quarta-feira, 30 de abril de 2014

Racistas - Não adianta pensar diferente, somos todos iguais!




A cor da pele não é assunto entre os chimpanzés. Se você depilar um, uma pele branca vai aparecer por baixo da manta de pêlos. Passa a gilette em outro e surge uma pele preta. Manda mais outro para a cera quente, e quem sai do centro de depilação é um chimpanzé rosa. Na verdade, eles mudam de cor ao longo da vida: nascem mais claros e vão escurecendo. Mas não importa.

 A cor da pele é tão relevante para eles quanto a do pâncreas é para a gente. Não que eles não sejam racistas. No mundo chimpanzé, o pêlo pode ser de qualquer cor, contanto que seja preto. Quando nasce algum macaquinho albino, com pêlo branco, não tem jeito. Os outros chimpanzés não aceitam. Ele vai apanhar, ficar isolado. E morrer logo – ou linchado ou de fome.

Nosso ancestral comum com os chimpanzés, um símio que viveu há seis milhões de anos, provavelmente obedecia a mesma regra. A cor da pele não tinha importância, só a dos pêlos. Mas uma hora essa história mudou.

Há coisa de dois milhões de anos alguns dos descendentes desse ancestral comum começaram a perder pelos. A cada mil partos nascia um macaco pelado. Um mutante. Algumas dessas aberrações genéticas tinham o mesmo destino dos albinos: bullying e morte prematura. Outros não. Talvez a falta de pêlos tenha ajudado eles a lidar melhor com o calor africano, e eles conseguiam ir mais longe para arranjar comida. Desse jeito, viviam mais e melhor. Então se reproduziam mais.

Deu tão certo que, uma hora, esses macacos pelados tinham formado uma super espécie – eram maiores e bem mais inteligentes que seus antepassados peludos. Nada mal para quem começou a vida evolutiva apanhando. Hoje esse animal sem pêlos é conhecido como Homo erectus – são os nossos avós diretos. E as mutações não pararam, lógico.

 Quanto maior a inteligência de um erectus, maior era a chance de ele deixar mais descendentes. Então 1,8 milhão de anos depois já havia alguns erectus com cérebro gigante, e, de quebra, com traços idênticos aos dessa maravilha genética que você vê no espelho todas as manhãs. Era o Homo sapiens. Você, em suma.

E você era negro. A pele escura era a melhor para aguentar o sol africano sem a proteção de uma camada de pêlos, já que é menos propensa a brindar seu dono com um câncer de pele. Por essas, nossa linhagem trocou o arco-íris de pigmentação que provavelmente tinha antes de perder os pêlos por uma tonalidade só. Ficamos monocromáticos.

Mas não demorou e o sapiens começou a colonizar outras partes do mundo. Um dos momentos mais definidores dessa fase foi quando chegamos à Europa, há 40 mil anos, e exterminamos os neandertais. Eles eram nossos primos, também descendentes do erectus. A diferença é que os ancestrais deles tinham saído da África há 400 mil anos (200 mil antes de a nossa espécie surgir). Por essas, os neandertais já nasciam adaptados ao frio: eram fortes que nem um bisão e, como todo mamífero que vive no gelo, tinham pele e cabelos claros.

 Não que camuflagem na neve fosse tão importante para eles quanto é para um urso polar ou uma raposa siberiana. Os neandertais mantiveram a mutação dos seus avós africanos – a de não ter pêlos (pelo menos não tantos pêlos). Então precisavam se cobrir de peles o tempo todo para aguentar as temperaturas negativas. A vantagem da pele clara era outra: ela sintetiza melhor a vitamina D nas altas latitudes, onde não existe sol o bastante para fazer esse trabalho a contento. Num tempo em que nutriente era tudo o que faltava, qualquer vantagem na absorção de algum deles fazia toda a diferença. O processamento mais eficaz de vitamina D era uma vantagem.

 Então os neandertais foram embranquecendo de geração em geração.
Não que isso tenha ajudado muito quando nós, negros Homo sapiens, entramos na Europa. Nossa tecnologia àquela altura era bem superior à dos neandertais, com lanças mais leves e afiadas. Mas o que fazia mesmo a diferença era a nossa organização social: andávamos em grupos de 100, 200 pessoas. Eles, em famílias com no máximo 10 indivíduos. Cada encontro, então, era um massacre. Não demorou e já tínhamos matado todos os neandertais.

Algumas fêmeas de neandertal, na verdade, conseguiam escapar da morte imediata trabalhando como escravas sexuais dos invasores sapiens. A maior evidência disso é que 20% do genoma neandertal continua vivo no nosso DNA. Todo não-africano tem entre 2% e 3% de DNA neandertal dentro de suas células. Bom, pode ser também que machos neandertais tenham inseminado nossas fêmeas ao longo do processo, mas dificilmente essa foi a regra: mulheres são um espólio de guerra constante na nossa história, e talvez mais ainda na nossa pré-história…

Mas não foi a hibridização com os neandertais que empalideceu o sapiens na Europa. Não havia neandertais o bastante para fazer a diferença no pool genético da pigmentação e, provavelmente, os machos nascidos desses encontros eram inférteis, como acontece com machos filhos de tigres com  leoas – aí complica mais ainda.

O sapiens embranqueceu foi pelo mesmo processo de sempre: a cada mil, dez mil nascimentos, aparecia um mutante. Em alguns casos, a mutação era ter uma pele mais clara. Esses indivíduos deviam levar seus pescotapas na infância, por serem diferentes do resto. Alguns certamente eram mortos pela própria família logo que viam a luz.

 Mas naquele ambiente ser branco ainda era vantagem, também por causa da vitamina D. Uma vantagem grande o bastante para que, em poucas dezenas de milhares de anos, só nascessem sapiens de pele clara nas latitudes mais altas. Era a evolução emulando dentro da nossa espécie o que já tinha acontecido entre os ancestrais dos neandertais num passado ainda mais remoto.

Hoje a cor da pele não faz diferença do ponto de vista evolutivo: por mais que a nossa dieta não seja uma maravilha, temos acesso a tantos nutrientes que a capacidade de sintetizar mais vitamina D não tem mais com apitar na cor da pele. Nem a vitamina D nem a quantidade de sol do ambiente. Um Nigeriano vai viver o mesmo tempo (e ter o mesmo sucesso reprodutivo) vivendo em Copenhague ou em Salvador. Um dinamarquês, idem.

O mais provável, então, é que fiquemos todos marrons em alguns milhares de anos, já que mais hora menos hora todos os genes de pigmentação dos sapiens vão acabar misturados, em todos os indivíduos. Não que isso vá ser a panacéia da humanidade. Na Índia todo mundo é marrom faz tempo, e isso não impediu que surgisse o sistema de castas.

 Os Hutus e os Tutsis, de Ruanda, são quase idênticos, mesmo para os ruandeses, nem por isso deixaram de protagonizar um dos maiores massacres étnicos da história, com 800 mil Tutsis assassinados por Hutus. Um Corinthiano pode ser geneticamente indiscernível de um  Palmeirense, e de vez em quando um acha motivo para matar o outro pela cor da camisa. O problema é que sempre nos juntarmos em tribos de “iguais” para lutar contra qualquer coisa que pareça “diferente”

. É parte da nossa natureza. É parte da natureza de qualquer animal – até por isso todos os mutantes sofrerem, em todas as espécies. Mas, ironicamente, são os mutantes, os diferentes, que fazem a evolução andar. Não fossem por eles, nem seríamos todos macacos. Seríamos todos amebas, porque a evolução simplesmente não teria acontecido.

Mas graças a ela hoje temos neurônios o bastante para decidir não nos comportar como amebas; cérebro suficiente para entender que o próprio conceito de raça é uma ilusão. Perpetrada por um instinto estúpido.


Fonte: Alexandre Versignassi/Super.


terça-feira, 29 de abril de 2014

Ataque ao Internet Explorer!







Falha no Internet Explorer permite que hackers tenham controle total do PC
O caso é muito sério, principalmente para os usuários do Windows XP que teve suporte encerrado neste ano.



Péssimas notícias para os usuários do Internet Explorer, principalmente para quem ainda é usuário do Windows XP. A Microsoft divulgou um alerta de segurança na última sexta-feira (25), informando que uma falha grave está permitindo que hackers obtenham acesso total do computador dos usuários, com a possibilidade de instalar programas, visualizar, apagar dados e muito mais, com apenas uma visita a um site especifico.

Essa vulnerabilidade atinge todas as versões do Internet Explorer, da 6 até a 11. De acordo com a empresa de segurança FireEye, que revelou a falha para a Microsoft, há evidências de que um exploit esteja visando principalmente as versões 9, 10 e 11 e também o componente Adobe Flash.

O caso é mais grave para os usuários do XP, porque a Microsoft encerrou o suporte ao sistema operacional no dia 8 de abril, ou seja, os usuários do sistema não receberão uma atualização com a correção do problema.



Fonte: Tecmundo





segunda-feira, 28 de abril de 2014

Corrupção - Um problema mundial!




A corrupção é o principal problema mundial e é comum a todos os países, de acordo com pesquisa feita pelo Ibope Inteligência, em parceria com a Worldwide Independent Network of Market Research (WIN), com mais de 66 mil entrevistados em 65 nações. No Brasil, a corrupção é o principal problema mundial para 29% dos entrevistados. O índice foi o mesmo em países como o Peru e o México.

Apesar do reconhecimento da existência de corrupção por parte dos brasileiros, os países que mais consideram o crime como a principal mazela do planeta estão no continente asiático: 50% nas Filipinas e 40% na Indonésia. Na média, entretanto, o continente registra um índice de 26% do total que considera a corrupção como o pior problema do mundo.

De acordo com o levantamento, foram citados ainda, nesta ordem de importância, como preocupações globais: as questões econômicas, a desigualdade social e o desemprego. No Brasil, apenas 6% consideram as questões econômicas como o principal problema mundial. Outros 9% dos brasileiros entrevistados consideram o desequilíbrio social o principal problema do mundo. Por fim, 8% dos entrevistados do Brasil apontaram o desemprego como maior entrave ao mundo.



Fonte: CARLA ARAÚJO - Agência Estado





domingo, 27 de abril de 2014

O verdadeiro Jogo da Morte!

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Nunca, em uma partida de futebol, a expressão “vida ou morte” foi tão levada a sério. O contexto histórico não era para menos. A coisa toda começou em 1941, quando a Alemanha nazista invadiu Kiev, capital da Ucrânia, trazendo centenas de prisioneiros de guerra. Entre eles, estava um tal de Nikolai Trusevich, que anos antes havia sido o badalado goleiro do Dínamo, um dos principais clubes soviéticos.

