sexta-feira, 30 de novembro de 2012

21 de Dezembro - Fim do Mundo!





A Nasa divulgou um vídeo de resposta às várias teorias que se popularizaram sobre o fim do mundo em dezembro de 2012. Nele, o cientista do Laboratório de Propulsão de Jatos Don Yeomans discorre sobre cada uma das hipóteses mais conhecidas e explica por que elas não se concretizarão. (Não coloquei o vídeo aqui visto ele estar somente em inglês).

Primeiro, Yeomans explica que toda essa comoção em volta do dia 21 de dezembro de 2012 começou com o calendário Maia, que terminaria neste dia. Mas, segundo o cientista, o que está indicado no calendário é o fim de um ciclo e o início de outro, não o apocalipse. Ele o compara com a forma em que nós contamos os anos – todos os dias 31 de dezembro um ciclo termina, para outro começar no dia 1 de janeiro.

Depois o especialista da Nasa fala sobre Nibiru, um planeta que seria quatro vezes maior do que a Terra, também conhecido como “Planeta X”. Segundo outra teoria do apocalipse, esse astro estaria em uma rota de colisão com a Terra. Para Yeomans, é impossível que ninguém tenha detectado Nibiru se aproximando, se isso realmente estiver acontecendo.

“Tem gente que acredita que a Nasa está escondendo essas informações. Mas existem milhares de astrônomos fora da organização que olham para os céus todas as noites. Com certeza, eles teriam notado essa movimentação”, argumenta o cientista.

Outra hipótese é a de uma grande tempestade solar que aconteceria no dia 21 de dezembro seria a razão do fim do mundo. Este tipo de evento, como já explicamos em outro artigo, realmente está se tornando mais frequente – isso porque o Sol passa por ciclos e seu período de maior atividade está previsto para o fim deste ano e o começo de 2013.

O argumento de Yeomans é que, na verdade, a máxima solar irá acontecer apenas em maio do ano que vem e que, mesmo assim, a atividade não deverá ser tão intensa. Basicamente, não há evidências de que tempestades solares, como as que aconteceram durante o início de março, possam ocorrer novamente.


Don Yeomans


Para quem acredita que o apocalipse será causado pelo alinhamento dos planetas, que geraria uma mudança catastrófica nas marés, a resposta do cientista da Nasa é direta: não há nenhum alinhamento previsto para o fim de 2012. Mesmo que houvesse uma movimentação do gênero, outros planetas não poderiam afetar as marés. Os únicos corpos celestes capazes de fazer isso são a Lua, como aprendemos nas aulas de geografia, e o Sol.

Também existe o boato de que, de alguma forma, os pólos magnéticos da Terra irão se inverter. Isso simplesmente não pode ocorrer por causa da Lua – nosso satélite estabiliza a rotação do planeta e não permite que a rotação dele mude de uma hora para a outra. Os pólos podem, sim, mudar, mas fazem isso aos poucos, demorando milhares de anos até que eles se invertam.

Yeomans conclui seu vídeo lembrando-se das inúmeras previsões para o fim do mundo que já foram feitas, causaram pânico e não se cumpriram. “Ainda estamos aqui”, declara.
E você? Ainda acha que estamos perto do fim mesmo?




Crédito: Reprodução12-21-2012 Just Another Day/Revista Galileu



quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Momento Poesia - Amores.







Permanecer!

O permanecer triste
Nos leva à coisas tristes
O permanecer sozinho
Nos leva à solidão,
O permanecer irritado,
Nos leva à problemas,
O permanecer apaixonado
Nos leva ao amor,
Que, por sua vez
Nos leva à mais problemas,
Problemas que por vezes
Parecem insolúveis, que
Ferem a alma e a carne.
Mas mesmo assim,
Ainda todos preferem
Permanecer amando!


Eli.


Amores.

Amores vem e vão,
Aparecem e desaparecem.
Surgem repentinamente em
Nossas vidas, causando grande
Alvoroço, hora silêncio e reflexão.
Amores vem e vão.
Mudam nossas vidas, nossas prioridades.
Amores vem e permanecem, outros não.
Deixam marcas profundas, lembranças
Boas e tristes, mas que gostamos 
de reviver. Amores vem e vão, às vezes
sendo somente ilusão, às vezes sendo
coisas bem reais.
Amores...ah! Amores, não sabemos viver
sem eles. E se eles nunca vem, nós vamos 
Atrás deles!

Eli

O Amor


Amor não é se envolver com a pessoa perfeita,
aquela dos nossos sonhos.
Não existem príncipes nem princesas.
Encare a outra pessoa de forma sincera e real,
 exaltando suas qualidades,
 mas sabendo também de seus defeitos.
O amor só é lindo, 
quando encontramos alguém que nos transforme
 no melhor que podemos ser.

desconhecido


Conselhos errados que as pessoas dão: Diga não às drogas!





Este post não vai fazer apologia às drogas ou algo do tipo. MAS vai afirmar que dizeres como “diga não às drogas”, “drogas fazem mal” ou aquelas imagens horrendas nas embalagens de cigarro (que mostram gangrena e coisas do tipo) talvez não funcionem – pelo menos para pessoas com propensão à dependência química. Ou seja, o problema não está no que o conselho diz, mas em como ele faz isso.

Foi o que descobriu um estudo das Universidades de Indiana e de Wayne State, nos Estados Unidos. Segundo os pesquisadores, mensagens desse tipo (destacando consequências ou palavras negativas), embora sejam amplamente usadas, não têm o mesmo impacto no cérebro de dependentes químicos quanto uma mensagem positiva e, portanto, seriam ineficientes para tentar fazer as pessoas desistirem de consumir drogas (lícitas ou não).

O estudo
Usando imagens obtidas com ressonância magnética funcional, os pesquisadores examinaram o impacto de diferentes mensagens sobre o cérebro de dependentes químicos e comparou-os com os efeitos sobre não-dependentes.

Enquanto isso, os participantes participaram um jogo virtual que envolve tomada de decisões, chamado Iowa Gambling Task. Quatro baralhos de cartas apareciam em uma tela, e os participantes foram informados ou de que iriam ganhar ou perder dinheiro escolhendo certos baralhos.

O resultado
Quando recebiam mensagens negativas (dizendo que a escolha de certas cartas levaria a perdas), o grupo de dependentes químicos mostrou atividade cerebral menor nas áreas que avaliam o risco. Uma região específica envolvida aí, o córtex cingulado anterior, também está fortemente envolvida numa variedade de desordens clínicas, como o abuso de drogas, o TDAH, autismo, esquizofrenia e transtorno obsessivo-compulsivo.

Além disso, as mensagens negativas provocaram reações significativamente piores e mais arriscadas no grupo dos viciados. O resultado sugere que eles processam as mensagens de forma diferente – especialmente as que enfatizam a perda ou redução das perspectivas de ganho.

Mas, para o autor principal do estudo, o professor Joshua Brown, ainda é cedo para saber se mensagens positivas (destacando os benefícios de se permanecer limpo, por exemplo) são mais eficazes para reduzir o uso de drogas porque sua experiência envolveu decisões sobre o dinheiro. Ele e sua equipe estão trabalhando para descobrir isso.

O que você acha?


Fonte: Ana Carolina Prado/Superinteressante



quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Facebook - Conheça a história!





O maior website de relacionamentos do mundo foi lançado em fevereiro de 2004 por um grupo de jovens universitários da Havard. A plataforma, inicialmente, era apenas disponível aos estudantes da própria Universidade. Assim que começou a funcionar, o chamado The Facebook, teve 22 mil acessos em apenas 2 horas. Mark Zuckerberg, Dustin Moskovitz, Eduardo Saverin e Chris Hughes são os fundadores desta rede que mais cresce no mundo nos últimos anos.

A história do Facebook se popularizou no filme "A Rede Social" (The Social Network). A ideia dos jovens era criar um website de relacionamento onde a experiência social dos colegas universitários acontecesse online. Compartilhar fotos, dizer o que achou da última festa, convidar alguém para sair, ter um espaço virtual para interagir com os amigos, conhecer novas pessoas. Este era basicamente o Facebook. Na página oficial, a rede é apresentada como um espaço que "ajuda as pessoas a se comunicarem com mais eficiência aos seus amigos, familiares e colegas de trabalho."

O acesso ao Facebook aos poucos foi crescendo entre as universidades americanas. Os jovens ligados as Universidades eram convidados a ingressar. Em poucos meses, o website era o mais acessado entre várias Instituições. Em menos de um ano já tinha 1 milhão de usuários ativos. Em pouco mais de um ano, já era acessado por estudantes de mais de 800 Universidades. Em 2005, o acesso foi expandido a escolas internacionais. E no início de 2006, algumas empresas e estudantes de ensino médio também começaram a ser aceitos. Em setembro deste mesmo ano, o Facebook foi aberto para quem quisesse se registrar.

Rapidamente o Facebook virou febre entre os jovens de todo o mundo. Passou a receber investimentos bilionários, seu layout foi repaginado e novos aplicativos foram sendo incorporados à rede. Tornou-se uma grande empresa, atualmente sediada em Palo Alto, na Califórnia. Aos poucos, a página de relacionamentos tornou-se uma vitrine mundial, e a rede de amigos, um espaço que despertou o interesse de anunciantes. A Mark Zuckerberg, o criador de todo o sistema do Facebook tornou-se o bilionário mais jovem do mundo.

