quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Adeus 2015!




Final de ano é sempre a mesma coisa! Até já se tornou sem graça usar a frase: Adeus ano...!
Como já disse em outros anos, o que realmente muda nos lares das pessoas é apenas o calendário..
Esse ano que passou foi um dos piores que já tivemos em todos os sentidos.

Tivemos de tudo! Corrupção assolou como nunca. A polícia matou como nunca, e o pior que não foi só bandido, mas crianças, jovens, pessoas que não tinham nada que ver com o assunto.
Os políticos e empresários roubaram como nunca. Claro, não vamos generalizar, mas são poucos os políticos sérios!

Conseguiram até mesmo acabar com um rio em Minas Gerais! A culpa é de quem? Deles, é claro! Políticos e empresários inescrupulosos que só pensam no seu umbigo! E as pessoas que perderam tudo inclusive ente queridos estão até hoje lamentando, porque a mísera indenização que a Samarco está pagando não vai recuperar o que as pessoas perderam emocionalmente.

 Até mesmo para darem uma máquina de lavar para um casal de idosos que a perderam no acidente com a lama, a Samarco exigiu um laudo médico da idosa que comprovasse que ela "não poderia torcer roupa"! Dá pra acreditar nisso??!!

Tivemos políticos e empresários presos, mas será que vão ficar presos mesmo? Acho que nenhum deles está em presídio comum. E tem muitos que deveriam estar presos! Só no Brasil o presidente do Congresso é um corrupto e mesmo assim a lei protege um salafrário desses!

A saúde está um caos! E isso já ocorre a anos! Microcefalia, dengue, zika vírus...alguma outra doença que esqueci?
Até no mundo do esporte tivemos escãndalos, tanto a nível nacional como mundial.

A nível mundial a coisa foi pior ainda! Mais de um milhão de imigrantes irregulares e refugiados chegaram à Europa por terra e por mar até agora neste ano. A maioria, cerca de 816.000, entrou pela Grécia a partir da Turquia, segundo o último balanço (até 21 de dezembro) da Organização Internacional de Migrações (OIM) e da Agência da ONU para os refugiados (ACNUR).

 Uma de cada duas pessoas que utilizaram essa via de entrada irregular era refugiada síria fugindo do conflito em seu país e 20%, cidadãos afegãos. Em 2015, mais de 3.600 pessoas morreram tentado alcançar a Europa.

Tudo isso para poder fugir da guerra em seus países! Guerra civil na Síria que já dura desde janeiro de 2011 com a morte de mais de 200 mil pessoas, sendo que 27% desse número são de crianças!
No Afeganistão o Talibã impondo suas leis com a matança da população assim como o Estado Islamico que pratica o terrorismo além do Oriente Médio, levando o medo para a Europa e Estados Unidos.
Claro que tivemos fatos positivos em 2015. Mas foram poucos! O que aconteceu de negativo suplantou  e muito o que houve de positivo.

E pelo andar da carruagem, 2016 vai ser muito pior! Esperança de melhora? Tenho sim! Mas como disse o próprio Jesus Cristo: A solução não é desta fonte!





Eliézer.





















segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

A verdadeira história do Ano Novo!





A sensação é poderosa. No dia 31 de dezembro você sabe que um ano zero-quilômetro vai tomar o lugar do velho, que já deu tudo o que tinha que dar. Hora de todo mundo se reunir para ver fogo no céu, muitos fazerem oferendas, pular 7 ondinhas, abraçar qualquer estranho que estiver por perto. É a maior festa pagã da humanidade. A grande celebração ao ciclo da vida, que agora recomeça.

Mas espera um pouco. Que ciclo? Que recomeço? A geometria da vida é implacavelmente reta: você fica mais velho a cada virada de ano e pronto. Não acontece nada de sobrenatural na meia-noite do dia 1º. Concorda? Se você pensou "concordo", provavelmente está mentindo. Para si mesmo, até. A ilusão de que as viradas de ano significam algo - algo grande e bom - é universal. E é graças a ela que você está aqui, vivo.

Isso porque cada um de nós descende de alguém que sobreviveu à maior crise econômica da história. A única que teve potencial para riscar a humanidade da face da Terra. Ela aconteceu há milhares de anos, quando a única coisa que nós conhecíamos como trabalho era caçar. Às vésperas de 11000 a.C., o modo de vida dos caçadores estava no auge. O homem, àquela altura, tinha uma arma com a qual nenhum outro predador contava: a religião.