Josef Kordik, um padeiro alemão – que, por sua descendência, era tratado de maneira “mais suave” pelos nazistas – e torcedor fanático do Dínamo, caminhava distraído pela rua quando encontrou… adivinha quem? Sim, o goleiro Trusevich.
O padeiro o acolheu em sua casa, burlando a vigilância alemã e, de quebra, deu uma ideia para o goleirão: encontrar os outros jogadores do Dínamo. Em poucas semanas, a padaria já escondia, entre seus empregados, a equipe completa.

Volta aos campos
O passo seguinte era evidente: jogar bola. Como estava proibido ao Dínamo atuar em qualquer jogo, batizaram o “novo” clube de FC Start. Começaram desafiando seleções formadas pelo III Reich como uma “desforra” pelas atrocidades praticadas pelo Exército de Hitler.

Na primeira partida, realizada em 1942, venceram por 7 a 2. Depois veio uma guarnição húngara: emplacaram 6 a 2. Depois, mais 11 gols contra uma equipe romena. A coisa foi ficando séria e já chamava a atenção dos alemães, que novamente os desafiaram e, também novamente, foram goleados por 6 a 2. Trouxeram da Hungria outra equipe para pará-los: nova goleada por 5 a 1. Pediram revanche e perderam de 3 a 2.

Com apenas uma bola, os caras ameaçavam toda a meticulosa propaganda de Hitler de superioridade da raça ariana. E isso, claro, não poderia ficar barato. Os nazistas formaram uma equipe com jogadores da Luftwaffe, o Flakelf, um grande time da época. A missão: a qualquer custo – e isso incluía violência futebolística generalizada – deveriam vencer. Só esqueceram de avisar isso para o Start, que novamente venceu, por 5 a 1.

É vida ou morte
Essa humilhação sofrida pela raça ariana não poderia ficar barato e o alto comando nazista deu ordens para fuzilar o time todo. Mas os oficiais locais queriam, antes, vencer o Star. Precisavam desmoralizá-los, primeiramente, diante do povo ucraniano, para, aí sim, matá-los.

A revanche foi marcada. O estádio de Zenit estava lotado. Um oficial da SS advertiu aos jogadores ucranianos que, em campo, saudassem o Führer, com o clássico braço esticado. Os jogadores do Start levantaram o braço diante do estádio, porém no momento da saudação, levaram a mão ao peito e gritaram “Fizculthura!” (expressão que proclama a cultura física), ao invés do obrigatório “Heil Hitler!”.

No segundo tempo, nova visita ao vestiário. Só que agora com armas! E ordens bem claras: se vencerem, ninguém vivo. Os jogadores até se propuseram a não voltar para o segundo tempo, mas pensaram em suas famílias, nos crimes cometidos pelos nazistas e nas pessoas que torciam nas arquibancadas.

Voltaram e deram um baile nos rivais. Quando já ganhavam por 5 a 3, o atacante Klimenko ficou cara a cara com o goleiro alemão, driblou-o e, debaixo das traves, debochadamente voltou e chutou a bola para o centro do campo. O estádio veio abaixo.

Revanche sangrenta
Os nazistas deixaram que o Star saísse do campo como se nada tivesse ocorrido, mas a vingança não tardou. A Gestapo visitou a padaria e dizimou a equipe. Somente Goncharenko e Sviridovsky, que não estavam na padaria naquele dia, sobreviveram. Aquela fatídica partida ficou conhecida, mundialmente, como o “Jogo da Morte”.
Ainda hoje, no estádio Zenit, uma placa homenageia: “aos jogadores que morreram com a cabeça levantada ante o invasor nazista”.




Fonte: Rôney Rodrigues/Super



sábado, 26 de abril de 2014

Sexo - Adultério pode matar!




Diz o ditado que “homem que trai o pipi cai”. Mas o problema pode ser mais sério ainda. Ter uma amante pode custar a vida dos homens que traem.
O aviso vem de uma pesquisa da Universidade de Florença, na Itália. Os pesquisadores revisaram estudos anteriores sobre as causas e efeitos da infidelidade e perceberam uma tendência mortal: homens que traem correm mais risco de sofrer infarto fatal.

Um dos estudos revisados veio de uma universidade da Alemanha. Os pesquisadores de lá avaliaram casos de infarto durante o sexo. E a maioria dos homens que morreram nessas situações estava traindo suas mulheres.

Em janeiro deste ano, o Centro de Prevenção e Controle de Doenças dos Estados Unidos, fez estudo semelhante. Após analisarem as autópsias de mais de 5 mil homens, eles descobriram que, entre aqueles que morreram durante o sexo, 75% estavam com as amantes.

Os pesquisadores não sabem exatamente por que, mas desconfiam de vários motivos. Primeiro, os homens casados costumam se envolver com menininhas mais novas. E eles trabalham duro para dar conta do sexo com elas. Sem contar a alimentação nada saudável: pizzas, hambúrgueres e aquela porcariada toda, que só vão gerar preocupação nelas anos mais tarde.

Dentro dessa conta de problemas, o homem ainda soma um sentimento de culpa (poxa). Quando eles ainda gostam da mulher, a chance de trair e ter um infarto é maior ainda. “Ele pode punir a si mesmo por trair esta parceira”, diz a pesquisadora Alessandra Fisher. E eles ainda tendem a ficar mais estressados.




Fonte: Carol Castro/Super


sexta-feira, 25 de abril de 2014

Desabafo de um brasileiro! Parte 1





Olá pessoal!
Há alguns anos venho mantendo esse blog com a ajuda de várias outras pessoas e órgãos de notícias, visto que sou um simples técnico em informática e apesar de gostar de ler muito, ainda assim não sei me expressar muito bem. Como todos que têm acompanhado diariamente esse blog sabem, a grande maioria dos artigos que posto aqui são assuntos retirados da Internet que acho que vão interessar as pessoas simples como eu.

Portanto, coloco sempre os devidos créditos quando posto os assuntos aqui. Não sou um exímio escritor, mas tenho arriscado escrever alguma coisa, até mesmo tenho postado alguns poemas de minha autoria. Sei que não são lá grande coisa, mas é uma forma de expressar meus sentimentos e quando escrevo outros assuntos é porque quero compartilhar minhas opiniões, que como todos sabem, cada um tem a sua. Portanto não espero que todos concordem com o que escrevo.

Hoje resolvi postar algo de minha autoria mais como um desabafo mesmo, porque assim como muitos brasileiros inconformados e trabalhadores que estão descontentes a como anda o país de uma maneira geral, eu também estou indignado com a situação!

Estou cansado de ver esses políticos fazerem o que querem com o nosso dinheiro, dinheiro esse o Governo nos tira por meio dessa pesada carga tributária e em troca nos oferece serviços públicos de péssima qualidade! É claro que reconheço que muita coisa tem sido feita nesses últimos anos, mas sabemos que muito mais pode ser feito.

 É só coibir de maneira eficaz a corrupção que vai sobrar muito mais para ser usado em todas as facetas da sociedade brasileira, mas principalmente na saúde, educação e segurança, que acho que são as principais coisas que um governo deveria se preocupar, porque um cidadão com saúde e conhecimento por meio de uma boa educação, pode produzir muito mais para que uma nação possa se sobressair em todos os segmentos da sociedade humana.

Mas o que temos visto ao invés disso, são políticos se preocupando apenas com o poder e com seu bolso!
Não é questão de apenas 'falar mal de políticos', como li certa vez aqui na web, onde um professor disse que a moda agora é falar o que se quer, principalmente dos parlamentares, já que a Internet nos permite isso, por enquanto! Mas a questão é que eles é que estão ali nos representando para que todos nós possamos nos beneficiar; para que a verdadeira democracia seja executada.

Mas o que temos visto são eles fazendo leis que oprimem cada vez mais o pobre cidadão. Posso não entender muito de política, mas vamos ver alguns exemplos:
 Receber um salário de R$ 26,7 mil é um luxo para poucos no país. Mas para eles, os deputados federais que ganham essa bolada todos os meses, os rendimentos privilegiados não são o único atrativo do cargo. A lista de benefícios é tão extensa que um parlamentar pode viver sem sequer colocar a mão no próprio bolso.

Além do gordo contracheque, eles têm direito a atendimento médico ilimitado, passagens aéreas, carro alugado, combustível, conta de telefone paga pelo estado e auxílio-moradia. Numa comparação dos benefícios garantidos aos deputados com os direitos assegurados aos cidadãos comuns é fácil constatar que a situação de quem tem mandato no Congresso destoa – e muito – da realidade dos brasileiros que eles representam.

Em relação aos vencimentos salariais, nem mesmo na capital federal, onde a renda já é bastante alta em comparação com o resto do país, existem tantas famílias que chegam ao nível de remuneração dos parlamentares. São 7.783 famílias vivendo com renda domiciliar entre 40 e 50 salários mínimos, o que corresponde a 1% dos lares brasilienses. Na Região Metropolitana de Belo Horizonte, 90% dos trabalhadores ganham menos de R$ 2,5 mil, ou seja, recebem menos de um décimo do que ganham os parlamentares.

Como 505 dos 513 deputados vêm de outras unidades da Federação, a Câmara garante R$ 3 mil mensais para que os beneficiários paguem o aluguel de um imóvel ou a conta de um hotel. A Casa legislativa dispõe ainda de 432 apartamentos funcionais e, para mantê-los, gastou R$ 30 milhões desde 2008. Essa benesse está bem longe da realidade da maioria dos brasileiros. Em raros casos o trabalhador recebe uma mãozinha do empregado como os deputados.

A assistência médica ilimitada é outro benefício utópico para a maioria de nós cidadãos. Os deputados podem pedir reembolso de despesas médicas e hospitalares realizadas em qualquer local do país. A Câmara paga cirurgias, exames e tratamentos realizados na clínica ou hospital de preferência do parlamentar. Segundo a Câmara, esse serviço de reembolso é mais vantajoso para os cofres públicos. Isso porque o custo de pagar um plano de saúde para deputados seria alto, já que a maioria tem mais de 50 anos.

O presidente da Associação Brasileira de Medicina de Grupo (Abramge), Arlindo de Almeida, explicou que poucas empresas oferecem planos de saúde com sistema de reembolso que cubram todo e qualquer tipo de procedimento ou consulta. Ele estima que um benefício como esse custaria pelo menos R$ 5 mil para um cidadão comum. "É um plano de saúde muito caro. Se a pessoa quiser incluir cirurgias, transplantes, todos os exames, o valor é altíssimo. Poucas empresas oferecem essa possibilidade de o paciente ser atendido em qualquer lugar e depois pedir reembolso das despesas", comenta Arlindo.