Os executivos do Facebook continuam empenhados em lançar novidades e manter o crescimento mundial desta rede. Em abril de 2010, foi criado o botão "curtir" (Like), mais uma ferramenta de interatividade do Facebook. "Gostou do que eu postei, desta foto, vídeo ou link, aperte o botão 'curtir'".

O Facebook passou a interligar milhões de páginas da Internet. Mais de 10 mil sites adicionam o botão "curtir" por dia.

O Facebook não para de crescer. Atualmente são mais de 1 bilhão  de usuários ativos, pessoas que gastam 700 bilhões de minutos por mês somente nesta página. Seu crescimento médio mensal é de 10%. A página tornou-se o maior acervo digital de fotos dos Estados Unidos, com milhões de aplicativos criados por dia. A rede é também uma das mais acessadas por dispositivos móveis. Mais de 250 milhões de usuários acessam o Facebook regularmente de celulares, smartphones e tablets.

O Facebook hoje está entre os 10 sites mais acessados do mundo, no ranking Alexa Internet Inc., serviço de internet que mede quantos usuários visitam um site. A plataforma também aparece como o 1º colocado entre os sites mais acessados do mundo buscados pelo Google, na lista da Ad Planner Top 1000 Site.



O português é o idioma que obteve o maior crescimento no Facebook em dois anos. Segundo dados da SocialBakers, o número de usuários que optaram por visualizar o site em português saltou de 6,1 milhões (maio de 2010) para 58,5 milhões (novembro de 2012), mantendo o idioma atrás do inglês, com quase 360 milhões de usuários, e o espanhol, com 142 milhões.

O português cresceu praticamente 10 vezes entre 2010 e 2012. Tamanha ascensão não se repetiu com os demais. O inglês teve um aumento de 1,6 vezes e o espanhol, 2,3. Além do Brasil, o mais notável se dá com a língua árabe, o nono idioma mais usado, que chegou a um número de usuários quase seis vezes maior.

Comparando-se os países, o Brasil é o segundo com maior quantidade de perfis na rede social, que já passa dos 1 bilhão de usuários. O Brasil, à frente da Índia e atrás dos EUA, responde por 61,8 milhões dos usuários (a diferença entre este número e de usuários que visualizam a rede em “português” se dá simplesmente pelo fato de muitos usuários falantes da língua optarem por um idioma alternativo ao seu nativo), mas está em 42º no ranking dos países que mais cresceram no Facebook nos últimos seis meses.

Certamente, você deve estar fazendo parte desta estatística!

Fonte: Publionline/Tribuna Hoje









terça-feira, 27 de novembro de 2012

Cigarro prejudica o cérebro!






Não é apenas o pulmão que perde quando você acende um cigarro. Uma pesquisa da Universidade King’s College London descobriu que o cérebro também se dá mal. E, não à toa, os fumantes sofrem mais na hora de aprender coisas novas, memorizar e raciocinar.

Os pesquisadores convidaram 8,8 mil pessoas para os testes, todas com mais de 50 anos. Os voluntários tiveram de memorizar novas palavras e nomes ou citar a maior quantidade possível de animais em um minuto.  Eles refizeram as atividades quatro e oito anos depois.

E nessa história os fumantes realmente levaram a pior. Outros fatores, como obesidade e pressão alta, também atrapalham a capacidade cognitiva do cérebro. Mas nada é faz tão mal a ele quanto o cigarro.

A pior parte da história é que, segundo os pesquisadores, o risco de ter um derrame ou infarto está “significativamente associado ao declínio das atividades cognitivas”. “Nós precisamos conscientizar as pessoas sobre a necessidade de mudar o estilo de vida, por conta do risco de diminuição das atividades cognitivas”, alerta o pesquisador Alex Dregan.

E então? Você se acha inteligente por acender essa porcaria? Vai continuar fumando perto dos outros e obrigar as pessoas a serem fumantes passivas?


Fonte: Superinteressante


segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Continua a violência contra as mulheres!




Seis anos após a promulgação da Lei Maria da Penha, o Brasil tem demonstrado esforços no combate à violência contra a mulher, e o número de denúncias vem aumentando, mas a maioria ainda esbarra em um velho obstáculo que beneficia os agressores: a impunidade.

A legislação que foi sancionada em 2006 é considerada modelo internacionalmente e leva o nome da ativista cearense que ficou paraplégica após ser baleada pelo marido, que a espancou por mais de dez anos.
O serviço Ligue 180, criado na mesma época da promulgação da lei, recebeu quase 3 milhões de ligações nos últimos seis anos, sendo 330 mil denúncias de violência, algo interpretado por especialistas como um sinal de que cada vez mais mulheres vêm utilizando este canal em busca por justiça.

Mas analistas avaliam que, na prática, o que impede o avanço do país rumo à eliminação da violência contra a mulher é o Judiciário, que ainda processa os casos com muita lentidão. Além disso, muitos juízes ainda tratam a questão com preconceito e machismo, primando por tentativas de conciliação mesmo diante das evidências de abusos, dizem pesquisadores da área.

Também há indícios de uma morosidade do governo nas esferas municipal, estadual e federal em agilizar a estruturação da rede de atendimento à mulher prevista pela lei.

Mais violência
Enquanto isso, estatísticas recentes mostram uma tendência de aumento da violência.
Segundo um levantamento do Instituto Sangari, baseado em dados obtidos de certidões de óbito e da Organização Mundial de Saúde (OMS, ligada à ONU), o Brasil acumulou mais de 90 mil mortes de mulheres vítimas de agressão nos últimos 30 anos.

Em 1980 eram 1.353 assassinatos deste tipo por ano, e em 2010 a crifra saltou para 4.297. Além disso, o Brasil fica em 7º lugar no ranking dos países com mais mortes de mulheres vítimas de agressão.
Algo que Eleonora Menicucci, ministra chefe da Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM), órgão do governo federal, classifica como "lamentável".

Taxas de homicídios femininos (em 100 mil mulheres), em 2010
Espírito Santo - 9,4
Alagoas - 8,3
Paraná - 6,3
Paraíba - 6,0
Mato Grosso do Sul - 6,0
Pará - 6,0
Distrito Federal - 5,8
Bahia - 5,6
Mato Grosso - 5,5
Pernambuco - 5,4
Tocantins - 5,1
Goiás - 5,1
Roraima - 5,0
Rondônia - 4,8
Amapá - 4,8
Acre - 4,7
Sergipe - 4,2
Rio Grande do Sul - 4,1
Minas Gerais - 3,9
Rio Grande do Norte - 3,8
Ceará - 3,7
Amazonas - 3,7
Santa Catarina - 3,6
Maranhão - 3,4
Rio de Janeiro - 3,2
São Paulo - 3,1
Piauí - 2,6
Fonte: Instituto Sangari.

"É realmente lamentável que o Brasil ainda esteja na 7ª posição neste ranking. Eu gostaria que a gente nem aparecesse, mas creio que todas as nossas políticas públicas impactam este cenário e que estamos no caminho certo".




Impunidade
Para Wania Pasinato, socióloga e pesquisadora do Núcleo de Estudos da Violência da USP, as estatísticas soam como um alerta de que a lei não está sendo aplicada como deveria e que o país falha em não reduzir mais o sofrimento e as mortes de milhares de brasileiras.

"A gente diz o tempo todo para essas mulheres denunciarem a violência, mas nada é feito. O Estado não reage à essa denúncia, ou se reage, fica apenas no papel. Essa ineficiência cria um cenário de impunidade muito perverso", diz.

Já a ministra Eleonora Menicucci argumenta que na visão do governo federal o combate à impunidade é importante e configura a segunda etapa do esforço para conter a violência.
Mas ela admite que é "ponto pacífico" que existe uma "morosidade enorme nos processos".

Na metade deste ano a SPM lançou a campanha "Compromisso e Atitude no Enfrentamento à Impunidade e à Violência contra às Mulheres", focando no Ministério Público e Conselho Nacional de Justiça.
"Temos duas frentes: mudar a mentalidade da sociedade e do Judiciário. São os juízes que vão dar velocidade aos processos e audiências", explica, acrescentando que "o Brasil é um país muito grande, as culturas e os procedimentos são muito diferentes".

Ela destaca, no entanto, que entre julho de 2010 e dezembro de 2011 em todo o país foram realizadas 26.410 prisões de agressores, 4.146 detenções preventivas e que mais de 685.905 processos de agressão contra mulheres estão tramitando em cortes brasileiras.

O Observatório Lei Maria da Penha, ligado à Universidade Federal da Bahia (UFBA), que monitora a aplicação da lei em todo o Brasil, diz que ainda há muito machismo e preconceito entre delegados e juízes, que tendem a classificar a violência contra a mulher como um assunto de foro íntimo, relegado a um segundo plano diante de outras questões.

"Há casos de mulheres que denunciam o agressor e esperam mais de seis meses por uma audiência, e o juíz ainda tende a ignorar a gravidade da denúncia e primar pela conciliação e a retirada da queixa. Sobretudo no Nordeste, vemos até o assédio de policiais contra as mulheres no momento da denúncia, quando elas estão fragilizadas", diz Márcia Tavares, uma das pesquisadoras do grupo.
Wania Pasinato acredita que o Judiciário brasileiro simplesmente não está preparado para aplicar uma legislação de proteção à mulher.

"Eles veem apenas a dimensão criminal. O posicionamento de juízes e da segurança pública precisa ser modernizado. É necessário haver mais esforço, o que não está acontecendo. Muitos magistrados desconhecem totalmente a lei".