 Não exatamente aquilo que vem à nossa cabeça quando pensamos em religião, mas algo realmente abstrato: a ideia de acreditar que existe alguma coisa maior, além da vida. Isso é um instinto básico da nossa mente. E por ser algo comum a todos ele tornava as tribos mais coesas em torno dos ritos espirituais e divindades que cada uma criava. Agora, unidos, cada vez mais numerosos e habilidosos, os homens tinham virado os maiores predadores que a Terra já vira. Era um momento de euforia. Só que, como toda euforia, essa também era irracional.

A caça indiscriminada tinha diminuído a quantidade de animais selvagens disponíveis por aí. Para piorar, um mini aquecimento global fez rarear presas das boas, como bisões e mamutes (nota: daquela vez o aquecimento não foi culpa nossa, era só o fim de mais uma Era Glacial). O ponto é que a escassez de proteína animal colocou em xeque o modo de vida dos nossos avós caçadores.

Isso não aconteceu de uma tacada só no planeta todo, note bem. Naqueles dias a vida era em tribos de 100, 150 pessoas que, quando entravam em contato umas com as outras, era para guerrear. Cada uma viveu uma escassez a seu tempo. E foi mais de uma. Só que, olhando daqui de longe, a junção desses problemas esparsos pode ser vista como uma grande crise global.

Mas e para sair dessa crise? Bom, a solução foi parecida como as que se fazem hoje. O que os Bancos Centrais fizeram para aplacar a crise globol que começou em 2008 foi imprimir dinheiro (tanto lá fora como no Brasil). Em 11000 a.C. decidiram imprimir outra coisa: comida. Na terra. Cultivar sementes e esperá-las crescer era o jeito de conseguir as calorias que a caça não dava mais.

Só que aí veio uma surpresa: essa técnica, a agricultura, permitia sustentar de 10 a 100 vezes mais pessoas no mesmo espaço físico. Os que optaram por esse caminho cresceram e se multiplicaram. Mas eles só conseguiram isso porque inventaram um novo deus: o calendário.



No culto da passagem dos dias esperando as sementes darem fruto, a humanidade descobriu um ótimo método para saber as épocas certas de plantar: observar a posição das estrelas e a trajetória do Sol ao longo do ano. Fazer a leitura do céu era tão essencial para a agricultura, que povos de todos os cantos do mundo aprenderam isso mais hora menos hora. E assim dominaram algo que parecia sobrenatural: os ciclos do tempo.

 Mas pragmatismo científico nunca foi o nosso forte como espécie. E é por isso que o céu foi tratado como divindade. Só o fato de se acreditar em signos já se trata de uma herança dessa época - as 12 constelações do zodíaco são nada mais que os conjuntos de estrelas mais usados para marcar as estações do ano.

É esse mesmo impulso de divinizar as coisas que levou à felicidade instintiva de se entregar a rituais como pular 7 ondas. É esse impulso que faz a vida parecer feita de ciclos. As colheitas é que são de fato cíclicas. Ao divinizá-las, nossos ancestrais imprimiram na cultura humana a ideia de que a própria vida se renova a cada ano. E festejar essas renovações era fundamental para que continuássemos vivos. Olha só. O Ano-Novo é uma das festas para marcar o auge do frio no hemisfério norte - a outra é a festa pagã do Natal.



 Na ausência de um instinto biológico tão forte quanto o das formigas para acumular comida para o inverno, a sensação de que um evento superimportante estava para acontecer bem no meio da estação fria fazia nossos ancestrais agir exatamente como elas, economizando para ter banquetes na época de fome. E cada geração transmitiu para suas crianças que aquele era o momento mais especial do ano. Era mesmo. E ainda é. Trata-se do momento em que as pessoas comemoram a sobrevivência da espécie humana. Pelo menos até a próxima grande crise chegar. Ou ela já chegou?








Fonte: Alexandre Versignassi, Rodrigo Rezende/Sujper







domingo, 20 de dezembro de 2015

Quem lembra dos 5 jovens mortos pela polícia do Rio?


jovens fuzilados 2

Há pouco mais de duas semanas, cinco rapazes negros foram metralhados pela polícia no Rio de Janeiro. A despeito dos mais de 100 tiros disparados e de estarem desarmados, o crime sumiu do noticiário nacional. Nos dias seguintes ao homicídio houve comoção, luto nas redes sociais e manifestações na comunidade onde os jovens moravam, mas nada com a intensidade de recentes protestos ocorridos nos Estados Unidos por causa da morte de negros pelas mãos de policiais.

Um artigo publicado no Washington Post cita este crime para perguntar por que no Brasil não existe um movimento como o ““Black Lives Matter” (“Vidas Negras Importam”), criado nos EUA como reação à epidemia de assassinatos de jovens negros.

Não é possível ter uma resposta única e definitiva para este questionamento, mas a chave para entender o problema está na forma como as diferenças de privilégios entre brancos e negros foram abafadas sob o mito da democracia racial.