 Mas é na cota parlamentar que estão as maiores vantagens do cargo. Os deputados têm direito a reembolso dos recursos gastos com uma série de produtos ou serviços e o limite mensal varia de R$ 23 mil a R$ 34,2 mil, dependendo do estado do parlamentar. Com esse dinheiro, é possível comprar passagens aéreas; pagar telefone e serviços postais; manter escritório de apoio à atividade parlamentar; acertar conta de restaurantes e de hotéis; alugar ou fretar aeronaves, embarcações ou carros; encher o tanque de combustível; contratar segurança particular ou serviços de consultoria.

Apesar de todas as regalias e de terem aprovado a rotina de três dias de expediente, os parlamentares até hoje adiam uma decisão a respeito do fim do 14° e 15° salários. Eles recebem em fevereiro e em dezembro de todos os anos uma "ajuda de custo" equivalente à remuneração de R$ 26,7 mil. Em um ano, esses salários extras representam um incremento médio de R$ 4,4 mil no rendimento mensal.

E agora eu pergunto: De onde sai todo esse dinheiro? Quem paga essa conta? Para mim esses muitos benefícios faz com que muitos concorram a uma cadeira parlamentar pensando já em si próprio, como sendo um bom emprego que em quatro ou oito anos vão quase que enriquecer, não pensando primeiro em atender os anseios dos eleitores que os colocaram no cargo. É claro que não estou dizendo que todos os políticos pensem assim.

Esses dados eu retirei do Correio Brasiliense publicados em outubro de 2012, isso quer dizer que talvez os valores sejam maiores ainda atualmente, mas já podemos ter uma ideia do tamanho da exploração a que somos submetidos com nossos parlamentares!

E alguns ainda não contentes com todas essas regalias dignas de marajás, se acham no direito de desviar dinheiro público em detrimento da sociedade como um todo, certos de que sempre irão se safar, já que as instituições que são encarregadas de aplicar a justiça fazem vistas grossas ao que acontece ou se valem de complicadas interpretações de leis que o pobre cidadão não entende, fazendo com que, quando chegam a ser condenados, recebem penas brandas que são fáceis de serem cumpridas..Quando cumprem!

E isso é só uma parte do meu desabafo! Porque vou deixar pra falar sobre a corrupção generalizada que assola o país em outra ocasião. Por hoje basta!


Eliézer.

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Marco Civil da Internet Foi Sancionado! E agora...?

 

A proposta equivale a uma "Constituição", com os direitos e deveres dos internautas e das empresas ligadas à web. O deputado e relator do texto, Alessandro Molon (PT-RJ), afirmou após aprovação na Câmara que o marco dará aos internautas a "garantia à privacidade e à liberdade de expressão, que eles não têm hoje".

Veja a seguir como o Marco Civil da Internet pode, de fato, afetar a sua vida.

O Marco Civil garantirá a neutralidade da rede, segundo a qual todo o conteúdo que trafega pela internet é tratado de forma igual. Em uma comparação simples, o marco garantirá que a sua internet funcione como a rede elétrica (não interessa se a energia será usada para a geladeira, o micro-ondas, a televisão) ou os Correios (o serviço cobra para entregar a carta, sem se importar com o conteúdo dela).

As empresas de telecomunicações que fornecem acesso (como Vivo, Claro, TIM, NET, GVT, entre outras) poderão continuar vendendo velocidades diferentes - 1 Mbps, 10 Mbps e 50 Mbps, por exemplo. Mas terão de oferecer a conexão contratada independente do conteúdo acessado pelo internauta e não poderão vender pacotes restritos (preço fechado para acesso apenas a redes sociais ou serviços de e-mail).

Atualmente, a neutralidade é prevista em um regulamento da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações). Alguns usuários, no entanto, reclamam da prática de "traffic shaping", em que a velocidade de conexão é reduzida após uso de serviços "pesados", como vídeo sob demanda ou download de torrents (protocolo de troca de dados, geralmente utilizado para baixar filmes).

O texto do Marco Civil prevê que o tráfego pode sofrer discriminação ou degradação em situações específicas: "priorização a serviços de emergência" (como um site que não pode sair do ar, mesmo com muito acesso) e "requisitos técnicos indispensáveis à prestação adequada dos serviços e aplicações" (caso das ligações de voz sobre IP, que precisam ser entregues rapidamente e na sequência para fazerem sentido).

Para que haja exceções à neutralidade, é necessário um decreto presidencial depois de consulta com o CGI (Comitê Gestor da Internet) e a Anatel.

"O fim da neutralidade teria um impacto negativo, dificultando que as pessoas divulgassem suas produções e informações. Se o princípio fosse quebrado, as empresas de telecomunicações privilegiariam o tráfego de dados delas mesmas ou de suas associadas [pagantes] em detrimento a outros conteúdos. Com isso, um blogueiro seria prejudicado em relação a grandes empresas com maior poder econômico", afirmou Flávia Lefèvre, consultora da organização de defesa do consumidor Proteste para área de telecomunicações.


Privacidade
Em 2013, depois das denúncias sobre espionagem nos EUA, a presidente Dilma Rousseff pediu urgência constitucional para a tramitação do projeto. Com isso, a questão da privacidade ganhou destaque no texto.

O Marco Civil garante a inviolabilidade e sigilo do fluxo de comunicações via internet e também das conversas armazenadas – esse conteúdo pode ser legalmente acessado, no entanto, mediante ordem judicial. Na prática, suas conversas via Skype e aquelas mensagens salvas na conta de e-mail não poderão ser violadas, a não ser em casos envolvendo a Justiça.

Veridiana Alimonti, conselheira do CGI e advogada do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor), explica que a Constituição já prevê o sigilo das ligações telefônicas, mas o Marco Civil torna essas determinações mais completas e específicas para o ambiente digital.

A especialista destaca ainda a importância do princípio da finalidade, segundo o qual as empresas só poderão utilizar os dados para o propósito pelo qual foram coletados. Se não estiver previsto que as informações serão expostas em anúncios publicitários, por exemplo, isso não poderá ser feito sem o consentimento do usuário.

Flávia, da Proteste, afirma que será possível pedir indenização no caso dessa violação. Ela exemplifica: "Se você recebe publicidade via e-mail de uma instituição que não conhece, pode questioná-la sobre onde coletou seus dados. Se eles foram passados por alguma empresa para a qual você não deu essa autorização, cabe tomar uma atitude".

O marco prevê ainda que a autorização para o uso dessas informações deverá ocorrer de forma destacada das demais cláusulas contratuais. "É importante ler os termos de uso, mas eles precisam ser compreensíveis. Não podem ser textos enormes, com letras pequenas", defende Veridiana.

Um ponto ainda considerado polêmico é a obrigatoriedade de o provedor de aplicações de internet armazenar por seis meses todos os registros de acesso que você fez naquele serviço (ex: sua conta de e-mail) – atualmente, essa prática é opcional e não há um prazo pré-determinado. Veridiana defende que a privacidade fica mais garantida quando o armazenamento é uma alternativa e não uma obrigação (isso porque a prática teoricamente só será adotada por aqueles que têm uma estrutura adequada para isso).

Cumprimento de leis brasileiras
O texto final do Marco Civil excluiu um artigo que obrigava empresas estrangeiras a instalarem no Brasil seus datacenters (centros de dado para armazenamento de informações). Por outro lado, reforçou o artigo 11, que determina o cumprimento das leis brasileiras por parte de companhias internacionais, mesmo que elas não estejam instaladas no Brasil.

Isso invalidará o argumento daqueles que se recusavam a entregar dados, mesmo mediante ordem judicial, sob alegação de que as informações estavam armazenadas em datacenters no exterior. Ou seja: o usuário pode exigir que as empresas de internet de sua escolha trabalhem de acordo com as leis nacionais (inclusive no caso de processos e batalhas na Justiça).

Recentemente, por exemplo, em um caso que ameaçou bloquear o Facebook no Brasil, a companhia teria alegado não ser responsável pelo gerenciamento de conteúdo e da infraestrutura do site no país. A incumbência seria da competência do Facebook Inc e Facebook Ireland, localizados respectivamente nos Estados Unidos e na Irlanda.

"A legislação brasileira tem que se aplicar para a proteção de dados de brasileiros que contratam esses serviços no Brasil e que estão tendo a sua privacidade violada inclusive por empresas que exploram economicamente a sua atividade no país", disse Molon em entrevista ao programa "Poder e Política", da Folha e do UOL. Segundo ele, muitas vezes o argumento era: "Não somos obrigados a seguir a legislação brasileira porque armazenamos esses dados em outro país". Na ocasião, o relator classificou a situação como inadmissível.

Exclusão de conteúdo
A exclusão de conteúdo só pode ser solicitado por ordem judicial – assim, não fica a cargo dos provedores a decisão de manter ou retirar do ar informações e notícias polêmicas. Portanto, o usuário que se sentir ofendido por algum conteúdo no ambiente virtual terá de procurar a Justiça, e não as empresas que disponibilizam os dados.

"Com o intuito de assegurar a liberdade de expressão e impedir a censura, o provedor de aplicações de internet somente poderá ser responsabilizado civilmente por danos decorrentes de conteúdo gerado por terceiros se, após ordem judicial específica, não tomar as providências para [...] tornar indisponível o conteúdo apontado como infringente."

O tratamento é diferenciado para a chamada "vingança pornô" (divulgação não autorizada na internet de conteúdo sexual). Nesses casos, o participante ou seu representante legal deve enviar uma notificação para o provedor de aplicações (ex: Facebook ou Google), que tem de tornar esse material indisponível.

Renato Opice Blum, especialista em direito digital, faz uma crítica a essa diferenciação. "Se vale para uma pessoa, deveria valer para todo mundo. Mas com certeza isso ainda será discutido. E os juízes têm autonomia para interpretar os casos de forma mais ampla", afirmou.

Vamos esperar e ver como seremos afetados na prática dessa nova lei.




Fonte: Uol

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Brasil - Porque é violento?




A violência se manifesta por meio da tirania, da opressão e do abuso da força. Ocorre do constrangimento exercido sobre alguma pessoa para obrigá-la a fazer ou deixar de fazer um ato qualquer. Existem diversas formas de violência, tais como as guerras, conflitos étnico-religiosos e banditismo.

A violência, em seus mais variados contornos, é um fenômeno histórico na constituição da sociedade brasileira. A escravidão (primeiro com os índios e depois, e especialmente, com a mão de obra africana), a colonização mercantilista, o coronelismo, as oligarquias antes e depois da independência, somados a um Estado caracterizado pelo autoritarismo burocrático, contribuíram enormemente para o aumento da violência que atravessa a história do Brasil.



Diversos fatores colaboram para aumentar a violência, tais como a urbanização acelerada, que traz um grande fluxo de pessoas para as áreas urbanas e assim contribui para um crescimento desordenado e desorganizado das cidades. Colaboram também para o aumento da violência as fortes aspirações de consumo, em parte frustradas pelas dificuldades de inserção no mercado de trabalho.

