sábado, 31 de maio de 2014

E agora Joaquim?




Ao anunciar que deixará o Supremo Tribunal Federal (STF) no próximo mês, o atual presidente da corte, Joaquim Barbosa, voltou a alimentar especulações de que poderá se lançar na política.

Mesmo que opte por este caminho, Barbosa não poderá concorrer nas eleições de outubro, já que o prazo para que juízes deixassem seus postos para se candidatar no próximo pleito se encerrou em abril.
Ainda assim, segundo analistas ouvidos pela BBC Brasil, o ministro deixará o Supremo com cacife para tentar cargos eletivos.

Para João Paulo Peixoto, cientista político da Universidade de Brasília (UnB), Barbosa conquistou grande popularidade "não só por sua atuação como juiz, mas pelo incorformismo que revela com o status quo atual das instituições brasileiras".

"Ele personifica esses protestos que estão na rua, é uma espécie de voz para tudo o que está errado", diz Peixoto.
Segundo o professor, caso pudesse disputar as eleições presidenciais em outubro, Barbosa teria boas chances de se eleger.

Seu eventual ingresso na política, porém, enfrentaria um importante obstáculo, segundo Peixoto: “Mesmo que isso não seja verdadeiro, poderia parecer que houve uma utilização política do julgamento do mensalão para projetá-lo".

A atuação de Barbosa no processo do mensalão – ou Ação Penal 470, um dos julgamentos mais emblemáticos na história do STF – dividiu opiniões.

Membros do PT e advogados dos réus disseram que ele conduziu o julgamento de modo autoritário e intransigente. Sua atuação no processo, porém, rendeu-lhe muitos elogios entre parte da opinião pública.

Falta de aptidão
Antonio Carlos Mazzeo, livre docente em Teoria Política pela Universidade Estadual Paulista (Unesp), diz que, apesar de sua popularidade, Barbosa não parece ter aptidão para a política.
"Em geral, uma das primeiras coisas que políticos precisam aprender é a navegar em águas revoltas, superar dificuldades negociando, flexibilizando posições", afirma Mazzeo.

No entanto, segundo o professor, Barbosa é bastante formal e parece pouco afeito a mediações políticas.
"Acho que ele tem dificuldade de trabalhar com divergências – isso é nítido, ele tem um viés autoritário e caudilhesco que transparece em suas posturas."

Com saída de Barbosa, STF terá novo presidente
Para o cientista político e especialista em marketing eleitoral Antonio Lavareda, embora Barbosa tenha se tornado "uma das figuras políticas mais conhecidas e respeitadas do país com o processo do mensalão", ele não deve tentar uma carreira política tradicional.

"Poderia eventualmente ser candidato em outro contexto, como uma figura emblemática para a Vice-Presidência ou chamado para integrar um minisério, mas não vejo nele vocação para uma carreira política parlamentar ou no Executivo".

Já para Peixoto, da UnB, a "personalidade forte" de Barbosa não impediria seu sucesso na política.
"A própria presidente [Dilma Rousseff] não tem nenhum pendor político, no entanto, convive com a atividade, porque tem interlocutores para fazer isso. O Joaquim Barbosa poderia participar do sistema político sem necessariamente fazer a política miúda, porque teria para isso aliados e assessores".

Peixoto diz ainda que o ministro poderia mudar para se ajustar à política. "As pessoas mudam quando estão ocupando cargos. Ele teria a possibilidade de se adaptar porque demonstra idealismo e vontade de transformação muito grande.”

'Momento mais fecundo'
"Tive a felicidade, a satisfação e alegria de compor esta corte no seu momento mais fecundo, de maior importância no cenário político-institucional do nosso país. Sinto-me deveras honrado de ter feito parte desse colegiado e ter convivido com diversas composições e, evidentente, com a atual composição”, ele disse aos demais ministros, na abertura de sessão da corte

O ministro Marco Aurélio Mello, magistrado com mais tempo de casa presente na sessão, lamentou a saída de Barbosa. Disse, porém, compreender a decisão, "tomada pelo estado de saúde", segundo Mello.
Barbosa, de 59 anos, sofre de sacroileíte, uma inflamação nas articulações da região lombar que provoca forte dores e lhe impede de permanecer sentado por horas seguidas.

Pelas regras do STF, ele poderia permanecer no posto por mais 11 anos, até completar 70 anos.
Horas antes de seu anúncio no Supremo, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) havia dito a jornalistas que Barbosa se aposentaria no próximo mês, após receber uma visita do ministro.
Barbosa também se reuniu pela manhã com o presidente da Câmara, Henrique Alves (PMDB-RN), e com a presidente Dilma Rousseff.

Nomeado para o STF em 2003 pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Barbosa foi o primeiro ministro tido como negro do STF e assumiu o comando da corte em novembro de 2012, em votação simbólica.

A tradição do Supremo recomenda que sua Presidência seja exercida pelo ministro que está há mais tempo na casa e que ainda não a tenha ocupado. Os mandatos duram dois anos.
Nascido em Paracatu (MG), Barbosa se formou em direito na Universidade de Brasília e fez mestrado e doutorado na Universidade de Paris-2.

É professor licenciado da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e autor de dois livros sobre Direito – um sobre o funcionamento do Supremo, editado na França, e outro sobre o efeito de ações afirmativas nos Estados Unidos.

Antes de ingressar na corte, o ministro ocupou diversos cargos na administração federal, entre os quais procurador da República, chefe da consultoria jurídica do Ministério da Saúde e oficial de chancelaria do Ministério das Relações Exteriores, chegando, inclusive, a servir na embaixada do Brasil na Finlândia.



Fonte: BBC Brasil


Música - Benefício para o coração!



E não é só na hora de aliviar a dor de amor ou o mau humor. Música faz um bem ainda maior pra você: deixa seu coração mais forte – a ponto de melhorar a recuperação de pacientes que sofreram problemas cardíacos.

Pesquisadores dividiram 74 pacientes cardíacos em três grupos diferentes: dois terços fariam exercícios físicos, com ou sem música, e o outro não faria nenhum tipo de atividade física, mas teria de ouvir música todos os dias, por meia hora. Por três semanas, os cardiologistas acompanharam os voluntários e analisaram o progresso no tratamento de recuperação.

Ao fim do experimento, os pacientes que haviam praticado exercícios físicos ao som de música tiveram uma recuperação melhor do que a dos outros. Tiveram uma melhora significativa nas funções cardíacas e aumentaram em 39% a capacidade física. Quem praticou as atividades em silêncio apresentou só 29% de melhora na capacidade física. Mesmo quem só escutou música, mas não fez exercícios melhorou a capacidade física, em 19%.

Isso porque música deixa você feliz. Quando você escuta uma canção que te agrada, seu corpo libera endorfina, uma substância química com função analgésica, que também exerce um papel na sensação de prazer e bem-estar. E ela ainda melhora a saúde dos vasos sanguíneos. “Não existe uma melhor música para todos – o que importa é se a pessoa gosta e se a música a deixa feliz”, explica Delijanin Ilic, líder da pesquisa.




Fonte: Carol Castro/Super

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Política ou Politicagem - O que está se fazendo no Brasil?





A maioria das pessoas não tem uma noção muito clara de o que é política, por isso sempre se ouve a frase “política não se discute”. Para muitos a concepção de política é político corrupto, lavagem de dinheiro, atos ilícitos, mas isso não é política e sim “politicagem”, que em síntese é servir-se de artifícios políticos egoístas para beneficiar somente uma pessoa ou um pequeno grupo de pessoas interligadas.

Política é um exercício de poder de um homem sobre outro homem, quando se busca utilizar do poder para defender os direitos de cidadania e do bem comum. Quando o político é eleito ele tem o dever de fazer algo que vá beneficiar a população, honrar as pessoas que o escolheram, pois quando são eleitos é como se recebessem uma procuração de representatividade e total liberdade para fazer escolhas em nome do povo.

Os cidadãos obtiveram o direito de votar, de escolher quem seriam os representantes do povo. Com esse direito adquirido, todos devem ter consciência de que essas pessoas eleitas e escolhidas para representar a população, tanto na esfera federal, estadual como municipal, são obrigadas a agirem em primeiro lugar com respeito, porque o respeito que lhes é concedido deve ser recíproco.