Estrutura

Ministra Eleonora Menicucci admite que rede de proteção á mulher ainda é insuficiente
Um dos aspectos mais elogiados da lei Maria da Penha é o fato de que a legislação vê a violência contra a mulher não só como um problema criminal mas também social.

E para agir com mais eficiência rumo à uma transformação real da cultura de dominação machista e agressão, o texto da lei prevê a criação de uma rede de atendimento composta por diversas esferas, entre elas juizados especiais e abrigos onde as mulheres podem ficar seguras após fazer denúncias.

Mas até mesmo a SPM reconhece que essa estrutura ainda está muito aquém do necessário.
"É realmente verdade, infelizmente. A rede de proteção e as delegacias especiais são estaduais, já as casas-abrigo são municipais. Estamos propondo que os juizados sejam regionais, para melhorar essa estrutura", diz a ministra Eleonora Menicucci.

Ela explica que a SPM repassa recursos federais aos Estados a cada quatro anos, quando ocorre um acordo mediante a apresentação de projetos. No ciclo atual, apenas três Estados já renovaram suas verbas (Distrito Federal, Paraíba e Pará), recebendo um total de R$ 29,9 milhões. Os outros estão pendentes.
A pesquisadora da USP Wania Pasinato diz que os investimentos para que a rede seja de fato ampliada e que “a maioria das tentativas têm fracassado”.
"Fica difícil transformar esse direito formal em um atendimento concreto sem essas estruturas previstas pela lei".

Para a socióloga, o alto número de assassinatos de mulheres no país é um alerta de que a lei, de fato, não está sendo aplicada como deveria, e que a sociedade brasileira ainda precisa avançar para aceitar o fato de que "bater em mulher" é crime.

"Passamos por muitas transformações e o papel da mulher foi alterado de forma muito radical no país. Temos uma presidente mulher, algo muito simbólico. São mudanças que a nossa cultura machista ainda não conseguiu absorver e que ameaçam os homens com a mentalidade dominadora".

Fonte: BBC Brasil



sábado, 24 de novembro de 2012

Homens sofrem com o divórcio.





Quem sofre mais com o fim do casamento: o homem ou a mulher? É relativo, claro. Mas quem tem maior tendência a botar o pezinho para fora do parapeito quando o relacionamento acaba, segundo o pesquisador Eiji Yamamura, da Universidade de Seinan Gakuin (Japão), é o homem.

 Ele analisou registros de divórcios e suicídios do Ministério da Saúde, Trabalho e Previdência do Japão ao longo de 13 anos e viu que, quando o divórcio é finalizado, os ex-maridos ficam cerca de duas vezes mais propensos ao suicídio do que as ex-mulheres.

Mas não é exatamente o coração que dói – é o bolso. O empurrãozinho para acabar com a própria vida é o desfalque financeiro: de acordo com o estudo, a tendência ao suicídio aumenta “graças aos ‘custos de compensação’ que os homens tendem a pagar às mulheres após o divórcio”.

 Outra razão para o “fenômeno”, segundo o cara, é que as mulheres tendem a participar menos do mercado de trabalho e, portanto, têm mais tempo livre para “socializar” do que os maridos. E essa interação social maior diminui as tendências suicidas. (Pensando naquele modelo tradicional de “marido que trabalha fora e esposa dona de casa”.)

Thiago Perin/superinteressante



sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Mulher fala demais?





Dá coceira na língua quando você escuta uma fofoca? Se você é dessas, não está sozinha, a maioria das mulheres não consegue guardar um segredo por mais de 32 minutos.

É o que diz a pesquisa da Skin Care, uma empresa de produtos para a pele, que entrevistou 3 mil mulheres britânicas. Cerca de 10% delas confessou ser incapaz de guardar um segredo. E 85% assumiram que gostam de escutar fofocas.

 Metade delas ainda disse que sente necessidade de compartilhar a notícia com alguém – e isso acontece, no máximo, 32 minutos depois receber a confissão/desabafo do colega.

As fofocas preferidas são casos extraconjugais, cirurgias plásticas e problemas no relacionamento. Bem, pelo menos elas contam para pessoas de confiança: em geral, para o marido, mãe ou melhor amigo.

É, pelo jeito mulher é mesmo boca aberta. E você, por quanto tempo consegue guardar um segredo?


Fonte: Carol/Superinteressante

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Barbosa assume comando do STF - Esse merece!




Joaquim Barbosa / AFP

O ministro Joaquim Barbosa assume nesta quinta-feira a Presidência do Supremo Tribunal Federal (STF) em uma cerimônia que busca fazer jus à fama que conquistou nos últimos meses.
Cerca de 2 mil pessoas foram convidadas para o evento, que começou às 15h (horário de Brasília) no Supremo e se estenderá noite adentro em um dos principais bufês de Brasília – o Porto Vittoria, às margens do lago Paranoá. A festa será paga por associações de juízes.

Jornalistas acompanharão a cerminônia da posse em telões montados do lado de fora do tribunal.
Entre os convidados estão a presidente Dilma Rousseff e o presidente da Câmara, Marco Maia, além de celebridades como os atores Lázaro Ramos e Taís Araújo, a apresentadora Regina Casé, os músicos Djavan e MV Bill e o ex-piloto Nelson Piquet.

Também são esperados representantes do movimento negro brasileiro, como o reitor da Faculdade Zumbi dos Palmares, José Vicente, e o advogado Humberto Adami, do Instituto de Advocacia Racial.
Cerca de 100 convites foram enviados a ex-colegas do ministro que lecionam em universidades nos Estados Unidos, França, Grã-Bretanha e Alemanha.

Fato inédito
Historicamente, a troca de comando no Supremo costuma ocorrer em eventos discretos e cheios de protocolo, em que a grande maioria dos convidados são autoridades e pessoas próximas aos presidente e vice-presidente que assumem.

A grandiosidade do evento desta quinta-feira é atribuída a um fato inédito na história do Supremo: Barbosa será o primeiro negro a assumir a Presidência do órgão. No entanto, a fama do ministro cresceu nos últimos meses não apenas por causa da cor de sua pele, mas por sua atuação no julgamento do mensalão.

Barbosa é o relator da ação penal, apontada como um marco para a história do STF. No processo, a maioria dos magistrados acompanhou a posição do ministro e considerou procedente a denúncia de que, entre 2003 e 2005, integrantes do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva desviaram recursos públicos para comprar apoio político.

Nas sessões, que começaram em 2 de agosto e não têm data para terminar, 25 dos 37 réus foram considerados culpados, entre os quais o ex-ministro José Dirceu, condenado a dez anos e dez meses de prisão.
Nas próximas semanas, o órgão deverá concluir a definição das penas dos condenados.

Fama
Durante o julgamento, Barbosa ganhou fama repentina: enquanto votava no Rio, no mês passado, ele foi abordado por moradores que queriam ser fotografados ao seu lado.
Desde então, o ministro estampou capas de revistas e foi citado por jornais estrangeiros. Para o The New York Times, ele está emergindo do julgamento como uma espécie de "herói político".
A popularidade de Barbosa tem gerado até especulações de que ele pode se lançar na política, hipótese não confirmada por ele.

Nomeado para o STF em 2003 pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Barbosa, de 58 anos, foi alçado ao comando da corte em votação simbólica. A tradição do Supremo recomenda que a Presidência seja exercida pelo ministro há mais tempo na casa e que ainda não a tenha ocupado.
Ele substituirá o ministro Ayres Britto, que se aposentou na semana retrasada após completar 70 anos, e ficará no posto por dois anos.

Relações tensas
Festejado nas ruas, Barbosa mantém relações tensas com alguns membros do Supremo. Durante o julgamento do mensalão, ele trocou farpas com dois colegas: o revisor do processo (e agora vice-presidente do STF), Ricardo Lewandowski, e o ministro Marco Aurélio Mello.
Antes do julgamento, Barbosa já se envolvera em outras discussões no Supremo e fora objeto de comentários depreciativos de colegas.

Em 2007, a ministra Carmen Lúcia foi flagrada por jornalistas ao enviar uma mensagem para Lewandowski em que citava a nomeação de Barbosa para a relatoria do processo do mensalão. "Esse vai dar um salto social com o julgamento", escreveu a ministra.

Em 2009, durante um bate-boca na corte, o então presidente do STF, Gilmar Mendes, afirmou que Barbosa não tinha "condições de dar lição a ninguém". Barbosa respondeu: "Vossa Excelência, quando se dirige a mim, não está falando com os seus capangas do Mato Grosso, ministro Gilmar".

Carreira internacional
Nascido em Paracatu (MG), Barbosa se formou em direito na Universidade de Brasília e fez mestrado e doutorado na Universidade de Paris-II.
É professor licenciado da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e autor de dois livros sobre direito – um sobre o funcionamento do Supremo, editado na França, e outro sobre o efeito de ações afirmativas nos Estados Unidos.

Antes de ingressar na corte, o ministro ocupou diversos cargos na administração federal, entre os quais o de procurador da República (entre 1984 e 2003), chefe da consultoria jurídica do Ministério da Saúde (1985-88) e oficial de chancelaria do Ministério das Relações Exteriores (1976-1979), chegando, inclusive, a servir na embaixada do Brasil na Finlândia.


Fonte: João Fellet/BBC

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Lula - O Brasil não pode esquecer!





Eu acho que apesar de o Mensalão estar sendo julgado e muitos dos personagens deste esquema terem sido condenados, o povo brasileiro não pode esquecer que o ex-presidente Lula estava sim envolvido e, como seus colegas de partido que foram condenados, deve sim explicação para os milhões de brasileiros que foram responsáveis pelos seus dois mandatos.

