. É lógico que tivemos algumas conquistas em alguns campos da sociedade, da ciência e medicina, mas aqui no Brasil tivemos muitos escândalos financeiros, muita corrupção, muita violência e muita gente inocente morrendo devido ao descaso com a saúde pública.

 Tivemos algum consolo quando chegamos a ver os mensaleiros presos, mas muita enrolação e muitos privilégios para esses ladrões de colarinho branco. Temos certeza de que se fossem presos comuns ou pobres já estariam a muito tempo cumprindo pena.

2014 está aí, mas como todos os anos, os prognósticos não são mito bons. Teremos a Copa do Mundo mas sabemos que se formos os vencedores não fará muita diferença, a não ser para o técnico e para os jogadores que ficarão com a conta bancária mais gorda, porque para o povo que pagou e vai continuar pagando a conta das reformas dos estádios não teremos muita novidade.

Teremos eleições, mas seja qual for o candidato que vencer, também não fará muita diferença para o Zé Povinho, que vai continuar sofrendo com todos os problemas sociais, com o pouco caso com a saúde pública, com novos casos de corrupção que temos certeza que já estão ocorrendo, mas que ainda não foram descobertos, com a alta da inflação, mas que certamente o governo vai dizer que está tudo sob controle, com a alta da criminalidade, com o aumento do tráfico de drogas, isso porque tem muito mau policial, político corrupto, empresários inescrupulosos envolvidos...em fim, não vai mudar muito.

Não é que sejamos pessimistas, mas essa é a triste realidade brasileira. Nada muda, pouca coisa melhora.
Meu pai sempre disse que a única coisa que nunca deixa de mudar nos lares dos brasileiros é o calendário, e eu vou ter que concordar com isso.

Mas como a esperança é a ultima que morre, vamos torcer que alguma coisa mude pra melhor nesse 2014.




Eliézer.



segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Brasil - O País da Corrupção!



De acordo com último relatório do Depen ( Departamento Penitenciário Nacional ), órgão do Ministério da Justiça, temos 0,1% de presos por corrupção no Brasil, em um total de aproximadamente 550 mil presos.

E o que é interessante neste relatório é que em alguns estados como Acre, Alagoas, Maranhão, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe, simplesmente não há nenhum preso por corrupção, o que nos leva a crer que estes estados não conhecem a corrupção ou a justiça também é corrupta.

Nestes lugares metade dos presos é por crimes contra o patrimônio (roubos e furtos comuns), 25% por tráfico de drogas, 12% por homicídios e sequestros e o restante por crimes diversos.

Essa pesquisa mostra bem a nossa realidade em não punir crimes como lavagem de dinheiro, desvio de recursos públicos, gestão fraudulenta e formação de quadrilha de colarinhos brancos.

Esse baixo índice de prisões por corrupção já é endêmico e histórico no país, pois quase sempre envolve pessoas com status ou mesmo elementos que fazem parte do próprio governo. E quando é condenado o corrupto continua rico e nunca devolve o que roubou, fazendo com que isto sirva de estímulo ao aumento da corrupção.

Luiz Carlos Valois, integrante da Associação dos Juízes para a Democracia, comentou que apesar da lei ser igual, a punição é seletiva no Brasil. Por exemplo, as cadeias estão cheias de traficantes pobres, verdadeiros bodes expiatórios, enquanto os grandes chefes do tráfico continuam circulando impunes e cercados de renomados advogados, isso quando não continuam chefiando o tráfico direto de dentro das cadeias.

Uma outra pesquisa da organização civil Transparência Nacional divulgada esta semana, mostra que dentre 177 países pesquisados, os menos corruptos são a Dinamarca e a Nova Zelãndia (nota 91). Os Estados Unidos aparecem em 19º lugar (nota 73) e o Chile em 22º lugar. O Brasil aparece em 72º lugar com nota 42. Os mais corruptos do mundo são o Afeganistão, Coréia do Norte e Somália com nota 08.

Conforme se vê essas duas pesquisas dão uma clara posição desse grande problema em nosso país, e que pelo que tudo indica vai continuar conosco em 2014.




Fonte: Célio Pezza, escritor.




Massacres na Síria - Até quando?




A morte faz parte do cotidiano das crianças na Síria.