“Politicagem” são atos inescrupulosos, que visam o benefício próprio e não a coletividade, são ações de politiqueiros que querem se dar bem às custas do povo. Há situações de corrupção constantes acontecendo na esfera política que não condizem com a responsabilidade que é dada aos representantes do povo.

Acontecem muitos escândalos envolvendo políticos corruptos, pois estes aproveitam a oportunidade de estarem no poder e acham que podem fazer o que bem entendem como desviar dinheiro público para suas contas bancárias, cometer crime de nepotismo, fazer esquemas de compras ou obras superfaturadas para ganhar mais que os seus respectivos subsídios.

 Tudo isso porque acham que são os donos da razão, esquecendo que eles estão ocupando essas cadeiras porque foram escolhidos pela população que os julgaram aptos para exercer os mandatos para os quais foram escolhidos.



Política é algo sério, não apenas para ser lembrada em época de eleição, mas sim, a todo o momento, pois ela é a grande protagonista da história e veio para melhorar e beneficiar a população. São os políticos eleitos que cuidam dos bens públicos, tanto recursos financeiros, bens materiais e serviços públicos. Política deve ser exercida por pessoas capazes, sábias e responsáveis, porque com a política conseguimos grandes benefícios para a nação, estado ou município.

O ato de se fazer uma coligação de partidos políticos diz respeito a uma boa política, tendo em vista que através dessas coligações partidárias os governantes podem trazer grandes benefícios à população, pois grandes ações são indispensáveis para alcançar  a legitimidade e suporte governamental em busca de eficácia.

Por trás de uma grande política deve haver uma boa governabilidade que significa a participação dos diversos setores da sociedade nos processos decisórios que dizem respeito às ações dos poder público. A governabilidade refere-se à competência do governo em diagnosticar problemas cruciais e estabelecer as políticas apropriadas ao seu enfrentamento.

 Diz respeito também à habilidade governamental de viabilizar os meios e os recursos necessários ao cumprimento dessas políticas, destacando, além da tomada de decisão, os problemas vinculados ao processo de implementação. Por fim, estreitar a vinculação da tomada de decisão com capacidade de liderar o Estado, sem tornar as decisões ineficazes.

A política é bem abrangente, pois em todos os lugares existe política até mesmo dentro de casa, quando se tem um chefe de família que administra a casa e alguém para ser administrado; a sociedade é constituída por várias políticas que são denominadas de política social, política de saúde, política de educação, política de economia, política de transportes entre outras.

 Política busca somente melhorias e bem estar para toda sociedade e não prejudicar. Deve-se ter a total clareza que corrupção não é política e sim “politicagem”.
Este é um ano de eleição e todos os eleitores devem escolher bem em quem vão votar, analisar com bastante tranquilidade quem realmente quer ver o benefício da sociedade, quem vai trabalhar para ajudar o povo, lutar pelos direitos dos cidadãos.

 O cidadão tem todo o direito de voto livre, não é obrigado a votar em quem lhe faz promessas falsas, ou quem lhe trata bem somente no ano de eleição, tem que ter uma clareza de todo o trabalho desse político, o que ele faz pela sociedade. E mesmo quando este estiver candidatando-se pela primeira vez, ele pode ser analisado pelos seus atos cíveis durante sua vida, se realmente é uma pessoa de bem, ou se está querendo candidatar-se com o propósito de achar que terá vida boa.

Portanto, há um grande abismo de diferenças entre política e “politicagem”, pois ambas não dizem respeito aos mesmos atos, enquanto uma trata de algo que institua boa conduta, razão, responsabilidade e respeito para com quem a contempla como uma ciência da organização de direção e administração, a outra infringe os princípios legais da administração pública fazendo com que as pessoas não acreditem mais na honestidade dos políticos.





Fonte: Emily Sabrina Machado/Informativo UEM

Procura-se alguém para cuidar dos mares!



Setenta por cento dos 510 milhões de km2 da Terra são ocupados pelos mares. E dois terços dessa infinidade de água não têm dono. Ou seja: não há nenhum tipo de legislação sobre a pesca ou pesquisas que utilizem os recursos do fundo do mar em toda essa área. Esse vazio jurídico ocorre porque apenas as 200 milhas náuticas de cada país, contadas a partir do litoral, estão sujeitas às leis nacionais.

 Fora desse limite, não existe tribunal para julgar um navio que lava seus tanques com produtos químicos em alto-mar, por exemplo. "Isso é preocupante porque estamos vendo uma crise grave da biodiversidade marinha, com zonas sem oxigênio", explica o brasileiro André Abreu de Almeida, que coordenou a Campanha Oceanos da ONU com vistas à realização da Rio+20 e trabalha na ONG Tara Expeditions, da França.

Em 2008, um relatório da União Internacional pela Conservação da Natureza (IUCN) concluiu que menos de 1% dos oceanos têm áreas protegidas. Essa situação pode começar a ser solucionada com a criação de um novo órgão dentro da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (Unclos). A expectativa é que a nova instituição seja aprovada na 69ª Assembleia-Geral da ONU, em setembro de 2014.

Ambientalistas e a comunidade científica torcem para que a nova agência seja criada nos moldes da International Seabed Authority, responsável por legislar apenas o fundo do mar - e não a coluna d'água.



Fonte: Rossana Silva/Super

terça-feira, 27 de maio de 2014

Racismo, machismo e homofobia na Internet brasileira....Lamentável!




"Todo dia tem racismo fresquinho no Twitter", assegura o criador da página "Não sou racista, mas..." João Filho, 33. "Quem gosta de preto é chicote", "Cada dia mais pegando nojo de preto" ou "Não tô nem aí, não gosto de preto mesmo, ainda mais gordo" são alguns dos comentários que comprovam sua tese.

João foi o primeiro brasileiro a compartilhar mensagens alheias na rede social para expor o preconceito de seus autores. O perfil, criado meses antes do "A minha empregada" (que chegou a repercutir no exterior nesta semana), foi o ponto de partida para o monitoramento de outras palavras-chave na rede -- machismo, homofobia, transfobia e preconceito contra pessoas acima do peso são alguns deles.
"Eu procuro por comentários que ouço de forma recorrente no trabalho, no ambiente familiar, nas ruas", diz João.
Segundo ele, frases como "serviço de preto", "preto fede" e "neguinha favelada" são mais comuns do que se imagina e mostram que o conceito de "preconceito velado" atribuído aos brasileiros não se confirma na internet.

"O que mais me impressiona é a quantidade de jovens que aparecem nas minhas buscas", afirma. "Dizer que alguém tem 'cara de empregada' está na boca da criançada."
São adolescentes entre 15 e 18 anos os principais responsáveis pelos comentários preconceituosos.
João tem um palpite: "É triste, mas não sei se é algo dessa geração. Esses comentários sempre foram comuns entre a classe média. Talvez porque jovens usem menos filtro na hora de destilar preconceito."

Machismo
Inspirada na atitude de João, a estudante Gabriella Ramos, 21, resolveu monitorar e expor machistas na rede.
"Os que mais me chocaram até hoje foram os que continham piada com estupro e violência à mulher", diz a jovem criadora do "Não sou machista".

Ela dá exemplos. "Não é estupro. É sexo-surpresa", escreveu um jovem de Manaus. "Não é estupro se ela usava blusa aparecendo a barriga", afirmou um rapaz de São Paulo. "Se vocês acham minha namorada gostosa é porque não a viram pelada. Só não estupro porque não preciso", disse outro, um brasileiro que mora na Califórnia.

 Diferente dos outros perfis, Gabriella costuma engatar longas discussões com seus adversários machistas.
"Não adianta se esconder atrás da liberdade de expressão para disseminar discurso de ódio", ela explica. "O trabalho de exposição é algo importante, é uma denúncia que nós fazemos. Choca? Incomoda? É essa a intenção."

Homo e transfobia
Com apenas 17 anos, o estudante Nicholas criou a página "Não sou transfóbico".
A dinâmica é a mesma: ele pesquisa e compartilha mensagens de ódio contra travestis e transexuais. "Comecei nessa semana depois do 'A minha empregada'. Eu vi o perfil e achei a ideia muito legal. Aí fui procurar algo do tipo sobre transfobia, porque eu sofro na pele, e nao achei nenhum", conta.

