sábado, 5 de novembro de 2016

Momento Poesia!

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Povo sofrido

Um país rico e bonito
Cheio de miseráveis
que poderiam ser ricos
chegando ao infinito

Um governo corrupto
Que mata de fome
a população
que ao mesmo tempo 
alimenta e enriquece
esse mesmo governo ladrão!

Vida maldita que deturpa
a felicidade do cidadão!
Que sofre inerte nas mãos
dos espertos de plantão!

Povo humilhado e sofrido
Que igual gado é jogado
de um lado para outro
Dentro de um caminhão desgovernado.

Povo sofrido e coitado
que não sabe que está
destinado a ser eternamente humilhado!



Eliézer!


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O que é amor?

O que é o amor senão 
um sentimento profundo
que toca a alma e o coração
que nos torna bobos?

O que é o amor senão 
duas pessoas que juntas
resolvem dividir problemas
angústias e felicidade?

E que a verdadeira felicidade
está justamente aí
Em um ser o apoio do outro
O esteio que todos precisamos
Para sermos pessoas felizes
E alegres?

Amor verdadeiro é isso.
é ser amigo. E dar o ombro.
Chorar e rir juntos!
Dar as mãos o tempo todo!
Não economizar beijos e carinhos
Afagar sempre a alma um do outro!

Amor verdadeiro é tudo isso!






Eliézer








Dieta vegana ou vegetariana?

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A dieta vegana, que exclui a carne ou qualquer alimento de origem animal, tem ganhado cada vez mais seguidores no mundo - a diferença entre veganos e vegetarianos é que os últimos não se alimentam de carne, mas consomem produtos de origem animal como ovos e laticínios.
Não existe um dado oficial sobre o total de veganos no Brasil, mas uma pesquisa do Ibope, em 2012, revelou que 8% da população brasileira se declarou vegetariana, ou seja mais de 15 milhões de pessoas.

A Sociedade Vegetariana Brasileira tem um programa para certificar e valorizar o mercado vegano. Recebem o selo produtos que não contêm nenhum ingrediente de origem animal e que não tenham tido contato com animais durante a fabricação.

Adotar o estilo vegano é uma escolha pessoal, mas grande parte dos seguidores atribuem a opção a questões éticas e à preocupação com o meio ambiente. E há quem cite questões de saúde.
O cantor Stevie Wonder, por exemplo, declarou ser vegano porque não gosta de comer carne. Já o ex-presidente americano Bill Clinton disse: "poderia não estar vivo se não tivesse me tornado vegano".
Como estão excluídos da dieta os derivados de animal, muitos nutrientes acabam ficando de fora e precisam ser compensados de alguma forma.

Está pensando em aderir a esse estilo de vida? Confira, a seguir, os riscos e benefícios para a saúde:
Nutrientes indispensáveis

FERRO
O ferro é fundamental para a saúde do sangue, já que ajuda a transportar o oxigênio pelo organismo. Tanto vegetarianos como veganos absorvem menos quantidade de ferro e apresentam uma concentração menor do nutriente no sangue, quando comparados com as pessoas que comem carne.
Isso porque o ferro está presente na carne, sobretudo a vermelha - veganos geralmente consomem mais ferro do que os carnívoros, mas de um tipo menos absorvido pelo organismo.

A deficiência deste nutriente pode levar à anemia, caracterizada pela fraqueza e cansaço, que afeta muitas mulheres em idade reprodutiva, inclusive carnívoras.
Para driblar essa falta, os veganos devem recorrer a outras fontes de ferro como o trigo, os cereais, as leguminosas, os vegetais verde-escuros - especialmente a couve -, e as frutas secas.

AMINOÁCIDOS
Os aminoácidos são compostos que se juntam para formar as proteínas, necessárias para quase todas as funções do organismo. As carnes e os peixes contêm todos os aminoácidos que precisamos, assim como o leite e os ovos, e por isso são chamados de proteínas completas.
Os veganos encontram nos cereais, nas castanhas e nas leguminosas as principais fontes de proteína, mas nelas a quantidade de aminoácidos é diferente em relação à encontrada na proteína animal.
Sendo assim, eles precisam variar mais a dieta para assegurar uma completa absorção dos aminoácidos.

VITAMINA D
A vitamina D é necessária para a absorção do cálcio, importante para manter os ossos fortes.
Os veganos têm níveis relativamente mais baixos dessa vitamina no sangue, comparados à população em geral, porém não a ponto de provocar raquitismo em crianças ou osteoporose em adultos.
A vitamina D está presente no óleo de peixe, nos ovos e na carne. A maior parte, contudo, provém da ação do sol na pele.
Por isso, a população é aconselhada a tomar suplemento nos meses de inverno e os veganos também precisam comer mais alimentos ricos em cálcio nesse período.

VITAMINA B12
A vitamina B12 é vital para a formação do sangue e o funcionamento do sistema nervoso - e é encontrada em carnes e peixes. Os veganos encontram outras opções: os alimentos enriquecidos como cereais, extratos de levedura e substitutos de carne.
Mesmo assim, a vitamina B12 costuma estar em falta na dieta de veganos e vegetarianos, o que foi comprovado por um estudo recente que concluiu que mais da metade dos veganos apresentam péssimos níveis dessa vitamina no sangue.
A deficiência pode causar anemia e até problemas no sistema nervoso, inclusive paralisia, mas são casos raros. Os veganos precisam buscar suprir tal falta com o uso de suplementos.

ÁCIDOS GRAXOS ÔMEGA-3
Os ácidos graxos ômega-3 são um tipo de gordura fundamental para a saúde, mas não são produzidos pelo nosso organismo e, portanto, precisam ser adquiridos através dos alimentos. A melhor fonte é o peixe, sobretudo a sardinha e o salmão.

E, como o alimento não está presente na dieta vegana, os seguidores dependem de uma fonte alternativa, a conversão do ácido linoleico em ácidos graxos ômega-3. O ácido linoleico, por sua vez, é encontrado na soja, na linhaça, nas nozes.

Ainda que os níveis sejam baixos no sangue dos veganos, não foi encontrado nenhum efeito colateral. Além disso, estudos não conseguiram comprovar o benefício de recorrer a suplementos para amenizar a carência na dieta vegana.

VITAMINA A
A vitamina A é proveniente do fígado, leite e dos ovos. Para os veganos, a solução é consumir frutas e vegetais que contenham carotenos, que são convertidos em vitamina A no organismo.
A laranja, os vegetais verde-escuros, os vegetais de folhas verde, a batata doce e a abóbora são fontes ricas em carotenos.
A deficiência da vitamina A pode afetar a visão e a imunidade, mas são improváveis de acontecer com os veganos.
As estratégias para manter uma dieta saudável

PLANEJAMENTO
Os veganos devem prestar atenção no que consomem e assegurar que estão adquirindo uma grande variedade de alimentos, entre frutas, vegetais, leguminosas, nozes e sementes. Precisam comer também alimentos enriquecidos como cereais e pães.

COMBINAÇÕES
Muitos vegetais contêm aminoácidos necessários para a formação da proteínas, como vimos anteriormente. A maioria, no entanto, possui apenas uma parte dos aminoácidos essenciais para a saúde.
A solução, então, é combinar os alimentos.
Cereais, por exemplo, são fracos em lisina porém ricos em aminoácido que contém enxofre. Já o feijão representa o contrário.
Sendo assim, feijão cozido têm a mesma proteína que uma carne.
Um dos segredos dos veganos é combinar vários tipos de alimentos para ter uma dieta rica em nutrientes

PPREPARAÇÃO DO ALIMENTO
Alguns vegetais possuem uma substância que atrapalha o sistema digestivo ao restringir que o mesmo absorva nutrientes específicos do alimento. O grão de bico é um exemplo, pois reduz a capacidade do organismo de extrair a proteína do alimento.
Existe uma dica: quando eles são cozidos, esses inibidores são desativados.

SUPLEMENTOS
Uma dieta vegana, quando bem organizada, cosegue incluir uma boa variedade de vitaminas e minerais e não vai trazer carências para quem a adota. Mas há duas exceções: a vitamina B12 e o cálcio.
Esse último, como vimos, é importante para a saúde dos ossos. Os vegetarianos recorrem ao leite e alguns veganos, no leite de soja, que muitas vezes contém cálcio.
Se a quantidade não for suficiente, os veganos podem buscar nos suplementos (seja nos alimentos enriquecidos ou em pílulas) o cálcio e a vitamina B12 necessários para complementar a alimentação.

Dieta especial
Sejam veganos ou não, existem alguns grupos (como crianças e idosos) que precisam de uma dieta especial para reunir todos os nutrientes que o organismo necessita.
Para crianças, idosos e pessoas alérgicas ou com alguma restrição alimentar, ter uma dieta completa de vitaminas e minerais é ainda mais importante que para a maioria dos adultos.
Crianças correm o risco de desnutrição, que pode provocar desordens no desenvolvimento, como o raquitismo. Já as pessoas mais velhas costumam comer menos que adultos, e então precisam garantir que o que estão comendo é suficiente.
Se forem cuidadosos, todos esses grupos podem ter uma dieta vegana e conseguir extrair os nutrientes necessários.

CRIANÇAS
As crianças têm altas necessidades nutricionais, mas elas não têm a mesma capacidade que os adultos para escolher os alimentos. Há muitos casos de desnutrição de crianças e grande parte acontece quando os pais não seguem conselhos e práticas comuns.
Mulheres que estão amamentando, por exemplo, precisam garantir que estão consumindo a quantidade suficiente de vitamina B12 para passar adiante através do leite materno.
Um estudo feito em 1999 mostrou que crianças que adotam o estilo vegano tendem a ser mais baixas e mais leves que as não-veganas. Não existem evidências, porém, de que elas sejam intelectualmente debilitadas ou que tenham a resistência afetada pela dieta.

IDOSOS
Os mais velhos têm o metabolismo mais fraco e, portanto, mais dificuldade de formar proteínas e manter os músculos.
A ajuda costuma vir da carne e dos ovos, porém fica mais difícil de ser consumida em grande quantidade a partir da dieta vegana.
Uma pesquisa revelou que o Índice de Massa Corporal cai absurdamente nos vegetarianos e ainda mais nos veganos acima de 60 anos, o que significa que os mais velhos têm dificuldade para manter os músculos quando adotam esse estilo de vida.

ATLETAS
É perfeitamente possível levar uma vida vegana, mesmo que a pessoa demande altos níveis de nutrientes, como é o caso dos atletas.
Um exemplo é a ciclista britânica Victoria Pendleton, que é medalhista de ouro e adota essa dieta.







Fonte: BBC










terça-feira, 1 de novembro de 2016

Dormir evita o envelhecimento?

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Não é que ele previna. Se você dorme bem, vai continuar envelhecendo normalmente. A questão é que, se dorme mal, os sinais de envelhecimento vão aparecer mais cedo do que deveriam. Essa conclusão veio a partir de um estudo clínico feito pela University Hospitals Case Medical Center, em Cleveland.