Volto a falar do conflito na Síria. Vamos entrar em 2014 contando o número de mortos executados pelo exército do famigerado ditador Bashar al Assad.

Pelo menos 517 pessoas morreram, entre elas 151 crianças, nos bombardeios do regime sírio contra a cidade de Aleppo e sua periferia desde o dia 15 de dezembro, segundo o último boletim, divulgado neste domingo, do Observatório Sírio de Direitos Humanos. A organização informou que a maioria das crianças mortas são menores de oito anos, além de 46 mulheres e 34 rebeldes.

As tropas leais ao presidente Bashar al Assad bombardearam intensamente com helicópteros e aviões a cidade, lançando também barris com explosivos. O balanço de vítimas do Observatório abrange as vítimas fatais desde 15 de dezembro até a meia-noite de sábado.

 O organismo pediu para que a comunidade internacional atue para interromper os massacres na Síria, coisa que parece que não é importante para a ONU, se não já teria tomado uma ação que realmente impedisse essa mortandade de pessoas inocentes.

Apenas ontem, pelo menos 39 pessoas morreram, entre elas oito menores, em dois bombardeios da aviação militar do regime que atingiram um mercado e os arredores de um hospital.

Aleppo foi alvo de uma grande ofensiva dos insurgentes no final de julho de 2012 e em seguida de outras operações importantes, o que permitiu aos grupos opositores dominar amplas áreas da cidade, embora sem conseguir assumir totalmente o controle da localidade.

Até quando o mundo vai assistir esse massacre perpetrado por esse maldito ditador?




sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Internet Feudal?




O mundo comprou a ideia que a internet é revolucionária. A ideia de como ela deu poder às pessoas, permitiu que todos tivessem voz e isso faria estremecer as estruturas tradicionais de poder. A internet, afinal, criou um ambiente para livre expressão, democratizou a cultura e, ao mesmo tempo, permitiu que pequenos empreendedores ascendessem e competissem de igual para igual com gigantes. Todo mundo comprou essa ideia de nova ordem mundial.

Mas 2013 mostrou que não, a internet não é esse ambiente livre e democrático que nós pensávamos. Pelo contrário: ainda estamos na era feudal da internet, servindo e sendo controlados por poucos senhores. E a única maneira de reverter essa situação é com regulação governamental – de forma aberta, transparente e clara para equilibrar os poderes.

Quem diz isso é o escritor e pesquisador em criptografia e privacidade Bruce Schneier, que criou o conceito de internet feudal ainda no ano passado, quando nós não sabíamos que estávamos sendo sistematicamente espionados.  Schneier é um comentarista de segurança famoso – existe até um Bruce Schneier Facts -, e sua visão sobre o controle da internet me chamou a atenção. Principalmente porque faz sentido para nós, brasileiros, neste momento em que a aprovação do Marco Civil está na reta final.

Feudalismo moderno
Para Schneier, o poder está consolidado nas mãos de poucos “senhores”. “Essas empresas [Google, Facebook, Apple, Microsoft] agem conforme seu próprio interesse. Elas usam suas relações conosco para aumentar seus lucros, e às vezes os nossos gastos. Elas agem arbitrariamente. Elas cometem erros. Elas deliberadamente mudam normas. O feudalismo medieval deu aos senhores vastos poderes sobre os camponeses sem terra; e nós estamos vendo o mesmo na internet”, ele escreveu.

É a popularidade e onipresença dos “senhores da internet” que lhes dá lucro, leis favoráveis e relações com o governo – e isso torna mais fácil a manutenção do poder. “Esses senhores competem entre si. Ao passar o tempo em seus sites, fornecendo a nossa informação pessoal, estamos dando a matéria-prima para essa competição. São como servos trabalhando a terra para os senhores feudais. Se você não acredita em mim, tente recuperar os seus dados quando você sair do Facebook”, escreveu.

O cenário fica pior quando essas empresas se alinham com os governos – caso da espionagem da NSA ou mesmo a indústria de entretenimento, que tem um histórico de lobby pesado para proteger seus modelos de negócio ultrapassados.

Mas qual foi o momento em que perdemos o controle? Quando foi que começamos a viver em um feudalismo – e nem nos demos conta disso?