 Nicholas acredita que as pessoas tenham "menos filtro" na internet do que nas ruas.
"Como dizem algo online e acham que tem menos consequências que na vida real, todo mundo sai esculachando. Mas para mim isso não faz sentido: bizarrices ditas na internet são públicas e ficam registradas pra sempre."

Outro perfil é dedicado exclusivamente à homofobia (o ódio contra gays e lésbicas).
Com a descrição "Não sou homofóbico. Tenho até amigos gays, mas..." o perfil já publicou mais de 700 mensagens agressivas contra homossexuais.


"As lésbicas são erotizadas por homens o tempo inteiro. Isso também é um tipo de violência", alerta o autor.
Recentemente, ele compartilhou uma mensagem de maio do ano passado que dizia: "É lésbica mas quer virar hétero? Estupro corretivo é a correção".

O autor respondeu, afirmando que a mensagem era antiga e que o retweet da página "Não sou homofóbico" era apenas para chamar atenção.
"Procê ver", respondeu o autor. "As m**** que são faladas na internet não se perdem com o tempo. Melhor não falar da próxima vez, né? :)"

Gordinhos
Há dois meses, o perfil "Só faz gordice" passou a monitorar um tipo de preconceito pouco comentado no Brasil.
Ela compartilha frases como "Odeio ver gordas de legging" ou "Se as gordas que usam roupas justas pagassem multa por poluição visual, nós já não estávamos na crise à bastante tempo".
Diferente dos outros autores, que buscam privacidade, a criadora de "Só faz gordice" publica fotos próprias, sem medo de ser feliz.
"Beijinho no ombro gordofóbicos! As banhas são MINHAS, mostro quando, se e pra quem EU QUISER!" era a legenda de uma das mais recentes.

Lamentável! Que futuro terá um país com seus jovens que destilam tais preconceitos? Não se nasce com preconceitos, eles são aprendidos em casa com os pais e com colegas nas ruas...!
Simplesmente lamentável!



Fonte: Ricardo Senra/BBC Brasil.

segunda-feira, 26 de maio de 2014

A desigualdade social é maior do que se imagina!



Muitas instituições, incluindo a ONU e o FMI, reconhecem que a desigualdade de renda é alta e vem aumentando no mundo. O tema ganhou especial atenção com o sucesso do novo livro do francês Thomas Piketty - O Capital no Século XXI. Alguns economistas apontam, porém, que a concentração de renda é ainda maior do que os dados oficiais revelam.

Segundo James S. Henry, professor do Centro de Investimento Internacional Sustentável na Universidade de Columbia, tantos os cálculos de Piketty como os dos organismos internacionais subestimam a verdadeira desigualdade mundial, pois não levam em conta o dinheiro oculto em paraísos fiscais.

"Há cerca US$ 21 trilhões escondidos em paraísos fiscais. Esta riqueza está nas mãos de uma pequena parte da elite e não entra nas medições", disse Henry à BBC Mundo.

Medindo a desigualdade
As estimativas de desigualdade são feitas fundamentalmente a partir de pesquisas domiciliares em que as pessoas informam livremente sua renda ou, no melhor dos casos, das declarações de impostos de renda.

Em 2006, a ONU constatou que o 1% mais rico do planeta possuía 39,9% da riqueza global. Em 2011, o instituto de pesquisa do banco Credit Suisse calculou que os 10% mais ricos tinham 84% tinham da renda global, enquanto a metade mais pobre apenas 1% .

O estudo de Henry sobre a riqueza oculta (The Price off shore revisited) mostra as limitações desta comparação, quando somente os dados visíveis são levados em conta.

O economista estima que um terço de riqueza financeira privada e metade do dinheiro em paraísos fiscais está na mão de 91 mil pessoas, o que representa apenas 0,001% da população mundial.
"Isso nos permite calcular também que cerca de 8,4 milhões de pessoas, ou seja, 0,14% da população, têm 51% da riqueza global", disse à BBC Mundo.

América Latina é região mais desigual do mundo, calcula Henry
O estudo de Henry se baseia em fontes oficias nacionais, como os bancos centrais, além de dados de FMI e Banco Mundial, para analisar 139 países. América Latina é a região com maior desigualdade do mundo, estima ele.

Os dez com maior fuga de capitais são China, Rússia, México, Arábia Saudita, Malásia, Emirados Árabes Unidos, Kuwait, Venezuela, Catar e Nigéria.

Queda neutralizada
O impacto concreto no cálculo da desigualdade é claramente visível em um estudo específico sobre a Argentina, que analisou a fuga de capitais entre 2002 e 2012. Ele aponta uma elevação do coeficiente de Gini de 0,42 para 0,49 uma vez que são registrados no cálculo do índice os recursos enviados para paraísos. O coeficiente de Gini é uma fora de medir a desigualdade – quanto mais perto de 1, maior a concentração de renda.

A estimativa dos autores é de que haja US$ 400 bilhões de argentinos em paraísos fiscais, o equivalente a 15 vezes as reservas internacionais do Banco Central.
Um dos autores da pesquisa, o economista Jorge Gaggero, explicou à BBC o impacto econômico e social desse processo:
"Mas, mesmo se tomarmos um número mais conservador, de cerca de US$ 200 bilhões, vemos que a desigualdade salta de 0,42 para 0,48 no país. Esse aumento neutraliza todos os avanços de melhora da distribuição de renda devido ao crescimento econômico.



Fonte: Marcelo Justo/BBC

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Casas de Garrafas Pet!





Casas de Botellas é o nome da iniciativa criada pela boliviana Ingrid Vaca Diez. Envolvida com trabalho voluntário desde pequena e apaixonada por artesanato, a advogada de Santa Cruz de La Sierra teve a ideia de construir casas de garrafas PET para famílias em situação de extrema pobreza após uma briga com o marido, que não aguentava mais a quantidade de ‘entulho’ que Ingrid guardava em casa para trabalhos manuais. “Dá para construir uma casa com esse monte de PET”, reclamou o parceiro em tom de ironia – o que bastou para acender uma luz na cabeça da boliviana.

Ingrid foi estudar jeitos de construir casas com as garrafas recicláveis e descobriu a fórmula ideal: PETs e uma espécie de cimento sustentável, feito com barro, açúcar, mingau e linhaça.
14 anos depois de começar o projeto, a boliviana já tem no currículo mais de 300 moradias construídas para famílias em situação de extrema pobreza – não só na Bolívia, mas em outros países do continente americano, como Argentina, México, Panamá e Uruguai.

Poderia ser muito mais: com cerca de 82 garrafas PET de 2 litros (ou 240 de 600 ml) por metro quadrado, Ingrid garante que é possível construir uma casa em 20 dias, com a ajuda de cerca de 10 voluntários – contando os futuros moradores, que ela faz questão de que participem do processo para dar mais valor à moradia. O problema é que falta matéria-prima e mão de obra disposta a trabalhar “apenas” para ajudar o próximo.

Construir no Brasil está nos planos da boliviana, que está bem animada. Para ela, o povo brasileiro é mais receptivo ao trabalho voluntário e também tem a cultura da reciclagem mais sedimentada, em relação aos outros países da América Latina, o que facilita a coleta das garrafas PET. Com tanto entusiasmo, certamente a advogada vai conquistar o coração de muita gente boa por aqui. Vem logo, Ingrid!




Fonte/Débora Spitzcovsky/Super

Malária - Uma luz no fim do túnel!




Um grupo de crianças da Tanzânia que são naturalmente imunes à malária está ajudando cientistas a desenvolver uma nova vacina.

Pesquisadores americanos descobriram que elas produzem um anticorpo que ataca o parasita causador da malária.
Eles injetaram esse anticorpo em ratos e ele protegeu os roedores contra a doença.

O time de especialistas publicou os resultados na revista científica Science. Eles disseram que ainda é preciso testar o processo em primatas e humanos antes de ter certeza sobre o potencial da vacina.
O pesquisador Jake Kurtis, diretor do Centro para Pesquisa Internacional de Saúde do hospital de Rhode Island (EUA), disse que há evidências promissoras dos efeitos da vacina.

