Quanto mais você lê, mais você vive, sugere pesquisa.
E nem precisa ser tanto assim: meia hora já ajuda!
A edição brasileira do clássico A Montanha Mágica, do alemão Thomas Mann, tem 1045 páginas. Se deu dor nas costas só de pensar em levar o catatau por aí no ônibus, saiba que, no final, o peso do conhecimento compensa. Ler te dá, em média, dois anos de vida a mais que quem passa reto pelas prateleiras, é o que revela um estudo feito por Avni Bavishi, Martin D. Slade e Becca R. Levy, do Departamento de Saúde Pública da Universidade de Yale, nos Estados Unidos.
No estudo, os pesquisadores explicam que o fenômeno acontece independente de qualquer variável. Questões de gênero, renda, educação e saúde foram todas levadas em consideração, e nenhuma alterou o resultado final. Há um detalhe, porém: só livros exerceram a influência benéfica sobre o organismo. Jornais e revistas não são tão eficientes.
Ninguém sabe, ainda, o motivo de isso acontecer. Foi analisada uma amostra de representatividade nacional com 3635 participantes. Os hábitos de leitura estavam em uma base de dados maior com informações completas sobre a saúde e rotina dos participantes. O tempo dedicado aos livros é proporcional à longevidade: ler no mínimo meia hora por dia deu aos participantes 17% menos chances de morrer nos primeiros doze anos de acompanhamento científico, passar mais tempo do que isso nas páginas garantiu 23% de vantagem.
Uma ótima explicação para o título de “imortal” conferido aos membros da Academia Brasileira de Letras (ABL) e para o fato de que o maior crítico literário do Brasil, Antônio Cândido, aos 98 anos, ainda comparece à Festa Literária Internacional de Paraty (FLIP).
Fonte:Bruno Vaiano/Galileu
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