 Não podemos esquecer que em julho de 2005, uma reportagem da revista VEJA revelou que o ex-presidente soube muito mais a respeito do escândalo do que admitiu. Depois de ouvir 29 ministros, senadores, deputados, governadores e assessores, descobriu-se que, em pelo menos cinco ocasiões - em Brasília, em Goiás e até na viagem à China -, o caso chegou aos ouvidos de Lula. O ex-presidente sempre declarou não saber da existência da quadrilha - encabeçada por homens de confiança de seu governo.

Depois da denúncia feita por Antonio Fernando de Souza, ex-procurador-geral da República, o ex-presidente ficou na incômoda situação de explicar como se pôde armar ao seu redor uma quadrilha tão numerosa e organizada. O procurador-geral deixou vago no organograma da quadrilha o posto logo acima de Dirceu. Mas o quebra-cabeça não é de difícil solução.  A "organização criminosa" funcionava com o objetivo de sustentar o projeto de poder do PT — e é evidente que o beneficiário era o presidente.

 Um presidente pode ser enganado por autores da corrupção que ocorre num ministério de importância média comandado por um aliado recém-chegado — mas é impossível que não seja informado sobre o que se faz no coração de seu governo, uma instituição como a Casa Civil, comandada por um homem como José Dirceu, a quem ele mesmo chamou de "capitão do time".

 O escândalo, porém, lamentavelmente não abalou suficientemente a imagem do ex- presidente - que chegou a viver sob o fantasma do impeachment - a ponto de impedi-lo de reeleger-se em 2006, nem de fazer sua sucessora em 2010. Sete anos após o estouro do escândalo, Lula foi implicado no mensalão justamente pelo operador do esquema, Marcos Valério.

 Outra reportagem da revista VEJA de setembro de 2012, que até mesmo publiquei sobre isso (http://eliezersaibatudo.blogspot.com.br/2012/09/marcos-valerio-abre-o-bico.html) revelou que, diante das condenações no Supremo Tribunal Federal, Valério confessou a pessoas próximas que, em troca do seu silêncio, recebeu garantias do PT de uma punição branda no julgamento do mensalão - o que não ocorreu. E deixou claro por que seu silêncio é importante para o partido: Valério afirma que Lula não só sabia de tudo como comandava o esquema. Segundo o operador do mensalão, o caixa movimentado pelo mensalão foi de 350 milhões de reais - muito mais dos que os 129 milhões descobertos durante as investigações do caso. 350 milhões de reais não são 350 reais. É muito dinheiro! Dinheiro nosso que somos contribuintes!


Artigo tendo como base o site da  Revista Veja.


terça-feira, 20 de novembro de 2012

Jovem cria exame de câncer no pâncreas 168 vezes mais rápido!





Aos 15 anos, o americano Jack Andraka está US$ 100 mil mais rico. E isso é o fato menos interessante na vida dele. A grana veio dos prêmios que ele venceu, incluindo o primeiro lugar no Gordon E. Moore Award, feira de ciências da Intel que avalia projetos de jovens estudantes do mundo. Os reconhecimentos foram pela maneira revolucionária de diagnosticar câncer de pâncreas criada pelo garoto. O método também funciona para a doença no ovário e pulmão.

Jack combinou papel-filtro com nanotubos de carbono. Com a mistura, é possível identificar a presença de mesotelina, proteína presente em pacientes com essas doenças. A detecção é 168 vezes mais rápida do que a atual, tem sensibilidade 400 vezes maior e seu custo é uma fração mínima do preço atual —
US$ 0,03 contra US$ 800. Ou seja, o atual é 26 mil vezes mais caro. “O mais importante do método é ajudar a identificar a doença quando há mais chance de cura”, disse o prodígio a GALILEU.

O desejo de estudar novas maneiras para diagnóstico de câncer surgiu quando o tio de Jack morreu por conta da doença no pâncreas. A taxa de sobrevivência nesses casos é baixíssima: 6% dos diagnosticados sobrevivem após 5 anos. Famosos como Steve Jobs e o ator Patrick Swayze morreram devido à doença.

Para chegar à solução, Jack precisou suar. Depois de desenvolver o método na teoria, estudando em casa, era preciso testá-lo em laboratório. Jack enviou, então, 200 e-mails pedindo apoio de pesquisadores, e só obteve recusas e silêncio. Até que Anirban Maitra, professor de oncologia na Universidade Johns Hopkins, cedeu o espaço e virou tutor do garoto.

A rotina de Jack então mudou: saindo do colégio, passava as tardes pesquisando sobre câncer no laboratório e criando a nova forma de detecção, em fase de patente. Com adaptações, ela também poderia ser usada no diagnóstico de Aids e salmonela, ajudando a salvar milhares de vidas. Missão honrosa para um garoto de 15 anos. “Só quero ter certeza de que essa invenção vai ajudar as pessoas.” Um excelente exemplo para os nossos jovens de hoje!

Fonte: Revista Galileu


Negros com salário melhor?






Hoje é dia da Consciência Negra. Apesar de nós, negros não termos muito o que comemorar, já que as desigualdades sociais atingem a todas as raças aqui nesse nosso sofrido Brasil, de vez em quando aparece alguma notícia que se pode dizer que é positiva. Aqui na capital do estado, uma pesquisa demonstrou que
em condições desiguais no mercado de trabalho, os negros começam a diminuir a distância de salários na comparação com não negros. A maior valorização profissional fez com que trabalhadores da raça aumentassem a participação em cargos de liderança na região metropolitana de Porto Alegre.

A redução da distância na remuneração é constatada em pesquisa da Fundação de Economia e Estatística (FEE), com base em dados da Pesquisa de Emprego e Desemprego. De 2008 a 2011, o rendimento dos negros – pretos e pardos – teve variação maior do que o dos não negros – brancos e amarelos (veja comparação abaixo).

– Os negros continuam ganhando menos do que os brancos, mas à medida que os preconceitos vão se desarmando e o acesso à educação é facilitado, essa diferença começa a diminuir – diz a economista da FEE Dulce Helena Vergara, acrescentando que hoje é mais comum encontrar afrodescendentes em cargos de chefia e coordenação.

Aos 34 anos, Maurício Oliveira viu seu salário ser multiplicado ano a ano, cada vez que foi promovido nas agências de publicidade em que trabalhou na Capital. Diretor de criação da DCS desde o ano passado, Oliveira lidera uma equipe de 12 pessoas. A ascensão profissional, que lhe rendeu reconhecimento e prêmios regionais e nacionais, foi conquistada com muito trabalho e esforço.

– A segregação social é muito maior do que a racial. A questão toda passa pelo acesso à educação – avalia o publicitário, que cursou o Ensino Fundamental em escola pública e o Ensino Médio em particular.

Embora tenha conquistado avanços, em um panorama geral os negros ainda estão em condições desfavoráveis – desde salários até cargos que ocupam. Apesar dos desafios, o presidente do Conselho Municipal do Negro em Porto Alegre, Victor Hugo Amaro, destaca a mudança de comportamento dos afrodescendentes, ao lembrar o Dia da Consciência Negra, comemorado nesta terça-feira no país.

A maior inserção dos negros no mercado de trabalho é atribuída especialmente às políticas sociais (bolsa escola e família) e de cotas (em universidades). Embora com resultado lento, as ações são vistas como formas eficientes de equiparar mais de um século de exclusão.

– Essas políticas provocam mudanças, mesmo que demoradas, nas camadas mais desprotegidas, os negros e as pessoas com menor poder aquisitivo – afirma a socióloga Rosinha Machado Carrion, professora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Para Rosinha, o racismo está na construção social, que não carrega só a questão racial, mas na "hierarquização das diferenças das pessoas".

Rendimento médio real dos trabalhadores ocupados na região metropolitana de Porto Alegre:

Crescimento percentual da renda dos negros avança mais do que o dos não negros...

Negros
2008: R$ 983
2009: R$ 992
2010: R$ 1.020
2011: R$ 1.078
Variação no período: 9,7%

Não negros
2008: R$ 1.449
2009: R$ 1.504
2010: R$ 1.556
2011: R$ 1.564
Variação no período: 7,9%

...e a diferença entre a renda de não negros e negros diminuiu

2008
Não negros: R$ 1.449
Negros: R$ 983
Diferença: 47,41%

2011
Não negros: R$ 1.564
Negros: R$ 1.078
Diferença: 45,08%

Não é muita coisa, mas já um avanço positivo. Esperamos ainda chegar a um ponto em que não haja diferença nenhuma, tanto na questão salarial como na social. E que não mais se diferencie as pessoas humanas por raças, porque afinal de contas, todos somos humanos e não é a cor da pele ou o tipo de cabelo que vai definir o caráter e a capacidade de uma pessoa.

Fonte: /Fundação de Economia e Estatística (FEE)/ Zero Hora

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

O Homem Que Começou a Espalhar a Morte!


James Buchanan Duke



Ele parece pequeno e inofensivo – branco e com apenas oito centímetros de tamanho. Mas o cigarro é visto como um dos grandes males da saúde pública e repudiado como poucos produtos.
Mas quem o inventou e como essa pessoa pode ser responsabilizada pelas inúmeras mortes provocadas pelo cigarro?