Se por um lado os negros foram deixados à própria sorte após a abolição da escravatura, por outro construiu-se uma oportuna exaltação do Brasil como um país mestiço.

Esta visão sobreviveu ao longo de décadas, com a falsa noção de que a inexistência de segregação institucional como nos Estados Unidos ou na África do Sul impediu que o racismo florescesse aqui.

Como “não somos racistas”, não há necessidade de implantar medidas que diminuam o abismo social entre negros e brancos. As diferenças, segundo os que recusam o racismo, são motivadas por causas socioeconômicas, nunca pelas diferenças raciais, não importa se estatísticas irrefutáveis mostrem que a maioria dos jovens vítimas de homicídios são negros.

Ao comentar a morte dos cinco jovens, o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, foi enfático ao dizer que o crime não envolveu racismo. Pode ser que ele, como político, tenha defendido esta opinião para não precisar se comprometer em resolver o problema.

Mas a fala reverbera a opinião de muita gente, inclusive negra, que ainda está imbuída das consequências de interpretações levianas do livro “Casa Grande e Senzala”, de Gilberto Freyre.

“Hoje em dia tudo é racismo”, costumam dizer enquanto criticam o sistema de cotas raciais ou minimizam ataques contra negras famosas nas redes sociais.

O que parece um comentário raso baseado em senso comum na verdade é consequência de um processo histórico de negação do racismo, fazendo com que até negros estufem o peito para dizer que não existe preconceito de cor no Brasil.

Protestos contra o extermínio dos jovens negros existem, mas entre os participantes predominam militantes dos direitos humanos ou da causa negra. O cidadão médio fica fora dessa.

Pouquíssimos políticos adotaram o problema como frente de trabalho, sinal de que combater o racismo não rende tantos votos como declarar guerra às drogas ou fiscalizar a sexualidade alheia.

Para complicar, os elevados índices de assassinatos e mortes violentas no país criaram uma espécie de letargia na população. “Brasil perdeu a sensibilidade para o absurdo”, disse o cineasta José Padilha em entrevista para Trip TV, referindo-se, de modo geral, à criminalidade no país.

Uma coisa que Padilha não comenta é que esta sensibilidade depende da cor da pele dos envolvidos. Se os cinco rapazes fuzilados fossem brancos e estivessem na zona sul, estariam até hoje nos noticiários. Saberíamos dos seus planos, haveria entrevistas com namoradas, professores, vizinhos, com direito a música de fundo para arrancar lágrimas do expectadores mais sensíveis.







Fonte: Marcos Sacramento



Uma das melhores invenções da humanidade!

A Privada.

Resultado de imagem para privada


Quando - 1596

Por quê - Permitiu o aumento da expectativa de vida nas cidades. E o mundo como o conhecemos.

Anestesia, cerveja, matemática, roda. Todas invenções da humanidade perdem importância quando se pensa em como era a vida nas grandes cidades sem o vaso sanitário. Mas não é exatamente a privada a maior invenção da história. Aqui, ela representa o verdadeiro vencedor: o saneamento básico, que nos propiciou a dádiva de não termos mais de conviver com os nossos excrementos.

 As primeiras tentativas de construir toaletes e um sistema de esgoto datam de 1.200 a.C, quando habitantes da civilização de Harappa, na atual Índia, criaram formas de encanamento por onde os dejetos eram levados a um esgoto coberto. Sofisticado, mas o primeiro vaso sanitário com descarga veio bem mais tarde, em 1596. Obra do inglês John Harington, afilhado da rainha Elizabeth 1a, a peça ganhou modificações importantes de inventores como Alexander Cummings, Joseph Bramah e Thomas Crapper, que acrescentaram detalhes como o assento e tornaram as privadas mais parecidas com as que usamos hoje.


Banheiro público no século XVIII.

 O desenho definitivo veio com a primeira privada de cerâmica, em 1885, uma criação de Thomas Twyford. E põe definitivo nisso: de lá para cá pouco mudou, se transformando num ícone do design. É reconhecido instantaneamente e não há nada a acrescentar - um efeito parecido ao que vemos hoje em produtos da Apple, reconhecidos pelo minimalismo operacional e estético.

 O vaso de cerâmica de Twyford trouxe a vantagem de facilitar a limpeza e a instalação (basta um cano de entrada de água e outro de saída de esgoto). A privada fez mais pela humanidade do que medicamentos e processos cirúrgicos. As fezes humanas carregam mais de 50 doenças transmissíveis, e uma privada pode reduzir infecções em 40%. Pense nisso quando... Bom, quando você achar melhor.