Por outro lado, o poder público, especialmente no Brasil, tem se mostrado incapaz de enfrentar essa calamidade social. Pior que tudo isso é constatar que a violência existe com a conivência de grupos das polícias, representantes do Legislativo de todos os níveis e, inclusive, de autoridades do poder judiciário. A corrupção, uma das piores chagas brasileiras, está associada à violência, uma aumentando a outra, faces da mesma moeda.

As causas da violência são associadas, em parte, a problemas sociais como miséria, fome, desemprego. Mas nem todos os tipos de criminalidade derivam das condições econômicas. Além disso, um Estado ineficiente e sem programas de políticas públicas de segurança, contribui para aumentar a sensação de injustiça e impunidade, que é, talvez, a principal causa da violência.

A violência se apresenta nas mais diversas configurações e pode ser caracterizada como violência contra a mulher, a criança, o idoso, violência sexual, política, violência psicológica, física, verbal, dentre outras.

Em um Estado democrático, a repressão controlada e a polícia têm um papel crucial no controle da criminalidade. Porém, essa repressão controlada deve ser simultaneamente apoiada e vigiada pela sociedade civil.



Conforme sustenta o antropólogo e ex-Secretário Nacional de Segurança Pública , Luiz Eduardo Soares: "Temos de conceber, divulgar, defender e implantar uma política de segurança pública, sem prejuízo da preservação de nossos compromissos históricos com a defesa de políticas econômico-sociais. Os dois não são contraditórios" .

A solução para a questão da violência no Brasil envolve os mais diversos setores da sociedade, não só a segurança pública e um judiciário eficiente, mas também demanda com urgência, profundidade e extensão a melhoria do sistema educacional, saúde, habitacional, oportunidades de emprego, dentre outros fatores. Requer principalmente uma grande mudança nas políticas públicas e uma participação maior da sociedade nas discussões e soluções desse problema de abrangência nacional.





Fonte: Orson Camargo/brasilescola

terça-feira, 22 de abril de 2014

Brasil - A fome ainda mata muito!



A chegada de uma mineradora a uma região próxima a um quilombo nos arredores da cidade de Goiânia no ano passado mudou a rotina dos moradores. Eles sonharam com  empregos, mas poucos se concretizaram. A disputa pela terra se acirrou, o espaço para plantar diminuiu. O jeito passou a ser comprar comida. Os modos de vida se alteraram, as relações foram atropeladas. E, como resultado, as comunidades vivem hoje uma nova tragédia: em troca de alimento, há famílias que oferecem até suas filhas a operários da mineração. A prostituição infantil passou a ser uma triste realidade no quilombo.

A denúncia foi feita no Fórum Brasileiro de Segurança e Soberania Alimentar (FBSSAN), em junho de 2013, pelo Grupo de Mulheres Negras Malunga. Desde então, de acordo com a organização, nada mudou e a situação só se agrava. O caso se perde em meio a outros que se multiplicam Brasil afora, invisíveis frente à euforia das estatísticas que mostram a redução da fome em nível nacional.

 Segundo a ONU para Alimentação e Agricultura (FAO), o número de  22,8 milhões de pessoas em 1992 com fome caiu para 13,6 milhões em 2012. A mudança foi significativa, pois, em 1990, 15% dos brasileiros passavam fome. Hoje, são 6,9%.  Procurado pelo Canal Ibase, o MDS disse não ter os dados das áreas específicas onde há insegurança alimentar, sugerindo que se procurasse o IBGE.

Os dados recentes poderiam ser festejados, já que a economia brasileira é a sétima do mundo em termos de Produto Interno Bruto e, em alguma medida, isso se reverteu em mudança social. Mas, ao seguir à risca um modelo de desenvolvimento excludente, surge um anticlímax: o país se expõe a um vexame quando se verifica a  persistência da fome em algumas regiões.

 O que vem à tona claramente sobre o tema é que o Norte e o Nordeste apresentam quadros de insegurança alimentar incompatíveis com a riqueza nacional. Nessa geografia da fome atual, existem territórios em que populações vivem situações gravíssimas, como afirma Francisco Menezes, pesquisador do Ibase e referência nacional no tema:
-  Eu diria que os que estão em pior situação atualmente são os indígenas. Em muitas regiões, perderam suas terras (com a chegada da soja, cana, etc), foram muito violentados em sua cultura e vivem situações de calamidade, ao qual o Estado pouco ou nada contribui – diz Menezes, fazendo um contraponto à euforia das estatísticas.

Na Terra Indígena Governador, no município de Amarantes, a 700 km da capital maranhense, o problema da fome está associado ao conflito com latifundiários do agronegócio e, consequentemente, à dificuldade de acesso à terra. Como o Brasil nunca consolidou uma reforma agrária de fato, há muitas comunidades abandonadas pela ausência de garantia do território pelo Estado.

 Segundo Joaquim Cardoso, morador da TI de Governador e membro do comitê gestor da Fundação Nacional do Índio (Funai), há muitos indígenas sofrendo por escassez de alimentos:
- A falta de acesso à terra no país é uma das causadoras da fome. Sem regularização de terras, o governo deixa que as batalhas continuem. Os pequenos, claro, continuam perdendo. Há índios na beira da estrada, sem ter onde plantar e sem dinheiro para comprar – contou Joaquim em entrevista ao Canal Ibase.

Nordeste é maior foco da fome no país
A situação dos índios só ganhou visibilidade com o anúncio de um possível suicídio coletivo dos Guarani-Kaiowa, um ano atrás. Mas a situação permanece inalterada lá e em muitos outros territórios indígenas espalhados pelo país.

A professora Sandra Maria Chaves dos Santos, da Escola de Nutrição da Universidade Federal da Bahia, afirma que os dados dos últimos 20 anos deixam clara a diminuição da fome do país, mas isso não é justificativa, enfatiza ela, para deixar de combatê-la. Ela estuda o tema na região Nordeste e afirma que, em Sergipe, por exemplo, houve melhora. Mas a insegurança alimentar continua grave em outros estados.
- E como serão os resultados do próximo censo do IBGE em relação à fome, levando-se em conta que a seca da região já dura quase três anos? – ressalta ela.

No Vale do Jiquiriçá, a professora fez uma pesquisa com base  na Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA) e de um questionário socioeconômico. O resultado é que, de 2.002 domicílios, constatou-se  insegurança alimentar em 70,3%, com predomínio da insegurança grave e moderada (36,0%) em nove municípios.
- Há que se chamar atenção quanto às estatísticas do Censo de 2010. Embora tenha havido uma redução importante da fome, o que se vê nos dados é a manutenção das desigualdades regionais. O problema é estrutural. Quanto menor o nível de escolaridade, por exemplo, maior é o risco de insegurança alimentar – diz ela.

No contexto atual, em que muitas populações estão na iminência de perder acesso à terra com a chegada de megaempreendimentos e a expansão do agronegócio, a situação se agrava. É o que afirma o coordenador-executivo da Action Aid Brasil, Adriano Campolina:
- As obras de infraestrutura no Brasil estão gerando novas pobrezas, com a expulsão das pessoas de seus locais de origem. Precisamos reverter isso, que também ocorre em função dos megaeventos esportivos: a Copa e as Olimpíadas.

A presidente  do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), Maria Emília Pacheco, diz que o desafio é frear esse processo.
- É preciso investir na agricultura familiar, no banimento do uso de agrotóxicos. Há um conjunto articulador de políticas que está diretamente relacionado à segurança alimentar. O alimento tem que ser visto como direito humano e não como mercadoria.

Para Maria Emília, a soberania alimentar ainda não foi alcançada no país. Isso, prevê a presidente do Consea, só ocorrerá quando todos os povos tiverem direito de estabelecer suas políticas do direito humano à alimentação.
- É preciso pensar a produção, a distribuição e o acesso ao alimento. E não adianta apenas comer, é preciso saber quais alimentos estão chegando à mesa dos brasileiros. O Brasil assiste neste momento, por exemplo, ao aumento do sobrepeso. E há casos que combinam subnutrição com sobrepeso devido à baixa qualidade dos alimentos.

Há pesquisadores que questionam, inclusive, se alguns alimentos superprocessados devem ser chamados de alimentos. Nessa linha, a professora Inês Rugani, do Departamento de Nutrição da Uerj, aponta  um aspecto dramático no país, que aparece também no programa Bolsa Família. Ela alerta que famílias cuja renda é mais baixa estão adquirindo o hábito de  comprar alimentos processados, a fim de consumir produtos semelhantes aos da classe média.

A professora Inês Rugani, do Departamento de Nutrição da Uerj, vê um um aspecto dramático no país, que aparece também no programa Bolsa Família. Ela alerta que famílias cuja renda é mais baixa estão adquirindo o hábito de  comprar alimentos processados, a fim de consumir produtos semelhantes aos da classe média.
- A qualidade da alimentação cai muito, e a consequência na saúde é direta, como o aumento da diabetes. Um grande exemplo são os refrigerantes. Os mais baratos são ainda mais nocivos do que os mais divulgados pela propaganda maciça.

As pessoas a que Rugani se refere ao menos são beneficiadas por políticas públicas, como o Bolsa-Família. Mas há aquelas que ainda sofrem de privação.



Fonte: Camila Nobrega e Rogério Daflon
do Canal Ibase

Sexo - Mantém relacionamentos!



Sexo é mesmo o termômetro do relacionamento. E é melhor praticá-lo do que dizer mil vezes “eu te amo” todo dia. É o que garante a ciência.

Pesquisadores da Universidade de Chicago entrevistaram 732 casais, entre 57 e 85 anos, para saber com que frequência faziam sexo. Descobriram que os casamentos mais felizes eram aqueles em que os casais ainda transavam bastante.

E o relacionamento saudável ainda deixava os parceiros menos doentes.
“Os resultados sugerem que para proteger a qualidade do relacionamento, pode ser importante manter a vida sexual ativa, mesmo se problemas de saúde prejudicarem”, conclui a pesquisa.
Faz sentido, não?



Fonte: Super

domingo, 20 de abril de 2014

Solidão pode matar de verdade!




Solidão pode fazer bem, é verdade – os tímidos que o digam. Mas melhor não exagerar na dose. Palavra da ciência. Confira abaixo três estudos que mostram como a solidão pode acabar com a sua vida.

MATA MAIS QUE OBESIDADE
É duas vezes mais perigoso ser solitário do que ser obeso. Foi o que descobriu o psicólogo John Cacioppo ao acompanhar a vida de 2 mil pessoas ao longo de seis anos. Os solitários corriam mais risco de morrer do que os outros. É que a solidão eleva a pressão arterial e, logo, aumenta também os riscos de infartos e derrames. Além disso, o isolamento enfraquece o sistema imunológico e piora a qualidade do sono.