O cirurgião americano Alton Ochsner lembra que, quando ainda era estudante de medicina em 1919, sua turma foi chamada para assistir a uma autópsia de uma vítima de câncer de pulmão. Na época, a doença era tão rara que os estudantes acharam que não teriam outra chance de testemunhar algo parecido.
Quase um século depois, estima-se que 1,1 milhão de pessoas morram por ano da doença. Cerca de 85% dos casos são relacionados a apenas um fator: tabaco.

"O cigarro é o artefato mais mortal da história da civilização humana", diz Robert Proctor, da Universidade de Stanford. "Ele matou cerca de 100 milhões de pessoas no século 20."

Fenômeno
Jordan Goodman, autor do livro Tabaco na História disse que, como historiador, ele teve o cuidado de não apontar o dedo a nenhum indivíduo, "mas na história do tabaco eu me sinto confiante em dizer que James Buchanan Duke – conhecido como Buck Duke – foi responsável pelo fenômeno do século 20 conhecido como cigarro".

Em 1880, aos 24 anos, Duke entrou em um nicho da indústria do tabaco – os cigarros já enrolados. Uma equipe pequena de Durham, no Estado da Carolina do Norte, enrolava a mão os cigarros Duke of Durham.
Dois anos depois, Duke percebeu uma chance de ganhar dinheiro. Ele começou a trabalhar com um jovem mecânico chamado James Bonsack, que disse que poderia construir uma máquina para fabricar cigarros.
Duke estava convencido que as pessoas estariam dispostas a fumar os cigarros perfeitamente simétricos produzidos pela máquina.

O equipamento revolucionou a indústria do tabaco.
"Trata-se, essencialmente, de um cigarro de tamanho enorme, cortado em comprimentos apropriados, por lâminas rotativas", diz Robert Proctor.
Mas, como as pontas ficavam abertas, o tabaco precisava ser umedecido, para ficar rígido, e não cair do cigarro. Isso era feito com ajuda de aditivos químicos, como glicerina, açúcar e melaço.

Mas esse não era o único desafio. Antigamente, as funcionárias enrolavam cerca de 200 cigarros por turno. A nova máquina produzia 120 mil cigarros por dia – um quinto do consumo de todos os Estados Unidos, na época.
"O problema é que ele era capaz de produzir muito mais cigarros do que conseguia vender", diz Goodman. "Ele precisava entender como conquistar esse mercado."


A máquina da morte


Marketing e publicidade
A resposta estava na publicidade e no marketing. Duke patrocinou corridas, distribuiu cigarros gratuitamente em concursos de beleza e colocou anúncios nas revistas da época.
Ele também percebeu que a inclusão de figurinhas colecionáveis nas carteiras de cigarro era tão importantes quanto trabalhar na qualidade do produto. Em 1889, ele gastou US$ 800 mil em marketing (ou US$ 25 milhões, em valores de hoje em dia).

Bonsack ficou com a patente da máquina, mas, em gratidão ao apoio de Duke, deu 30% de desconto no seu aluguel ao industrial.
A vantagem competitiva – aliada à promoção vigorosa – foi fundamental para o sucesso de Duke. Como suspeitava, as pessoas gostavam dos cigarros feitos pela máquina. Eles tinham aparência mais moderna e higiênica. Uma das campanhas enfatizava o fato de que cigarros manuais eram feitos com contato da mão e da saliva de outras pessoas.

Mas, apesar de o número de fumantes ter quadruplicado nos 15 anos até 1900, o mercado ainda era um nicho, já que a maioria das pessoas mascava tabaco ou fumava usando cachimbos ou charutos.
Duke – que também era fumante – viu o potencial competitivo dos cigarros em relação aos demais produtos. Uma das vantagens era a facilidade para acendê-los, ao contrário dos cachimbos.
"O cigarro, realmente, era usado de forma diferente", diz Proctor. "E uma das grandes ironias é que os cigarros eram considerados mais seguros do que os charutos porque eram vistos como apenas 'pequenos charutinhos'."

Mas um elo direto com câncer de pulmão não foi encontrado até 1957 na Grã-Bretanha e 1964 nos Estados Unidos.
Os cigarros chegaram a ser promovidos como benéficos à saúde. Eles eram listados nas enciclopédias farmacêuticas até 1906 e indicados por médicos para casos de tosse, resfriado e tuberculose – uma doença que é agravada pelo fumo.

Moralidade

Cigarros já foram vistos como benéficos à saúde, no começo do século passado
No começo dos anos 1900, houve um movimento antitabagismo, mas ele estava mais relacionado à moralidade do que à saúde.

O crescimento no número de crianças e mulheres fumantes era parte de um debate sobre o declínio moral da sociedade. Os cigarros foram proibidos em 16 Estados americanos entre 1890 e 1927.
A atenção de Duke voltou-se para o exterior. Em 1902, ele formou a empresa britânica British American Tobacco. As embalagens e o marketing foram ajustados para mercados consumidores diferentes, mas o produto era basicamente o mesmo.

"Para ele, todos os cigarros eram iguais. Toda a globalização que hoje nos é familiar, com marcas como McDonalds e Starbucks – tudo isso foi antecipado por Duke e seus cigarros."
A indústria do cigarro continua em expansão até hoje. Apesar de ela estar em queda em determinados países desenvolvidos, no mundo emergente, a demanda por cigarros cresce 3,4% por ano. Em números globais, a indústria ainda está crescendo.



A Organização Mundial da Saúde alerta que, caso não sejam adotadas medidas preventivas, 100 milhões de pessoas morrerão de doenças relacionadas ao tabaco nos próximos 30 anos – um número superior à soma de vítimas da Aids, tuberculose, acidentes de carros e suicídios.
Mas Buck Duke pode ser responsabilizado por isso? Afinal de contas, ninguém é obrigado a fumar.
Em um ensaio recente para a revista Tobacco Control, Robert Proctor argumenta que todos na indústria tabagista têm sua parcela de culpa.

"Nós temos que perceber que anúncios podem ser cancerígenos, junto com as lojas de conveniência e até farmácias que vendem cigarros. Os executivos que trabalham na indústria tabagista causam câncer, assim como os artistas que desenham as carteiras e as empresas de relações públicas e marketing que lidam com essas contas", diz Proctor.

Buck Duke morreu em 1925, antes da era dos grandes processos e da responsabilização do tabaco por doenças como câncer de pulmão.
"Eu não o culparia pelo [crescimento do] consumo de cigarros", diz Bob Durden, que é biógrafo do industrial. Ele aponta que Duke também foi responsável por ações positivas, como doações de mais de US$ 100 milhões para o Trinity College, na Carolina do Norte, que foi rebatizado de Duke University, em sua homenagem.

"Ele foi tanto um herói quanto um vilão ", diz Goodman. "Buck Duke é um herói em termos de sua compreensão do mercado e da psicologia humana, da formação de preço, da publicidade. Nesse sentido, ele não é vilão. Mas ele fez o mundo fumar cigarros. E os cigarros são o grande problema do século 20."



Fonte: BBC Brasil


domingo, 18 de novembro de 2012

Momentos e Saudade - Momento Poesia.




Sentir Saudade,
Sinto vivamente, tal palavra que me consome
Palavra da língua dos nobres poetas
palavra tão forte, como o ato de sentir fome
Sede de loucuras e vontades, sublimes desejos
É a falta do teu corpo no leito de meus lençóis
O suave perfume dos teus cabelos
Que embalava sobre doces sonhos e fantasias
Era o aconchego doce e puro da tua alma
Deitada sobre meu peito,
Que batia maquinalmente, estúpido e eufórico
Era como desejo que despertava em mim...
Agora entendo que
Saudade não é a falta de conversar
Tao pouco passear ou amar,
Tudo isso é simplesmente carência
de um vazio que permanece a meu lado.

Fabiano Nascimento


Momentos

Momentos que gostaríamos que voltassem
Momentos que não gostaríamos que acabassem
Momentos que nos sentimos nas nuvens,
Momentos que nos sentimos totalmente leves.
Momentos que nos fazem ficar tristes,
Ah! Esses momentos não gostamos de lembrar,
Momentos que achamos que não há mais solução,
E momentos que descobrimos que ainda há uma saída.
A vida é feita de momentos, que por vezes não temos
como controlar se serão bons ou ruins:
Momentos que nos apaixonamos e,
Momentos que somos abandonados,
Momentos de indecisão, e momentos de coisas decididas.
Momentos em que amamos e somos amados,
Momentos em que somos esquecidos e momentos que
esquecemos de tudo e de todos.
Momentos, sim...só momentos
Em que não consigo deixar de te amar!


Eli.

Lembrança

Lembro do tempo em que eu era importante para você:
Do tempo em que dizias palavras doces,
Do tempo em que éramos um para o outro.
Lembro do tempo em que deitava tua cabeça em meu peito,
Após fazermos amor, e te sentias protegida e aconchegada.
Do tempo em que ansiava pela minha chegada ou por minha ligação.
Do tempo em que eu era tudo pra você, do tempo em que eu era
a solução para tua tristeza!
Lembro do tempo em que achavas que seríamos eternos um para o
Outro, que nada abalaria nosso sentimento mútuo.
Lembro de tudo isso com nostalgia
E choro ao saber que tudo são apenas lembranças...!

Eli

sábado, 17 de novembro de 2012

Gerador Movido a Xixi!