 Para Schneier, isso tem a ver com a maneira como a sociedade usa a tecnologia. “As taxas de adoção são diferentes. Os desorganizados, os distribuídos, os marginais, os dissidentes, os fracos, os criminosos: eles podem usar as novas tecnologias mais rapidamente.

 Quando esses grupos descobriram a internet, eles rapidamente ganharam poder”, explica. “Mas quando as instituições já poderosas finalmente descobriram como aproveitar a internet para os seus próprios benefícios, elas ganharam mais poder para ampliar.

 Essa é a diferença: os distribuídos foram mais ágeis para usar seu novo poder, enquanto os institucionalizados demoraram mais, mas usaram esse poder de forma mais eficiente”.

Para o especialista, nós estamos neste ponto agora. De um lado, os grupos descentralizados que fundaram e mantiveram a internet da maneira que é até hoje; do outro, as grandes instituições, com os governos em cima de todos, que superaram a deficiência inicial e descobriram como usar a rede para consolidar o seu poder. Quem vai ganhar a guerra?

Em busca do equilíbrio
Primeiro: precisamos de mais transparência e fiscalização. Isso pode ser feito de várias maneiras. Tribunais especiais, um poder legislativo que entenda a tecnologia (e como ela afeta o equilíbrio de poder) e uma imprensa em cima do poder público. “Precisamos saber que os poderes institucionais vão agir a favor de nossos interesses e não abusarão desse poder. Caso contrário, a democracia falha”.

A curto prazo, nós temos de ter poder sobre a tecnologia: modificar legalmente nosso hardware, software e cuidar de nossos arquivos pessoais, além de ter garantida a neutralidade de rede. Isso, segundo Schneier, limita o quanto “os senhores podem tirar vantagem de nós”. A longo prazo, porém, é preciso combater o desequilíbrio de poder.

“Os senhores têm um monte de direitos, mas poucas responsabilidades ou limites. Nós precisamos equilibrar esse relacionamento, e a intervenção do governo é a única maneira de conseguir isso.” Na Europa Medieval, lembra Schneier, o feudalismo foi extinto com a organização do Estado. E a Carta Magna, determinando responsabilidades, foi o que colocou a humanidade no caminho de um governo do povo e para o povo. “Precisamos de um processo similar para controlar os nossos senhores da internet.”




Fonte: Tatiana Dias/ Galileu.

Quem é bonito tem mais oportunidade?







Vida de gente bonita é uma moleza. Desde cedo. Segundo pesquisa das universidades de Illinois e do Texas, pessoas atraentes conseguem notas maiores na escola. E até a vida adulta, quando a beleza também conta na hora de ganhar um bom salário.

Para chegar a esta conclusão, sociólogos americanos analisaram uma série de pesquisas que mediam a influência da aparência física em vários aspectos da vida. E se deram conta que as diferenças começam cedo. No colégio, os bonitões tiravam notas mais altas que os colegas considerados mais feiosos. E ainda estavam mais propensos a conseguir um diploma universitário.

As diferenças não param por aí. Segundo economistas, mulheres lindas ganham, em média, 8% mais que as outras – e perdem até 4% se forem consideradas feias. Com os homens acontece o mesmo, mas os feios se saem ainda pior: os mais gatos têm um bônus de 4% no salário, enquanto os mais feiosinhos ganham até 13% menos.

Isso porque beleza das pessoas influencia no julgamento alheio. Por exemplo, num outro experimento, os pesquisadores entregaram a alguns homens fotos de mulheres com quem conversariam por telefone em poucos minutos. Aos olhos deles, as mais bonitas pareciam mais sociáveis e divertidas.

Pois é, a vida não é justa. Mas, se serve como consolo, outras pesquisas já mostraram que os bonitões do pedaço geralmente são mais malvados. E costumam passar os amigos e colegas para trás com mais frequência.






Fonte: Carol Castro/Superinteressante


segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

O doce que elimina as bactérias que causam cáries!




Boa notícia para quem é viciado em doces:
 Cientistas do laboratório de biotecnologia ORGANOBALANCE, de Berlim, anunciaram a criação de uma guloseima que ajuda no combate às cáries.