"Mas esse é um parasita incrivelmente difícil de se atacar. Ele teve milhares de anos de evolução para cooptar ou se adaptar às nossas respostas imunológicas – é realmente um inimigo formidável."
O estudo começou com um grupo de mil crianças na Tanzânia. Elas tiveram amostras de sangue analisadas durante seus primeiros anos de vida.

Um pequeno número dessas crianças (6%) apresentou uma imunidade natural à malária, vivendo em uma área onde a doença é frequente.
"Alguns indivíduos se tornaram resistentes e outros não", disse Kurtis.

Os cientistas pesquisaram então quais anticorpos essas crianças imunes à malária possuíam e que não estavam presentes nos organismos das demais.

O anticorpo descoberto foi analisado e os especialistas constataram que ele ataca o parasita em um estágio crucial de seu ciclo de vida: Ele prende o organismo e impede que este se espalhe pelo corpo da pessoa.
"A taxa de sobrevivência foi duas vezes maior nos ratos vacinados em comparação com os não vacinados – e o número de parasitas no corpo foi até quatro vezes menor nos ratos vacinados", disse.

Cautela
O grupo de especialistas se mostrou animado com os resultados, mas afirmou que ainda é preciso fazer mais pesquisas.
"Estou cauteloso. Não vi nada até agora em nossos dados que nos fizesse perder entusiasmo. Mas, mas ainda precisamos de estudos em macacos e testes em humanos em uma próxima fase."

O estudo é um dos muitos caminhos sendo explorados na tarefa de encontrar uma vacina para a malária.
O mais avançado é a vacina RTSS, desenvolvida pela GlaxoSmithKline, que busca aprovação das agências regulatórias depois que a terceira fase de testes clínicos reduziu à metade o número de casos de malária em crianças pequenas.

"A identificação de novos alvos em parasitas da malária para apoiar o desenvolvimento da vacina é um esforço importante", afirmou Ashley Birkett, diretor da organização PATH Iniciativa da Vacina da Malária.
"Esses resultados iniciais (da pesquisa americana) são promissores em relação à prevenção da malária mais severa, mas mais dados são necessários antes de considerarmos essa a principal aposta de vacina – seja ela empregada separadamente ou combinada a outros antígenos".

Os dados mais recentes da Organização Mundial da Saúde sugerem que a doença matou mais de 600 mil pessoas em 2012, sendo que 90% dessas mortes ocorreram na África Subsaariana.




Fonte/ BBC Brasil


quarta-feira, 14 de maio de 2014

Brasil - Um país de alienados!



O Brasil é considerado um país emergente, temos despontado no cenário mundial como potencia econômica, somos grandes exportadores devido nossa qualidade na industrialização que vem se apresentando como uma das maiores forças econômicas nesse século, conquistas e avanços que demonstram capacidade de ocupar espaços no mundo globalizado, isso vem também refletindo politicamente, hoje temos influencia no contesto político-social ocupando lugar importante em decisões estratégicas para a humanidade, é a nação que mostra todo o seu potencial nos enchendo de esperança para um futuro melhor e fortalecendo nossa auto estima.

Esse é contesto no cenário econômico, e socialmente como estamos? É preocupante o que temos presenciado em nível de conscientização social, a população brasileira não consegue quebrar as barreiras que nos impuseram em décadas de ditadura militar, estagnamos quando falamos em cidadania e direitos, talvez porque perdemos nossa identidade e consequentimente a confiança em nos, aceitamos o que acontece em nossa realidade como se tudo estivesse normal.

 Presenciamos uma avalanche de problemas de toda ordem, seja no âmbito social com a falta de investimento e planejamento social pelo estado, com a consequente ausência de políticas publicas que transformam nosso pais em um grande campo de batalhas fazendo surgir a violência desenfreada, o crime organizado, a proliferação das drogas no consumo, trafico e prostituição.

 Esse processo acaba desencadeando outros conseqüências sociais, como a falta de educação de qualidade gerando ausência de oportunidades com desigualdade de renda alimentando todo o processo que falamos até agora. Uma relação de causa e efeito que altera toda a estrutura social e qualidade de vida.

E qual é a nossa postura e relação a este contesto? De passividade, aceitamos de maneira submissa o que nos é imposto por pessoas despreparadas que dirigem nossa realidade, se está bem para mim ta tudo bem, pros outros tanto faz, fica claro que não temos preparo para cobrar e impor nossa vez, temos que questionar, cadê os impostos que pagamos? Cadê a melhoria nas questões básicas como saúde, educação e segurança? Ficamos sempre sem respostas e acomodados sem iniciativa para mudar.

Esse comportamento nos torna mais e mais alienados com nossa realidade, seqüelas de décadas de opressão sem exercitar nossa auto-critica.

Herdamos essa postura, cabe a nós atitudes em nosso cotidiano que nos ensine a escolher nossos governantes, seja na esfera do executivo ou legislativo é preciso conscientizar que é através das nossas decisões que vamos acabar com privilégios e oportunismos. É através da nossa mudança de postura que iremos aprender o que é direito nosso e enquanto cidadãos, porque deveres já temos de mais, avançar em conscientização nos tornando mais politizados enquanto cidadãos para construirmos uma nação forte não economicamente mais socialmente também.

 Acordarmos deixando a alienação que nos empobrece e percebemos que nossa mudança de atitude ira colocar nossas necessidades como prioridade, nos tornando agentes responsáveis pelas nossas conquistas e consequente qualidade de vida, temos que despertar, pois só haverá um futuro melhor se atuarmos construtivamente no presente.

Termino refletindo que o que nos preocupa ainda é a falta de referencia em relação aos nossos valores éticos, vivemos uma crise constante em nossa sociedade, temos que fortalecer instituições como família e religião para que esses valores sejam promovidos (justiça, igualdade, solidariedade, companheirismo, fraternidade e outros) para que com isso despertemos nossa lucidez e consciência social.





Fonte: José Magno Macedo Brasil.

terça-feira, 13 de maio de 2014

TV Brasileira - O lixo cultural!



"A moral está torta. Uma parcela das espectadoras já não valoriza tanto a retidão de caráter. Para elas, fazer o que for necessário para se realizar na vida é o certo" (Silvio de Abreu - Autor de novelas da TV Globo)

Já faz algumas décadas que a sociedade brasileira recebe doses diárias do veneno "cultural" das novelas de horário nobre da TV Globo, repetidas periodicamente no seu "vale a pena ver de novo" para reciclar a mente dos incautos que confundem diversão com massificação da validade promíscua da ostensiva deturpação dos valores morais e éticos da sociedade.

De segunda a sábado, milhões de pessoas, de todas as idades se reúnem, sentados nos seus sofás - carcomidos da falta do exercício da cidadania contra a absurda e incontrolável prostituição da política no país - em frente à televisão, para acompanhar os lixos culturais das novelas de horário nobre, sendo que não estamos nos referindo aqui de TV a cabo, não acessível ao povo remediado, pobre, marginalizado e miserável que representam mais de 90 % de nossa sociedade, apenas disponível para as classes mais favorecidas que aprofundam sua competência tecnológica de fazer com a massa de ignorantes continuem se comportando como palhaços do Circo Brasil. Alguém consegue assistir alguma novela na TV a cabo?

Crianças e adolescentes são as principais vítimas diretas da telealienação que influencia a constituição do seu caráter e de sua personalidade, pois a maior parte dos ambientes familiares está sofrendo processos de desagregação característicos da sociedade moderna, onde a maioria dos pais envolvidos em sua luta para a sobrevivência profissional, ou na manutenção de um mínimo padrão de vida visando oferecer o melhor para sua família, passou a ter o seu tempo limitado para exercer um adequado papel na educação dos seus filhos, deixando-os entregues a professores despreparados para substituir a família - como se esse fosse seu papel como educadores que ganham salários de fome - e, principalmente, a um perigoso processo equivocado de distorção de seus valores culturais fundamentais com o auxílio da promiscuidade moral e ética contida nas lições diárias, sistemáticas, e repetitivas, da escola aberta da alienação popular, a TV Globo. A prematura perda da inocência moral e ética acompanha de perto a degradação sexual imposta pela sociedade moderna aos seus filhos adolescentes de todas as idades.