Editora Globo












Um litro gera 6 horas de eletricidade. Invenção foi apresentada na Nigéria, durante um evento de inovação voltada aos problemas da África

Se o brasileiro é considerado um povo criativo, é porque a vida aqui nunca foi fácil. Condições adversas demandam soluções inusitadas. Na África a coisa funciona mais ou menos desse jeito, com condições ainda mais extremas que as nossas, aqui. É por isso que, entre uma rebolada e outra pra sobreviver, os africanos acabam inventando coisas como um gerador movido à urina. E não tem nenhuma start-up metida à besta por trás do produto: ele foi criado por 4 adolescentes - Duro-Aina Adebola, Akindele Abiola, Faleke Oluwatoyin e Bello Eniola, a mais velha do grupo, com 15 anos.

O segredo é transformar o xixi nosso de cada dia em gás hidrogênio: a urina é colocada dentro de uma célula eletrolítica, um tipo de dispositivo que transforma energia elétrica em energia química. Esse processo isola o hidrogênio da urina para, em seguida, purificá-lo dentro de um filtro de água. Então um cilindro de gás leva o hidrogênio para um segundo recipiente, dessa vez repleto de borato de sódio, cuja função é retirar toda a umidade dele e deixar o hidrogênio na forma de gás. Esse gás será o combustível do gerador.

A novidade foi apresentada durante a Maker Faire Africa, um evento de inovação que acontece todo ano, cada vez em uma cidade diferente da África. A de 2012 foi em Lagos, capital da Nigéria. A ideia é incentivar comunidades locais a desenvolverem tecnologias que possam melhorar as suas vidas e a de outras pessoas do continente que vivam em condição semelhante. É a África se ajudando por ela mesma, sem depender da compaixão ou da boa vontade dos países ricos.

Como dá pra ver na foto, é tudo meio feito na base do improviso, o que deixa o gerador – e a iniciativa das meninas – ainda mais admirável. De acordo com Gerardine Botte, engenheira química da Universidade de Ohio, a grande sacada da invenção das meninas é o potencial que ela tem para tratar a água residual de indústrias. Como a urina já está sendo coletada nesses locais, nada mais natural que aproveitar sua energia para usar no próprio tratamento. No site da feira não há informações sobre a quantidade de watts produzida (dá pra carregar um celular ou abastecer um bairro?), mas, para um trabalho de meninas do ginásio, dá pra garantir que está melhor que aquela cartolina cheia de plantinhas coladas com durex que você apresentou na quinta série.


Fonte: Revista Galileu


quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Dormir de conchinha faz bem!





Aproveitou a noite passada para dormir junto com alguém? E aí, acordou feliz? Se a ciência tivesse que fazer uma aposta, ela diria que hoje você está bem mais relaxado, porque trago uma notícia boa: dormir de conchinha alivia o estresse.

E a culpa disso é dos hormônios. Segundo pesquisadores da Universidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos, dormir ao lado do parceiro diminui o nível de cortisol no sangue – o hormônio do estresse.
Isso porque você se sente mais protegido e seguro quando dorme com alguém. Aí, o corpo, relaxado, não vê muito sentido em produzir tanto cortisol (hormônio liberado em situações de risco, quando o organismo fica em alerta, pronto para correr ou lutar contra o perigo).

Além de diminuir o estresse, dormir de conchinha também estimula a produção de ocitocina (liberado, principalmente, durante o sexo). A vantagem é que este hormônio combate inflamações e ajuda o sistema digestivo a funcionar melhor.
Tudo muito lindo, mas fica a pergunta: será que se sua companhia for do tipo que ronca muito, o resultado vai ser o mesmo? kkkkk! Vai saber...!

Fonte: Superinteressante

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Especial - Momento Poesia.






Especial!

Você é especial.
Porque especialmente você
Entrou do nada em minha vida
E de uma maneira especial
Tomou conta dela de um 
jeito muito especial, que fez
Com que eu me sentisse especialmente
Diferente, Alegre e Sorridente!
Você é especial porque,
Sabe me completar, sabe
Me entender, sabe especialmente
Me amar e de uma maneira especial
Sabe me ouvir e me acarinhar...
Especialmente você tomou conta 
De mim, tomou conta de tudo
Que é especial para mim...
Assim como você...que é
especialmente especial para
Mim!

Eli




Sentido


Ele, de gravata busca o lucro extra,
para viajem ao velejo.
Ela, de regata nem ao ‘L’ de lucro chega,
o que lhe faz sentir desejo.
Ele, não se preocupa,
com o que vê, vida de desdém. 
Ela, só se ocupa,
sem tempo para alguém.
Ele tem quem quer,
mas paga para alguém o querer
Ela tem a fé,
que não falha no proceder.
Ele pode voar,
mas no assento, sem sentir o vento.
Ela não voa no ar,
mas flutua com seu pensamento.
Ele ganhou o que tem,
e não tem mais onde chegar.
Ela, não tem quem
faça com que possa parar.
Ele já sentiu,
mas não sabe o que é amor.
Ela não ressentiu,
mas lembrou e soluçou.
Ele perdeu a riqueza,
e no próprio abismo se afundou.
Ela superou a tristeza,
e pr’um novo amor se entregou.

Hard B

Hitler - A história pode se repetir?






Poucos teriam previsto, com base nas características pessoais de Hitler, que ele seria capaz de formar uma conexão tão forte com milhões de pessoas. Até hoje, muitos se perguntam como foi possível que um tipo esquisito, com tantos defeitos e inadequações, conquistasse o poder em um país como a Alemanha, em pleno coração da Europa. Pois o caso do líder alemão é um importante aviso para o mundo moderno.
A ascensão de Adolf Hitler tem suas raízes não apenas nas circunstâncias históricas do período - em particular, a derrota da Alemanha na Primeira Guerra Mundial e a depressão econômica do início da década de 1930 - como também na forma de sua liderança.


Hitler nasceu no dia 20 de abril de 1889 em Braunau-am-Inn, na fronteira entre Áustria e Alemanha
Deiixou a escola aos 16 anos sem qualificações e lutou para sobreviver como pintor em Viena
Alistou-se no Exército alemão durante a Segunda Guerra Mundial, sendo ferido e condecorado
Filiou-se ao Partido dos Trabalhadores alemão, de inclinaçôes fascistas, em 1919
Em 1921, tornou-se líder do Partido dos Trabalhadores, agora, efetivamente, o Partido Nazista
Nas eleições de 1932, os nazistas se tornaram o maior partido no parlamento alemão
Em setembro de 1939, com a invasão da Polônia, inicia-se a Segunda Guerra Mudial
Suicidou-se em Berlim no dia 30 de abril de 1945
Fonte: BBC History

De Artista a Ditador
Hitler foi o arquétipo do líder carismático. Não era um político "normal" - alguém que promete medidas como impostos menores ou melhor sistema de saúde -, mas quase um líder religioso, que oferece metas espirituais, como redenção e salvação. Hitler acreditava estar predestinado a algo grandioso. Ele chamava isso de "providência".

Antes da Primeira Guerra Mundial, era um joão-ninguém, um sujeito estranho, que não conseguia formar relacionamentos íntimos, incapaz de participar de uma discussão intelectual e cheio de raiva e preconceito.
Mas, quando fazia discursos para o povo após a derrota da Alemanha na Primeira Guerra, suas fraquezas eram percebidas como qualidades.

O ódio que sentia ecoava os sentimentos de milhares de alemães que, sentindo-se humilhados pelos termos do Tratado de Versalhes, buscavam um bode expiatório.
Sua falta de talento para debates era vista como um sinal de caráter, sua recusa em bater papo, a marca de um "grande homem" que vivia em um mundo à parte.

E, acima de tudo, estava o fato de que Hitler descobriu que era capaz de se conectar com sua audiência. Isso, que muitos chamam de "carisma", formou a base do seu futuro sucesso.
"O homem emanava um carisma tal que as pessoas acreditavam em qualquer coisa que ele dizia", disse Emil Klein, que ouviu Hitler falar na década de 1920.

Mas Hitler não hipnotizava a audiência. Nem todos sentiam essa conexão. Você tinha de estar predisposto a acreditar no que ele dizia para poder vivenciar essa conexão com ele. Muitos que ouviram discursos de Hitler nesse período achavam que ele era um idiota.

"Eu senti uma aversão imediata a ele por causa da sua voz estridente", disse Herbert Richter, um veterano alemão da Primeira Guerra Mundial que conheceu Hitler em Munique na década de 1920.
"Ele berrava ideias políticas realmente simples. Achei que ele não era muito normal."

Quando a economia da Alemanha ia bem, no período entre 1925 e o final da década, Hitler era considerado carismático apenas por um punhado de fanáticos. Na eleição de 1928, os nazistas conseguiram apenas 2,6% dos votos.
Em menos de cinco anos, no entanto, Adolf Hitler viria a ocupar o posto de chanceler da Alemanha, líder do partido político mais popular do país.

O que mudou foi a situação econômica. A quebra da bolsa em Nova York, nos Estados Unidos, em 1929, deixou milhares de desempregados e vários bancos falidos na Alemanha.
"O povo estava realmente com fome", disse Jutta Ruediger, que começou a apoiar os nazistas nessa época. "Foi muito, muito duro. Nesse contexto, Hitler, com suas verdades, parecia ser o portador da salvação".
Ela disse que olhou para Hitler e, de repente, sentiu uma conexão com ele.
"Eu tinha a sensação de que aqui estava um homem que não pensava em si próprio e em suas vantagens pessoais, mas somente no bem do povo alemão".