Ao contrário do que muita gente diz por aí, as cáries e cavidades que surgem nos dentes não são causadas pelas comidas açucaradas.
 A grande causadora é a bactéria Mutans streptococci, que é liberada na boca enquanto mastigamos. A bactéria gruda no dente e começa a liberar um ácido, que acaba estragando o esmalte que reveste o esmalte dentário.

O doce criado pela equipe do laboratório pretende destruir essa bactéria. Para isso, eles incluíram uma versão “morta” de outra bactéria, chamada Lactobacillus paracasei, na receita. Isso porque a Lactobacillus paracasei tem uma característica excelente para o propósito da invenção: ela possui uma camada açucarada que consegue “agarrar” a Mutans streptococci e a impede de grudar nos seus dentes.

Os pesquisadores afirmam que o nível da bactéria causadora da cárie caiu significativamente nos voluntários da pesquisa. É uma boa descoberta para quem não resiste a um doce, mas é bom lembrar que nada disso substitui a escovação.





Fonte: Carolina Vilaverde/Super

Ak-47 perde seu inventor!



 O inventor do famoso fuzil de assalto soviético AK-47, Mikhail Kalashnikov, morreu nesta segunda-feira (23), aos 94 anos. O anúncio foi feito pela agência de notícias oficial Itar-Tass, que citou um porta-voz das autoridades da República de Udmurtia, na região dos Urais, na Rússia. O inventor da Kalashnikov enfrentava problemas de saúde e estava internado desde novembro. Ele morreu na cidade de Izhevsk.

O trabalho de Kalashnikov para a União Soviética o imortalizou no nome da arma de fogo mais popular do planeta, usado tanto por exércitos regulares quanto por grupos armados clandestinos e rebeldes em todo o planeta. O nome AK-47 é uma combinação das iniciais do nome do fuzil, "Avtomat Kalashnikova", e o ano em que a arma começou a ser produzida, 1947.

Inspirada no fuzil de assalto alemão Sturmgewehr 44, a arma popularizou-se por causa de sua manutenção relativamente simples, por sua resistência a condições adversas, como água, areia e lama, e também por seu baixo custo.

Estima-se que 100 milhões de fuzis AK-47 estejam em uso em todo o mundo desde sua invenção, após a 2.ª Guerra.

Questionado em 2007 sobre sua contribuição para o derramamento de sangue em conflitos pelo mundo, Kalashnikov respondeu: "Eu durmo bem. São os políticos os culpados pela falta de acordo e pelo recurso à violência".





Fonte: AP e REUTERS/Estadão.

sábado, 14 de dezembro de 2013

E se a maconha fosse legalizada?




Hoje, no Brasil, é mais fácil comprar maconha do que antibiótico. Para comprar antibiótico, leva tempo, precisa marcar consulta médica, tem que ser maior de idade e responsável pelos seus atos, às vezes tem retenção de receita, registro de tudo.

 Já para comprar maconha é só sair à rua, olhar para os dois lados e encontrar alguém que tenha jeito de que sabe onde tem. Antibiótico só é vendido em locais autorizados, sujeitos a fiscalização e pagadores de imposto.

 Maconha se vende em qualquer lugar – na porta da escola, dentro da escola, na delegacia, dentro da cadeia, em qualquer rua de qualquer bairro de qualquer cidade.

Não será mais assim no Uruguai. A partir do ano que vem, no nosso vizinho ao sul, haverá regras no comércio de maconha. Menores de idade não poderão mais comprar, como podem aqui no Brasil.

 Diferentemente daqui, lá pacientes de doenças brutais como câncer, aids, esclerose múltipla e mil outros males auto-imunes, psiquiátricos e degenerativos, e que usam maconha para se tratar, terão a garantia de um remédio limpo e confiável. O governo poderá observar as consequências do uso, para elaborar políticas de saúde pública e de educação, em vez de negar-se burramente a controlar o mercado, como faz no Brasil.

O Uruguai tirou a cabeça do buraco e resolveu lidar com a questão. Isso é o mais importante em relação à aprovação da nova política de Regulación Responsable que acaba de ser aprovada pelo Senado uruguaio.
Se o sistema vai funcionar bem ou não, é cedo para saber. Tem muitas maneiras como um projeto complexo como esse pode dar errado. Mas algumas certezas eu tenho:

1. O mundo não vai acabar. Quase ninguém vai passar a fumar maconha só porque ela foi legalizada. Todas as pesquisas mostram que a proibição não evita o uso – apenas piora as consequências dele. Pode até ser que o número de usuários aumente 1% ou 2%, ou 5%, vá lá, mas quem não gosta de maconha não quer provar – e quem gosta já tem acesso. Nesse aspecto, muito pouco vai mudar.