Alguém afirmar que a televisão apenas reflete os costumes em uma sociedade onde o analfabetismo cultural é predominante e onde mais da metade da população que aprendeu a ler não compreende o que está escrito, é uma grande imbecilidade e uma traição ao país, dita certamente para defender os interesses sub-reptícios dos poderes dominantes, que não querem correr o risco de terem que responder, para uma sociedade com uma formação mais complexa, as críticas conscientes dos seus atos corruptos, hipócritas, levianos e espúrios.

Existe uma relação direta entre a degradação dos costumes enfatizada ao longo dos capítulos das novelas e o competente aprendizado do exercício da licenciosidade moral e ética observada nas relações sociais, em todos os sentidos, o que já é uma marca registrada em nossa sociedade, fortalecendo uma absurda banalização, criminosamente pejorativa dos comportamentos dos cidadãos, independente das classes sociais a que pertençam. Rico canalha também vê novela, pois precisa aperfeiçoar cada vez mais sua capacidade de explorar seus semelhantes.

A passividade dos ignorantes e a conivência da maior parte da sociedade organizada com a captura do Estado pelo fascismo populista, com a absurda degradação moral e ética do Poder Legislativo, e com a aceitação pacífica da impunidade fomentada pelo corporativismo do Poder Judiciário mais bem pago do mundo - escravo ideológico do Poder Executivo - em relação aos cometidos pelo AliBabá e seus meliantes acólitos do petismo, por centenas de corruptos explícitos, e por dezenas de réus confessos de crimes contra o povo, é uma ponta do iceberg da prostituição do comportamento social realimentado sistematicamente pela promiscuidade de valores morais e éticos disseminada ostensivamente pela sócia de carteirinha dos poderes instituídos, promotora e difusora das lições diárias do "ensino à distância" da sacanagem comportamental através dos cursos intensivos da Academia da Prostituição dos Costumes Sociais com seu currículo básico fundamentado na exploração meticulosa da "ciência" dos desvios de conduta moral e ético, em todas as suas formas possíveis, para serem levados à prática diária por todos aqueles que desejam vencer na vida, sem passar pela valorização do trabalho honesto, ético e moralmente exercido.




Fonte: Geraldo Almendra/Para Ler e Pensar

Escravidão - Ela ainda existe no Brasil!



A escravidão contemporânea é diferente daquela que existia até o final do século 19, quando o Estado garantia que comprar, vender e usar gente era uma atividade legal. Mas é tão perversa quanto, por roubar do ser humano sua liberdade e dignidade.

 E ela não se resume à terra de ninguém que é a região de expansão agrícola amazônica, mas está presente nas carvoarias do cerrado, nos laranjais e canaviais do interior paulista, em fazendas de frutas e algodão do Nordeste, nas pequenas tecelagens do Brás e Bom Retiro, da cidade de São Paulo.

A nova escravidão é mais vantajosa para os empresários que a da época do Brasil-Colônia e do Império, pelo menos do ponto de vista financeiro e operacional. O sociólogo norte-americano Kevin Bales, considerado um dos maiores especialistas no tema, traça em seu livro “Disposable People: New Slavery in the Global Economy” (Gente Descartável: A Nova Escravidão na Economia Mundial), paralelos entre esses dois sistemas.

Antigamente, a propriedade legal era permitida, hoje não. Mas era muito mais caro comprar e manter um escravo do que hoje. O negro africano era um investimento dispendioso que poucas pessoas podiam ter. Hoje, o custo é quase zero - paga-se apenas o transporte e, no máximo, a dívida que o sujeito tinha em algum comércio ou hotel. Além do fato de que, se o trabalhador fica doente, é só largá-lo na estrada mais próxima e aliciar outra pessoa. O desemprego é gigantesco no país, e a mão-de-obra, farta.

Na escravidão contemporânea, não faz diferença se a pessoa é negra, amarela ou branca. Os escravos são miseráveis, independentemente de raça. Porém, tanto na escravidão imperial quanto na do Brasil de hoje, mantém-se a ordem por meio de ameaças, terror psicológico, coerção física, punições e assassinatos. Ossadas têm sido encontradas em propriedades durante ações de fiscalização, como na fazenda de Gilberto Andrade, família influente da região Sul do Pará.

Não há estatística exata para o número de trabalhadores em situação de escravidão no país.
Ainda de acordo com os dados compilados pela CPT, São Paulo, Minas Gerais, Bahia e Pará foram o estados brasileiros com o maior número de trabalhadores resgatados de condições análogas à escravidão em 2013.

 Os dois primeiros lideraram com folga, com, respectivamente, 538 e 440 casos de libertação, aumento de 125,1% e 26%. Bahia e Pará vêm em seguida, com 149 e 141 casos. O Pará, que havia encabeçado a lista em 2012, com 519 trabalhadores resgatados, teve uma redução de 72,8% em relação ao ano passado. Em número de fiscalizações, no entanto, o estado da região Norte do país continua na frente. Em 2013, ocorreram inspeções em 33 estabelecimentos nessa unidade da federação, contra 23 em São Paulo

A forma de trabalho forçado mais encontrada no país é a da servidão, ou “peonagem”, por dívida. Nela, a pessoa empenha sua própria capacidade de trabalho ou a de pessoas sob sua responsabilidade (esposa, filhos, pais) para saldar uma conta. E isso acontece sem que o valor do serviço executado seja aplicado no abatimento da conta de forma razoável ou que a duração e a natureza do serviço estejam claramente definidas.

E não é apenas o cerceamento da liberdade que configura o trabalho escravo, mas sim uma série de etapas. Segundo Ela Wiecko de Castilho, subprocuradora-geral da República e professora de direito penal na Universidade de Brasília e na Universidade Federal de Santa Catarina, o processo inclui: recrutamento, transporte, alojamento, alimentação e vigilância. E cada qual com a existência de maus-tratos, fraudes, ameaças e violências física ou psicológica.

As primeiras denúncias de formas contemporâneas de escravidão no Brasil foram feitas em 1971 por dom Pedro Casaldáliga, na Amazônia. Sete anos depois, a CPT denunciou a fazenda Vale do Rio Cristalino, pertencente à montadora de veículos Volkswagen e localizada no sul do Pará. O depoimento dos peões que conseguiram fugir a pé da propriedade deu visibilidade internacional ao problema.

Outro exemplo de envolvimento de grandes empresas é o das fazendas reunidas Taina Recan, em Santa do Araguaia, e Alto Rio Capim, em Paragominas, ambas no Pará, pertencentes ao grupo Bradesco, onde, entre as décadas de 70 e 80, foram encontrados trabalhadores reduzidos à condição de escravidão.

O governo acaba envolvido indiretamente com o trabalho forçado quando financia empresas que se utilizam da prática. A Superintendência para o Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), por exemplo, bancou a Companhia Real Agroindústria e as fazendas Agropalma, também no Pará, pertencentes ao Banco Real, em que foram encontradas irregularidades no início da década de 90.

 Tudo isso é fruto da política de desenvolvimento adotada durante a ditadura militar, de incentivar os grandes empreendimentos na região amazônica, que fechou o olho para os direitos humanos e trabalhistas. Quem protestava ou reivindicava era preso e torturado.

Apesar de as convenções internacionais de 1926 e a de 1956, que proibiam a servidão por dívida, entrarem em vigor no Brasil em janeiro de 1966, o país demorou para criar um mecanismo para combatê-la. O que veio a acontecer apenas em 1995, quando foram instituídos os grupos móveis de fiscalização. Essas equipes, coordenadas pela Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT) do Ministério do Trabalho e Emprego, respondem diretamente a Brasília, são acompanhadas de policiais federais e contam com o suporte do Ministério Público do Trabalho e da Justiça do Trabalho.