Participaram da pesquisa 60 mulheres entre 30 e 49 anos, sendo que metade delas tinha sono ruim. A partir de avaliações da pele em fotos, testes de exposição à radiação ultravioleta sem proteção e questionários preenchidos pelas participantes, os pesquisadores concluíram que aquelas que não dormiam o suficiente tinham aumentado os sinais de envelhecimento, como rugas, manchas e flacidez.

Além disso, a capacidade de se recuperar de queimaduras solares também era deficiente nas mulheres com privação do sono: a vermelhidão levou mais de 72 horas para sumir, uma indicação de que a inflamação não estava sendo combatida como deveria.

Provada a relação do sono com a aparência da pele, o próximo passo dos cientistas é descobrir como a falta de sono produz rugas. O cortisol, o hormônio do stress, é o principal suspeito. Quando não dormimos o suficiente, ele seria produzido excessivamente pelo corpo. Isso causaria um impacto negativo na produção de colágeno (a proteína que dá sustentação) e, assim, deixaria a pele mais flácida e enrugada. O cortisol também pode danificar o DNA das células da pele.

Pesquisas que investigaram a ligação do stress com o envelhecimento da pele também observaram que a falta de sono pode ter impacto no aumento de radicais livres.






Fonte: Alexandre de Santi

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

´Alcool+energético = cocaína.


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Vodca com energético já virou um clássico das baladas, mas pode ser uma bomba para os adolescentes. Pesquisadores da Universidade Purdue, em Indiana, EUA, fizeram testes com os cérebros de ratos adolescentes (já que não poderiam fazer o mesmo com humanos) e observaram mudanças químicas em suas massas encefálicas muito parecidas com os efeitos da cocaína.

Uma lata de energético pode ter até 10 vezes mais cafeína do que um refrigerante comum – e costuma ser procurada por adolescentes para curtir uma noitada. Já se sabia que os jovens que consumiam energético (mesmo sem misturá-lo com outras bebidas) têm mais chance de virarem consumidores de álcool quando adultos. Mas, quando o energético é tomado com álcool ainda durante a adolescência, o centro de recompensas do cérebro é alterado – e os jovens sentem mais dificuldade em lidar com substâncias prazerosas. Os efeitos podem durar até a vida adulta.

Os ratos que tomaram álcool com energético se tornaram muito mais ativos (como era de se esperar) e seus cérebros foram inundados pela proteína ΔFosB, típica de quem abusa da cocaína ou da morfina. Quando adultos, os ratinhos se tornaram muito mais resistentes à sensação de prazer da cocaína – o que pode indicar que eles procurariam doses maiores da droga.

“Tudo indica que as duas substâncias misturadas causam mudanças de comportamento e na neuroquímica do cérebro”, disse Richard van Rijn, um dos autores do estudo. “Há claramente efeitos em tomar essa mistura que não existiriam quando se toma o álcool ou o energético separadamente.”







Fonte:  Karin Hueck/Super


sábado, 1 de outubro de 2016

E segue a carnificina na Síria!

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Um ataque aéreo ao leste da cidade síria de Aleppo atingiu o maior hospital da região deixando pelo menos 10 pessoas feridas, segundo informações da instituição médica de caridade, Sociedade Sírio-Americana de Medicina.

A instituição é responsável por apoiar o hospital e afirma que ele foi atingido por bombas de barris. É a segunda vez que isso acontece em menos de uma semana - na última quarta-feira, um ataque semelhante aconteceu no mesmo local.

Também há relatos de ataques na chamada "Cidade Velha" de Aleppo pelas forças russas apoiadas pelo governo sírio. Além disso, inúmeros confrontos entre tropas oficiais e rebeldes têm acontecido nos arredores da cidade.

Forças aéreas da Rússia e da Síria retomaram os ataques ao leste da cidade, que é dominado pelos rebeldes, após uma trégua parcial que acabou no último dia 19 de setembro. As tropas do governo também lançaram uma ofensiva em solo contra os rebeldes.
A quantidade de civis mortos na guerra despertou diversos protestos internacionais.

'Bomba de cloro'
Responsável pela administração do hospital, Abu Rajan disse à imprensa local que cerca de 10 pessoas estavam nos hospital e ficaram feridas no momento em que as bombas estouraram. Os explosivos e as bombas de cloro teriam caído de helicópteros.

"Com o ataque, a UTI parou de funcionar e o concentrador de oxigênio sofreu danos graves", explicou. "Graças a Deus, pacientes não se machucaram e puderam ser transferidos para outros locais. Mas o hospital está fora de serviço."

O Ministro de Relações Exteriores da França, Jean-Marc Ayrault condenou o bombardeio ao hospital e disse que ter como alvo desses ataques instituições de saúde e suas equipes seria enquadrado como crime de guerra.

"Os responsáveis precisam ser punidos", disse ele por meio de nota. "A França está mobilizando o Conselho de Segurança para colocar um ponto final nessa tragédia inaceitável."

Aleppo costumava ser o centro comercial e industrial da Síria, mas acabou sendo dividida em duas partes desde 2012. A ONU afirma que pelo menos 400 civis, incluindo muitas crianças, foram mortas na cidade nesta semana em consequência dos ataques russos e sírios.

Confronto
Washington e Moscou continuam divididos sobre a Síria, com os americanos negando acusações russas de que estariam protegendo um grupo jihadista em sua tentativa de tirar o presidente Bashar al-Assad do poder.

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, disse que os Estados Unidos não teriam cumprido a promessa de separar o poderoso Jabhat Fateh al Sham (antigamente conhecido como Frente Nusra) de outros grupos extremistas de rebeldes mais moderados.

Já o porta-voz do departamento de Estado dos Estados Unidos, Mark Toner, disse que as alegações russas eram "absurdas". Ele explicou que os americanos não estavam atacando a al-Nusra mais porque eles haviam se misturado com grupos de civis.

Pelo menos 250 mil pessoas já morreram no conflito na síria desde que ele começou em março de 2011. O Observatório Europeu estima que esse número pode chegar a pelo menos 430 mil.
Mais de 4,8 milhões de pessoas já fugiram do país e cerca de 6,5 milhões já foram deslocadas dentro do país, segundo a ONU.






Fonte: BBC







quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Agora é Lei: Vai chover veneno nas cidades!


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Os fabricantes de agrotóxicos fizeram lobby, a Câmara dos Deputados votou, o presidente em exorcismo Michel Temer sancionou e o Diário Oficial publicou, no final do mês passado. Ficou decidido que o governo brasileiro permitirá que se jogue inseticida de aviões sobre as cidades, para controlar a população do Aedes aegypti e, com isso, conter epidemias como a zika e a dengue, que certamente voltarão a se espalhar no próximo verão. Mesmo com todos os pareceres técnicos indicando que não é uma boa ideia. Com isso, o excesso de contaminação por agrotóxicos, que já é um problema sério nas zonas rurais do Brasil, pode passar a afetar também as populações urbanas.

“É um grande retrocesso”, diz a pesquisadora Larissa Mies Bombardi, especialista em geografia agrária na USP, que está se preparando para publicar um atlas dos agrotóxicos no Brasil em setembro. “Enquanto a União Europeia já baniu a pulverização aérea inclusive nas zonas rurais, no Brasil estamos falando em legalizar em zonas urbanas.”

Larissa diz que a situação dos agrotóxicos no Brasil já era assustadora mesmo antes da nova lei. “Houve 2.181 intoxicações por agrotóxicos de crianças e adolescentes entre 2007 e 2014 no país. Além disso, 342 bebês de até 1 ano de idade foram intoxicados”, diz ela, frisando que esses números provavelmente estão imensamente subdimensionados (estima-se que a subnotificação no Brasil seja tão gigante que o número real seja 50 vezes maior). “Quando comparamos o mapa do agronegócio no Brasil com o mapa dessas intoxicações, fica óbvia a correlação. Os casos acontecem nas mesma regiões onde ocorre agricultura de larga escala, com farto uso de agrotóxicos e técnicas como a dispersão aérea”, diz.

Os dois mapas do Atlas dos Agrotóxicos deixam claro que há uma correlação entre uso de agrotóxicos e casos de intoxicação.Os dois mapas do Atlas dos Agrotóxicos deixam claro que há uma correlação entre uso de agrotóxicos e casos de intoxicação.

O problema é que a dispersão aérea é tremendamente imprecisa. Venenos atirados de um avião estão sujeitos a se espalhar de maneira imprevisível. Tanto que se recomenda que jamais se adote a técnica a menos do que 500 metros de um rio ou de uma habitação – recomendação impossível de ser cumprida numa cidade. Ainda mais se o objetivo for matar o Aedes aegypti, um inseto que vive dentro das casas de seres humanos.

Os venenos usados para controlar o aedes contêm várias substâncias bastante nocivas para a saúde, como o larvicida pyriproxyfen, o inseticida e acaricida malationa e o inseticida fenitrotiona, que já são utilizados na agricultura. As crianças brasileiras já são submetidas a taxas altas demais dessas substâncias: o Brasil é o país que mais consome agrotóxicos no mundo e tem pouquíssimo controle sobre os efeitos disso e a dispersão das substâncias na natureza. Atirá-las do céu só vai piorar o problema.

É claro que é importante e urgente controlar a população do aedes e conter as epidemias. Mas essa urgência não pode virar justificativa para colocar a população toda em risco. “Usa-se o discurso da defesa das crianças, que correm risco com a zika, para justificar a mudança na lei. Mas o agrotóxico pode ser tão nefasto à infância quanto as doenças em si”, diz a geógrafa.

A verdade é que pulverizar inseticida no país inteiro é uma tentativa de tomar um atalho para resolver uma emergência na saúde pública. “Quando na verdade sabemos que o problema é outro: falta de saneamento básico”, afirma. Quer que o aedes não infeste o país? Só tem um jeito: urbanizar, levar água encanada e esgoto tratado para todas as periferias superpopulosas do Brasil. Enquanto isso não for feito – e é viável fazer se houver um projeto nacional nessa direção – os mosquitos terão no Brasil um hábitat perfeito para se reproduzirem.






Fonte: Denis Russo Burgierman/Superinteressante






sábado, 24 de setembro de 2016

A mentira de que existe rombo na Previdência Social!

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Devido à manipulação da mídia, as pessoas estão convictas de que existe um deficit na previdência e que a reforma é necessária a urgente.

Mas… Não há deficit previdenciário! Não há rombo da previdência! O que existe é um superavit previdenciário! Chocante? Pois é. E eu, que odeio teorias da conspiração, vou te mostrar que dispenso o chapéuzinho de alumínio e faço as minhas afirmações baseada em estudos e fatos!

[Obs.: Superavit é quando você arrecada mais do que gastou.]

A professora de Economia da UFRJ, Drª Denise Gentil, demonstrou claramente em sua tese de doutorado que o Governo executa uma fraude contábil nos cálculos das receitas e despesas com a Seguridade Social. Esses cálculos são feitos de forma totalmente diferente do que diz a nossa Constituição Federal.

