sábado, 23 de julho de 2016

5 mitos sobre comida criados pela propaganda!



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Quem nunca se confundiu com as pesquisas de alimentos que atire o primeiro ovo sem colesterol. Um dia, a chia é a semente mais saudável do momento, mas bem antes de você acabar seu estoque de três anos, os cientistas descobrem que a história não é bem essa. A verdade é que muitos hábitos alimentares são postos em nossas mesas não por causa da ciência, mas por causa do marketing. Fãs da série Mad Men não vão ficar surpresos, mas grande parte dos alimentos que consumimos, mesmo os saudáveis, só estão em nossa lista de supermercado porque alguém quer ganhar dinheiro com eles.

1 - O café da manhã não é necessariamente a refeição mais importante do dia
Apesar do mantra de que o café da manhã é a refeição mais importante do dia, não há de fato evidência científica de que isso seja verdade. Ainda assim a ideia está enraizada em nossos cérebros. Tudo isso graças aos esforços de companhias que vendem cereais. A Kellogg’s, por exemplo, financiou um estudo que relaciona o café da manhã com o índice de massa corporal. Já o The Quaker Oats Center of Excellence, um centro de pesquisas da Quaker, foi enfático ao divulgar um estudo que dizia que refeições matinais com aveia reduzem o colesterol.

Outra prova de como o marketing influencia o comportamento à mesa vem do relações públicas Edward Bernays, considerado um gênio em sua área. Em 1920, ele recebeu a tarefa de aumentar o consumo de bacon nos Estados Unidos. Ele descobriu que uma boa forma de fazer as pessoas comerem mais bacon seria aumenatando o consumo no café da manhã. Assim, ele pediu a vários médicos que confirmassem que “um café da manhã substancioso era melhor do que um café da manhã light para repor as energias perdidas durante a noite”. 4.500 médicos concordaram com a afirmação e Bernays publicou o resultado juntamente com propagandas de bacon. Hoje, 70% do consumo de bacons nos EUA é feito durante as refeições da manhã.

2 - Suco de laranja não é tão saudável assim
Em 1908, a Califórnia enfrentou uma alta na produção de laranjas. Os produtores de laranja (organizados pela marca Sunkist, o primeiro refrigerante de laranja dos EUA) precisavam fazer com que o consumo da fruta aumentasse, ou eles entrariam em colapso. Apesar de não ser um costume beber suco de laranja no país, uma agência de publicidade decidiu mudar isso. Eles inventaram um espremedor barato que teve seus anuncios vendidos juntamente com as informações sobre os benefícios da fruta à saúde. Essa crença ficou tão forte que só recentemente ela começou a ser questionada.

3 - Água é bom, mas calma
Há quem diga que beber oito copos de água por dia é o ideal para se manter hidratado. Esse mito, provavelmente, vem da ideia de que as pessoas precisam consumir, no mínimo, 2,5 litros de água por dia - o que já conseguimos com uma dieta regular. Obviamente, hidratação é muito importante, mas graças aos esforços das companhias de água engarrafada as pessoas acabam se preocupando em consumir muito mais do que o necessário. Hoje, na Inglaterra, por exemplo, o consumo de água engarrafada é 100 vezes maior do em 1980.

4 - Cenoura não vai te fazer enxergar melhor
É até verdade que a cenoura mantém os olhos saudáveis e que ajuda a retardar a progressão doenças como catarata, mas ela não ajuda a melhorar a visão necessariamente. O mito nasceu na Segunda Guerra Mundial, quando o governo britânico sugeriu que a habilidade de visão noturna dos oficiais da aeronáutico vinha da cenoura - e não dos radares, que, na época, era uma informação sigilosa.

5 - Você não vai ficar como o Popeye ao comer espinafre
Uma atrapalhada fez com que, durante muito tempo, as pessoas associassem a forte presença de ferro no espinafre. Culpa de alguns cientistas alemães que colocaram uma vírgula no lugar errado e tornaram o vegetal 10 vezes mais rico em ferro do que ele realmente é. A história foi esclarecida há um tempo, mas ainda assim a humanidade ainda tem uma relação longuíssima com os desenhos do Popeye que não deixa as pessoas desassociarem espinafre e força. A culpa não é do marketing, mas mostra como os mitos são poderosos. E disso os publicitários entendem.






Fonte: The Guardian/Galileu





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