O Plano Nacional para Erradicação do Trabalho Escravo, lançado no início de 2003, reúne 76 medidas de combate à prática. Entre elas, projetos de lei como o que expropria terras em que for encontrado trabalho escravo e transfere para a esfera federal os crimes contra os direitos humanos, limitando assim as influências locais nos processos. A implantação do plano tem sido lenta e muitas vezes esbarra na falta de verbas, pressão da bancada ruralista e na incapacidade do governo federal de liberar recursos para aumentar e aparelhar a fiscalização.

Nos últimos meses, mudanças na legislação tornaram mais duras as penas para quem for pego com trabalho escravo. Outros importante instrumentos foram a determinação da suspensão no crédito agrícola de quem foi condenado pela prática e a criação de novas Varas do Trabalho, a primeira delas a ser instalada em Redenção, sul do Pará. Vale ressaltar que o combate ao trabalho escravo avançou graças à dedicação pessoal dos auditores do grupo móvel do Ministério do Trabalho e Emprego, mesmo com falta de recursos financeiros, equipamentos, veículos que não quebrem em serviço e telefones que funcionem na imensidão verde da Amazônia.

Mas mesmo fiscalização, multas, prisão dos envolvidos, cortes em linhas de crédito atacam as conseqüências, deixando muitas vezes a causa em aberto. O trabalhador resgatado não vê opções para a sobrevivência e acaba caindo de novo na armadilha. “Com terra para plantar não teria ido embora [da minha terra]. Além disso, pessoa bem estudada não precisa sair, arruma emprego. Os outros têm de ir para o machado mesmo”, afirma um trabalhador libertado. Escravidão no Brasil é sintoma de algo maior: desigualdade.

“Os trabalhadores que vêm para cá são de locais onde a situação de pobreza é terrível. Se não houver uma política de fundo para gerar emprego e renda e fixar a população nos seus Estados de origem, de nada vai adiantar”, afirma José Batista Afonso, coordenador da CPT em Marabá. Uma efetiva política de reforma agrária, acompanhada de juros baixos para o crédito rural e transferência de conhecimento. Infelizmente, o que vemos hoje é uma grande quantidade de desempregados, reserva de contingente para o trabalho forçado nas regiões de fronteira agrícola.



Fonte: Leonardo Sakamoto

segunda-feira, 12 de maio de 2014

A verdadeira criadora do "Dia das Mães!

 anna jarvis (Foto: Wikimedia Commons)

O Dia das Mães chega com abraços, flores, chocolates, presentes e almoços deliciosos. Mas poucos sabem que a história da data tem seu lado sombrio. E não, não estou falando (só) do apelo capitalista “para vender presentes”.

Apesar de Getúlio Vargas só ter oficializado o dia das mães como um feriado no segundo domingo de maio em 1932, pode-se dizer que o processo para o estabelecimento da data  começou em 1850 nos EUA, quando uma mulher chamada  Anna Reeves Jarvis fundou clubes de trabalho que funcionavam nos chamados “Dia das mães”. A ideia era que as mulheres trabalhassem para melhorar condições sanitárias e diminuíssem a mortalidade infantil. Os mesmos grupos também cuidaram de soldados feridos da Guerra Civil.

Nos anos seguintes, Jarvis passou a organizar piqueniques em “Dias das Mães” para encorajar mais mulheres a participarem na política e promover a paz. Mas foi sua filha, Anna Jarvis, que estabeleceu a data como ela é hoje.

Anna nunca teve filhos, mas a morte de sua mãe, em 1905, a inspirou a organizar “Dias das Mães” em homenagem a elas. O Dia das Mães deveria ser uma data na qual filhos devem visitar suas mães e passar o dia com elas, agradecendo pelos esforços que elas fizeram em sua criação. Mas, apesar de algumas cidades adotarem o feriado no segundo domingo de maio, logo os esforços de Jarvis acabaram pendendo para o lado comercial da data, através dos presentes - coisa que Anna considerou uma grande falha.

Quando lojas começaram a encorajar a compra de flores e cartões e Anna percebeu seus propósitos capitalistas, ela passou a organizar boicotes e protestos - tudo para devolver à data o seu propósito original. Em 1923, ela e seus seguidores invadiram uma confecção na Filadélfia. Ela continuou protestando até 1940 - e em 1948, morreu em um sanatório.

Hoje, contrariando os desejos de Jarvis, a data é motivo de alegria não só para mães e filhos como para restaurantes e para o comércio.



Fonte: Luciana Galastri/Galileu


Mulheres acima dos 30 - Sedentarismo e tabagismo são fatores de risco!




A falta de exercício é o maior fator de risco para o aparecimento de doenças cardíacas em mulheres acima de 30 anos, revelou um novo estudo.

A pesquisa foi feita por cientistas da Universidade de Queensland, na Austrália, com mais de 30 mil mulheres do país nascidas nas décadas de 20, 40 e 70.

Eles constataram que o tabagismo teve o maior impacto sobre o risco de doenças cardíacas em mulheres abaixo de 30 anos.
No entanto, à medida em que elas ficavam mais velhas e abandonavam o cigarro, a falta de atividade física passou a ter influência dominante sobre o aparecimento de problemas ligados ao coração.

Segundo os cientistas, as autoridades de saúde devem continuar encorajando as pessoas a deixaram de fumar, porém deveriam também se concentrar em promover a prática da atividade física.

"Precisamos de um maior empenho das autoridades no sentido de manter as mulheres de meia-idade ativas para que elas possam chegar à velhice mais saudáveis e praticando exercícios físicos", disse à BBC Wendy Brown, professora do centro para a pesquisa sobre o exercício, atividade física e saúde da Universidade de Queensland.

Brown sugere às mulheres fazer exercícios diários de pelo menos 30 minutos para reduzir os riscos de problemas cardíacos.
"Garanto que qualquer mulher que faça pelo menos 30 minutos de exercício físico por dia vai sentir grandes melhorias em sua saúde", diz Brown.

"Só a prática de atividade física reduz em 50% o risco de doenças cardíacas", acrescenta ela.

Brasil
Dados recentes do Ministério da Saúde apontam um aumento no número de brasileiros que incorporam os exercícios físicos à rotina.

Entre 2009 e 2013, segundo a pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), cresceu de 30,3% para 33,8% a proporção de pessoas que realizam atividade física no período de lazer.

Os homens são os mais ativos: 41,2% praticam exercícios no tempo livre, enquanto que, em 2009, o índice era de 39,7%.
Entretanto, o aumento da prática de exercícios entre as mulheres foi maior, passando de 22,2% para 27,4% no mesmo período.

Ainda assim, mais da metade da população – 50,8% - está acima do peso ideal – destes, 17,5% são considerados obesos.
A pesquisa Vigitel ouviu cerca de 23 mil brasileiros maiores de 18 anos que vivem nas 26 capitais do país e no Distrito Federal.



Fonte: BBC Brasil


quarta-feira, 7 de maio de 2014

Financial Times: Governo Dilma foi uma "decepção"!



Citando atrasos nas obras da Copa e da Olimpíada e a desaceleração da economia brasileira, o jornal britânico Financial Times (FT) comparou na sua edição de segunda-feira a performance do governo Dilma Rousseff na área de implementação de projetos às apresentações de um grupo de palhaços do cinema.

Em um editorial publicado nesta segund-feira, o FT diz que Dilma tem uma "tediosa aura de eficiência, semelhante à da (chanceler alemã) Angela Merkel", mas que a implementação de seus projetos parece obra "dos irmãos Marx" - comediantes que ganharam fama na primeira metade do século 20 nos Estados Unidos.

Segundo o FT, o Brasil precisa de um "choque de credibilidade", e o jornal sugere que os brasileiros cobrarão isso nas urnas.
"Se a senhora Rousseff não conseguir (promover esse choque), as eleições presidenciais de outubro o farão", afirma o jornal.

Desafios
Em seu editorial, o FT cita três desafios que, na sua avaliação, o governo brasileiro precisará enfrentar nos próximos meses: o escândalo de corrupção na Petrobras, o "crescente risco" de falta de energia, e a possibilidade de que sejam organizados grandes protestos durante o Mundial.

"Seria ainda pior para a senhora Rousseff se a equipe do Brasil não for bem", opina o FT. "Os brasileiros podem admitir os custos do evento se vencerem, mas não se falharem em obter uma performance respeitável - digamos, chegando ao menos às semifinais."