É CONTAGIOSA
Faz mal pra você, pros seus amigos, pra todo mundo. É o que dizem pesquisadores das universidades de Harvard, Chicago e Califórnia. Eles descobriram que amigos de pessoas solitárias têm 52% de chances de sentir solidão. Isso porque os solitários não interagem tanto assim com os amigos. Só que aí os próprios camaradas começam também a se sentir mais sozinhos, confiar menos nos outros e, olha só, fugir das pessoas. É um dominó de solidão.

DEIXA VOCÊ COM FRIO
Pesquisadores da Universidade Tilburg convidaram um grupo de pessoas para um jogo online de arremesso de bolas e mediram a temperatura do corpo delas 24 vezes. Algumas foram deixadas propositalmente de fora de jogadas – a ideia era fazer com que elas se sentissem excluídas e solitárias. Nesses momentos, a temperatura média do corpo caía 0,378 graus Celsius. Culpa do sistema nervoso autônomo: ele reage à solidão deixando as veias das áreas periféricas mais contraídas. Isso faz com que os dedos fiquem mais gelados.

Bem, se você estiver muito longe dos amigos e familiares mais chegados, não se preocupe há outra solução: banho de banheira. Dizem que alivia a solidão.




Fonte: Carol Castro/Super


sábado, 19 de abril de 2014

Para o The Economist, trabalhador brasileiro é preguiçoso!



Filas, tráfego, prazos descumpridos e atrasos de todo o tipo são parte do cotidiano brasileiro. Isso também é uma mostra, segundo a edição desta semana da revista britânica The Economist, da baixa produtividade do trabalhador brasileiro, que acaba por segurar o crescimento da economia. Só faltou chamar os brasileiros de vadios e preguiçosos.

A produtividade do trabalhador brasileiro está estagnada há mais de 50 anos e o país precisa ser mais ágil e mais produtivo para voltar a crescer, segundo o texto, cujo título é "50 anos de soneca".

A reportagem, ilustrada com a foto de uma pessoa descansando em uma rede na praia, aponta, entre outros fatores para a baixa produtividade, o que diz serem traços culturais do brasileiro.
"Poucas culturas oferecem uma receita melhor para curtir a vida", afirma a revista, após citar empresários que relataram ter enfrentado dificuldades para contratar funcionários.

Um deles, segundo a Economist, teria contratado 20 trabalhadores temporários para atuar em suas barracas de fast-food no festival Lollapalloza, em São Paulo, mas apenas dez apareceram.

A Economist lembra que o fator de produtividade no Brasil, que mede a eficiência do trabalho e do capital, é hoje pior do que a dos anos 1960. O semanário também compara o país a outras economias emergentes.
Enquanto a produtividade do trabalho foi responsável por 91% da expansão do PIB chinês entre 1990 e 2012, e 67% do PIB indiano, no Brasil esse índice foi de apenas 40%, segundo estudo da consultoria McKinsey.

"O restante (do crescimento) veio da expansão da força de trabalho, como resultado de uma demografia favorável, da formalização e do baixo desemprego. Tudo isso vai desacelerar a 1% ao ano (de crescimento) na próxima década", diz uma fonte ouvida pela revista.

"Para a economia crescer mais rápido, a um ritmo de 2% ao ano, os brasileiros precisarão ser mais produtivos", conclui.

Entre outras razões listadas pela revista para explicar a baixa produtividade do país estão os poucos investimentos em infraestrutura e a educação de baixa qualidade, problemas já conhecidos.
A revista também cita o mau gerenciamento e a ineficiência de muitas empresas - muitas delas acostumadas ao protecionismo do Estado.

"Ao invés de quebrarem, empresas frágeis sobrevivem graças a várias formas de proteção estatal, que acaba protegendo-as da competição", diz a revista.

Ainda bem que salientaram essa questão de a culpa também se dar principalmente a má gestão política e econômica daqueles que estão no poder.



Fonte: BBC Brasil




quinta-feira, 17 de abril de 2014

Brasil - Perto de uma guerra civil?



O desarmamento do povo Brasileiro promovido insistentemente pelo Partido dos Trabalhadores, tinha objetivos de evitar que a população civil tivesse acesso a armas que poderiam ser utilizadas durante rebelião popular, contra as politicas Marxistas da esquerda.

 A aproximação do Governo Brasileiro a nações de democracia frágil, simpáticas ao comunismo e ao autoritarismo, como o Irã e à Venezuela, era o sinal evidente dos rumos que o Brasil poderia seguir durante os governos Lula e Dilma. Também o liberalismo da era FHC mostrou que o país precisa encontrar os rumos da democracia. Hoje o povo Brasileiro vive sob a ditadura das leis.

Nunca antes na história do país surgiram tantos grupos diferentes externando múltiplas indignações contra o "estado de coisas" que se instalou no país nestes últimos 20 anos.

A falta de engajamento dos políticos aos anseios populares é o catalizador do maior movimento popular da história do país.

Acalmados os ânimos, NENHUMA reforma foi feita e propostas de mudança nas estruturas do pais, apresentadas às pressas, foram REJEITADAS após os ânimos terem se acalmado.

Neste ano o NEVESNEWS prevê uma clima de confronto bélico dos grupos da sociedade contra o Estado.

Em havendo mudança no cenário político do país, com a tomada do poder pelo povo, a ação violenta do Estado contra manifestantes futuramente poderá ser enquadrada como crime contra o povo Brasileiro e os atuais governantes serem responsabilizados.

O Brasil é um Estado democrático de direito, onde os direitos das maiorias não estão sendo resguardados.

Havendo um descontrole das manifestações sociais, os governos cometerão o ultimo ato falho antes do início de uma guerra civil no país, que será a entrada das forças armadas nacionais, combatendo o anseio de mudanças do próprio povo Brasileiro.

Mas na realidade já estamos vivendo uma guerra civil no país.
 A guerra civil acontece na Internet, nas redes sociais. Ela é digital.E a culpa seria de quem? Dos médicos cubados que foram convidados a trabalhar nos rincões do Brasil onde médico algum brasileiro quer trabalhar?

 Onde certamente faltam hospitais, infraestrutura? Seria a culpa da Democracia? Que nos garante o direito de descer a lenha em quem desejar, nas redes sociais? Da Dilma, que tomou a decisão de criar o Programa Mais Médicos?

Das Redes Socias? Não. A culpa é nossa mesmo, que estamos adorando passar horas na frente do computador, do tablet e do celular publicando opinião sobre todos os assuntos que nos comovem. Mesmo nada entendendo muito bem do assunto. E falar mal dos políticos, melhor ainda. Adoramos uma fofoca. Mas, agora está mais fácil falar mal da vida alheia em público, no conforto da poltrona. Até TV superinteligente, com acesso às redes sociais, já existe. Uma maravilha.

Mesmo correndo o risco de ser desmentido ou desmascarado nas redes sociais. Não importa. Viva a democracia das redes sociais. Foi ela que ajudou na mobilização das semanas de junho e julho no ano passado, contra um monte de coisa e que reuniu gente de toda sorte sorte ou parte. Gente que foi lá para ver como é que é ir para rua. Porque antes nunca foi porque era criança quando muitos dos mais velhos lutaram contra as balas da ditadura militar.

Agora ficou mais fácil. Basta estar conectado à Internet. Para se ter uma ideia da velocidade da informação nos dias atuais, quando aconteceu a Revolução Russa em Outubro de 1917, a notícia sobre a tomada do poder pelos bolcheviques, sob a liderança de Lenin e Trotsky, chegou quase seis meses depois no longínquo interior do país.  Hoje levaria apenas alguns segundos.

Basicamente, a guerra civil digital possui a mesma formação logística de uma guerra civil ‘onpremise’ – instalada localmente, para não perder o jargão do pessoal de TI. De um lado há os que são contra, de outro, os que são a favor. No meio do caminho os que são de nada. Muro puro, indecisos. Até oportunistas de plantão podem participar. E ainda tem os que desejam ficar do lado de um ou de outro, mais para agradar gregos e baianos.

Mas, se na guerra civil com armas de fogo há mortes reais, na digital os ânimos são bem agitados e as agressões verbais, provocações dão o tom da batalha. A manipulação de informação é uma regra para um dos lados, e para boa parte de ambos os lados – que os antigos amalgamas de Stálin contra a Oposição de Esquerda. Além de muita gente, sem saber, seguir a cartilha do ministro da propaganda nazista, Joseph Goebbels.

Uma coisa é certa: esta guerra pode não ser divertida. Ela, na verdade, é uma radiografia da sede de debate pelo qual passa a sociedade brasileira. A maioria dos que investem seu tempo nesta batalha digital não possui experiência real, com participação nas organizações sociais, sindicatos, movimentos por melhoria dos serviços públicos, como os de Transporte, como foi o estopim das manifestações de junho e julho. E que pode ser agora pela melhoria dos serviços de Saúde. Privados também, porque estes também estão uma porcaria. (E que surgiram em conseqüência destas mesmas manifestações).

Esperamos todos que os nuestros compañeros médicos cubados possam ajudar a melhorar o tratamento à população. Mas, com  uma coisa eles já contribuiram: para mexer com os ânimos do povo daqui para o debate. Que começou com bate bola digital. Quem sabe não sairá finalmente para as ruas?



Jornalista Marcos do Nevesnews  e Wilians Geminiano, editor da FonteMídia Américas.

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Podemos confiar em todas as notícias?



Em uma era de informação rápida e instantânea com o advento da Internet, somos bombardeados por notícias e informações por todos os lados. Mas podemos confiar em tudo?

Muitas pessoas desconfiam do que leem e ouvem nos noticiários. Por exemplo, em 2012, nos Estados Unidos, a empresa de pesquisas Gallup perguntou às pessoas se elas achavam que os noticiários de jornais, televisão e rádio eram exatos, imparciais e completos. O resultado foi que seis em cada dez pessoas responderam “não muito” ou “nem um pouco”. Será que existe motivo para tanta desconfiança?

Muitos jornalistas e veículos de comunicação dizem estar comprometidos em produzir reportagens exatas e informativas. Mas há motivos para desconfiar dos noticiários. Considere o seguinte:


MAGNATAS DA MÍDIA. Os maiores veículos de comunicação pertencem a um número pequeno de corporações poderosas. Esses veículos de comunicação têm uma forte influência na escolha das histórias, na forma como serão cobertas e no destaque que terão. A maioria das corporações visa o lucro, por isso, as decisões tomadas pelos veículos de comunicação podem ser motivadas por interesses econômicos. Histórias que possam interferir no lucro dos proprietários de uma emissora ou editora talvez não sejam divulgadas.