Como é feito o cálculo do Governo
O Governo pega a receita de contribuições previdenciárias ao INSS, que é apenas uma das fontes de receita, e deduz (subtrai) dessa receita o total dos gastos com benefícios previdenciários.

Por esse cálculo que o Governo divulga, nós teríamos ano passado (2015) um [falso] deficit de 85 bilhões de reais.

Como o cálculo deveria ser feito?
Nos artigos 194 e 195 a Constituição Federal cria o Sistema de Seguridade Social dentro do qual estão todos os benefícios previdenciários, os benefícios sociais e o amparo à saúde. Podemos chamar esse sistema de “tripé da proteção social”, que compreende Saúde, Previdência Social e Assistência Social.

[Obs.: os benefícios do INSS (ex.: aposentadorias, pensões, auxílios, etc.) estão dentro da Previdência Social.]

Para executar essa proteção social, esses artigos também definem a Receita que o Governo arrecadará e que estará vinculada a esses gastos. Ou seja, teoricamente, o dinheiro arrecadado para a Seguridade, não poderia ser gasto com outras coisas.
E quais são essas receitas?

Contribuições Previdenciárias ao INSS
Contribuição para o financiamento da seguridade social (COFINS)
Contribuição Social sobre Lucro Liquido PIS / PASEP (destinado especificamente ao seguro desemprego)
Receita de concurso de prognósticos
Antiga CPMF


O superavit previdenciário
Quando pegamos o total dessas receitas e deduzimos as despesas com Saúde, Previdência Social e Assistência Social (o tripé), inclusive as despesas com burocracia, o que existe é um SUPERAVIT.

Esse superavit é crescente, e atingiu um ponto máximo em 2012, quando tivemos 78 bilhões de reais de superavit previdenciário.

Este valor vem caindo nos últimos 2 anos por causa da recessão econômica que estamos vivendo no Brasil. Mas o superavit continua existindo e, em 2015, foi de 20 bilhões de reais.

Mas para onde está indo este dinheiro? Infelizmente, o Governo tem desviado esse superavit para gastar no orçamento fiscal. Dinheiro que deveria ser gasto na proteção social está sendo utilizado para outros fins. O que seria?

A causa real do deficit da economia brasileira
Mas qual é a causa real desse deficit? São os gastos financeiros, que são gastos com pagamento de juros. E isso é muito fácil de identificar, mas a mídia não divulga.

Quanto se gastou em 2015 com juros? 501 bilhões de reais, que corresponde a 8,5% do PIB. O que foi destinado a menos de 100 mil pessoas (provavelmente 75 mil pessoas).

Enquanto isso, a Previdência gastou 430 bilhões de reais e beneficiou diretamente mais de 27 milhões de pessoas! E se você somar essas pessoas ao número de familiares que elas têm, isso vai atingir 40 milhões de pessoas.

Que juros são esses?
 Esses juros vêm do lançamento de títulos públicos para controlar a SELIC.

[Obs.: A taxa Selic é a média de juros que o governo brasileiro paga por empréstimos tomados dos bancos. Quando a Selic aumenta, os bancos preferem emprestar ao governo, porque paga bem. Já quando a Selic cai, os bancos são "empurrados" para emprestar dinheiro ao consumidor e conseguir um lucro maior. Assim, quanto maior a Selic, mais "caro" fica o crédito que os bancos oferecem aos consumidores, já que há menos dinheiro disponível.]

O Governo estabelece um patamar (que atualmente está em 14,25%) e, para manter esse patamar de Selic, o Governo tem que controlar a liquidez da economia. Então, parte importante da dívida é feita com operações compromissadas que são lançamentos de títulos públicos que são vendidos em leilões pelo Tesouro, pelo Banco Central (títulos do tesouro) e, para controlar o câmbio também.

O Brasil paga as maiores taxas de juros, reais e nominais, do mundo.

A Desvinculação de Receitas da União (DRU)
O Governo se apropria do superavit da Seguridade Social e aplica este dinheiro em outras despesas, principalmente, o pagamento desses juros. E faz isso através da DRU - Desvinculação de Receitas da União.

A DRU nada mais é do que uma regra que estipula que 20% das receitas da União ficariam provisoriamente desvinculadas das destinações fixadas na Constituição. Com essa regra, 20% das receitas de contribuições sociais não precisariam ser gastas nas áreas de saúde, assistência social ou previdência social. Existe proposta de aumentar esta margem para 30%.

A DRU foi criada em 1994 com o nome de Fundo Social de Emergência (FSE), logo após o Plano Real. No ano 2000, o nome foi trocado para Desvinculação de Receitas da União.

Legal, né? A Constituição Federal cria uma sistema “redondinho”, bonitinho para funcionar do jeito que tem que ser a Seguridade Social. Pouco tempo depois, devido ao descontrole administrativo do Governo, criam um jeito de desassociar aquilo que é arrecadado especificamente para a Seguridade para poder gastar do jeito que quiserem.

E a culpa do rombo é da Seguridade?

Na verdade, o orçamento que é deficitário não é o orçamento da Seguridade Social. Orçamento deficitário é o orçamento fiscal do Governo! Então, o Governo vem dilapidando o patrimônio da Seguridade Social para cobrir outros gastos.

[Obs.: O orçamento fiscal inclui o que chamamos de contas primárias do governo mais as contas de juros.]
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Fonte: Alessandra Strazzi
Especialista em Direito Previdenciário






sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Elefantes - Entrando em extinção!

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Por causa da caça, a população de elefantes diminuiu 30% em sete anos


Elefantes são dos bichos mais interessantes. Eles têm uma memória incrível, se relacionam com suas famílias quase como os seres humanos, quase não têm câncer e são ótimos nadadores. Mas eles também têm algo que acende a cobiça em caçadores do mundo todo: presas de marfim. Por causa da caça, nos últimos 7 anos, a população de elefantes na África inteira diminuiu 30% - são 144 mil elefantes a menos na Terra entre 2007 e 2014.

Os números são do Great Elephant Census (ou Grande Censo de Elefantes), o maior relatório já publicado sobre o assunto - e o mais caro: custou US$ 7 milhões, tirados do bolso do cofundador da Microsoft, Paul Allen.

Em 2014, 90 cientistas e 286 outros trabalhadores sobrevoaram a África em dúzias de aviões para contar as populações de elefantes. Eles cobriram, em 10 mil horas, cerca de 500 mil km (mais do que a distância da Terra à Lua, que é de 384 mil km), e conseguiram contar 352.271 elefantes, mais da metade deles em Botswana e no Zimbábue - três países ficaram fora do censo por causa de conflitos armados: o Sudão do Sul, a República Centro-Africana e a Namíbia.

Os números encontrados são preocupantes. Antes da colonização europeia, os cientistas estimam que a África abrigava 20 milhões de elefantes - uma contagem que caiu para 1,3 milhão em 1979. De acordo com as previsões do censo, ainda vai piorar: se nada mudar, em 2025, o número de elefantes deve chegar a apenas 160 mil.

O problema é mesmo a caça em busca do marfim, um tipo de exploração violenta dos paquidermes. Segundo o censo, para conseguir as presas, os caçadores arrancam o rosto dos elefantes e deixam o resto do corpo no local para apodrecer - e isso é frequente: em apenas 2 dias, os cientistas encontraram mais de 20 carcaças em um mesmo país. São 12 carcaças para cada 100 elefantes vivos, um nível considerado insustentável para a sobrevivência de qualquer espécie.

Para salvar os elefantes, os pesquisadores alertam que não basta ter pena: os governos de países africanos e de fora do continente precisam banir todo o comércio de marfim - como o Quênia fez no início do ano. E se preocupam: "Mesmo se a caça parasse hoje, ainda demoraria décadas para as populações de elefantes se recomporem", disse David Banks, diretor do programa de conservação da natureza africana, ao The New York Times.




Fonte: Helô D'Angelo/Superinteressante

quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Quer viver mais? Leia mais!

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Quanto mais você lê, mais você vive, sugere pesquisa.
E nem precisa ser tanto assim: meia hora já ajuda!

A edição brasileira do clássico A Montanha Mágica, do alemão Thomas Mann, tem 1045 páginas. Se deu dor nas costas só de pensar em levar o catatau por aí no ônibus, saiba que, no final, o peso do conhecimento compensa. Ler te dá, em média, dois anos de vida a mais que quem passa reto pelas prateleiras, é o que revela um estudo feito por Avni Bavishi, Martin D. Slade e Becca R. Levy, do Departamento de Saúde Pública da Universidade de Yale, nos Estados Unidos.

No estudo, os pesquisadores explicam que o fenômeno acontece independente de qualquer variável. Questões de gênero, renda, educação e saúde foram todas levadas em consideração, e nenhuma alterou o resultado final. Há um detalhe, porém: só livros exerceram a influência benéfica sobre o organismo. Jornais e revistas não são tão eficientes.

Ninguém sabe, ainda, o motivo de isso acontecer. Foi analisada uma amostra de representatividade nacional com 3635 participantes. Os hábitos de leitura estavam em uma base de dados maior com informações completas sobre a saúde e rotina dos participantes. O tempo dedicado aos livros é proporcional à longevidade: ler no mínimo meia hora por dia deu aos participantes 17% menos chances de morrer nos primeiros doze anos de acompanhamento científico, passar mais tempo do que isso nas páginas garantiu 23% de vantagem.

Uma ótima explicação para o título de “imortal” conferido aos membros da Academia Brasileira de Letras (ABL) e para o fato de que o maior crítico literário do Brasil, Antônio Cândido, aos 98 anos, ainda comparece à Festa Literária Internacional de Paraty (FLIP).





Fonte:Bruno Vaiano/Galileu
















terça-feira, 13 de setembro de 2016

A juventude de hoje repete os erros do passado!


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“Os jovens estão prontos a desejar e realizar o que eles desejam. Os desejos corporais obedecem às ordens de prazer sensual, que eles são incapazes de controlar. Mas esses desejos são mutáveis, e logo eles se cansam. O que desejam, o desejam com extremo ardor, porém logo se desinteressam como a fome e a sede do doente.

Eles são apaixonados, de temperamento quente, levados por impulso, incapazes de controlar sua paixão. Mas, devido à sua ambição, não podem suportar ser menosprezados. Ficam indignados quando pensam que estão sendo injustiçados.

Eles são ambiciosos por honra, mas mais ainda por vitória. Essa juventude deseja superioridade, e vitória é uma espécie de superioridade. Seu desejo por ambos é maior do que o seu desejo por dinheiro.

Eles não são mal-humorados, mas têm índole simples, porque ainda não testemunharam muita depravação. Confiam, pois ainda não foram muitas vezes enganados. São cheios de esperança, pois a esperança está ligada ao futuro assim como a memória está ao passado. Agem de sangue quente como aqueles que estão embriagados com vinho. Além disso, ainda não experimentaram muitas falhas.

“Os jovens de hoje só querem se dar bem.”