Paralelos Históricos
Hitler disse a milhões de alemães que eles eram arianos e, portanto, "especiais". Que eram, racialmente, um povo "melhor" do que os outros, algo que ajudou a cimentar a conexão carismática entre o líder e os liderados.
Ele não escondeu do eleitorado seu ódio, seu desprezo pela democracia ou sua crença no uso da violência para alcançar objetivos políticos. Um detalhe crucial, no entanto, era que ele falava contra inimigos definidos cuidadosamente, como comunistas e judeus.
Uma vez que a maioria dos alemães comuns não se encaixava nesses grupos e, desde que essa maioria abraçasse o novo mundo nazista, o alemão comum estava relativamente livre de perseguições. Pelo menos até os alemães começarem a perder a guerra.

Essa história é importante para nós hoje. Não apenas porque nos oferece "lições", mas porque a História pode conter avisos.
Em uma crise econômica, milhões de pessoas decidiram se voltar para um líder pouco convencional que, na opinião deles, tinha "carisma". Um líder que se conectava com seus medos, esperanças e desejo latente de culpar os outros pela situação difícil que viviam.
O resultado disso foi desastroso para milhões de pessoas.

Quando Hitler assumiu o poder, o índice de desemprego na Alemanha era 30%. Hoje, na Grécia, ele é 25,1%. E está subindo.
É irônico que, recentemente, a chanceler alemã Angela Merkel tenha sido saudada em Atenas por gregos irados, carregando cartazes com suásticas, protestando contra o que consideram ser uma interferência indevida da Alemanha em seu país.

Irônico porque é na Grécia - em meio a uma terrível crise econômica - que observamos a ascensão repentina de um movimento político que se gaba de sua intolerância e desejo de perseguir minorias - o Aurora Dourada.
O movimento é liderado por um homem que alega não ter havido câmaras de gás em Auschwitz. Pode existir um aviso mais sério do que esse?

Laurence Rees.

O historiador Laurence Rees é autor de seis livros sobre a Segunda Guerra Mundial.


Fonte: BBC Brasil

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Condenados, mas ainda influentes!




Foto: Correio Lageano



As penas de prisão impostas pelo STF (Supremo Tribunal Federal) no julgamento do caso do mensalão representam um golpe significativo na imagem do PT, mas os líderes do partido envolvidos no escândalo de corrupção devem continuar exercendo influência política no cenário nacional, segundo analistas políticos.

O STF anunciou na última segunda-feira a pena de dez anos e dez meses de prisão para o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, mais multa de R$ 676 mil. Ele foi condenado por formação de quadrilha e corrupção ativa.

O ex-presidente do PT José Genoíno foi sentenciado a seis anos e 11 meses e multa de R$ 468 mil. O ex-tesoureiro do partido, Delúbio Soares, também foi condenado.
Homem forte do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, José Dirceu ainda goza de prestígio no partido e deve continuar influente, mesmo após a condenação, de acordo com analistas.

“Ele com certeza vai continuar influente. Se estiver dentro da cadeia, ele dá as ligações dele de lá”, diz o cientista político Ricardo Caldas, da Universidade de Brasília (UnB). “Estou convencido de que se alguém desse esquema for preso, eles vão continuar com os esquemas dentro da cadeia.”

Para o cientista político Matthew Taylor, da American University, em Washington (EUA), Dirceu ainda é um político muito influente, "capaz de continuar a operar, apesar de ter sido condenado no mais alto tribunal do país por alguns atos bem sujos".

Dirceu diz que é inocente. “Nunca fiz parte nem chefiei quadrilha”, escreveu em seu blog, após a condenação do STF. “Vou continuar minha luta para provar minha inocência”, acrescentou.
Em entrevista à BBC Brasil antes da definição das penas, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, não citou nominalmente Dirceu, mas falou em defesa dos líderes petistas.
“Os filiados do PT que foram condenados ainda têm recursos a utilizar e vão lançar mão de todos os meios para provar sua inocência”, disse Falcão. “E nós vamos estar solidários com eles."

Lula
Além das penas de prisão para membros da cúpula do PT, o escândalo do mensalão também poderia respingar na imagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Na última semana, parlamentares da oposição protocolaram na Procuradoria Geral da República um pedido de investigação sobre o papel do ex-presidente no mensalão.
Lula sempre negou que soubesse do esquema de desvio de recursos públicos, que ocorreu durante o seu primeiro mandato, entre 2003 e 2005.

Para Caldas, o ex-presidente não deve sofrer danos severos em sua imagem logo após o julgamento. A longo prazo, no entanto, Lula pode ter sua atuação revista.
“Uma coisa é o julgamento que a História vai fazer sobre o presidente Lula. Talvez, depois do processo, a História seja um pouco mais crítica com ele do que foi até agora", afirma o pesquisador. "Outra coisa é o julgamento que os eleitores vão fazer sobre ele."

Já Matthew Taylor, da American University, diz que episódio provoca uma mancha na reputação do ex-presidente, mas avalia que Lula não deve perder o prestígio internacional que acumulou. “Seu legado mais profundo, pelo qual ele é admirado no exterior, de mudança social, não vai ser manchado”, afirma.
Questionado recentemente sobre o mensalão, Lula sugeriu que a eleição de Dilma Rousseff em 2010 foi seu “julgamento”.

“A eleição de Dilma foi um julgamento extraordinário", disse o ex-presidente a jornalistas, no mês passado. "Um presidente com oito anos de mandato sair com 87% de aprovação é um tremendo julgamento e não me preocupo com nada."

Esperamos que o povo não esqueça dessas condenações nas próximas eleições.


Fonte: BBC Brasil



sábado, 10 de novembro de 2012

Amor, lírios - Momento Poesia.






Lírios



Meus olhos resolveram desejar aquele lírio, aquela flor.
Salpicada de delicadezas, simplesmente me encantou.
Em meio ao verde, sua brancura salta e reluz.
Seu cheiro raro me entontece, já nem sei aonde vou.


O destino nos coloca de frente com coisas simples.
De repente numa manhã como outra qualquer.
Você me aparece do nada, me inspira e me faz criar.
Uma poesia para uma flor em forma de mulher.


Lírios, lírios: nos campos, espalham um mar de beleza.
Carregam em si toda força da simplicidade.
Deitam e se levantam ao doce sabor do vento.
Tens o cheiro do amor e a fragrância da felicidade.


Um raro encontro se dá assim, quando menos se espera.
Uma flor que quando se abre, explode em sensações.
Afasta todo mal a sua volta, com um sorriso iluminado.
Une almas que nunca se viram, numa sintonia de paixões.


Humberto Mandetta Filho








Quando o amor chegar



Esta paz que sentes no peito
É coisa passageira,
É apenas calmaria,
Prepara-te para a tempestade!

Assim é a vida...
Não te dará trégua,
Deixar-te-á apenas descansar.
O turbilhão está nascendo
Em teu peito.

Aquela bandida está chegando...
Está invadindo tua intimidade...
Já não irás dormir esta noite,
Teus pensamentos serão roubados.

É o amor que vem!
Chega sem pedir-te licença,
Acomodando-se em teu peito,
É a paz dizendo adeus.

Vive estes momentos de amor
Como se fosse a última vez,
Talvez o seja!
 Não te importes,
Entrega-te aos braços de teu amor!

Talvez amanhã possa ser tarde...
Ela pode não esperar.
No peito, ela carrega muito amor
Pra dividir com aquele
Que se atreva a amá-la.

Assim como chegou
Ela poderá partir...
A dor se instalará no teu peito,
Mas sentirás a sensação doce de saber
 que um dia ela te pertenceu!



Eduardo Baqueiro


Dor de Amor


Dor de amor, ás vezes é bom sentir
Porque nos faz refletir
Que tudo na vida não é bom
Se não houver amor.
Amamos porque faz parte de nós,
E quando não temos ninguém
Para amar, procuramos.
Quando amamos somos melhores
Somos felizes, demonstramos.
Dor de amor dói, mas traz recordações
Que gostamos de lembrar,
Que gostamos de reviver.
Porque se não fosse a dor de amor
Não recordaríamos.
Não existe quem nunca sentiu uma
dor de amor...



Eli.

O homem que não sente dor!



Steve Pete (BBC)


O americano Steve Pete nasceu com a desordem congênita conhecida como analgésia. Ele é fisicamente incapaz de sentir dor física.
Ele não precisa de anestesia quando extrai um dente e nunca sentiu dor de cabeça na vida.
Steve Pete agora está participando de um estudo sobre a sua condição e a sua experiência é uma das quatro que é tema de uma exposição que está sendo exibida no Science Museum, de Londres.
A condição de Steve veio à tona pela primeira vez quando ele ainda era um bebê e mastigou parte de sua língua sem se dar conta.
Sua condição foi um problema recorrente quando ele estava crescendo.

Crianças levadas
Ele admite que ele e seu irmão, que sofrem da mesma condição genética, não sofriam as mesmas restrições que outras crianças.
''Mas meninos são assim. Eles se metem em confusões e nós meio que levávamos isso a um extremo''. Por conta disso, ele e seu irmão estavam constantemente sendo cobertos com band-aids e sendo internados frequentemente em hospitais.
''Quando éramos crianças, se quebrávamos uma perna, continuávamos a usar essa perna, apesar de estarmos com ela engessada. E, com isso, não dávamos tempo para que a perna se curasse'', relembra.
''Se você sofre tantos ferimentos assim quando criança, vai começar a sentir as consequências de todas essas lesões, como artrite nas suas juntas e problemas de locomoção'', comenta.