GOVERNO. Grande parte das notícias é sobre política e políticos. O governo quer que o público apoie suas decisões e seus representantes. A mídia, por sua vez, precisa que o governo libere certas informações. Por isso, os jornalistas e o governo às vezes “cooperam” entre si.


 PROPAGANDA. Na maioria dos países, os veículos de comunicação precisam ter lucro para continuar no mercado e a maior parte da sua renda vem da propaganda. Nos Estados Unidos, a propaganda gera de 50% a 60% da renda das revistas, 80% da renda dos jornais e 100% da renda dos canais de televisão e de rádio. É lógico que as empresas não querem patrocinar programas que causem má impressão sobre seus produtos ou sobre elas mesmas. Se não gostarem do que um veículo de comunicação está produzindo, as empresas podem simplesmente patrocinar outro programa. Por isso, alguns editores omitem notícias que transmitem uma ideia negativa sobre seus patrocinadores.


DESONESTIDADE. Nem todos os repórteres são honestos. Alguns jornalistas inventam histórias. Há alguns anos, por exemplo, um repórter no Japão queria documentar os danos causados por mergulhadores aos corais em Okinawa. Quando não encontrou corais danificados, ele mesmo estragou alguns e daí os fotografou. Fotos também podem ser manipuladas para enganar o público. Softwares para editar fotos estão cada vez mais avançados, tanto que algumas alterações em imagens são praticamente impossíveis de ser detectadas.


MANIPULAÇÃO DE FATOS. Até mesmo fatos podem ser apresentados de acordo com a opinião do jornalista. Que fatos serão incluídos na história? Que fatos serão omitidos? Por exemplo, um time de futebol pode ter perdido um jogo por dois gols. Isso é um fato. Mas um jornalista pode contar de várias formas por que o time perdeu.


OMISSÃO. Ao organizar os fatos para criar uma história chamativa, os jornalistas costumam excluir detalhes que poderiam levar o leitor ou o espectador a questionar a reportagem. Por isso, alguns fatos acabam sendo exagerados e outros minimizados. Visto que apresentadores de jornal e repórteres às vezes têm cerca de um minuto para contar uma história complexa, detalhes importantes podem ser omitidos.


 CONCORRÊNCIA. À medida que o número de emissoras de televisão aumenta, o tempo que um espectador gasta assistindo a apenas um canal diminui drasticamente. Para manter o interesse dos espectadores, as emissoras precisam oferecer algo que seja divertido ou que chame a atenção. Comentando essa mudança, o livro Media Bias (Mídia Tendenciosa) declara: “Os noticiários [da televisão] se tornaram apenas uma sequência de imagens escolhidas para chocar e excitar. As histórias estão mais curtas para se ajustar ao período de atenção cada vez mais curto dos espectadores.”

ERROS. Como todas as pessoas, jornalistas cometem erros sem querer. Por exemplo: um erro de ortografia, uma vírgula no lugar errado ou um erro de gramática pode distorcer o significado de uma frase. Às vezes, os fatos não foram bem verificados. Ou ainda, por causa da pressa em entregar a matéria no prazo, um jornalista talvez se confunda com os números, podendo facilmente escrever 10 mil em vez de 100 mil.

CONCLUSÕES ERRADAS. Fazer uma reportagem exata não é tão fácil como alguns pensam. O que hoje parece ser um fato comprovado, amanhã talvez não seja mais. Por exemplo, no passado, acreditava-se que a Terra era o centro de nosso sistema solar. Atualmente, sabemos que a Terra gira em torno do Sol.

 Uma atitude equilibrada
Não é sábio acreditar em tudo o que as notícias dizem, mas isso não significa que não se pode acreditar em nada. O segredo é ter mente aberta, mas com certa cautela.

 As perguntas abaixo nos ajudam a analisar o que ouvimos e lemos:

VEÍCULO: A publicação ou o programa é conhecido por sua seriedade ou por ser sensacionalista? Usou uma fonte oficial e confiável? Quem patrocina a emissora ou a editora?

FONTES: A história foi bem pesquisada ou cita apenas uma fonte? As fontes são confiáveis e imparciais? Elas apresentam o assunto de maneira equilibrada ou foram escolhidas porque apoiam certo ponto de vista?

OBJETIVO: O objetivo principal dessa notícia é informar ou divertir? Será que ela está tentando vender algo ou apoiar alguma causa?

TOM: Qual é o tom da notícia? Se for muito crítico, malicioso ou de revolta, a notícia se torna mais um ataque do que uma explicação racional do assunto.

COERÊNCIA: Os fatos são coerentes com os apresentados em outros artigos ou reportagens? Se houver contradições entre as histórias, cuidado!

ATUALIDADE: Será que a informação está atualizada ou ultrapassada? Algo que há 20 anos parecia ser correto pode ter sido completamente descartado hoje em dia. Por outro lado, se a notícia for muito recente, é possível que ainda não se tenha todas as informações.




Fonte: Awake/jw.org



terça-feira, 15 de abril de 2014

SBT cede à pressão!


Sheherazade: SBT cede à patrulha dos autoritários e cassa as opiniões da jornalista



SBT cede à patrulha e corta as opiniões de Sheherazade. Na TV aberta brasileira, pode mostrar o traseiro e o bilau; pode transformar o vocabulário numa latrina; só não pode dar uma opinião contrária à das milícias do PSOL, do PCdoB, do PT e dos autoritários e imbecis de maneira geral


O SBT cedeu à pressão, ao alarido e à gritaria dos censores em tempos democráticos e decidiu proibir os comentários da jornalista Rachel Sheherazade. Os autoritários, os imbecis e os esquerdopatas estão felizes. São, ademais, mentirosos porque fingem uma indignação que não têm para alimentar os preconceitos que têm. Na origem da polêmica, está um comentário que Sheherazade fez no ar quando um jovem assaltante foi detido por moradores e atado a um poste. Embora eu não endosse o comentário da jornalista, É UMA MENTIRA ESCANDALOSA QUE ELA TENHA APOIADO AQUELE TIPO DE TRATAMENTO.

Ela disse outra coisa. Afirmou que, numa sociedade em que o estado é omisso e em que a violência se dissemina, é “compreensível” aquela atuação da população. Dias depois, diga-se, o rapaz foi detido novamente por suas vítimas habituais. Para não apanhar, começou a gritar: “Eu sou o do poste. Sabe com quem está falando?”. Ele sabia que os cretinos deslumbrados o tinham tornado uma celebridade.

Certamente haverá um bando de tontos, inclusive no meio jornalístico, aplaudindo a decisão, sem se dar conta de que está botando a própria cabeça na guilhotina. É mentira que Sheherazade esteja sendo punida por aquela opinião. Ela está sendo calada porque não emite, na TV, pontos de vista considerados consensuais; porque não lustra os preconceitos politicamente corretos que tomam conta da TV aberta; porque não segue, enfim, a manada.

Vocês já se deram conta do vocabulário que se tornou usual nas TVs brasileiras — sem exceção — a partir das 21h? Temas de relativa complexidade moral — de dilemas éticos à questão da sexualidade — são levados em cena aberta, e é certo que há crianças do outro lado da tela, não é? Ah, mas em matéria se sexualidade, de formação familiar, de consumo de drogas, de desassombro vocabular, mesmo quando, reitero, há crianças envolvidas inclusive nas cenas, aí somos todos libertários; aí ninguém quer correr o risco de parecer reacionário; aí a mãe pode levar o filho para o ambiente em que mantém flertes lésbicos. Afinal, o que é que tem? Lesbianismo é comum.

E não serei eu aqui a dizer que seja incomum, não é? Não estou defendendo censura nenhuma, antes que algum bobalhão leia que o que não está escrito. Eu já disse que não brigo com TVs, com programas de humor na Internet, com nada disso. Defendo apenas que se desligue a TV e que não se veja o tal programa. E pronto!  Mas sigamos. Aprendi, dada a educação moral e cívica ora em  vigência, que um gay esmagado pelo pai pode sequestrar e jogar uma criança no lixo, tentar matar uma pessoa, financiar o sequestro dessa mesma criança; chantagear, extorquir, fazer o diabo. Se ele descobrir o amor verdadeiro e se isso significar a adesão da maior emissora do país a uma causa “progressista”, tudo vale a pena. O bandido merece perdão. Já a bandida heterossexual morre eletrocutada numa cerca para deixar de ser safada. O pai homofóbico termina seus dias babando e dependendo daquele a quem tanto hostilizou. Quem mandou ser tão malvado e, em certa medida, literalmente cego de heterossexualismo e machismo? E não duvido que muitas mulheres tenham achado “liiinda” a novela misógina. O Brasil está ficando burro.

Essa mesma televisão, no entanto, não pode comportar as opiniões de Rachel Sheherazade. Quais opiniões? Aquela de que é “compreensível” que a população se revolte e decida fazer justiça. Não! Ninguém nem está ligando pra isso. O problema são as outras opiniões que ela tem. Se há manifestantes violentos nas ruas, em vez de ela verter a baba adesista, tão comum hoje em dia, ela critica; se bandidos cometem atrocidades, em vez de ela se compadecer com a suposta origem social da violência — uma mentira! —, ela pede cadeia; se há invasão de propriedade privada, em vez de ela se solidarizar com invasores, deixa claro que aquele não é o caminho.

Isso não pode! Sheherazade poderia estar emitindo opiniões com esse conteúdo em qualquer democracia do mundo. Não na nossa! Na nossa democracia, todos têm de estar alinhados com os cânones do pensamento politicamente correto. Ou não pode trabalhar. Vejam os debates sobre os 50 anos do golpe militar de 1964. Eu falei “debates”? Uma ova! Não houve! Ao contrário: sob o pretexto de que todos defendemos a democracia, o que se viu nas TVs foi um espetáculo de mistificação. Mais um pouco, João Goulart só não foi chamado de competente…

PCdoB e PSOL
PCdoB e PSOL resolveram recorrer ao Ministério Público contra Sheherazade. Pedem abertamente a cabeça da jornalista, ameaçando a emissora com o corte de verbas de publicidade oficial. PCdoB e PSOL falando em nome da democracia? Dois partidos que defendem a ditadura chavista? Que defendem a ditadura cubana? Que defendem regimes que prendem pessoas por delitos de opinião? Que se alinham com as milícias bolivarianas?

Quem vai dar aula de tolerância a Rachel Sheherazade? A deputada Jandira Feghali? O partido que, até outro dia, foi flagrado em relações incestuosas com ONGs de mentirinha para enfiar a mão no dinheiro público? Que ainda não perdoou Krushev? Nem chego a considerar a tal Jandira um ser da nossa era! Espero que ela não tente me calar também!