Para esses jovens, o futuro é longo e o passado é curto. Na manhã da vida, não é possível, para eles, lembrar de nada. Mas eles têm a esperança, o que os torna fácil de enganar. E eles são mais corajosos, pois estão cheios de paixão e esperança – a primeira os impede de temer, enquanto a última os inspira com confiança, pois ninguém teme quando tem paixão no que faz, e a esperança de obter alguma vantagem inspira confiança.

Eles são ricos de espírito, pois ainda não foram humilhados pela vida nem experimentaram a força da necessidade. Além disso, têm altivez, pois se julgam dignos de grandes coisas, um sentimento que pertence a alguém que está cheio de esperança.”

Ambiciosos, mas sem ligar muito para dinheiro. Querem muito algo, mas logo depois não querem mais tanto assim. Valorizam o passado, mas preferem o futuro. Soa familiar? Só que esses “millennials”, pobres coitados, não tiveram nem um seculozinho para atravessar e quebrar as metafóricas e numéricas barreiras do tempo (e, com isso, virar alvo de tão acalorados debates e análises). Imagine só, então, um luxo como pular de um milênio para outro.

Pelo visto, isso não é necessário. E nunca foi. Que o diga o autor das linhas acima, que viveu entre 384 e 322 a.C. e atendia pelo nome de Aristóteles.


Fonte: Felipe Van Deursen

O texto na íntegra está em Retórica e é uma das obras analisadas em The Conflict of Generations in Ancient Greece and Rome, editado por Stephen Bertmen.

segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Racismo e desigualdade - Ainda existe no Brasil?


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Superada a tese da superioridade branca, restou a desigualdade. A ciência já desconstruiu conceitos que atribuíam a uma suposta inferioridade genética a origem da discriminação racial. As estruturas da sociedade, porém, ainda estão em débito com o senso de igualdade

“Juarez Macaco.” “Unesp cheia de macacos fedidos.” “Negras fedem.” As frases nas paredes de um banheiro no campus Bauru da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp), no final de julho, escancaram o racismo crônico brasileiro. O desprezo não poupa ninguém com raízes africanas. Mesmo alguém que tenha vencido a discriminação e alcançado título de docente numa universidade estadual. Aos 55 anos, Juarez Tadeu de Paula Xavier, professor do curso de Jornalismo, cravou, em entrevista à TV Unesp: “Os banheiros sempre serão porta para esses comportamentos. Mas de forma tão orquestrada assim é a primeira vez que eu vejo”.

O preconceito de raça tem raízes profundas, do tempo em que o homem habitava as cavernas. Embora sua origem tenha explicação na necessidade de defesa para garantir assim a sobrevivência, a discriminação resulta de aspectos biológicos articulados com sociais e ambientais ao longo do tempo. No século 19, quando apenas os povos europeus eram considerados civilizados, raça era considerada fundamental para definir o potencial “civilizatório” de uma nação. Segundo a teoria predominante na Europa na primeira metade do século 19, o evolucionismo social, a espécie humana é uma só, mas se desenvolveria em ritmos desiguais e passaria pelas mesmas etapas até atingir o último nível que é o da “civilização”.

No topo estaria a “civilização” europeia e na base, os povos negros e indígenas. Uma teoria criticada por considerar apenas critérios ocidentais de progresso.
A partir da independência do Brasil, em 1822, a identidade nacional foi para o centro do debate. Estudiosos estrangeiros viam o país como um laboratório racial por causa da miscigenação. O naturalista alemão Von Martius, ao defender que a trajetória social brasileira funde o branco, o negro e o índio, venceu em 1844 o concurso “Como escrever a História do Brasil”, de um recém-criado Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro.

Com o fim da escravidão, em 1888, e a proclamação da República, em 1889, é concedida igualdade jurídica a todos os brasileiros. Em 1890, é promulgado o primeiro Código Penal republicano. Quatro anos depois, o médico baiano Nina Rodrigues publica As Raças Humanas e a Responsabilidade Penal no Brasil. Sua intenção era definir critérios diferenciados de cidadania para negros e brancos.
Ganhava força o determinismo racial, teoria criada na segunda metade do século 19 por cientistas europeus. Para eles, a raça determinava as características físicas, o caráter e o comportamento dos indivíduos. A preservação de “tipos puros” seria o remédio contra a degeneração racial e social causada pela mistura de raças. Temiam as características físicas e psicológicas do mestiço, até então desconhecidas. Acreditavam que a miscigenação poderia inviabilizar o Brasil como nação.

O livro A Curva Normal (1994) tentou consolidar um suposto conceito de raça. Segundo seus autores, os norte-americanos Charles Murray e Richard Herrnstein, a inteligência seria mais generosa entre os brancos, especialmente os mais ricos. Sem fundamento científico, o trabalho remete ao pensamento da metade do século 19, aferindo os “limites” da raça negra, biologicamente incapaz de se adaptar à “civilização” que se impunha.

A ciência, no entanto, mostra que existe apenas uma raça humana: a que surgiu na África. Em 2002, pesquisadores norte-americanos, franceses e russos se dedicaram a comparar 377 partes do DNA de 1.056 pessoas provenientes de 52 populações de todos os continentes. Concluíram que 95% da diferença genética entre os seres humanos está nos indivíduos de um mesmo grupo, e que a diversidade entre as populações é responsável por menos de 5%. Ou seja, o genoma de um africano pode ter mais semelhanças com o de um norueguês do que com o de alguém que tenha nascido na África, de família negra.

A descoberta veio a confirmar que raças são populações que apresentam diferenças significativas quanto à frequência de seus genes, embora exista entre diferentes raças um grande número de genes em comum, como aqueles que formam o fígado, por exemplo, conforme explica o pioneiro da genética humana no Brasil, Oswaldo Frota-Pessoa (1917-2010).

Para ele, o conceito de raça é comparativo porque a “raciação” é um processo longo e contínuo, produzindo raças dentro de raças, é o grau de diferença entre as raças varia. E mesmo que um grupo étnico indique o conjunto de suas características culturais e genéticas, as raças não são estáticas porque representam estágios de evolução em constante mudança.

O bem da mestiçagem
O determinismo racial começou a ser descartado a partir de 1933, com a publicação de Casa Grande & Senzala, de Gilberto Freyre. O mestiço é alçado à principal marca da originalidade nacional e os símbolos étnicos negros são transformados em símbolos nacionais. Exemplo disso é o samba carioca, consagrado no país e no exterior como ícone da diversidade racial e cultural. Surgido na década de 1910, nos redutos negros dos bairros da Saúde, Gamboa e Cidade Nova, nas casas das lendárias “tias baianas”, como a famosa Tia Ciata, o samba foi ganhando espaço no Brasil e no mundo. Tanto que, em 1922, Paris recebeu o conjunto musical Oito Batutas, do qual faziam Pixinguinha e Donga – que assina ao lado de Mauro de Almeida a autoria de Pelo Telefone (1917), o primeiro samba gravado.

A obra de Freyre foi divisor de águas para o entendimento do racismo como subproduto de conflitos de classes, pondo abaixo qualquer interpretação de ordem biológica, genética ou evolucionista.
Último país a abolir a escravidão, o Brasil ainda preserva o preconceito contra afrodescendentes, embora em diversas pesquisas a maioria declare não ser racista. O racismo definido pelo cientista social Florestan Fernandes (1920-1995) como “o preconceito de ter preconceito” leva muita gente a chamar uma pessoa negra de mulata, escurinha ou moreninha.

A partir de 1989 o racismo passou a ser um crime inafiançável. A pretensa igualdade racial, porém, não se ampara no cotidiano. Os indicadores sociais também não são um atestado de fé para nossa democracia racial. O Censo do IBGE 2010 mostra que 52% da população se autodeclara negra e parda. Mas do total dos 10% mais pobres do país, 70% são negros. A renda média mensal dos que não têm instrução é de R$ 1.284 entre os brancos e R$ 1.038 entre os negros. Entre as brancas, essa média é de R$ 925, e de R$ 658, para as negras. Segundo um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em 2014 a chance de um adolescente negro ser assassinado era 3,7 vezes maior do que a de um adolescente branco.

Algumas iniciativas vêm sendo tomadas para combater o racismo. Há cinco anos foi promulgado o Estatuto da Igualdade Racial, que determina a promoção da igualdade de oportunidades. Por meio dele foi criado o Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial, para articular políticas das três esferas do governo, as cotas nas universidades e no serviço público, além da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra.

Há ainda a Lei 10.639/03, que determina o ensino da História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena nos currículos de Ensino Fundamental e Ensino Médio nas escolas. É possível que a partir do momento em que seja posta em prática, a disciplina possa contribuir com a formação de uma nova visão a respeito de nossa formação. Como a lei mal saiu do papel para a maioria das escolas, essa omissão ilustra tanto o racismo oculto brasileiro como o papel omisso do sistema educacional em suas origens.





 Fonte :  Letícia Vidor, RBA/ Pragmatismo




domingo, 11 de setembro de 2016

Uma guerra mundial dentro da Síria?

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No último sábado, o primeiro-ministro da Rússia, Dmitri Medvedev, mencionou a existência de uma "nova Guerra Fria" e questionou se o mundo estava em 1962 ou 2016.
Um dia depois, o jornal The Washington Post voltou no tempo outros 20 anos e descreveu o que ocorre hoje na Síria como uma "mini guerra mundial".

"Aviões russos bombardeiam pelo alto. Milícias iraquianas e libanesas com apoio de iranianos avançam em solo. Um grupo variado de rebeldes sírios respaldados por Estados Unidos, Turquia, Arábia Saudita e Catar tenta conter essas milícias", descreveu a publicação.
"Forças curdas - aliadas tanto a Washington como a Moscou – aproveitam o caos e expandem território. O (grupo extremista autodenominado) Estado Islâmico (EI) domina pequenos povoados enquanto a atenção se volta a outros grupos", completou.

Nem mesmo essa explicação descreve de forma completa todos os conflitos que ocorrem no tabuleiro sírio, como a complexa guerra particular da Turquia contra grupos curdos na Síria.

A tensão na Turquia entre turcos e curdos aumentou desde meados de 2015
Nos últimos dias, a artilharia turca atacou posições curdas em Aleppo, e o governo de Ancara teve que desmentir rumores sobre a entrada de tropas terrestres na Síria.

No último final de semana, enquanto autoridades dos EUA, Rússia e de outras nações reunidas em Munique (Alemanha) declararam um "cessar de hostilidades" na Síria, os EUA conclamavam a Turquia a interromper ataques em território sírio e Damasco pedia uma resposta à ONU pelo que considera uma violação de sua soberania.

Histórico
Ao menos 250 mil sírios morreram em quatro anos e meio de conflito armado, que começou com protestos antigoverno que cresceram até dar origem a uma guerra civil total. Mais de 11 milhões de pessoas tiveram que deixar suas casas, em meio à batalha entre forças leais ao presidente Bashar al-Assad e oposicionistas - e também sob a ameaça de militantes radicais do Estado Islâmico.

Os protestos pró-democracia começaram em março de 2011, na cidade de Daraa, após a prisão e tortura de adolescentes que haviam pintado slogans revolucionários no muro de uma escola.
Forças de segurança abriram fogo contra manifestantes, o que provocou mortes e alimentou a insurgência por todo o país - em julho daquele ano, centenas de milhares tomavam as ruas.