Exposição
A exposição no Science Museum que destaca a condição de Steve Pete e de outras três pessoas é intitulada Pain Less (Indolor).
O outro lado da moeda é Peter King, cuja história extraordinária também consta da exposição. Enquanto Pete nunca sente dor, King nunca deixa de sentir.
Ele acabou perdendo os movimentos do braço esquerdo na infância ao contrair poliomielite.

Steve Pete e seu irmão tiveram vários acidentes na infância devido à condição da qual sofrem
Após um acidente, aos 50 anos, ele acabou tendo o braço amputado
Agora, 20 anos após a amputação, ele continua sentindo dores no braço que não existe mais.
King tem o que se convencionou chamar de membro fantasma. Assim como muitos que sentem um membro que foi retirado, ele sente uma sensação de dor quando se mexe e sente queimação ao longo do braço inexistente e a sensação de que seu pulso ausente estaria sendo apertado.
''Em uma escala de 0 a 10, minha dor chega a 8'', afirma King.

Pesquisa
Ele está sendo submetido a uma nova técnica computadorizada de reconhecimento de movimentos e tem feito uso de um visor de realidade virtual capaz de iludir sua mente a achar que uma imagem duplicada de seu braço direito é, na verdade, seu braço esquerdo.
Com isso, quando seu braço direito se move, em sua mente, é como se o esquerdo também repondese ao movimento.

''Após alguns minutos, meu braço fantasma esquerdo, que normalmente parece apenas estar parado ao meu lado, começa a sentir como se estivesse se mexendo e tocando em objetos, porque no meu visor eu vejo o meu braço esquerdo trabalhando'', comenta.
A realização de 30 a 40 minutos de exercício acaba aliviando a dor que ele sente consideravelmente. King afirma que após o exercício, na escala de dor que ele estabeleceu, o nível de dor é de 2, uma redução expressiva se comparada ao nível 8 que ele sente habitualmente.


Fonte: BBC Brasil



quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Obama venceu! O que nós temos que ver com isso?




Reeleito presidente dos Estados Unidos, Barack Obama governará a maior potência do planeta por mais quatro anos, dando continuidade à agenda democrata em diversas áreas. Mas como sua permanência no poder deve afetar as relações entre Washington e Brasília?

 O embaixador americano em Brasília, Thomas Shannon, analistas de relações internacionais e economistas para tentar dimensionar os impactos em setores como imigração, economia, política externa, cooperação cultural e tecnológica fala sobre este tema.

O estreitamento das relações econômicas é visto como um desdobramento positivo, com uma quase paridade dos investimentos diretos dos dois países, embora a balança comercial ainda seja muito mais favorável aos Estados Unidos.
Entre janeiro e setembro de 2012, o Brasil registrou um saldo comercial negativo de US$ 2,5 bilhões com os Estados Unidos, e os americanos são o destino de 12% das exportações brasileiras.
Na medida em que os dois países se aproximam e o Brasil ganha mais peso no cenário internacional, no entanto, também crescem as divergências - rusgas sobre subsídios agrícolas, críticas quanto às medidas americanas anticrise e potenciais diferenças sobre Irã, Síria e o processo de paz entre palestinos e israelenses.

Se por um lado Obama corteja os turistas brasileiros, por outro o país, assim como a América Latina, ficou de fora de suas plataformas durante a campanha. Para analistas, a ausência da região indica uma incongruência.
Já o embaixador americano diz tratar-se apenas de um documento político em que países com relações difíceis tendem a ser citados, o que não é o caso do Brasil, que mantém um "ótimo" relacionamento com os Estados Unidos, na visão do diplomata.

Veja os depoimentos dos personagens ligados a esta àrea:


"As relações entre o Brasil e os Estados Unidos têm mantido uma trajetória muito positiva e os dois países estão comprometidos em construir e fortalecer estruturas de comprometimento mútuo. Os presidentes Barack Obama e Dilma Rousseff têm demonstrado isso.
No âmbito econômico, vivemos uma época de investimentos diretos recordes e gradualmente nos aproximamos da paridade. A cada US$ 2 que os Estados Unidos investem no Brasil, o Brasil investe US$ 1 nos Estados Unidos.

Quanto à balança comercial, nesse momento os Estados Unidos estão com superávit, mas acho que isso vai começar a mudar conforme o Brasil expande as exportações de produtos manufaturados, como aeronaves.
Divergências comerciais são normais. Somos dois grandes países, dois grandes mercados. Washington deve passar a lidar com o Brasil como lida com parceiros como o Canadá, México e alguns países europeus, com quem divergências são parte integral da relação, mas o objetivo é manter um diálogo amplo para respeitar os interesses mútuos.

Acredito que as posições dos dois países em assuntos de política externa, como Síria, Irã e o processo de paz no Oriente Médio, não devem se tornar problemas. Posso dizer que tanto o Brasil como os Estados Unidos estão comprometidos em buscar soluções pacíficas.
Também deixamos claro que entendemos as ambições do Brasil em se tornar um membro permanente do Conselho de Segurança da ONU e que é necessário reformar tais instituições. É importante ressaltar que, sem um acordo dos brasileiros com países como os Estados Unidos, essas intenções tendem a ser somente ambições.

O presidente Obama deixou claro a prioridade do Brasil em sua agenda com a visita ao país em março do ano passado. Foi a primeira vez que um presidente americano visitou o Brasil antes de o colega brasileiro recém-eleito ir a Washington.
Creio que o discurso do presidente na Flórida, quando ressaltou o interesse dos Estados Unidos em expandir o fluxo de turistas brasileiros e chineses ao país, foi uma demonstração da relevância dessas nações para os americanos.

Já o fato de a América Latina e o Brasil não terem destaque no programa de governo exposto durante a campanha deve-se ao tom político do documento. A tendência é focar em nações com relações polêmicas.
Quando se procura por parceiros para enfrentar os maiores desafios do século 21, o Brasil é certamente uma das melhores escolhas e, sendo as duas maiores democracias do hemisfério ocidental, os dois países são parceiros inevitáveis.
Lia Valls, pesquisadora do IBRE / Fundação Getúlio Vargas

Não creio em grandes mudanças no setor econômico. Os dois países têm mostrado uma agenda crescentemente protecionista. No entanto, é necessário frisar que os Estados Unidos têm sua pauta econômica decidida em grande parte pelo Congresso, e não tanto pela Casa Branca.
Se o país continuar com seus subsídios agrícolas, por exemplo, veremos uma crescente das críticas brasileiras.

A América Latina, assim como o Brasil, não tem sido prioridade para os Estados Unidos. Além da relevância econômica, os países têm importância geopolítica estratégica e, nesse quesito, nações como Rússia, Índia e China se destacam mais do que o Brasil.
Denilde Holzhacker, professora de relações internacionais da ESPM

Vemos grandes divergências entre os dois países, em setores importantes como as medidas anticrise e a guerra cambial, embora obviamente eles mantenham uma ótima relação bilateral.
Em termos de política externa, vemos fortes divergências entre Washington e Brasília quanto a países da região, como Cuba, Venezuela e Paraguai.

Acredito que a agenda das duas nações seguirá este padrão de aprofundamento dos compromissos mútuos por um lado, e crescimento de divergências em outros assuntos por outro.
Quanto às ambições no Conselho de Segurança da ONU, o Brasil tem mostrado decepção com a desconfiança dos americanos, que vêm mantendo uma postura neutra.

 Não tornam público nem um apoio nem uma rejeição à vontade brasileira de obter um assento permanente no órgão. Vale lembrar que os Estados Unidos manifestaram apoio público à Índia, que tem intenções semelhantes.

As questões econômicas devem dominar os primeiros dois anos do segundo mandato de Obama. Aspectos de segurança internacional só devem tornar-se assunto com o Brasil em casos emergenciais, como uma potencial intervenção na Síria, por exemplo.

O fato de o Brasil não ter entrado no programa de governo de Obama durante a campanha é realmente uma incógnita, já que o país vem recebendo cada vez mais importância para o governo democrata.
A América Latina é vista por Washington como uma extensão de seu quintal, de sua área de influência. Rússia, China e Índia receberam maior destaque
.
Poderemos ver avanços na questão imigratória, o que tende a influenciar os brasileiros que vivem nos Estados Unidos, já que parlamentares ligados às minorias tendem a aumentar sua base no Congresso americano.
Gabriel Rico, CEO da Amcham – Câmara de Comércio Brasil-EUA

A perspectiva é de que as relações comerciais entre os dois países mantenham uma trajetória de evolução. Os investimentos diretos dos americanos no Brasil chegaram ao recorde de US$ 10 bilhões neste ano, algo que é visto como um reflexo das visitas de Obama ao Brasil, em março do ano passado, e de Dilma aos Estados Unidos, em abril deste ano.

O Brasil tende a ganhar mais importância no segundo mandato de Obama. Ainda neste ano, a administração deixou claro que o país está entre os dez mais importantes para Washington.
Como as duas maiores potências agrícolas do mundo, Estados Unidos e Brasil tendem a se aproximar cada vez mais. Dito isso, é preciso destacar que não há país algum no mundo que mantenha uma relação comercial intensa com um parceiro sem que existam divergências.

Creio que os subsídios agrícolas dos Estados Unidos tendem a ser reduzidos. É algo que interessa a Obama, porque são medidas que custam muito ao governo. No entanto, é uma questão mais política do que econômica, que tende a enfrentar rejeição no Congresso, principalmente dos parlamentares associados ao lobby de fazendeiros.
É muito importante eliminar os subsídios. Washington abriria um precedente internacional.

Fonte: BBC Brasil