Muito bem! Agora Sheherazade não vai mais emitir opiniões. O Brasil ficou melhor por isso? Teremos, agora, mais liberdade de expressão? A verba publicitária oficial pode ser usada por veículos de comunicação que defendem abertamente a roubalheira havida na Petrobras, mas não poderia ir para o SBT porque havia lá uma jornalista que dizia coisas incômodas.

 Considerando o padrão da TV aberta brasileira, Sheherazade é que virou um problema? Mostrar o traseiro e o bilau em reality show pode, mas afirmar que a população, sem estado, acaba fazendo justiça com as próprias mãos é proibido? Engraçado! Na democracia americana, a bunda e o bilau na TV abertas seriam proibidos, mas a opinião política é livre. Vai ver é por isso que os EUA são os EUA, e o Brasil é o Brasil. Na novelas das nove, se podem defender a descriminação das drogas e o aborto — hoje considerados crimes pela legislação brasileira — e da pior forma possível: no modelo merchandising ideológico, de forma mais ou menos sorrateira. Mas ai de um jornalista que emita uma opinião que ofenda as polícias do pensamento!

Sobre a violência
No primeiro texto que escrevi sobe o caso, tratei da questão da violência. Não se trata de saber se direitos humanos devem existir também para bandidos. Os direitos humanos, vejam que coisa!, humanos são — e deles ninguém se exclui ou pode ser excluído. Ponto final. A questão é de outra natureza: cumpre tentar entender por que esses prosélitos mixurucas, esses propagandistas vulgares, jamais se ocupam da guerra civil que está em curso no Brasil há décadas. Então os mais de 50 mil que morrem por ano no país não merecem a sua atenção?

Sei que pode parecer estranho a esses oportunistas, mas Sheherazade não amarrou ninguém. A violência que a gente vê é só um pouco da violência que a gente não vê. Os linchamentos se espalham Brasil afora. Os mais de 50 mil homicídios a cada ano no país é que mereciam uma “Comissão da Verdade”. Por que os que agora pedem a cabeça de uma apresentadora de TV jamais se ocuparam das 137 pessoas (média) que são assassinadas todos os dias no Brasil?

Os imbecis tentarão ler no meu texto o que nele não está escrito. Dou uma banana para os tolos. Quanto mais eles recorrem à tática da desqualificação, mais leitores vão chegando — e, agora, mais ouvintes também. Não dou a mínima. Não me deixo patrulhar. Sim, eu acho que os que prenderam aquele rapaz pelo pescoço têm de ser punidos. Eu acho que os que recorrem a linchamentos também têm de arcar com as consequências.

Mas acho igualmente que essa gente que decide resolver por conta própria — que também é pobre de tão preta e preta de tão pobre — merece ter estado, merece ter segurança, merece ter proteção. Se sucessivos governos se mostram incapazes de dar uma resposta — por mais que eu deteste, por mais que eu ache o caminho errado, por mais que eu tenha a certeza de que a situação só vai piorar —, as pessoas farão alguma coisa.

Parece-me que foi esse o sentido que Sheherazade deu à palavra “compreensível” — o que não implica necessariamente um endosso. Os historiadores já se debruçaram sobre os fatores que tornaram “compreensível” a eclosão dos vários fascismos na Europa do século passado ou da revolução bolchevique na Rússia. Compreender um fenômeno não quer dizer condescender com ele. Eu, por exemplo, penso que é compreensível que o PT tenha chegado ao poder, entenderam?

Ainda que, reitero, avalie que o comentário foi, sim, desastrado. Mas tentar linchar Sheherazade moralmente, aí já é um pouco demais! Estranha essa gente: defende o direito de defesa para os bandidos mais asquerosos — e nem poderia ser diferente —, mas pede a execução sumária de alguém por ter emitido uma opinião infeliz.


Boa parte dos que estão vociferando não está nem aí para os pobres, os humilhados etc. Esses coitados servem apenas de pretexto para aquela turma perseguir os de sempre. Não fosse assim, esses bacanas estariam mobilizados, cobrando uma ação do estado brasileiro para pôr fim ao Açougue Brasil, especializado em carne humana.

Bando de censores babacas e autoritários! Ah, sim: o SBT não proibiu apenas Sheherazade de omitir opiniões. A regra vale agora para todos os profissionais de imprensa da casa. Vai ver o Sindicato dos Jornalistas do Rio, que também havia se insurgido contra ela, está feliz. Agora, sim, é que ficou bom, certo? Claro, claro! Sempre haverá um daqueles para dizer que isso só acontece porque se trata de um meio de comunicação da burguesia. O semovente não tem dúvida de que Sheherazade deve ser censurada, mas que a opinião deve ser livre para os que emitem as opiniões “corretas”…




Por Reinaldo Azevedo




segunda-feira, 14 de abril de 2014

Porto de Mariel em Cuba financiado pelo Brasil trafica armas!


Dilma-e-Raul-Castro-Kim

Como vocês sabem, o governo do PT já tem uma grande obra portuária, certo? Em Cuba! Aliás, o PAC que verdadeiramente funciona é este: “Plano de Apoio a Cuba” — ou, mais precisamente, à ditadura cubana, já que aquele pobre país continua vítima de uma tirania asquerosa — um dos poucos das Américas que ainda prendem pessoas por delitos de opinião. Os outros são Venezuela, Bolívia e Equador, todos eles “companheiros dos companheiros”, todos eles apoiados incondicionalmente pelo governo brasileiro.

Eis aí: o BNDES enfiou US$ 682 milhões no porto de Mariel, em Cuba — inaugurado por Dilma Rousseff em janeiro deste ano —, e o tirano Raúl Castro usou aquela estrutura para tentar vender armas à Coreia do Norte. Não! Mude-se o verbo: o certo não é “vendeu”. O anãozinho comprovadamente assassino, que tiraniza a ilha, usou uma obra financiada pelo BNDES para fazer tráfico internacional de armas.

É um vexame internacional! O Conselho de Segurança da ONU tem tudo documentado. Havia a clara orientação, para esconder a operação.



Por causa do flagrante, foi possível encontrar os registros de navegação e reconstituir a rota do navio: em 4 de junho, o cargueiro Chong Chon Gang parou em Havana, onde descarregou rodas automotivas e outros produtos industriais. Em 20 de junho, o navio aportou secretamente em Mariel. Lá, o material bélico foi embarcado. Em 22 de junho, o Chong Chon Gang chegou a Puerto Padre, onde recebeu a carga de açúcar que seria usada na tentativa de esconder o armamento.

A maior parte da carga era formada por componentes que seriam usados em mísseis terra-ar, dos modelos C-75 Volga e C-125 Pechora. Dois caças MiG-21, desmontados, estavam no carregamento. Muita munição foi encontrada. Também havia lançadores de mísseis, peças de radares, antenas, transmissores e geradores de energia. Para diminuir os riscos, parte do material enviado recebeu uma nova mão de tinta: os containers perderam a cor verde, indicativa da carga militar, e foram pintados de azul.

Entre os fatos que chamaram a atenção dos investigadores, aparece justamente a escolha pelo Porto de Mariel: o relatório cita que a opção, em detrimento de Havana e Puerto Padre, é mais uma prova das más intenções de cubanos e norte-coreanos. “A carga foi aceita pelo navio sem os documentos básicos de envio, recibos de carregamento, relatórios de carregamento e relatórios de inspeção de carga”, diz o texto da ONU. O navio Chon Chong Gang trazia uma declaração falsa de que carregava apenas açúcar-mascavo. E, na lista de portos pelos quais a embarcação passou, não há referência a Mariel.

Os dois governos admitem que Cuba estava enviando as armas para a Coreia do Norte, mas alegam que o material passaria por reparos e seria devolvido à ilha dos irmãos Castro. O painel da ONU não se convenceu: o fato de a carga estar escondida se soma a orientações por escrito, encontradas a bordo, orientando a tripulação a preparar uma declaração falsa e enganar as autoridades do Panamá. O relatório fala em “clara e consciente intenção de burlar as resoluções”.

 Não fosse o flagrante dado pelo governo do Panamá quando o navio atracou no porto de Manzanillo, no lado atlântico do canal, a ditadura do outro anãozinho tarado, Kim Jong-un, teria recebido a carga, contrariando leis internacionais.

 O que isso significa? Ao financiar um porto em Cuba, contribuindo para romper o relativo isolamento do regime ditatorial, o Brasil se torna uma espécie de sócio de suas bandalheiras.

Estamos diante de mais uma evidência de desastre da política externa brasileira. E não adianta vir com a história de que o Brasil não pode se responsabilizar pelas porcarias feitas pelo governo cubano. Quem mete a mão em cumbuca sabe que está correndo risco. O pretexto supostamente meritório para financiar o porto de Mariel é humanitário. Vejam lá o que Raúl Castro está fazendo com a generosidade brasileira.

O chato é que a tramoia está devidamente documentada no Conselho de Segurança da ONU, aquele mesmo órgão em que o Brasil anseia um assento permanente. Dá para entender por que ele não vai chegar tão cedo?




Fonte: Reinaldo Azevedo/Gabriel Castro/Veja

domingo, 13 de abril de 2014

Cuidado com Ibuprofeno e Diclofenaco!



Estudo de 13 anos com 8.423 pessoas mostra que ibuprofeno e diclofenaco aumentam riscos de ter AVC

Medicamentos analgésicos usados por milhões de pessoas diariamente têm sido associados a um maior risco de arritmia cardíaca, o que poderia provocar um acidente vascular cerebral.

A chance extra de desenvolver a fibrilação atrial é de 84%, afirmam pesquisadores holandeses.
A arritmia é uma das principais causas de AVC, pois as câmaras superiores do coração ficam fora de um ritmo regular e batem muito mais rápido do que o normal, o que faz com que o sangue se acumule e forme um coágulo.

No Brasil milhões de pessoas com artrite tomam analgésicos, incluindo antiinflamatórios, como o diclofenaco e o ibuprofeno. No estudo, a saúde cardíaca de 8.423 pessoas, com idade de 55 anos ou mais, foi monitorada desde 1990, em Roterdã, Holanda.

Os casos de fibrilação atrial foram diagnosticados usando gravações rítmicas do coração, enquanto os detalhes dos medicamentos prescritos foram recolhidos em farmácias. Durante o período de acompanhamento médio de pouco menos de 13 anos, 857 participantes desenvolveram fibrilação atrial. Destes, 261 nunca tinham usado antiinflamatórios quando foram diagnosticados, enquanto 554 já haviam usado, e 42 estavam ingerindo estes medicamentos no momento da pesquisa.

O uso atual foi associado a 76% de maior risco de fibrilação atrial do que para aqueles que nunca haviam tomado analgésicos. Idade, sexo e problemas cardíacos subjacentes foram levados em conta.