A violência se intensificou e o país entrou em guerra civil quando brigadas rebeldes foram formadas para enfrentar forças do governo pelo controle de cidades e vilas. A batalha chegou à capital, Damasco, e a Aleppo, segunda cidade do país, em 2012.
O conflito hoje é mais do que uma disputa entre grupos pró e anti Assad. Adquiriu contornos sectários, jogando a maioria sunita contra o ramo xiita alauita de Assad. E o avanço do EI deu uma nova dimensão à guerra.

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Vítimas inocentes do conflito

O conflito também mudou muito desde o início. Moderados seculares hoje são superados em número por islâmicos e jihadistas, adeptos de táticas brutais que motivam revolta pelo mundo.
O EI se aproveitou do caos e tomou controle de grandes áreas na Síria e no Iraque, onde proclamou a criação de um "califado" em junho de 2014. Seus integrantes estão envolvidos numa "guerra dentro da guerra" na Síria, enfrentando rebeldes e rivais jihadistas da Frente al-Nusra, ligada à Al-Qaeda, bem como o governo e forças curdas.

Em setembro de 2014, uma coalizão liderada pelos EUA lançou ataques aéreos na Síria em tentativa de enfraquecer o EI. Mas a coalizão evitou ataques que poderiam beneficiar as forças de Assad. Em 2015, a Rússia lançou campanha aérea alvejando terroristas na Síria, mas ativistas da oposição dizem que os ataques têm matado civis e rebeldes apoiados pelo Ocidente.

Há evidências de que todas as partes cometeram crimes de guerra - como assassinato, tortura, estupro e desaparecimentos forçados. Também foram acusadas de causar sofrimento civil, em bloqueios que impedem fluxo de alimentos e serviços de saúde, como tática de confronto.

Novas definições
A definição básica de guerra como "duelo entre inimigos" não se aplica a todo conflito. Pode ser útil, por exemplo, para descrever a Guerra Fria entre Washington e Moscou desde o fim da Segunda Guerra Mundial até a queda da União Soviética, mas é inútil para iluminar a variedade de forças e interesses em jogo na Síria.

A maioria das vítimas da guerra na Síria desconhece motivos que alimentam o conflito
Nessa dinâmica particular de aliados e inimigos, os EUA estão em desacordo com a Rússia pelo destino do presidente Assad, aliado de Moscou que Washington deseja fora do poder.

Há ainda uma inesperada aproximação entre EUA e Irã, países unidos pela aversão a extremistas sunitas, mas distanciados pelo apoio iraniano a Assad e à guerrilha libanesa Hezbollah, considerada organização terrorista pela Casa Branca.

A Turquia, por sua vez, ataca posições de milícias curdas na Síria, as chamadas Unidades de Proteção do Povo Curdo (YPG), braço armado do Partido da União Democrática (PYD), aliado tradicional do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), perseguido há 30 anos na Turquia por buscar autonomia curda no país.

Ao mesmo tempo, o governo turco mantém boas relações com o Governo Regional do Curdistão no Iraque (KRG), os peshmerga (forças armadas do KRG) e o Partido Curdo no Iraque (KDP).
Enquanto isso, no teatro de operações na Síria e no Iraque, curdos turcos, curdos iraquianos e governo turco estão contra o EI.

Papel da Turquia
Para Kerem Oktem, professor da Universidade de Graz, na Áustria, a estratégia turca é "simular que luta uma guerra o EI e perseguir outra meta, que é destruir o PKK".

Cemil Bayik, líder do PKK, que a Turquia ataca forças curdas para evitar que combatam o Estado Islâmico. Ele diz acreditar - e há outras opiniões nesse sentido - que Ancara esteja protegendo o EI em vez de combatê-lo.

Em julho de 2015, uma trégua entre o governo turco e o PKK foi interrompida após um atentado suicida em Suruc, povoado curdo em território turco, perto da fronteira com a Síria.
Os curdos atribuíram o atentado, que deixou 32 mortos, a uma suposta conspiração entre Ancara e EI, algo que a Turquia nega.

O general prussiano Carl von Clausewitz (1780-1831) uma vez definiu guerra como "mera continuação da política por outros meios".
No confuso cenário militar sírio, no entanto, a violência que custou a vida de centenas de milhares de pessoas é a face visível e real do conflito. Políticas e interesses de governos por trás das forças que se enfrentam em terra são, muitas vezes, os pontos mais obscuros.





Fonte: BBC Mundo



segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Microondas - Tira os nutrientes dos alimentos?


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Basta uma busca rápida na internet para encontrar sites e blogs que garantem que o uso do microondas faz mal à saúde e resulta na perda de vitaminas e nutrientes dos alimentos.

Mas essa ideia de que o microondas é pior do que outras formas de cozinhar não tem base científica, explica o programa da BBC Trust Me, I’m a Doctor (em tradução livre, Confie em mim, sou médico).
O microondas cozinha os alimentos usando ondas de energia semelhantes às de rádio, porém mais curtas.

Seletivas, essas ondas afetam sobretudo a água e outras moléculas assimétricas eletricamente: carregadas positivamente em um extremo e negativamente no outro.
As microondas fazem com que essas moléculas vibrem e gerem calor, que rapidamente se estende às moléculas próximas para esquentar e cozinhar a comida.

Esse processo pode afetar as vitaminas e nutrientes dos alimentos, mas essas mudanças não são exclusivas do microondas, e sim resultado do processo de aquecimento.

Quando se esquenta a comida, algumas vitaminas - como a C - se decompõem, explica a Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, em seu site sobre medicina e saúde.
Mas isso acontece independentemente de se o alimento é esquentado em forno convencional, no fogão ou no microondas.

Uma forma de manter nutrientes é picar alimentos logo antes de cozinhar
As proteínas também se “desnaturalizam” (ou seja, se decompõe e às vezes perdem suas propriedades) quando são esquentadas, por qualquer meio.
Mas como os tempos de preparo são mais curtos, cozinhar com microondas de fato ajuda a preservar a vitamina C e outros nutrientes.

Cozinhar com água
Os nutrientes dos alimentos também se perdem quando a comida é cozida com água.
Diversos estudos científicos concluíram que ao ferver as verduras, boa parte de seus nutrientes se solta na água.

A vitamina C e muitas das vitaminas B, como a B6 e a B12, são mais vulneráveis porque são solúveis em água.
E normalmente essa água não é aproveitada, mas descartada – o que faz com que os nutrientes também se percam.

A perda de nutrientes durante a fervura é maior do que em outras técnicas, como o microondas, a fritura ou o vapor.

Ferver verduras faz com que nutrientes fiquem na água
Então a melhor forma de reter as vitaminas e os nutrientes dos alimentos ao cozinhá-los é usar tempos curtos, que limitem a exposição ao calor, e um método de cozinhar que use menos líquido.

Um artigo publicado em 2009 no Journal of Food Science concluiu, por exemplo, que o microondas mantém melhor os níveis de antioxidantes de alimentos como feijão, aspargos e cebola do que a fervura, o cozimento na panela de pressão ou o forno.
Mas se o que mais te preocupa é manter o valor nutritivo dos alimentos, o melhor é cozinhar no vapor.
Além disso, há outros passos que você pode fazer para conservar ao máximo o valor nutritivo dos alimentos.

Conselhos úteis para impedir a perda de nutrientes ao cozinhar
Descascar e cortar o alimento logo antes de preparar ou consumir
Lavar de forma rápida antes de cozinhar
Empregar formas de cozimento em que a água e o alimento entrem em contato o mínimo possível
Esperar que a água ferva completamente para submergir o alimento, já que isso reduzirá o tempo de cozimento necessário
Cozinhar hortaliças al dente e esfriá-las após cozinhar, para preservar suas vitaminas
Aproveitar a água das verduras cozidas para fazer outros alimentos, como sopas
Evitar armazenar frutas e hortaliças por muito tempo na geladeira
Acrescentar vinagre ou suco de limão, que contribuem para a conservação das vitaminas e absorção de alguns minerais, como o ferro.






Fonte: Fundação Espanhola de Dentistas e Nutricionistas e Associação para a Promoção do Consumo de Frutas e Hortaliças “5 al dia”, da Espanha





domingo, 4 de setembro de 2016

DST'S estão ficando cada vez mais fortes!

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Você usa camisinha? Porque a coisa está ficando séria: segundo a Organização Mundial da Saúde, sífilis, clamídia e gonorreia - doenças bacterianas - estão ficando resistentes aos antibióticos mais usados contra elas. E infectam cada vez mais pessoas.

As infecções são três das doenças sexualmente transmissíveis (DST) mais frequentes: juntas, elas contagiam 200 milhões de pessoas por ano - todo ano, são 131 milhões infectadas pela clamídia, 78 milhões pela gonorreia e 5,6 milhões pela sífilis. Com tanta gente ficando doente, os antibióticos estavam sendo administrados sem cuidado nenhum - e muitas vezes, por tempo demais ou em doses desnecessariamente altas.

Esse uso exagerado de antibióticos é justamente o que tem feito as bactérias se tornarem mais resistentes. O caso da gonorreia é o pior: a OMS afirma que já existem cepas da bacteria N. gonorrhoeae, causadora da doença, que não respondem a nenhum dos medicamentos que existem. O cenário para sífilis e clamídia não é tão extremo, mas seus agentes causadores já se mostram bem mais resistentes à medicamentos também, o que preocupa a organização.



Por isso, a OMS aconselhou uma mudança nos tratamentos padrão para essas doenças. Para começar, a organização recomenda o uso do antibiótico certo para cada caso, em doses mais controladas do que se tem usado até agora - cada serviço de saúde em cada país deve ficar responsável por definir o medicamento. Outra recomendação, mais específica, é não usar a quinolona, um tipo de antibiótico comum nos casos de infecções bacterianas como a sífilis, a gonorreia e a clamídia. Para fechar, a OMS pediu que os governos prestem atenção no aumento da resistência dessas bactérias, ano a ano.

Tudo isso deve aumentar os custos de tratamento, já que os antibióticos específicos são, geralmente, os mais novos - e mais caros. Fora que estudar os tipos de cepa que cada pessoa infectada tem antes de receitar um medicamento também vai dar um baita trabalho.

Transmissão e sintomas

A sífilis é transmitida por meio do contato com feridas de pessoas infectadas - elas podem aparecer nos genitais, no ânus, na boca ou em outras partes do corpo. A doença também pode ser transmitida de mãe para filho turante a gestação ou no parto (por ano, a transmissão desse tipo provoca cerca de 143 mil mortes fetais e nascimento de natimortos, além de 62 mil mortes neonatais, segundo a OMS). Quem tem sífilis pode desenvolver essas feridas em um estágio inicial, mas elas saram logo e se tornam erupções com pus. Aí, esses sintomas desaparecem, até que um tempo depois (às vezes até anos), a doença volta à atividade e causa danos ao cérebro, aos olhos e ao coração.