2. Milhares de pessoas serão beneficiadas com acesso a um remédio de melhor qualidade, ou de uma substância recreativa mais segura, que cause menos dependência, que faça menos mal.

3. Traficantes ganharão menos dinheiro. E, na nossa sociedade, ter menos dinheiro é sinônimo de ter menos poder.
4. O mercado de maconha continuará existindo, mas vai mudar de mãos, pelo menos em parte. E vai para mãos mais competentes. Por que mesmo aqui no Brasil a gente acha que é uma boa ideia entregar um mercado enorme e super-lucrativo para o pior tipo de gente?

A mudança da lei no Uruguai não é solução para todos os problemas do mundo, óbvio. Continuará existindo violência e corrupção, alguns jovens continuarão tendo comportamente auto-destrutivo, a morte e a doença não foram erradicados.

 Mas o governo de lá assumiu o risco de uma decisão impopular para realmente tentar resolver o problema, em vez de apenas fingir, como faz no Brasil, que tem uma política caríssima, que incha o estado e não gera resultado algum. Precisa coragem para isso.
Coragem que nossos políticos não têm.



Fonte: Denis Russo Burgierman/Superinteressante.

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

O PT Apoia Criminosos!




O PT realizou às 11 horas desta sexta-feira um ato de desagravo aos mensaleiros condenados pelo Supremo Tribunal Federal - só aos mensaleiros petistas, claro. A manifestação aconteceu no 5º Congresso do partido, em Brasília, sob os auspícios da cúpula da legenda. É mais uma demonstração de que o partido não só tolera os crimes de seus filiados como compactua com eles.

Esta semana trouxe duas novas amostras de como o doloroso processo do mensalão não levou o partido a realizar uma correção de rumos: prestes a começar a cumprir pena na prisão, o deputado João Paulo Cunha (PT-SP) organizou um evento, em plena Câmara dos Deputados, para divulgar uma publicação em que repete os argumentos usados pelos seus advogados - e rejeitados pelo STF. Mas o ato contou com a presença de dezenas de parlamentares, inclusive o líder do PT na Câmara, José Guimarães. Não faltaram aplausos ao homem condenado a nove anos e quatro meses de prisão por desviar recursos públicos, lavar dinheiro e receber propina.

Caso ainda houvesse alguma dúvida sobre o nível de apoio oferecido pelo partido a seus condenados - se apenas uma solidariedade com criminosos arrependidos ou uma negação direta de que houve crime - o deputado Ricardo Berzoini (PT-SP), um dos apoiadores de João Paulo Cunha, esclareceu: "Nós entramos no mérito: este é um ato contrário ao que o STF praticou neste julgamento".

Na abertura do congresso do partido, nesta quinta-feira, coube ao presidente do PT o uso das palavras mais fortes na defesa dos mensaleiros. "A história vai provar que nossos companheiros foram condenados sem prova, em um processo político influenciado pela mídia conservadora", afirmou Rui Falcão, ao lado da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A própria postura de José Dirceu e José Genoino, ao se entregarem à polícia com os punhos erguidos, comprova que os mensaleiros gostaram de exercer o papel de heróis. Para a Justiça, não passam de criminosos que operaram o mais grave escândalo de corrupção da história.

O apoio é mais uma prova de que, para o PT, os interesses do partido se sobrepõem aos da sociedade. A postura petista é única: mesmo adotando graus variados de cinismo, outros partidos nunca se atreveram a tratar o crime como virtude.

 O DEM expulsou José Roberto Arruda e Demóstenes Torres, figuras-chave na legenda, assim que vieram à tona revelações graves sobre a dupla. O PMDB também baniu o deputado Natan Donadon, embora tenha agido apenas depois da prisão dele.

 No PR, a turma de Valdemar Costa Neto assumiu a culpa no caso do mensalão. O PP desconversa sobre o senador condenado Ivo Cassol. Nenhum deles adota a postura petista de transformar o erro em acerto e o criminoso em mártir.