Fonte: Superinteressante




segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Só no Brasil pra acontecer esse tipo de coisa!




Cada vez mais fico convencido que o nosso país é uma verdadeira piada ao ficar atualizado com os últimos acontecimentos!

Sempre digo que não entendo muito de política, mas ao mesmo tempo procuro sempre me manter informado com o que vêm acontecendo com esse nosso pobre país.

Como é possível um sujeito hipócrita e mentiroso como Eduardo Cunha ter poder para abrir um processo de impeachment contra a presidente Dilma Roussef?

Não que eu seja a favor de Dilma, mas será que ele tem ética para exigir alguma coisa de Dilma?
Claro que muitos dirão que sou ignorante, que o que ele está fazendo está dentro da lei e que portanto a lei lhe dá esse poder.

Mas que lei porca é essa? Onde está a Justiça no Brasil? Será que ninguém pode parar um sujeito como esse? Todo mundo sabe o que ele fez e continua fazendo. E porque ele continua lá?

Outra coisa que não entra na minha cabeça são essas leis que não permitem que a justiça comum prenda parlamentares acusados de corrupção!

São leis criadas pelos próprios políticos para se protegerem e continuarem a roubar do povo brasileiro!

Voltando ao assunto de impeachment, pergunto: O que vai mudar? Vai melhorar alguma coisa?
Digamos que o processo vá adiante e Temer assuma o comando do país, vai melhorar a situação de maneira geral? Vai haver mais dinheiro para saúde e educação? Os casos de corrupção irão diminuir?
O salário mínimo vai aumentar? Os corruptos como Cunha irão para a cadeia e vão devolver o dinheiro que roubaram dos cofres públicos?

É claro que não e todo mundo sabe disso! Não vai mudar nada! Quem é empresário e rico vai continuar governando o país e se lixando se o pobre está morrendo na fila do SUS ou não; se o cidadão que trabalha e gera riqueza para esse imenso país tem um salário digno ou não; se os favelados estão morrendo pela mão da polícia ou dos traficantes! Ninguém está nem aí!

Só pobre é que vai pra cadeia! E se estamos vendo algum rico preso hoje, pode ter certeza que não é por muito tempo ou está recebendo inúmeras regalias na prisão!

Não adianta! Se o Aécio ganhasse as eleições seria a mesma coisa! A elite está sempre no poder!
Nem Dilma nem Cunha são santos! Eles são políticos e só pensam no poder! Aliás esse país é governado pelo toma-lá-da-cá!

 No Congresso em Brasilia não existem mocinhos! Se fôssemos investigar um por um sempre encontraríamos alguém com culpa no cartório!

O que importa para os partidos é o poder! Sempre o poder!

Aqui no meu Estado o governo estadual parcelou o salário dos servidores deixando muitos trabalhadores desesperados alegando que o Estado está quebrado, enquanto paga uma aposentadoria imoral para viúvas de ex-governadores e para os próprios ex-governadores!

E se perguntar para qualquer um desses ex-governadores se isso é correto, eles dirão que estão amparados pela lei e que isso é um direito adquirido. Mas então eu pergunto: Quem criou essa maldita lei? Não foram eles mesmos? Esse bando de parlamentares que entraram na política com o objetivo unicamente de se darem bem?

Porque eles tem que ganhar uma grande quantidade de benefícios enquanto um trabalhador comum não ganha nem mesmo um salário digno?

A solução seria mudar as leis mas quem deles quer mudar? Qual é o político que gostaria de abdicar dos polpudos salários que eles ganham?

Ainda bem que eu acredito em uma mudança real que vai acontecer em breve, por que se tivéssemos que esperar por alguma mudança pra melhor, não só aqui mas no mundo todo, por aqueles que governam e fazem as leis, estaríamos perdidos!

Por que esse Brasil é uma verdadeira piada!








 Por Eliézer.




Ransomware - Que bicho é esse?




Um tipo de vírus conhecido pelo termo em inglês ransomware é a forma de ameaça digital que mais cresce atualmente, alertam especialistas.

Esse tipo de vírus "sequestra" computadores, tablets e smartphones e depois exige da vítima o pagamento de um resgate para devolver os arquivos e dados que estavam armazenados no aparelho.
Um relatório publicado pelo governo australiano diz que 72% das empresas pesquisadas em 2015 enfrentaram problemas com ransomware. O índice era de apenas 17% há dois anos.

Também é um problema cada vez mais frequente entre aparelhos móveis, afirma Gert-Jan Schenk, vice-presidente da empresa de segurança online Lookout.
"Na maioria das vezes, esse vírus infecta o aparelho por meio de downloads, fingindo ser um aplicativo, o que aumenta as chances de uma pessoa clicar nele", diz Schenk.
"Para se proteger dessas ameaças, usuários precisam ter muito cuidado com os aplicativos que instalam e checar de onde eles vêm, além de ler as avaliações deixadas na loja de aplicativos e evitar baixar programas de fontes suspeitas."