Já a clamídia, a mais comum das DSTs causadas por bactérias, causa um ardor forte ao urinar ou corrimentos genitais - embora a maioria das pessoas não apresente sintomas. A gonorreia pode provocar, além de dores nos genitais, infecções e muita dor no reto e na garganta.

As três doenças, caso não sejam diagnosticadas e tratadas a tempo, podem causar problemas graves a longo prazo - mesmo que não apresentem sintomas por um tempo. As mulheres, por exemplo, podem desenvolver gravidez ectópica (fora do útero), inflamações na região pélvica e abortos espontâneos. Nos dois sexos, a sífilis, a gonorreia e a clamídia podem causar infertilidade, além de aumentarem o risco da pessoa ser infectada pelo HIV.






Fonte: Superinteressante


sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Multada por não usar cinto de segurança em moto!

Multa foi emitida por motociclista não usar cinto de segurança (Foto: Rarisson Araújo/Arquivo pessoal)
(Foto: Rarisson Araújo/Arquivo pessoal)

Uma mulher de 45 anos foi multada por pilotar a sua motocicleta sem cinto de segurança na zona Oeste de Boa Vista. Uma notificação da Superintendência Municipal de Trânsito (Smtran) foi entregue nesta sexta-feira (19) na residêndia da motociclista e ela poderá pagar R$ 127,69 pela suposta infração considerada grave.

De acordo com o filho, Ralisson Araújo, da condutora, que usou as redes sociais para expor o caso, a notificação descreve que sua mãe pilotava a moto na rua Estrela Dalva, nas imediações do bairro Araceli Souto Maior, quando foi multada. O local não seria rota utilizada pela mulher.

"Ela não tem motivos para passar por esse endereço. Não é rota dela. Além disso, ninguém conduz moto com cinto de segurança", diz Araújo, citando que vão recorrer da multa.
A notificação emitida pela Smtran mostra os dados da motocicleta de 150, a descrição da infração e o horário em que ela teria ocorrido. Revoltado, o jovem fez uma publicação no Facebook.

"É muita vergonha mesmo! Me explica aí SMTRAN, como se pega uma multa grave, de não utilizar o cinto de segurança em uma uma moto, em um bairro onde você não anda?", publicou.
Conforme a notificação, a infração grave cometida computou 5 pontos na carteira da motociclista, que é proprietária do veículo. "Vamos recorrer dessa multa o quanto antes", afirma Araújo.

De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, dirigir sem o cinto de segurança é uma infração grave com penalização na Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Entretanto, o equipamento de segurança não consta na lista de exigências de motocicletas do Conselho Nacional de Trânsito.

Prefeitura aponta 'falha'
Em nota, a assessoria da Prefeitura de Boa Vista esclarece que não é habitual a Superintendência Municipal de Trânsito emitir multas equivocadas. Segundo a prefeitura, o que pode ter acontecido é uma falha durante a consulta prévia da placa do veículo ou até mesmo um erro de digitação.
"Nesse caso deve-se procurar o setor de multas, da Secretaria Municipal de Segurança Urbana e Trânsito, localizado no Centro de Atendimento ao Cidadão João Firmino Neto, no bairro Buritis (antigo Terminal do Caimbé)", finaliza a nota.





Fonte: G1






quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Coisas que tiram sua beleza!




Preguiça, desonestidade, falta de senso de humor. Aqui vai uma lista de coisas que fazem qualquer um parecer menos atraente para as outras pessoas (tudo com base na ciência):

1. Não dormir 
Não é papo de mãe: menos horas de sono fazem você ficar mais feio. Em 2010, pesquisadores suecos tiraram duas fotos de 23 pessoas: uma depois de uma boa noite de sono, e a outra, depois de uma noite em claro. Depois, outros participantes compararam as fotos - e as imagens das pessoas insones foram classificadas como feias, doentes e até mais tristes.

2. Ser uma má pessoa 
Vilões da Disney geralmente são feios - e a ciência concorda com isso. Saber que uma pessoa é considerada "malvada" pode fazer com que você a veja mais feia: em um estudo feito na China em 2014, participantes observaram vários retratos de pessoas diferentes, todas com uma expressão neutra. Em algumas dessas pessoas, as palavras "má", "maldosa" e "pessoa ruim" foram adicionadas - e essas foram consideradas feias.

3. Ter uma postura ruim
Ficar com os ombros contraídos, voltados para a frente, formando uma corcunda nas costas faz você parecer menos atraente. De novo, não é a sua mãe falando; é a ciência - ou, pelo menos, é o que diz uma pesquisa da Universidade de Princeton. No estudo, os cientistas criaram vários perfis falsos no Tinder, alguns com fotos de pessoas com uma boa portura, outros com fotos de posturas ruins - e as pessoas com posturas mais corretas ganharam mais matches.

4. Parecer estressado 
Sério, não foi sua mãe que escreveu essa matéria. Um estudo feito em 2013 na Academia Nacional de Ciências do Reino Unido mostrou que nos sentimos menos atraídos por pessoas com altas concentrações de cortisol - hormônio ligado ao stress - no sangue.

5. Parecer exageradamente feliz
Pode relaxar: aquelas pessoas felizes demais realmente são um saco - e a ciência comprova. Em 2011, pesquisadores da Universidade da Colúmbia Britânica mostraram, para mil participantes, fotos de pessoas  com poses felizes e orgulhosas, perguntando quem eles achavam atraente. As mais alegres e orgulhosas foram consideradas mais feias.

6. Não ter senso de humor
Não existe nada mais desanimador do que contar uma piada para alguém e a pessoa ficar séria - e esse desânimo é multiplicado por mil quando se trata de um encontro romântico. Um estudo da Universidade da Califórnia, realizado em 2009, comprova isso: participantes diferentes observaram retratos de algumas pessoas, e demonstraram maior interesse quando os cientistas comentavam que a pessoa na foto era engraçada ou gostava de ouvir piadas.

7. Ser preguiçoso
Aquela preguicinha de domingo é boa demais, mas quando ela está relacionada ao trabalho, acaba te deixando mais feio. É o que mostra uma série de experimentos da Universidade de Nova York, publicada em 2004: em um deles, alunos novos de um curso de seis semanas deram notas anônimas para a beleza de seus colegas - pessoas que eles não conheciam. No final do curso, os cientistas pediram que os alunos dessem uma nova nota na beleza dos colegas, mas dessa vez, os mais preguiçosos foram considerados feios - mesmo que no início estivessem entre os bonitinhos da turma.

8. Ter um cheiro muito parecido ao da outra pessoa
Parece confuso, mas a explicação é genética: procuramos parceiros que não sejam nem tão diferentes, nem tão parecidos para procriar. E o cheiro é a forma que os seres humanos têm de checar essa compatibilidade de DNA. É isso que mostra um estudo feito pela Universidade do Novo México, no qual cientistas compararam as amostras de DNA de mulheres e seus maridos e compararam com respostas de um questionário sobre adultério. Os casais com o DNA mais parecido tendiam a ter mais experiências adúlteras.

9.  Ser desonesto 
Mentir não é nada sexy - nem quando você está tentando parecer mais atraente. Em uma pesquisa da Universidade de Illinois, os cientistas deram retratos de pessoas diferentes aos participantes. Cada foto tinha uma pequena descrição da pessoa retratada - um texto explicando se ela era honesta ou desonesta. No fim, as pessoas honestas foram tidas como as mais atraentes.







Fonte: Superinteressante






quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Facebook, Twitter e Google alertam jovens contra o terrorismo!




Quase meio milhão de adolescentes e jovens adultos que postaram conteúdo com termos como “xariá” (o código de leis islâmicas) ou “mujahideen” (combatentes islâmicos) começaram a ver, a partir de meados do ano passado, uma série de vídeos animados surgir no seu feed de notícias no Facebook.

Em um dos vídeos, personagens animados empunhando armas aparecem embaixo da bandeira do EI (Estado Islâmico). “Não fique confuso com o que os extremistas dizem, que você deve rejeitar o novo mundo. Você não precisa aderir”, diz o narrador. “Lembre-se, diga sim à paz e não ao extremismo.”

Os vídeos são parte de três experiências – financiadas pela Alphabet, controladora do Google, com a ajuda do Facebook e do Twitter – que exploram ferramentas da publicidade on-line para contrabalançar a onda crescente de propaganda extremista na internet, tanto de radicais islâmicos como de grupos de extrema direita.

O objetivo é observar que tipos de mensagens podem atingir potenciais extremistas antes de eles se radicalizarem – e, então, repassar o modelo para produtores de conteúdo por toda a internet.
O estudo, detalhado em relatório publicado pela organização Instituto para o Diálogo Estratégico, que atua no combate ao extremismo global, é uma tentativa de entender quais técnicas funcionam, diz Yasmin Green, líder das iniciativas de combate à radicalização da Jigsaw, unidade da Alphabet antes chamada de Google Ideas. “Ao final, é uma batalha de ideias”, diz Zahed Amanullah, diretor do programa de contranarrativas do instituto.

Uma série de ataques violentos cometidos por pessoas ou pequenos grupos radicais já matou centenas de pessoas na Europa, Ásia e nos EUA nos dois últimos meses. Em muitos casos, como os ataques em Nice, na França, e em Orlando, na Flórida, materiais de propaganda e de uso da violência divulgados na internet são um incentivo importante para os autores dos ataques, dizem as autoridades.

A resposta dos governos tem sido, principalmente, exigir que empresas de tecnologia acelerem a remoção de conteúdo extremista de seus serviços na internet. Mas o EI é ágil para abrir novas contas e expandir sua propaganda para novos aplicativos, levando a um jogo de gato e rato.

“É simplesmente impossível acabar com tudo”, diz Susan Benesch, professora do Centro Berkman Klein, da Universidade Harvard, nos EUA. “Mesmo se uma plataforma tiver sucesso em derrubar algo, geralmente esse conteúdo já está disponível em outro lugar.” Além disso, campanhas de convencimento lançadas por governos para combater a propaganda extremista geralmente fracassam. “Uma vez que a mensagem ganha o rótulo de ‘governo’, ela fica comprometida para muitos jovens”, diz uma autoridade francesa.



O Instituto para Diálogos Estratégicos começou a trabalhar, em 2014, com a Alphabet em maneiras de direcionar melhor suas mensagens. Naquele projeto, o Google mostrou alguns resultados de buscas e vídeos patrocinados para pessoas de grupos demográficos selecionados que buscavam informações sobre radicalismo islâmico. No estudo publicado recentemente, os organizadores expandiram aquele primeiro trabalho para conteúdos diferentes no Twitter, YouTube e Facebook exibidos a usuários nos EUA, Reino Unido e Paquistão.

A Alphabet contribuiu com uma soma não revelada para financiar os vídeos realizados por três grupos de divulgação. O Facebook, o Twitter e o YouTube, que também é da Alphabet, doaram créditos de publicidade avaliados em cerca de 30 mil dólares, quando as experiências foram realizadas, em outubro e novembro de 2015.