Fonte:Gabriel Castro, de Brasília/Veja

sábado, 7 de dezembro de 2013

O Sonho de Mandela Não Se Cumpriu Por Completo!






O mundo perdeu um grande ícone da liberdade e um verdadeiro estadista. Mandela sonhava em ver um país onde houvesse igualdade racial e igualdade de direitos sociais e pagou com sua liberdade por um bom tempo.

 Quando ele foi preso, em 1962, a TV ainda era em preto e branco e a era da informática estava longe. Quando o homem foi à Lua, em 1969, só soube vagamente, pois era forçado a passar o dia quebrando pedras na prisão.

 No dia 2 de fevereiro de 1990, quando cruzou os portões da penitenciária de Victor Verster, seu último cárcere, o líder negro sul-africano Nelson Mandela via o mundo pela primeira vez depois de mais de um quarto de século. Somente umas dez pessoas o haviam visitado no período.

Mas não havia tempo a perder. Três horas após ser libertado, Mandela já discursava para 60 mil pessoas. Depois de 27 anos de prisão, o homem que se transformara em mártir assumiria imediatamente a liderança e as negociações que levaram, pela primeira vez, a maioria negra ao poder na África do Sul. Chegava ao fim a era do cruel regime racista do apartheid, de quatro décadas.

Mas o sonho de Mandela não se cumpriu totalmente. Apesar de os negros estarem no poder,  a grande maioria deles ainda vive em extrema pobreza.

 A África do Sul está longe de ter superado décadas de discriminação racial, e o legado de Mandela perde força, desbotado pela passagem do tempo, as desigualdades econômicas e as mensagens populistas dos líderes atuais.

"África do Sul é uma sombra da nação que foi sob o mandato de Mandela, a nação que triunfou sobre o apartheid e iniciou a cura das feridas", escreveu a colunista Ranjeni Munusamy, do jornal sul-africano "Daily Maverick".

"Desde 1999, a reconciliação foi enfraquecida em favor do objetivo de alcançar o poder político", acrescenta Munusamy no artigo "O final da nação de Mandela", publicado em 2012.

No entanto, como comentou a Agência Efe Lucy Holborn, investigadora chefe do Instituto de Relações Raciais de Johanesburgo, "houve alguns avanços, mas ainda há muito o que fazer no desenvolvimento social e econômico".

Na opinião de Holborn, "existe uma igualdade formal, mas não há uma igualdade real no que se refere à propriedade, à renda e a riqueza".

"Os sul-africanos continuam a se identificar por raças, em parte pelas políticas de discriminação positiva, que seguem classificando os cidadãos segundo os grupos raciais que eram usados pelo apartheid: brancos, índios, negros e mestiços".

"Muita gente lembra o papel que teve Mandela, mas na população negra cresce o sentimento que deram o perdão aos brancos e, apesar disso, seguem marginalizados".

Esse sentimento aflora em algumas ocasiões, como em 29 de maio de 2012, quando centenas de sul-africanos negros se reuniram diante uma galeria de Johanesburgo que exibia um polêmico quadro que mostrava o presidente do país e líder do CNA, Jacob Zuma, com os genitais descobertos.

"Os brancos odeiam os negros" e "Não vamos ser tratados como seres inferiores" foram algumas das mensagens deixadas pelos manifestantes, incluídos dirigentes do CNA, em alusão ao autor da obra, o artista sul-africano branco Brett Murray.

Embora a Presidência de Mandela (1994-1999) "seja vista frequentemente com filtros cor de rosa", essa visão "mascara muitos dos grandes desafios a nação tem", disse à agência Efe Piers Pigou, membro da Comissão da Reconciliação e a Verdade, dirigida pelo arcebispo emérito Desmond Tutu, prêmio Nobel da Paz em 1984.

Pigou acredita que a época de Mandela no governo foi uma espécie de "cessar-fogo", pois só se abordaram "os mais flagrantes abusos do apartheid" mas não se desenvolveu "um verdadeiro diálogo sobre a reconciliação".

Por outro lado, o CNA, partido no poder desde que Mandela ascendeu à Presidência em 1994, domina ainda o panorama eleitoral graças a sua contribuição à democracia, apesar de ter perdido apoio nos últimos pleitos devido aos escândalos de corrupção.