A seguir, as respostas a algumas perguntas sobre o vírus:

Como ele funciona?
Como a maioria dos vírus de computador mais comuns, o ransoware chega por meio de um e-mail que ludibria o destinatário a clicar em um link ou abrir um arquivo anexado.
O vírus começa, então, a criptografar os arquivos contidos no aparelho onde foi baixado. Também bloqueia a máquina e pede um resgate - normalmente, na moeda digital bitcoin, já que é mais difícil de rastrear as transações - para devolver os arquivos.

Este valor é de normalmente uma ou duas bitcoins - o equivalente a US$ 500 (R$ 1,9 mil).
Quando este tipo de vírus surgiu, há cinco anos, era comum que o usuário recebesse uma carta de resgate disfarçada como uma notificação oficial da polícia.

A pessoa era direcionada a uma página que aparentava ser, por exemplo, do FBI, a polícia federal americana, onde havia uma falsa alegação de que imagens ilegais de crianças tinham sido encontradas na máquina e que era preciso pagar uma multa.

Hoje, este disfarce caiu em desuso, mas os pedidos de resgate continuam ocorrendo, agora de forma mais direta. A vítima tem um prazo para fazer o pagamento, senão o valor aumenta.

Há como burlar o sequestro de arquivos?
Às vezes trata-se apenas de uma ameaça vazia, mas, na maioria dos casos, o vírus de fato criptografa os arquivos, e a única forma de recuperá-los sem pagar o resgate é recorrer a cópias de segurança feitas pela vítima antes do ataque.

Neil Douglas, da empresa de segurança e tecnologia Network Roi, acaba de auxiliar um cliente em um caso assim.

"Tivemos que recuperar tudo por meio de cópias de segurança. Elas haviam sido feitas dois minutos antes da infecção, então a situação não poderia ter sido melhor, mas (o problema) acabou paralisando os sistemas do cliente por um bom tempo", ele diz.

"Você pode se arriscar a pagar o resgate, mas é como pagar a um chantagista. Só recomendamos se for a última opção, porque você não sabe se voltarão a pedir mais dinheiro e de fato livrarão sua máquina do vírus."

Alan Woodward, especialista em segurança digital, diz que o pagamento também deixa a vítima vulnerável a novos ataques.
"Assim que você paga, você entra na lista dos trouxas e, provavelmente, vai se atacado novamente", ele diz. "Você vira um alvo fácil para os criminosos."

As pessoas costumam pagar o resgate?
Apesar do conselho dado por especialistas de não pagar o resgate, muitas pessoas fazem isso - até mesmo aquelas que você menos espera.

A polícia da cidade de Tewsbury, no Estado de Massachusetts, no nordeste dos Estados Unidos, admitiu ter pago o resgate quando seu principal servidor foi sequestrado no final do ano passado.
"Ninguém quer negociar com terroristas. Ninguém quer pagar a terroristas", disse o chefe de polícia Timothy Sheehantold a um jornal local.

"Fizemos tudo que era possível. Foi uma experiência que abriu nossos olhos. Isso faz com que você sinta ter perdido o controle de tudo. Pagar o resgate em bitcoins foi o último recurso."

O ransonware é lucrativo para os criminosos porque muitas vítimas fazem o mesmo para evitar serem alvo de difamação, ou, como o departamento de polícia, precisam desesperadamente de seus arquivos.

"Algumas empresas têm contas de bitcoins só para o caso de isso acontecer com elas", diz Woodward. "Não recomendo que façam o pagamento. A única forma de lidar com isso é ter certeza de que está protegido contra vírus e fazer cópias dos arquivos."

Quem está por trás dos ataques?
"Tende a ser o crime organizado", afirma Woodward. "Eles faturam milhões com isso. É algo oportunista... Eles tentam com todo mundo."

Uma pesquisa recente da empresa de segurança Palo Alto Networks indica que uma família de ransomware conhecida como Crypto Wall gerou US$ 325 milhões para a gangue por trás dela.
"No mundo do cibercrime, o ransomware é um dos problemas mais prolíficos que enfrentamos", diz Greg Day, vice-presidente de segurança para a Europa da companhia.

"Hoje, os ataques a cartão de crédito geram muito pouco valor a cada golpe. Como resultado, o ransomware passou a ser mais usado, por garantir um valor maior por cada vítima atacada."