Fonte: AG e Folhapress






quarta-feira, 3 de agosto de 2016

# Como aprender um novo idioma!




Não se desespere ao aprender um novo idioma! Que tal integrar o aprendizado ao seu dia a dia em vez de apenas frequentar aulas e mergulhar em livros (o que também faz parte do processo)? Viva na língua em que você está aprendendo.

Isso vai tornar o processo de aprendizado muito mais eficiente. Você não vai ter que investir tempo extra para sentar e estudar e, claro, as coisas vão ficar muito mais interessantes quando você estiver diretamente envolvido com atividades na língua aprendida. Sabemos que, às vezes, lições de livros não correspondem à realidade ou estão completamente desatualizadas.

Veja aqui algumas técnicas de tornar a nova língua parte de sua vida diária:

Use todas as possibilidades conhecidas para ter contato com o idioma

Assista a filmes e séries em idiomas diferentes. Se não existir dublagem na língua que você está aprendendo, coloque a legenda nessa língua.

Leia livros em outros idiomas.

Ouça audiolivros, programas de rádio on-line e podcasts (é até melhor do que ouvir música propriamente, porque lá você tem frases completas e muito mais informação).

Mas músicas também pode! Se você quer ouvir música, não siga o caminho tradicional de ouvir o que está na moda. Que tal voltar à infância e ouvir aquele tema da Disney que você tanto gostava na língua em que você está aprendendo? Ou escolher algumas músicas típicas do país e aprender ainda mais sobre a cultura local?

Outra forma de memorizar o vocabulário é cantando! Eu ainda consigo cantar “Hava Nagila”, uma música hebraica que eu aprendi com 7 anos de idade.

Quando você for ao museu ou a algum lugar turístico, escolha um guia de áudio no idioma que quer aprender.

Leia, leia e leia! Ler jornais e revistas na língua em questão vai ajudar muito a ter o contato diário com o idioma. Com a internet, é possível ver as páginas de todas as publicações mais importantes ao redor do mundo. Que tal ler sobre economia brasileira no The Guardian? Ou sobre futebol no Le Monde?

Use as armas que você tem à mão

Coloque o seu celular, computador, laptop, aplicativos, Facebook e e-mail no idioma que está aprendendo. Pense: quantas vezes por dia você olha o seu telefone? Pois é, memorizar vai ser moleza!
Construa associações passivas

Colar lembretes em vários objetos da sua casa casa, usando os nomes no idioma que está aprendendo, isso ajuda muito na hora de fazer associações de uma forma totalmente passiva. A técnica é a mesma, memorizar naturalmente, quase sem esforço.

Lembre-se: anote não só o nome das coisas, mas também as ações associadas a elas. Por exemplo: Computer – turn on / turn off ou e-mail - send. E por aí vai.

Menos é mais

Torne um hábito estudar um pouco todos os dias. É muito mais eficiente aprender 30 minutos por dia do que 3 horas em 1 dia a cada 3 semanas.

Una o útil ao agradável

Use o seu tempo no transporte público, ou em filas, para aprender. Pode ser lendo os jornais on-line, usando o aplicativo Babbel, você escolhe! O tempo com certeza vai ser produtivo e passar muito mais rápido.

Tem 5 minutinhos sobrando? Corra lá para a lista de vocabulário ou aquela música que ficou na cabeça. Repetição é a alma do aprendizado.
Ache um parceiro para conversar – mesmo que essa pessoa seja você!

Se onde você mora não tiver nenhum falante nativo, achar alguém que também está tentando aprender o mesmo idioma ajuda bastante. Se ainda assim você não achar ninguém para falar nessa língua ou simplesmente não tiver tempo para encontros, tente participar de algum grupo do Facebook na língua em questão ou acesse algum fórum ou sala de bate-papo.

Fale consigo mesmo. Pergunte-se: Como eu poderia falar isso em…? Mesmo se você não tiver ninguém para corrigí-lo, isso vai mostrar o que você definitivamente não sabe falar e qual vocabulário / estrutura gramatical você deveria estudar de novo.

Tente também falar sobre ações simples dentro da sua cabeça, como quando for acender o forno ou ligar a luz, por exemplo. Desse jeito você também pode ver se está fazendo progresso, ou se precisa estudar mais.

Comece a falar com os outros. Um passo de cada vez. Você pode começar a se comunicar no novo idioma, seja com um tweet em espanhol ou escrevendo no Facebook em francês… aproveite cada oportunidade de entrar em contato com a língua e se jogue!
Pratique seus hobbies na nova língua

Nós já falamos aqui sobre filmes, música, aplicativos, jogos…e os outros hobbies que você possa ter? Yoga? Natação? Se você mora em uma cidade grande, é provável que existam aulas nessa língua. Adora cozinhar? Pegue as receitas na internet!

Proscratinar….na sua nova língua

Se você adora dar aquela pausa no trabalho, ler uma tirinha engraçada ou assistir a um vídeo do youtube sobre cachorros mal-educados, que tal colocar tudo na nova língua? A internet tem de tudo!







Fonte: Katrin Sperling





terça-feira, 2 de agosto de 2016

# Policia que mata no Rio de Janeiro!



O número de casos de mortes resultantes de ações policiais cresceu 100% entre abril e junho de 2016, na comparação com o mesmo período de 2015. A informação é da assessora de Direitos Humanos da Anistia Internacional, Renata Neder. Segundo ela, este já é um padrão quando se aproximam eventos de grande porte na cidade.

De acordo com dados da Anistia, até maio 151 pessoas foram assassinadas por agentes públicos de segurança na cidade do Rio de Janeiro, 40 somente em maio - 135% a mais que no mesmo mês de 2015.

Em 2007, ano de realização dos Jogos Pan-Americanos, o número de óbitos cresceu 30% se comparado a 2006. Em 2014, quando foi realizada a Copa do Mundo, a quantidade de casos aumentou em 40%, tendo como parâmetro o ano anterior. Os dados foram apresentados durante coletiva realizada para expor o uso excessivo de poder dos militares em alguns casos, entre eles as remoções de moradores da Vila Autódromo para os Jogos Rio 2016.

"Infelizmente, temos notando um padrão de casos sempre que esses eventos se aproximam. O Rio de Janeiro teve uma série de oportunidades de sediar eventos de grande porte, mas não soube aproveitá-lo da melhor maneira. Diversas pessoas morreram em virtude disso. Não custa lembrar da chacina do Pan, em 2007, quando 19 pessoas morreram na comunidade do Alemão. Não precisamos ir muito longe. Recentemente, estamos observando essas remoções da Vila Autódromo. Infelizmente, nossa polícia é uma organização que tem um histórico pesado de uso abusivo de poder. Pelo que mostram os dados, não aprendeu com erros anteriores", disse Renata.


Aplicativo

No início de julho, a Anistia Internacional lançou um aplicativo que mapeava regiões da cidade com relatos de fogo cruzado em determinados momentos. Chamado de Fogo Cruzado, o aplicativo, segundo afirmou Renata, registrou, em um mês de uso, 756 notificações de confronto armado por toda a cidade. Mais de 30 mil pessoas baixaram o programa para seus dispositivos móveis.

"Quando lançamos esse aplicativo, buscávamos ajudar os cidadãos e também ter uma noção de como estava a cidade. É notório que o Rio de Janeiro tem muitos problemas na segurança pública, mas esses 756 relatos de tiroteio são impressionante. Ilustra bem como a cidade falhou imensamente no legado de segurança que a Olimpíada prometia. Como se sentir seguro em um lugar assim?" O Complexo do Alemão, na zona norte do Rio, foi o local com maior número de ocorrências.

Solidariedade

Vitor Santiago, morador da comunidade da Maré, também na zona norte da cidade, ficou paraplégico ao ser atingido por disparos feitos pelo Exército em uma operação de segurança durante a Copa do Mundo de 2014. Segundo ele, o Estado em nenhum momento prestou solidariedade ao seu caso. Santiago foi mais um a classificar a segurança do Rio de Janeiro como falha e racista.

Santiago lembrou que chegou ao hospital com 7% de chance de sobreviver e que ficou  internado durante 98 dias.

"Graças a Deus estou vivo, mas com marcas desse absurdo. Fiquei paraplégico e tive de amputar uma perna. Tudo que tive de custear durante esse tempo, seja minha cadeira de rodas ou até mesmo os exames mais corriqueiros, saiu do meu bolso ou de doações. O Estado não me deu sequer um curativo. Hoje, sou pai de uma menina de 4 anos, mas não posso atender às expectativas e pedidos de minha filha graças à polícia que mata, fere e atinge jovens pobres e negros".

Vila Autódromo

Para Naomy Oliveira, 14 anos, que vivia na Vila Autódromo, comunidade pobre que sofreu diversas remoções por conta dos jogos, o evento é importante, mas as atitudes da prefeitura durante esse tempo foram classificadas como erradas e irregulares.

"Pretendo ser atleta um dia. Um evento como esse na cidade é muito legal, mas isso não dá ao prefeito Eduardo Paes o direito de fazer o que fez. Uma postura totalmente errada e irregular com os moradores da Vila. Me lembro que tinha viajado para passar o carnaval em Cabo Frio. Quando voltei, não tinha mais minha casa. Tinham colocado tudo que era nosso em um depósito. Um tratamento digno de animal", lamentou.

Prefeitura

Por meio de nota, a prefeitura informou que, para realização das obras de construção da via de acesso e recuperação ambiental da faixa marginal da Lagoa, 275 famílias teriam de deixar suas casas na Vila Autódromo.

Para todas essas famílias foram oferecidas opções de apartamentos do Condomínio Parque Carioca ou indenização. Essas opções forms escolhidas por 268 famílias. Na grande maioria dos casos, os moradores saíram de construções irregulares, em condições insalubres, para apartamentos do Parque Carioca. As demais 549 famílias não precisariam sair da comunidade.

De acordo com a nota, 531 famílias solicitaram à prefeitura reassentamento ou indenizações. Os moradores fizeram inclusive abaixo-assinados pedindo a inclusão no cadastro municipal.

Urbanização

A nota informou ainda que as 20 famílias remanescentes da Vila Autódromo serão beneficiadas com a urbanização da comunidade, projeto que inclui a construção de casas de dois quartos com quintal, redes de drenagem, esgoto, iluminação, pavimentação da Rua Nelson Piquet e paisagismo da área.

A prefeitura vai construir duas escolas e área de lazer na região. As escolas serão erguidas com a estrutura da Arena do Futuro, que receberá os jogos de handebol. Após a Olimpíada, a arena será desmontada e reaproveitada. Todo o processo de construção das casas foi resultado de um Termo de Acordo Administrativo, assinado entre a prefeitura do Rio e a Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro.




Fonte: Agência Brasil/Terra




segunda-feira, 1 de agosto de 2016

# Pare de se matar e também de matar os outros - Largue o hábito de fumar!



O fumo é um assassino cruel.
Matou cem milhões de pessoas no último século.
Tira cerca de 6 milhões de vidas por ano.
Em média, mata uma pessoa a cada seis segundos.
E nada indica que isso vai mudar.

