quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Usar Smartphone Por Muito Tempo Prejudica a Cervical!




Uso de smartphones aumenta problemas na coluna, diz estudo
Tecnologia é considerada a "vilã ortopédica" desde a década de 1990.


Na fila do banco, na sala de espera ou no ponto de ônibus, sempre há alguém de olho no smartphone. Se isso já virou epidemia, um problema de postura relacionado à inclinação da cabeça para consultar celulares e tablets está, também, quase se tornando uma.

É o que diz um estudo do Centro Médico de Cirurgia Espinhal e Reabilitação de Nova York ao cunhar o termo “text neck” (ou “pescoço da mensagem de texto”) em publicação recente na Biblioteca Nacional de Medicina dos Estados Unidos.


Acostumada a aguentar o peso da cabeça (cerca de seis quilos, em um adulto), a coluna cervical, dependendo do grau de inclinação do pescoço, pode receber até 27 quilos a mais – seria o equivalente a andar permanentemente com uma criança de oito anos sobre os ombros.


É um futuro possível para quem passa de duas a quatro horas por dia (média mundial descrita na pesquisa) de cabeça baixa para checar o Facebook, ler notícias, postar uma foto no Instagram ou bater papo pelo WhatsAp

– São de 700 a 1,4 mil horas por ano de estresse excessivo sobre a coluna, tempo que pode ser ainda maior em jovens em idade escolar – aponta o cirurgião de coluna e autor do estudo, Kenneth Hansraj.

DICA É LEVAR O DISPOSITIVO ATÉ A ALTURA DOS OLHOS

Entre as consequências do “text neck”, estão a perda da curva natural da cervical e o desgaste precoce da coluna – duas condições que podem exigir cirurgia de reparo. Para que isso não aconteça, o médico dá um conselho: manter a cabeça ereta. Ou seja, em vez de baixá-la até o smartphone, faça o contrário e leve o dispositivo até a altura dos olhos.

– Já que é quase impossível evitar as tecnologias que causam esses problemas, as pessoas deveriam fazer um esforço para usá-las em posição neutra, além de tentar diminuir o tempo de uso – sugere o pesquisador.

A posição neutra, ou postura ideal, é quando as orelhas se alinham aos ombros e o peito está aberto. Exercícios físicos como alongamento e ioga, segundo Hansraj, também auxiliam na saúde da coluna.




A tecnologia vem dando sinais de vilã ortopédica desde a década de 1990, quando o médico americano Richard Brasington batizou como “Nintendinite” uma lesão por esforço repetitivo relacionada ao manuseio do controle de videogames Nintendo. No início deste ano, outro problema semelhante, já em função do smartphone, foi descrito pela médica espanhola Inés Fernandez-Guerrero: a “Whatsappite”, lesão no pulso causada pela alta frequência de digitação nos celulares. O diagnóstico curioso foi publicado no periódico britânico The Lancet, especializado em saúde.





Fonte: Zero Hora


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