O FT qualifica o governo Dilma como "uma decepção", mas diz ver com bons olhos os rumores de que ela poderia dar independência formal para o Banco Central (BC) em um eventual segundo mandato e substituir o ministro das Finanças, Guido Mantega, pelo atual presidente do BC, Alexandre Tombini.

Segundo jornal, esses seriam sinais de que o debate político no Brasil estaria caminhando em uma direção que favoreceria os investidores. "Isso só pode ser algo positivo", conclui o FT.

Onda negativa
O editorial do FT é mais um em uma série de matérias, reportagens e artigos opinativos negativos sobre o Brasil e o governo brasileiro que vêm sendo publicados na imprensa internacional desde 2012 - quando ficou claro que a economia do país não retomaria o ritmo de crescimento acelerado da década passada.
Até então, o tom do noticiário sobre o Brasil parecia ser bastante positivo - principalmente em publicações econômicas como o FT e a revista britânica The Economist.

Em setembro do ano passado, a Economist perguntou em sua capa O Brasil estragou tudo?, depois de ter destinado outra capa ao Brasil de novembro de 2009 em que dizia que o Brasil tinha “decolado”.

Na semana passada, o vice-presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), John Coates, que disse que os preparativos para a Olimpíada de 2016 são os "piores" que já viu – embora depois ele tenha voltado atrás na avaliação.



Fonte: BBC Brasil



terça-feira, 6 de maio de 2014

Salário Mínimo - Porque é tão baixo, segundo o Governo!



 O novo salário mínimo de R$724 passou a vigorar a partir de 1º de janeiro de 2014. O aumento nominal foi de 6,8%, mas em termos reais, isto é, descontada a inflação de 2013 - de 5,91%, conforme o IBGE - o aumento foi de 0,93%.

O valor nominal do aumento, de R$ 46 não parece ser muita coisa, mas significa muito para quem depende de um salário mínimo para sobreviver. Esse salário, sabemos, não é o adequado para garantir um nível razoável de qualidade de vida.

De acordo com o DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), o salário mínimo ideal no Brasil deveria ser de R$ 2.685,47. Por isso muita gente se pergunta: se esse salário é de sobrevivência, por que ele é tão baixo? Por que não aumentá-lo para um nível que garanta um nível razoável de qualidade de vida?

Há muitos aspectos inerentes ao salário mínimo, os quais, obviamente não seriam possíveis discutir aqui, mas vamos a um panorama geral.

Como é feito o reajuste

O aumento do salário mínimo está vinculado a uma série de fatores que causam fortes impactos na economia. O Governo, ao fechar o orçamento para o ano, prevê o ajuste do salário mínimo considerando a inflação do ano corrente - medida pelo Índice Nacional de Preço ao Consumidor (INPC) - mais um acréscimo da variação do crescimento da economia de dois anos atrás.

 A variação do PIB (Produto Interno Bruto) entra no cálculo para que o salário mínimo tenha um aumento real. Além disso, considera-se dois anos passados porque não é possível computar o crescimento do PIB no mesmo ano. Haverá sempre essa defasagem de tempo.

Então, o reajuste de 2014 foi definido da seguinte forma: a inflação de 2013 foi de 5,91%. O PIB de dois anos atrás, ou do ano de 2011, cresceu apenas 0,9%. Logo, toma-se a base do salário de R$ 678 e acrescenta-se a inflação de 2013, que é de 5,8%. O salário corrigido pela inflação ficaria em R$ 717,32. Sobre esse valor, acrescenta-se a variação do PIB de 2011 (0,9%) chegando aos R$ 724.

O baixo salário

Muito bem, esses foram os critérios de reajuste. A questão agora é porque o valor base do salário mínimo é tão baixo. Ao definir o mínimo por Lei, o Governo estabelece que nenhum cidadão poderá ganhar menos que isso. Em países onde não há obrigatoriedade do mínimo, as pessoas ganham de acordo com sua qualificação, produtividade, desempenho etc.

 Como o Brasil não oferece condições para deixar todo o seu contingente populacional devidamente qualificado, então precisa proteger as classes menos favorecidas, garantindo a elas um rendimento mínimo. No final das contas, quem ganha o mínimo são as domésticas, aposentados (nem todos, vale lembrar), trabalhadores simples de modo geral.

Eis o primeiro ponto: há um bom contingente de aposentados, e se o Governo aumentar o valor do mínimo terá que aumentar os salários dos aposentados. Depois, vem o aumento natural dos salários do funcionalismo público.( E claro, o aumento dos parlamentares que também exigem aumento!) Esse aumento causa forte impacto nas contas do Governo.

 Um segundo ponto é o risco de aumento da informalidade. Isso é uma aberração, porque o risco de aumentar a informalidade está vinculado aos elevados encargos trabalhista. Um microempresário não teria condições de arcar com um salário superior ao patamar atual, por exemplo.

Não houve ganho real

Quem ganha um salário mínimo, especialmente em Manaus, certamente passa por sérias dificuldades financeiras. Em 2010, um trabalhador ganhando o salário mínimo gastava, em média, 46% de sua renda só com a cesta básica. O restante da renda (cerca de R$ 273,00) tinha que ser distribuído entre moradia, transporte, vestuário, lazer e saúde. Espantosamente, esse percentual praticamente não mudou de 2010 para 2013, embora o salário mínimo tenha tido correção acima da inflação.

Em 2011, os gastos com a cesta básica representou, em média, 46,12% do salário mínimo. Em 2012, esse percentual caiu para 44,3%, que foi reflexo do aumento de 14% do salário naquele ano. Contudo, em 2013 os gastos com a cesta básica voltaram para o nível de 46%. Ou seja, para quem recebe um salário mínimo, os reajustes no salário não têm representando ganhos reais.

 Assim, fica claro que a desigualdade social não se resolve, ao contrário, tende a se perpetuar.

 E agora, os presidenciáveis pretendem mudar para melhor esse quadro caótico para o trabalhador brasileiro?


Critério de reajuste

O critério de reajuste do salário mínimo foi definido pelo Projeto de Lei 382 de 2011 e fixa esses critérios até 2015. Já a Lei 12.255 de 2010 estabeleceu as diretrizes para a política de valorização do salário mínimo no Brasil.



Artigo baseado no Jornal A Crítica



Mulheres - Homens preferem maquiagem discreta!

 

E quem falou que as mulheres usam maquiagem só para agradar os homens? Quer dizer, se alguém aí for desse tipo, melhor repensar a vida. Eles preferem mulheres com maquiagem leve.

É o que dizem pesquisadores das universidades Bangor e Aberdeen. Eles deram a 44 mulheres alguns produtos de maquiagem: batom, blush, corretivo, base. Todas foram fotografadas antes e depois de se maquiarem.  Aí os pesquisadores mexeram nas fotos para deixar as participantes com várias maquiagens diferentes.

Em seguida, outros 44 voluntários avaliaram as imagens. Eles tinham de dizer quais fotos achavam mais bonitas, quais acreditavam que as mulheres iriam preferir e quais outros homens gostariam mais. As mulheres, em geral, supervalorizavam o interesse masculino por maquiagem. Mas, na verdade, os homens gostavam de uma pintura leve no rosto. Nada muito forte.

E você? Como acha mais bonito?


Fonte: Carol Castro/Super

segunda-feira, 5 de maio de 2014

10 hóspedes não convidados que habitam a maioria dos lares brasileiros!


 
LAGARTIXA
Fica dentro e fora das casas – e é uma mão na roda, já que come insetos daninhos, como as traças. Passa o dia escondida em frestas, para fugir do calor. Sua habilidade de alpinista vem de pêlos microscópicos em forma de gancho, que funcionam com um supervelcro.

MOSCA
A vida da mosca doméstica é curta, entre 10 e 25 dias, mas prolífica: põe 120 ovos de cada vez e faze isso até 6 vezes a cada geração. Nesse meio- tempo, prefere se reproduzir onde há matéria orgânica em decomposição – como no cocô de cachorro – para as larvas se esbaldarem de comida.