Autoridades estimam que, se essa situação continuar, em 2030 o número de mortos por causa do fumo passará de 8 milhões por ano. E calcula-se que, até o final do século 21, o fumo terá causado 1 bilhão de mortes.

Os fumantes não são as únicas vítimas do tabaco. Os familiares do fumante sofrem em sentido emocional e financeiro. Além disso, 600 mil não fumantes morrem todos os anos por causa do fumo passivo. Na verdade, cada um de nós é afetado, pois os problemas causados pelo fumo elevam os gastos públicos na área da saúde.

Ao contrário de muitas epidemias que ainda não têm cura, a epidemia do tabaco tem solução. A Dra. Margaret Chan, diretora-geral da Organização Mundial da Saúde, declarou: “O único responsável pela epidemia do tabaco é o homem, e essa situação poderia ser revertida pelo trabalho conjunto dos governos e da sociedade.”

As nações do mundo nunca se preocuparam tanto em lutar contra esse problema. Em agosto de 2012, uns 175 países concordaram em tomar medidas para combater o uso do tabaco.  No entanto, influências poderosas contribuem para o aumento desse problema. Todo ano, a indústria do tabaco gasta bilhões de dólares com propaganda para atrair novos consumidores, especialmente mulheres e jovens em países em desenvolvimento. Além do mais, visto que o tabaco causa dependência, uma grande parte desses consumidores provavelmente morrerá de doenças relacionadas ao fumo. Hoje há 1 bilhão de viciados em tabaco no mundo. E o número de mortos continuará a aumentar vertiginosamente nos próximos 40 anos, a menos que as pessoas parem de fumar.


O FUMO VICIA

O tabaco contém uma das mais viciadoras substâncias conhecidas — a nicotina. Ela pode ser tanto estimulante como calmante. Durante o fumo, a nicotina é enviada ao cérebro de modo rápido e contínuo. Se cada tragada equivale a uma dose de nicotina, a pessoa que fuma um maço por dia inala em média o equivalente a 200 doses diárias. É a regularidade das doses que torna a nicotina especialmente viciadora. Quando o fumante fica viciado, ele apresenta sintomas de abstinência se seu desejo intenso de nicotina não é satisfeito.

O FUMO PREJUDICA O CORPO

“A ciência já provou que o fumo prejudica praticamente todos os órgãos do corpo e aumenta a incidência de doenças e a taxa de mortalidade”, diz O Atlas do Tabaco (em inglês). Todos sabem que o fumo causa doenças não contagiosas como o câncer e doenças cardiopulmonares. Mas, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o fumo é também um dos grandes responsáveis pela morte de pessoas com tuberculose e outras doenças contagiosas.

O FUMO PREJUDICA OUTRAS PESSOAS

Tanto a fumaça liberada pelo fumante como a que sai direto do cigarro são tóxicas. O fumante passivo pode contrair câncer e outras doenças. Todo ano, morrem 600 mil não fumantes, a maioria mulheres e crianças. Um relatório da OMS alerta: “Qualquer nível de exposição à fumaça, mesmo de modo passivo, é prejudicial.”

Então pare de fumar enquanto ainda há tempo!







Fonte: AWAKE!



sábado, 30 de julho de 2016

Ficar parado pode levar à morte!





O sedentarismo custa à economia global US$ 67,5 bilhões (R$ 220 bilhões) todo os anos, mais do que o PIB do Paraguai. Desse total, US$ 58,8 bi são gastos anualmente em cuidados médicos decorrentes da inércia prolongada, além de US$ 13,7 bi que são perdidos todos os anos em produtividade.


As estimativas são parte de uma série de estudos publicada na revista científica Lancet, que revela ainda que a falta de atividades físicas mata todos os anos cerca de 5 milhões de pessoas ─ um número de mortes equivalente ao do tabagismo e maior do que o da obesidade.

A pesquisa chama atenção para os malefícios do sedentarismo e o perigo de morte associado a esse estilo de vida. Os cientistas ressaltam que passar mais de oito horas por dia trabalhando sentado aumenta as chances de morte prematura em 60%.

Mas o artigo da Lancet revela que exercitar-se durante uma hora por dia pode contrabalançar os efeitos nocivos de trabalhar sentado por longos períodos.
Uma equipe formada por cientistas de diferentes países descobriu que o risco de morte era de 9,9% para quem permanecia sentado por 8 horas por dia e mantinha um estilo de vida sedentário.

Já quem permanecia sentado pela metade do tempo (4h) e se mantiva ativo por 1 hora por dia, tinha o risco de morte reduzido para 6,8%.
Os pesquisadores também descobriram que o aumento do risco de morte associado a ficar oito horas sentado por dia foi completamente eliminado nas pessoas que fizeram pelo menos uma hora de exercício físico diariamente.

Eles acrescentam que, atualmente, o sedentarismo constitui uma ameaça tão grave à saúde pública quanto o tabagismo e já mata mais do que a obesidade.

Intervalo
Os cientistas recomendaram a quem passa muitas horas trabalhando sentado fazer um intervalo de cinco minutos a cada hora, além de se exercitar durante o almoço e à noite.
Responsável pela pesquisa, o professor Ulf Ekelund, da Escola Norueguesa de Ciências do Esporte e da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, disse que não é necessário "ir à academia" para compensar o prejuízo de trabalhar longas horas sentado.

"Você não precisa fazer um esporte. Você não precisa ir à academia. Você pode fazer uma simples caminhada, talvez durante a manhã, durante o horário do almoço, ou depois do jantar à noite. Você pode dividir isso durante o dia, mas precisa fazer pelo menos 1 hora de atividade física para obter os efeitos positivos".

O estudo analisou dados de 15 pesquisas anteriores, muitas das quais envolvendo pessoas cima de 45 anos dos Estados Unidos, da Europa Ocidental e da Austrália.
Os autores descobriram que uma hora de exercício de "intensidade moderada", como caminhar a 5,6 km/h ou andar de bicicleta por prazer a 16 km/h, foi suficiente para contrabalançar os efeitos nocivos de permanecer sentado por longos períodos.

Ekelund disse ainda que um intervalo de cinco minutos a cada hora fechada, mesmo que seja ir buscar documento na impressora, poderia trazer benefícios à saúde do funcionário.

Mudanças
Os cientistas afirmaram que a combinação de passar muitas horas trabalhando sentado e ainda assistir à TV à noite sentado no sofá de casa vem se provando letal.

Eles cobraram maiores mudanças nas políticas do governo, de modo a estimular hábitos saudáveis, como aumentar a distância entre os pontos de ônibus para forçar as pessoas a andar mais, fechar o acesso de ruas a veículos durante o fim de semana e abrir academias de ginástica gratuitas nos parques.

Segundo os pesquisadores, os empregadores também encorajar os funcionários a realizar atividades físicas, ao fornecer chuveiros e academias, além de estimular intervalos mais longos.







Fonte: BBC







sábado, 23 de julho de 2016

5 mitos sobre comida criados pela propaganda!



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Quem nunca se confundiu com as pesquisas de alimentos que atire o primeiro ovo sem colesterol. Um dia, a chia é a semente mais saudável do momento, mas bem antes de você acabar seu estoque de três anos, os cientistas descobrem que a história não é bem essa. A verdade é que muitos hábitos alimentares são postos em nossas mesas não por causa da ciência, mas por causa do marketing. Fãs da série Mad Men não vão ficar surpresos, mas grande parte dos alimentos que consumimos, mesmo os saudáveis, só estão em nossa lista de supermercado porque alguém quer ganhar dinheiro com eles.

1 - O café da manhã não é necessariamente a refeição mais importante do dia
Apesar do mantra de que o café da manhã é a refeição mais importante do dia, não há de fato evidência científica de que isso seja verdade. Ainda assim a ideia está enraizada em nossos cérebros. Tudo isso graças aos esforços de companhias que vendem cereais. A Kellogg’s, por exemplo, financiou um estudo que relaciona o café da manhã com o índice de massa corporal. Já o The Quaker Oats Center of Excellence, um centro de pesquisas da Quaker, foi enfático ao divulgar um estudo que dizia que refeições matinais com aveia reduzem o colesterol.

Outra prova de como o marketing influencia o comportamento à mesa vem do relações públicas Edward Bernays, considerado um gênio em sua área. Em 1920, ele recebeu a tarefa de aumentar o consumo de bacon nos Estados Unidos. Ele descobriu que uma boa forma de fazer as pessoas comerem mais bacon seria aumenatando o consumo no café da manhã. Assim, ele pediu a vários médicos que confirmassem que “um café da manhã substancioso era melhor do que um café da manhã light para repor as energias perdidas durante a noite”. 4.500 médicos concordaram com a afirmação e Bernays publicou o resultado juntamente com propagandas de bacon. Hoje, 70% do consumo de bacons nos EUA é feito durante as refeições da manhã.

2 - Suco de laranja não é tão saudável assim
Em 1908, a Califórnia enfrentou uma alta na produção de laranjas. Os produtores de laranja (organizados pela marca Sunkist, o primeiro refrigerante de laranja dos EUA) precisavam fazer com que o consumo da fruta aumentasse, ou eles entrariam em colapso. Apesar de não ser um costume beber suco de laranja no país, uma agência de publicidade decidiu mudar isso. Eles inventaram um espremedor barato que teve seus anuncios vendidos juntamente com as informações sobre os benefícios da fruta à saúde. Essa crença ficou tão forte que só recentemente ela começou a ser questionada.

3 - Água é bom, mas calma
Há quem diga que beber oito copos de água por dia é o ideal para se manter hidratado. Esse mito, provavelmente, vem da ideia de que as pessoas precisam consumir, no mínimo, 2,5 litros de água por dia - o que já conseguimos com uma dieta regular. Obviamente, hidratação é muito importante, mas graças aos esforços das companhias de água engarrafada as pessoas acabam se preocupando em consumir muito mais do que o necessário. Hoje, na Inglaterra, por exemplo, o consumo de água engarrafada é 100 vezes maior do em 1980.

4 - Cenoura não vai te fazer enxergar melhor
É até verdade que a cenoura mantém os olhos saudáveis e que ajuda a retardar a progressão doenças como catarata, mas ela não ajuda a melhorar a visão necessariamente. O mito nasceu na Segunda Guerra Mundial, quando o governo britânico sugeriu que a habilidade de visão noturna dos oficiais da aeronáutico vinha da cenoura - e não dos radares, que, na época, era uma informação sigilosa.

5 - Você não vai ficar como o Popeye ao comer espinafre
Uma atrapalhada fez com que, durante muito tempo, as pessoas associassem a forte presença de ferro no espinafre. Culpa de alguns cientistas alemães que colocaram uma vírgula no lugar errado e tornaram o vegetal 10 vezes mais rico em ferro do que ele realmente é. A história foi esclarecida há um tempo, mas ainda assim a humanidade ainda tem uma relação longuíssima com os desenhos do Popeye que não deixa as pessoas desassociarem espinafre e força. A culpa não é do marketing, mas mostra como os mitos são poderosos. E disso os publicitários entendem.






Fonte: The Guardian/Galileu