Fonte: Zoe Kleinman/BBC





domingo, 6 de dezembro de 2015

Chacina em Costa Barros - Parte 2

jovens fuzilados 2

Os cinco jovens fuzilados pela PM no Rio eram negros — e isso não é coincidência. 


Roberto de Souza Penha, Carlos Eduardo de Souza e Cleiton Correa de Souza tinham entre 1 e 3 anos de idade quando Cidinho e Doca emplacaram o mega sucesso “Rap da Felicidade”. Wilton Esteves e Wesley Castro Rodrigues eram um pouco mais velhos, contavam entre 5 e 10 anos. Talvez eles tenham cantado com outros contemporâneos de comunidade que morreram antes deles os versos proféticos: “Eu só quero é ser feliz / andar tranquilamente na favela onde eu nasci / e poder me orgulhar / e ter a consciência que o pobre tem seu lugar”.

Talvez cantassem este hino do funk enquanto comemoravam dentro do carro, o primeiro salário do menino Roberto, de 16 anos. Talvez sorrissem e planejassem a diversão do domingo antes de tentarem, desesperados, segundo testemunhas, colocar braços e cabeças para fora do veículo conduzido por Wilton, clamando por misericórdia aos policiais militares postados em posição de guerra na entrada da favela.

Outro verso da música ecoa: “Faço uma oração para uma santa protetora / mas sou interrompido / a tiros de metralhadora”. Não adiantou. Thiago Resende Barbosa, Marcio Darcy dos Santos, Antônio Carlos Filho, fuzilaram o carro dos rapazes com cerca de 50 tiros, no começo da favela onde viviam, em Costa Barros, zona Norte do Rio de Janeiro. A conclusão lógica é que a liberdade de ir e vir não é facultada aos jovens negros sequer na favela onde nasceram, como eternizado na canção.

Posteriormente, o policial Fabio Pizza da Silva ainda tentou fraudar a cena do fuzilamento para simular um Auto de resistência, ou seja, tentou criar um cenário de revide dos policiais a um forjado ataque das cinco vítimas com uma arma plantada debaixo do carro, multiplamente perfurado. Felizmente não deu certo. Os três assassinos e o comparsa estão presos e serão julgados. O comandante responsável pela área de atuação dos quatro policiais foi exonerado. Ok.

O Secretário de Segurança do Estado do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame se pronunciou e eximiu a Corporação Militar de responsabilidades, haja vista que em sua opinião não se trata de um problema de despreparo profissional dos responsáveis pela matança. Trata-se de um problema de caráter dos matadores.

Assim fica fácil! Difícil mesmo foi a vida dos rapazes assassinados, que nunca gozou de garantias constitucionais básicas. Difícil é a vida das famílias que precisarão administrar dores, revolta e desamparo, sem tempo para o luto, porque se fraquejarem seus mortos apenas comporão a cifra das 83 vidas de jovens negros perdidas a cada dia no Brasil. O problema da carnificina de Costa Barros é que a Polícia Militar é o braço armado do Estado, autorizado a matar, a exterminar jovens negros e pobres. Quilombolas e indígenas. Moradores de favelas, periferias, palafitas, alagados e todos os demais quartos de despejo do Brasil endinheirado e branco.

Dezenas de jovens que conseguiram ser avisados por familiares ou amigos para não voltarem para casa naquela noite porque havia ação policial no morro, agora choram e tremem, com os nervos em frangalhos. Poderia ter acontecido com eles. Pode acontecer amanhã.

É mais ou menos tácito que vivemos uma cultura de violência, como vários ex-secretários de segurança pública do Rio de Janeiro apontam a cada chacina. E que precisamos combatê-la, por suposto. Cada um fazendo uma parte, o Estado, a Polícia, a escola, o cidadão e a cidadã comuns, os meios de comunicação, de maneira integrada.

Temos conhecimento de boa parte das ações necessárias, mas não fazemos nada ou praticamente nada. Ocorre que discutir a violência, apenas, não resolve. É preciso problematizar o racismo estrutural da sociedade brasileira que gera violência e avaliza o extermínio de jovens negros, comemorado por governantes  como gols de placa. Ou alguém ousa negar que a vida desses garotos não tem valor porque são vidas de negros?






Fonte: Cidinha da Silva







quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Chacina em Costa Barros - Atirar primeiro e perguntar depois!