Um discurso que apela cada vez mais às questões raciais e sua aposta por uma "segunda transição" no país africano fez com que ativistas como Mamphela Ramphele, que lutou junto de Mandela contra o "apartheid" e que criou recentemente o partido político "Agang" (Construir), tenham acusado o CNA de trair sua herança.

Além disso, o "herói" sul-africano deixa uma disputa entre o Estado, o Centro da Memória de Nelson Mandela, seus descendentes e o próprio CNA, que disputam a gestão da lembrança de Nelson Mandela, assim como seus direitos autorais, de propriedade intelectual e de imagem.

Trata-se de um legado do qual "todos querem ter uma parte", declarou a Efe um dos fotógrafos oficiais da família Mandela.

Por ora, "sua morte reavivará sua memória, a importância de sua tarefa e sua mensagem de reconciliação", lembrou a pesquisadora do Instituto de Relações Raciais.

E vaticinou: "depois os sul-africanos voltarão para sua vida cotidiana, e continuará o desmoronamento de seu legado".




Fonte: Marcel Gascón
Em Johanesburgo / Globo


quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Vergonha Para Igreja Católica!




É realmente vergonhoso para aqueles que se dizem representar os interesses de Deus e Jesus aqui na terra os escândalos sexuais que cada vez mais aparecem na mídia.

O papa Francisco chegou até mesmo a anunciar nesta quinta-feira a criação de uma comissão no Vaticano para lutar contra o abuso de crianças na Igreja Católica e para oferecer ajuda às vítimas.

O anúncio, feito pelo arcebispo de Boston Sean O'Malley, ocorreu após um encontro entre o papa e seus oito cardeais conselheiros.

A criação da comissão se deu um dia após o Vaticano se negar a passar informações à ONU a respeito de abusos cometidos por padres, freiras e monges.
Uma das principais associações de vítimas na Itália disse que tem "pouca confiança" no Vaticano.
O papa Francisco já chegou a dizer que é vital para a credibilidade da Igreja lutar contra o abuso sexual. No começo da semana, o pontífice expressou solidariedade a vítimas de abuso sexual por padres.

Escândalo
Segundo o cardeal de Boston, a comissão será composta por especialistas e deve fornecer códigos de conduta a membros do clero. O grupo também terá de dar instruções a autoridades da Igreja e cuidar para que a seleção dos seminaristas seja mais acurada.

"Até agora, tem se focado muito na questão judicial. Mas a parte pastoral também é muito importante. O Papa está preocupado", disse O'Malley.

O cardeal disse que a comissão é parte da política do papa emérito Bento 16. O ex-pontífice é fequentemente acusado de ter feito muito pouco pelo caso.

A comissão vai manter o papa informado sobre programas de proteção a crianças e vai formular sugestões para novas iniciativas, segundo o comunicado do Vaticano.

A Igreja Católica se viu nos últimos anos em meio a inúmeros escândalos de abuso sexual por parte de sacerdotes. No começo deste ano, o Vaticano reforçou suas normas contra abuso.

O Comitê da ONU para os Direitos da Criança apresentou à Santa Sé (que é um Estado independente) um amplo questionário, pedindo detalhes de casos particulares de abuso sexual notificados ao Vaticano desde 1995.
O Vaticano se recusou a responder, alegando que os casos são de responsabilidade de Justiça dos países onde os crimes foram cometidos.

Ainda assim, espera-se que autoridades do Vaticano sejam questionadas pelo tema por parte do Comitê da ONU em janeiro.

O que deveria ter sido feito desde que começaram a aparecer denúncias de abusos era a expulsão desses sacerdotes depravados e a entrega deles para serem punidos com severidade pelas autoridades em vez de tentarem esconder esses crimes hediondos, além de reparação moral e indenizatória para as vítimas. Isso evitaria novos casos de abusos.



Artigo baseado na BBC Brasil



quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Gato ou Cachorro?




A velha história de que o cachorro é o melhor amigo do homem
tem seu fundamento científico.

Uma pesquisa divulgada pela revista amerciana New
Scientist  analisou cães e gatos em 11 categorias que incluíam inteligência,
afetividade e obediência. Em um placar
de 6 a 5, os caninos levaram a melhor.