CARRAPATO
Instala-se perto da orelha dos cachorros, onde é mais fácil sugar o sangue dele. Quando precisa trocar sua carapaça para crescer, se desprende do cão e pula para a grama. Já com o revestimento refeito, volta a pegar caronano cachorro e o ciclo continua.

ABELHA
Ela só vai para a cidade quando falta alimento em seu habitat natural. Procura tudo que contenha açúcar, como doces e refrigerantes. Com a língua, recolhe a substância e guarda numa bolsa na garganta. Depois volta à colméia e armazena o alimento, que se transforma em mel.

CUPIM
Entra em casa na forma de siriri – na fase reprodutiva, quando ganham asas. Depois que as perde, vai morar nas frestas dos móveis, costurando galerias na madeira. Dá para detectar a presença deles pelo pó de madeira que aparece no chão – não são restos do móvel, mas fezes de cupim.

PULGA
A vida desta chupadora de sangue começa quando a fêmea deposita seus ovos no cão ou no gato. Aqueles que estiverem fixos no pêlo do bicho têm mais chances de vida. A bichinha, de 3 mm, pode saltar a até 30 cm para trocar de hospedeiro – é como se você pulasse 200 metros.

PERNILONGO
O inseto atormenta a vida de quem mora perto de rios. É que as fêmeas põem seus ovos sempre na água. Além do ambiente líquido, o lixo depositado nos rios serve de alimento para as larvas. Adulto, o inseto ganha asas e faz vôos noturnos para sugar nosso sangue.
FORMIGA
Sempre que sua cozinha estiver infestada de formigas, procure atacar diretamente seu ninho, entre a argamassa e os azulejos da área atingida. É lá que a formiga fantasma, a mais comum nas pias, faz suas galerias. Ela não tem predadores nas cidades.

ÁCARO
O habitante mais ilustre da poeira doméstica tem entre 0,2 e 0,5 mm. Ele fica a postos para comer escamas de pele humana – não parece, mas trocamos de pele o tempo todo, como cobras. Os ácaros mortos dispersam-se no pó e podem causar alergias.

BARATA PAULISTINHA
Há 200 baratas por habitante em cidades como São Paulo. A mais comum é a paulistinha, de até 2 cm, que vive em lugares quentes e úmidos, especialmente atrás da geladeira. Vive 9 meses e põe ovos 5 vezes nesse período. Até 50 de cada vez. E quando morre vira comida das companheiras.




Fonte: Super!



sábado, 3 de maio de 2014

Síria - Crucificação de cristãos!

Cristãos voltam a ser crucificados na Síria

 Na última quarta-feira o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, entidade civil sediada em Londres, divulgou imagens que seriam de cristãos crucificados publicamente na cidade de Raqqa, no norte da Síria. A imprensa internacional não conseguiu provar a autenticidade das fotos e nem quando teriam ocorrido as crucificações. Também não está claro se os homens foram mortos antes ou durante a crucificação.

Segundo a entidade, as mortes teriam sido obra do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL), um grupo extremamente radical que sofre ataques inclusive de outras milícias muçulmanas que não concordam com suas ações. Ainda segundo o Observatório Sírio, os homens crucificados teriam realizado ataques com granada contra um dos militantes do grupo no início deste mês. Em uma faixa amarrada em torno de um dos homens mortos há a mensagem em árabe: "Este homem lutou contra os muçulmanos e jogou uma granada neste lugar".

No início deste ano, os cristãos de Raqqa foram informados pelos rebeldes extremistas que eles teriam de começar a pagar um ‘imposto de proteção’. Sua liberdade de culto também foi controlada drasticamente pelos membros do EIIL, que proibiram os cristãos de exibir símbolos religiosos fora das igrejas, orar em público, badalar sinos em templos, entre outras restrições


Fonte: Veja


quinta-feira, 1 de maio de 2014

1º de Maio! Só os parlamentares têm o que comemorar!



Comemorado no dia 1º de maio, o Dia do Trabalho ou Dia do Trabalhador é uma data comemorativa usada para celebrar as conquistas dos trabalhadores ao longo da história. Nessa mesma data, em 1886, ocorreu uma grande manifestação de trabalhadores na cidade americana de Chicago.

Milhares de trabalhadores protestavam contra as condições desumanas de trabalho e a enorme carga horária pela qual eram submetidos (13 horas diárias). A greve paralisou os Estados Unidos. No dia 3 de maio, houve vários confrontos dos manifestantes com a polícia. No dia seguinte, esses confrontos se intensificaram, resultando na morte de diversos manifestantes. As manifestações e os protestos realizados pelos trabalhadores ficaram conhecidos como a Revolta de Haymarket.

Em 20 de junho de 1889, em Paris, a central sindical chamada Segunda Internacional instituiu o mesmo dia das manifestações como data máxima dos trabalhadores organizados, para, assim, lutar pelas 8 horas de trabalho diário. Em 23 de abril de 1919, o senado francês ratificou a jornada de trabalho de 8 horas e proclamou o dia 1° de maio como feriado nacional.

Após a França estabelecer o Dia do Trabalho, a Rússia foi o primeiro país a adotar a data comemorativa, em 1920. No Brasil, a data foi consolidada em 1924 no governo de Artur Bernardes. Além disso, a partir do governo de Getúlio Vargas, as principais medidas de benefício ao trabalhador passaram a ser anunciadas nessa data. Atualmente, inúmeros países adotam o dia 1° de maio como o Dia do Trabalho, sendo considerado feriado em muitos deles.

Aqui no Brasil tivemos muitos avanços na questão trabalhista, mas muito ainda precisa ser feito principalmente em relação ao salário mínimo. Me pergunto sempre porque um parlamentar tem que ganhar tanto se a carga de horas é ínfima em relação ao trabalhador comum e porque tantas vantagens e benefícios

O salário de parlamentares brasileiros aparece como um dos mais altos em ranking divulgado nesta segunda-feira pela revista britânica "The Economist". Entre 29 países listados, os brasileiros ocupam a quinta colocação, agraciados com US$ 157,6 mil por ano, mais do que em países como Canadá (US$ 154 mil), Japão (US$ 149,7 mil), Noruega (U$S 138 mil), Alemanha (U$ 119,5 mil), Israel (US$ 114,8 mil), Reino Unido (US$ 105,4 mil), Suécia (US$ 99,3 mil), França (US$ 85,9 mil) e Espanha (US$ 43,9 mil).

Os únicos países selecionados com parlamentares que ganham mais do que os brasileiros são Austrália (US$ 201,2 mil), Nigéria (US$ 189,5 mil), Itália (US$ 182,0 mil) e Estados Unidos (US$ 174 mil). A lista, entretanto, não considera outros tipos de remuneração. Hoje, um deputado federal do Brasil, que ganha R$ 26.723,13 por mês, ainda tem direito a plano de saúde, auxílio-moradia, cota parlamentar, passagens aéreas e carro oficial.

O mesmo gráfico que mostra o valor de cada remuneração em diferentes países considera o salário em relação à renda per capita. Neste caso, o Brasil aparece na sexta colocação, com a remuneração anual do parlamentar sendo 13 vezes o Produto Interno Bruto (PIB) per capita. A Nigéria lidera o ranking, com 116 vezes o valor do PIB per capita. A Noruega é a última colocada, com apenas duas vezes o valor do PIB per capita.

Os dados divulgados pela “Economist” foram coletados por um órgão que controla os gastos do parlamento britânico. Lá, há uma proposta de aumento para os parlamentares de 11,5%. Se for aprovado o projeto, o congressista britânico passará a ganhar US$ 117 mil. E ainda assim a remuneração continuará a ser menor do que no caso brasileiro.

Veja abaixo o custo anual dos 513 deputados à União, que nós somos obrigados a pagar!


É de causar indignação!
Para mim, tanto o Governo, como o Legislativo e Judiciário farão alguma coisa de verdade para os trabalhadores o dia em que eles reverem as leis que permitem que os políticos fiquem sugando o dinheiro que nós trabalhadores produzimos com muito suor!

E a presidente Dilma ainda vem nos falar em rede nacional de que o Governo melhorou a vida do trabalhador, dando esmola como o Bolsa Família?!



Dados retirados do Jornal o Globo e Jornalismo em Foco.