Wilton era o menino dos olhos da sua mãe. E da sua avó, com quem sempre dormia. Estudava contabilidade e, pela sua timidez, era raro vê-lo nas festas. Não bebia, conversava pouquinho e, com 20 anos, ainda pedia permissão para fazer planos. Assim foi no último sábado quando estacionou seu Fiat Palio branco na lanchonete onde sua mãe trabalhava de copeira e lhe disse que ia sair com os amigos, os da infância, com os que jogava videogame em casa. “Vai com Deus”, lhe disse a mulher, contente de ver o jovem na rua. Horas depois, Marcia Ferreira, de 38 anos, encontrou Wilton agonizando no volante do carro, perfurado por mais de 50 disparos de fuzil disparados por policiais. Junto com ele, jaziam banhados em sangue mais quatro amigos. Aos gritos, Márcia pediu para socorrer seu filho, mas a polícia não permitiu. Um dos agentes, assegura ela, lhe apontou um fuzil para afastá-la, e a mãe deu uns passos para trás enquanto Wilton morria, ainda com os olhos abertos. Dopada com tranquilizantes desde aquele dia, Marcia não conseguiu nem enterrar o filho nesta segunda-feira e desmaiou antes do funeral terminar. “Ele cuidava muito de mim. Quem vai cuidar de mim agora?”, pergunta a mãe antes de desabar.

A execução de Wilton, Wesley, Cleiton, Carlos Eduardo e Roberto em Costa Barros, um bairro pobre na Zona Norte do Rio, tinha todos os ingredientes para se fundir na estatística invisível dos autos de resistência no Estado do Rio de Janeiro, que justificaram, nos primeiros oito meses do ano, a morte de 459 pessoas em confronto com policiais, segundo dados do Instituto de Segurança Pública do Rio. Eles eram jovens, pobres e negros – as principais vítimas de violência no Brasil – e rodavam à noite numa favela. Mas o tiroteio teve testemunhas que denunciaram que os agentes forjaram a cena do crime colocando uma arma perto do veículo e que aquilo foi uma emboscada. “É morador! É morador!”, gritaram os rapazes antes de morrer. Quatro policiais foram presos em flagrante e a versão de que estariam se defendendo de bandidos armados se desmoronou com as primeiras conclusões da perícia, que não achou indícios de disparos vindo do interior do carro.

Diante das evidências e os 50 disparos, o secretário de Segurança Pública, José Maria Beltrame, e o governador Luiz Fernando Pezão reconheceram com celeridade incomum o erro e qualificaram o crime como “indefensível” e “abominável”. Há três anos, o 41º batalhão de Irajá, onde trabalhavam os policias presos, é o que mais mata em supostos confrontos com a polícia. Houve 67 vítimas só de janeiro a outubro deste ano. Seu comandante foi exonerado. “Temos uma polícia pouco valorizada, mal remunerada e pessimamente treinada e espera-se que um rapaz com uma pistola e uma farda dê conta de um problema social de enorme complexidade”, lamentou Antônio Carlos Costa, diretor da ONG Rio de Paz que abraçou, logística e financeiramente, a causa das família.

No subúrbio de Costa Barros, o penúltimo bairro do Rio no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), baseado na saúde, educação e dignidade dos moradores, há meninos voltando da escola sem calçado, homens surgindo dos contêineres de lixo, pequenas cracolândias e muito medo. Tanto que até os familiares, descontrolados pela dor, medem cada uma das suas palavras para não incomodar nem traficantes nem policiais ao relatar o acontecido. “Na rotina das comunidades”, conta um morador da região, “a regra é sempre ver, ouvir e calar”. Os moradores sofrem há anos com a guerra de facções, entre o Comando Vermelho e Amigos dos Amigos, para se apoderar do controle dos pontos de droga e os complexos de favelas do entorno, como o de Pedreira e o Chapadão, estão na mira do Governo para serem ocupados pelo Exército antes das Olimpíadas de 2016, como já foi feito no Complexo da Maré nas vésperas da Copa do Mundo, em abril de 2014.

O crime dos jovens mobilizou a imprensa fluminense completamente, mas ainda assim uma mesma pergunta ecoa entre os familiares e amigos das vítimas: qual seria a comoção da sociedade se os cinco mortos fossem jovens brancos da Zona Sul? “Os tiros soam diferente na favela”, responde Mônica, mãe de Cleiton, de 18 anos. “Somos muito discriminados pelo ambiente onde a gente mora. Eles eram negros, favelados, foi por isso que nossos filhos foram mortos. Temos que mostrar que aqui é como em Copacabana. Em todo ser humano de Costa Barros corre o mesmo sangue que em Copacabana. Não tem nada de diferente”, disse Mônica, entre os aplausos dos seus vizinhos. Os familiares, reunidos nesta terça-feira na comunidade, estudam agora como se organizar para que a repercussão da morte dos jovens não morra junto com eles, já na semana que vem.