Percebe-se que os antiinflamatórios podem contribuir para problemas de ritmo cardíaco pelo aumento da pressão arterial como um resultado da retenção de líquidos. Bruno Stricker, do Centro Médico Erasmus, em Roterdã, disse que a pesquisa anterior tinha mostrado uma ligação entre fibrilação atrial e esses analgésicos.

"Nossos resultados também sugerem que o aumento do risco ocorre logo após o início do tratamento e podem desaparecer ao longo do tempo", acrescentou. “Apesar dos antiinflamatórios não serem muito eficazes para o tratamento da dor, é importante que ambos os riscos e benefícios sejam considerados cuidadosamente antes de serem prescritos”.

Só no Reino Unido, no ano de 2010, mais de 17 milhões de prescrições foram emitidas para analgésicos.

O ibuprofeno pode ser comprado com farmacêuticos e em supermercados, além de comprimidos contendo diclofenaco em doses muito mais baixas do que na prescrição. Cerca de dez anos atrás, a droga anti-artrite Vioxx foi tirada do mercado por conta do aumento do risco de ataques cardíacos e derrames.

A pesquisa, publicada na revista médica The Lancet, descobriu que o naproxeno foi o analgésico mais seguro. Os pesquisadores analisaram também que as doses de analgésicos prescritos pelos médicos equivalem ao dobro da quantidade diária recomendada para dores de cabeça e outros males menores.





Fonte:  PRISCILA NAYADE/Jornal Ciência.


sábado, 12 de abril de 2014

Epigenética - Causa do envelhecimento?




QUANDO Harriet morreu em 2006, ela tinha por volta de 175 anos. É claro que Harriet não era um ser humano. Era uma tartaruga-das-galápagos que vivia num zoológico na Austrália. Harriet viveu muito tempo em comparação com os humanos. Mas, em comparação com outros seres vivos, isso não foi algo extraordinário. Veja alguns exemplos.

O mexilhão-de-água-doce, segundo pesquisadores na Finlândia, pode viver 200 anos.
O marisco Arctica islandica geralmente passa dos 100 anos, e acredita-se que alguns viveram mais de 400 anos.
Várias árvores, como o pinheiro da espécie Pinus longaeva, a sequoia-gigante e algumas espécies de cipreste e espruce, vivem milhares de anos.

Já entre os humanos, geralmente considerados a forma de vida mais desenvolvida na Terra, não são muitos os que chegam aos 90 anos — apesar dos enormes esforços que alguns fazem para viver mais.

O que você acha: Será que devemos nos contentar em viver apenas oito ou nove décadas? Ou existe a possibilidade de vivermos muito mais? Muitas pessoas acham que talvez a ciência e a tecnologia médica venham a encontrar a solução.

 A ciência pode ajudar?
A ciência já fez excelentes contribuições nas áreas da saúde e da tecnologia médica. “Menos pessoas [nos Estados Unidos] morrem de doenças infecciosas ou de complicações no parto”, informa a revista Scientific American Brasil. “A mortalidade infantil diminuiu 75% desde 1960.” Mas a ciência tem feito pouco progresso em aumentar a expectativa de vida dos adultos.

 “Mesmo após décadas de pesquisa, o envelhecimento permanece em grande parte um mistério”, diz outra edição de Scientific American Brasil. No entanto, “evidências sugerem que o envelhecimento pode ocorrer quando há um descontrole nos programas genéticos que o determinam”. O artigo continua: “Se o envelhecimento é basicamente um processo genético, é provável que algum dia possa ser controlado.”

Em seus esforços para tentar descobrir os fatores por trás do envelhecimento e das doenças relacionadas a esse processo, alguns cientistas estão se voltando para um ramo da genética chamado epigenética. O que é epigenética?

Células vivas contêm informações genéticas necessárias para a produção de novas células. Boa parte dessas informações pode ser encontrada no genoma, isto é, nos genes contidos no DNA. Recentemente, porém, cientistas têm analisado mais a fundo outra série de mecanismos dentro da célula: o epigenoma, palavra que pode significar “em cima do genoma”. A epigenética é o estudo desse surpreendente conjunto de mecanismos químicos.

As moléculas que formam o epigenoma não são nada parecidas com o DNA. Ao passo que o DNA lembra uma escada em espiral, ou dupla hélice, o epigenoma é basicamente um sistema de marcadores químicos, ou etiquetas, que se prendem ao DNA. Qual é o papel do epigenoma? Como um maestro conduzindo uma orquestra, o epigenoma conduz o modo como as informações genéticas no DNA são usadas.

 Os marcadores moleculares ativam ou desativam grupos de genes em resposta às necessidades da célula e a fatores externos, como alimentação, estresse e toxinas. Descobertas recentes envolvendo o epigenoma provocaram uma revolução nas ciências biológicas, associando fatores epigenéticos a doenças específicas e até mesmo ao envelhecimento.

A Dra. Nessa Carey, pesquisadora na área de epigenética, comentou: “[Fatores epigenéticos] estão por trás de doenças desde esquizofrenia a artrite reumatoide, e desde câncer a dor crônica.” Eles “com certeza influenciam o processo de envelhecimento”.

Assim, pesquisas nessa área podem levar a tratamentos eficazes para melhorar a saúde e combater doenças — incluindo o câncer —, consequentemente aumentando a expectativa de vida. Mas, por enquanto, não se tem previsão de avanços significativos. “Ainda não conseguimos nos livrar do velho método [para combater o envelhecimento]”, diz Carey, “muita verdura e legume” e “bastante exercício”.





Fonte: Awake/jw.org

sexta-feira, 11 de abril de 2014

A caça às bruxas!





ALGUNS séculos atrás, na Europa, o medo de bruxaria, ou feitiçaria, levou as pessoas à caça às bruxas.  Isso aconteceu principalmente na Alemanha, Bélgica, França, Holanda, Itália, Luxemburgo e Suíça. Segundo o livro Witch Hunts in the Western World (A Caça às Bruxas no Mundo Ocidental), “dezenas de milhares de pessoas foram mortas na Europa e nas colônias europeias”, e “milhões de outras pessoas foram torturadas, presas, interrogadas, odiadas, acusadas e ameaçadas”. * Como essa paranoia começou? Por que influenciou tantas pessoas?

A Inquisição e O Martelo das Feiticeiras
Um fator importante foi a Inquisição. O livro Der Hexenwahn (A Obsessão por Bruxas) explica que a Inquisição foi criada pela Igreja Católica Romana no século 13 “para converter apóstatas e impedir que as pessoas deixassem a Igreja”. A Inquisição agia como força policial da Igreja.

Em 5 de dezembro de 1484, o Papa Inocêncio VIII emitiu um documento condenando a feitiçaria. Ele também nomeou dois inquisidores para combater o problema: Jakob Sprenger e Heinrich Kramer (também conhecido pelo seu nome em latim, Henricus Institoris). Esses homens escreveram um livro intitulado Malleus Maleficarum, isto é, O Martelo das Feiticeiras.

Tanto católicos como protestantes adotaram esse livro como autoridade em questões de feitiçaria. Ele continha histórias inventadas sobre bruxas, baseadas em folclore, apresentava argumentos teológicos e jurídicos contra a feitiçaria e fornecia instruções para identificar e eliminar bruxas. O Martelo das Feiticeiras tem sido descrito como “o livro mais cruel e . . . nocivo da literatura mundial”.



O Martelo das Feiticeiras tem sido descrito como “o livro mais cruel e . . . nocivo da literatura mundial”
 Não era necessário provar que a pessoa acusada de feitiçaria era culpada. O livro Hexen und Hexenprozesse (Bruxas e Julgamentos de Bruxas) diz que os julgamentos serviam “apenas para fazer o acusado confessar por meio de persuasão, pressão ou força”. Muitas vezes se usava a tortura.

O Martelo das Feiticeiras e o documento emitido pelo Papa Inocêncio VIII provocaram uma grande caça às bruxas na Europa. E, com a nova tecnologia da impressão, essa paranoia se espalhou, chegando até mesmo à América, no outro lado do Atlântico.

Quem era acusado?
Quase 80% dos acusados eram mulheres. Muitas delas eram viúvas, que geralmente não tinham quem as defendesse. As vítimas incluíam pobres, idosos e mulheres que preparavam remédios à base de ervas, principalmente se esses não tivessem o efeito desejado. Na verdade, ninguém estava realmente seguro — fosse homem ou mulher, pobre ou rico, humilde ou nobre.

As pessoas que eram consideradas bruxas levavam a culpa de toda coisa ruim que acontecia. Elas supostamente “causavam geadas e pragas de caracóis e lagartas para destruir sementes e frutos da terra”, disse a revista alemã Damals. Se a colheita fosse destruída pelo granizo, se uma vaca não desse leite, se um homem fosse impotente ou se uma mulher fosse estéril, com certeza a culpa era das bruxas!


Como as “bruxas” eram identificadas?
As pessoas suspeitas eram amarradas e colocadas em um lago ou rio que tinha sido “abençoado”. Se afundassem, elas eram declaradas inocentes e tiradas da água. Se flutuassem, eram consideradas bruxas e executadas imediatamente ou levadas a julgamento. Outra técnica usada era a pesagem, pois achavam que as bruxas pesavam pouco ou nada.

Marca do Diabo
Outro teste envolvia procurar “a marca do Diabo”, que era “um sinal visível deixado pelo Diabo de seu pacto com a bruxa”, diz Witch Hunts in the Western World. As autoridades procuravam a marca “por raspar o cabelo e todos os pelos da pessoa acusada e então examinar cada canto do corpo” — em público! Depois enfiavam uma agulha em qualquer mancha que encontrassem, como marcas de nascença, verrugas e cicatrizes. Se a picada não doesse nem sangrasse, a mancha seria considerada uma marca de Satanás.

Tanto governos católicos como governos protestantes promoveram a caça às bruxas, e, em algumas regiões, os governantes protestantes foram mais severos que os católicos. Mas, com o tempo, a opinião da maioria das pessoas começou a mudar. Por exemplo, em 1631, Friedrich Spee, um padre jesuíta que tinha visto muitas pessoas consideradas bruxas serem queimadas vivas na estaca, escreveu que, em sua opinião, nenhuma delas era culpada. E, segundo ele, se a caça às bruxas não diminuísse, não haveria mais ninguém no país!

 Na mesma época, médicos começaram a reconhecer que problemas como convulsões poderiam estar relacionados a questões de saúde e não à possessão demoníaca. Durante o século 17, o número de julgamentos diminuiu drasticamente e, até o final do século, esses julgamentos quase não aconteciam mais.

O que podemos aprender dessa época sombria? Quando professos cristãos começaram a substituir os verdadeiros ensinos de Cristo por mentiras religiosas e superstição, desencadearam enormes crueldades.


Fonte: Awake/jw.org