Os cãezinhos entendem melhor os comandos
dados pelos donos, resolvem mais problemas e são mais prestativos. Já os felinos têm os sentidos mais apurados e
incomodam menos miando do que os cachorros latindo.

Apesar das vantagens caninas, os gatinhos continuam sendo os
animais estimação mais populares do mundo. São 204 milhões de felinos contra
173 milhões de caninos, em uma comparação feita entre os 10 países com o maior
número de bichos de estimação.



Fonte: Gabriela Portilho/Superinteressante

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Saiba Porque O Cigarro Mata!






Ao todo, são 5.315 substâncias (cerca de 4,7 mil nocivas) na fumaça do cigarro. O número pode chegar a 8.622 se também forem considerados os compostos presentes na folha do tabaco e os aditivos industriais. Eles são inseridos artificialmente para turbinar o cigarro em vários aspectos, como dar sabor e aroma mentolados ao fumo, diminuir a irritação (tornando a fumaça mais palatável) e potencializar os efeitos da nicotina.

Documentos da indústria tabagista comprovam que já se cogitou a adição de anti-inflamatórios, anestésicos locais e até moderadores de apetite para diminuir ou mascarar os efeitos danosos do vício. "Isso só foi descoberto depois que a Justiça dos EUA determinou que a indústria do tabaco disponibilizasse seus dados internos, incluindo relatórios de pesquisa", afirma André Luiz Oliveira, da gerência de produtos derivados do tabaco, da Anvisa.

Quando inalada, essa mistura venenosa, que inclui solventes orgânicos, ácidos, metais pesados e até mesmo materiais radioativos, prejudica demais o organismo, causando alergias, intoxicações nos pulmões, doenças cardíacas, cegueira, impotência e vários tipos de câncer.


MISTURA PESADA
Conheça os ingredientes mais sinistros do fumo:


MAIS LETAL

SUBSTÂNCIA - Nicotina

O QUE CAUSA - É considerada a substância mais mortífera do cigarro, já que é a responsável pela dependência química. Quanto mais o fumante consome cigarros, mais exposto fica a outros milhares de substâncias tóxicas.

MAIS ABUNDANTE

SUBSTÂNCIA - Monóxido de carbono

O QUE CAUSA - O mesmo gás inflamável expelido pelos escapamentos de veículos se liga às hemácias do sangue de forma permanente, impedindo o transporte eficaz de oxigênio no corpo.

MAIS RADIOATIVO

SUBSTÂNCIA - Plutônio

O QUE CAUSA - Esse metal, emissor de radiação alfa, utilizado em armas nucleares, é altamente cancerígeno, muito associado ao câncer de pulmão. Tem efeito cumulativo e a ingestão de pequenas quantidades prejudica o funcionamento dos rins.

CANCERÍGENOS

SUBSTÂNCIAS - Nitrosaminas, policíclicos e metais pesados (arsênio, cádmio etc.)

O QUE CAUSAM - São associados a cânceres de pulmão, além dos de esôfago e língua (nitrosaminas), de mama (policíclicos aromáticos) e de próstata (metais pesados).

VENENO PARA ANIMAIS

SUBSTÂNCIA - Cianeto de hidrogênio

O QUE CAUSA - Esse gás incolor, usado no combate a pragas, cupins e baratas, combina-se com o ferro da hemoglobina, bloqueando a recepção do oxigênio pelo sangue. Em alta concentração, pode matar por sufocamento químico.

Curiosidades:

- A indústria tabagista cogitou adicionar amônia (produto usado na limpeza de azulejos e corrosivo para o nariz) para potencializar o efeito da nicotina;

- O cianeto foi usado como arma química na 1ª Guerra Mundial, nas câmaras de gás da 2ª Guerra e na execução de condenados à morte nos EUA;

- O fumo está associado a 95% dos casos de câncer de pulmão e 30% de todos os outros cânceres;

- Outras substâncias radioativas, como urânio e chumbo, também estão presentes.





FONTES: Sites da Agência para Substâncias Tóxicas e Registro de Doenças dos EUA, legacy.library.ucsf.edu, inca.gov.br, cancerresearchuk.org, fiocruz.br, inca.gov.br, surgeongeneral.gov e iarc.fr.