A tragédia acabou também com a vida das famílias. A mãe de Wilton não voltou a trabalhar, não dorme apesar dos remédios, desmaia com frequência e perdeu completamente o olhar. O filho caçula de 15 anos ia em uma moto na frente do carro que Wilton dirigia, conseguiu fugir dos disparos e testemunhou a execução. Ele declarou que foi uma emboscada, que o carro dos policiais estaria aguardando um comboio do tráfico. O único consolo que ela tem hoje é que o caçula e a sua neta, de cinco anos, que berrou para poder acompanhar os tios naquela noite, também poderiam ter sido mortos.

Jorge Roberto, o pai de Roberto, de 16 anos, passou os últimos dias recuperando fotos do filho nas gavetas de casa. Ele, que estudou Direito e trabalhava como soldador, chora em silêncio a morte de um menino que sorria e abraçava e que naquele sábado comemorava seu primeiro salário como aprendiz em uma rede de supermercados. Mônica cumpriu a promessa que fez ao filho de sepultá-lo junto com os amigos, e aguardou durante horas a chegada do corpo que só foi enterrado após às oito horas da noite, com o cemitério fechado e os faróis de um carro como única luz. Ela tem crises constantes de queda de pressão, não consegue comer e, na terça-feira, antes da reunião com outros moradores finalizar, teve que ser atendida num posto de saúde após ser retirada aos prantos e meio desmaiada entre vários dos seus vizinhos.


Carlos Henrique, o pai de Carlos Eduardo, de 16 anos, não conseguiu, até agora, voltar a dirigir o táxi do que depende o sustento familiar. “Eu não posso atender a um cliente assim”, lamentou e reconheceu que viver uns dias de luto sem trabalhar é um luxo que sua família está longe de poder se permitir. O governador Pezão disse que os familiares podiam contar com o auxílio do Estado, mas eles ainda esperam uma ligação. “Já que ele nem veio ao cemitério, o mínimo é que nos receba, né?”, cobrou Mônica. “Eu não quero saber de dinheiro, isso não vai trazer meu filho de volta. O que eu quero é Justiça”, disse Márcia.

Nos primeiros oito meses do ano houve 459 mortes justificadas como  confrontos com policiais
O caso dos cinco jovens será alvo de um processo criminal por homicídio doloso (com intenção de matar) e fraude processual, um processo interno da PM para apurar a responsabilidade dos agentes e decidir seu destino e uma ação indenizatória que as famílias ainda devem articular, explicou João Tancredo, o advogado de casos como o desaparecimento do pedreiro Amarildo, na Rocinha, ou a morte de Claúdia, que depois de ser alvo de disparos foi arrastada durante metros por uma viatura policial. Tancredo, de terno e gravata, mas curtido na defesa de episódios de violência policial nas favelas, exortou as famílias, moradores e líderes comunitários a se mobilizarem para ter voz frente os abusos. Ele parafraseou Raul Seixas para tentar confortá-las: "Sonho que se sonha só / É só um sonho que se sonha só / Mas sonho que se sonha junto é realidade".





Fonte: Maria Martín/ El País.








terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Solidão causa doenças!

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Um novo estudo mostrou que a solidão está ligada ao mecanismo da luta ou fuga, que pode afetar a produção de glóbulos brancos, as células de defesa do organismo. Foram analisados humanos e macacos rhesus, uma espécie altamente sociável. Os novos resultados são complementos de estudos anteriores, realizados pelo mesmo grupo de cientistas.

Anteriormente, eles descobriram que a solidão também está ligada a um fenômeno que se chama resposta transcricional conservada às adversidades (CTRA, em inglês). Essa resposta é caracterizada pela maior expressão de genes envolvidos na inflamação do corpo e pela menor expressão de genes envolvidos na resposta antiviral. Isso quer dizer que as pessoas solitárias têm mais inflamações e um sistema imunológico mais fraco do que os mais sociáveis.

No estudo mais recente, foi examinada a expressão desses genes nos glóbulos brancos, ou leucócitos. O resultado não surpreendeu: os leucócitos dos humanos e macacos apresentaram os efeitos da CTRA, o que significa que eles são mais suscetíveis a doenças causadas por bactérias e vírus.

O outro efeito da solidão observado em laboratório foi o aumento no neurotransmissor norepinefrina, responsável pelo mecanismo de luta ou fuga. Esse mecanismo comanda o corpo para deixá-lo mais preparado para enfrentar situações de estresse, como uma luta ou um assalto. A norepinefrina pode estimular a produção de um tipo específico de célula: o monócito imaturo, que apresenta altos níveis de genes inflamatórios e baixos níveis de genes antivirais. Nos macacos solitários, esses genes permitiram que o vírus da imunodeficiência símia -e quivalente ao HIV -, crescesse mais rapidamente no corpo.





Fonte: Ana Luisa Fernandes/Super