quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Justiça Gaúcha Sentencia Pedreiro À Morte!



Um pedreiro diagnosticado com câncer no cérebro e com expectativa de dois meses de vida teve o pedido de um tratamento pelo SUS negado por duas vezes na Justiça do Rio Grande do Sul. Conforme laudos médicos apresentados à juíza, Mário Martins, de 46 anos, a radioterapia associada à medicação poderia prolongar o prazo de vida e reduzir as chances de morte.

O último despacho, emitido pela Comarca de Nova Petrópolis, e assinado pela juíza Marisa Gatelli, argumenta que “o medicamento pleiteado não irá curar o grave câncer de cérebro, sevindo apenas para prolongar sua vida em um ou dois meses”. A magistrada ponderou que os valores do tratamento são “astronômicos” e causariam prejuízos aos cofres públicos.

“De tal sorte, o aditamento de tutela, se deferido, não só se mostraria irreversível como também implicaria desfalque aos combalidos cofres públicos do município e do estado, considerando o valor astronômico dos fármacos postulados e o fato de que outras esferas de atuação prioritária do executivo ficariam a descoberto”, escreveu a juíza no despacho.

A posição da magistrada foi baseada em uma cartilha de apoio médico e científico ao judiciário. O documento, anexado ao despacho, conclui que a temozolomida, medicação reivindicada, “apresenta indicações específicas em tumores cerebrais raros, não como terapia curativa, mas atuando no aumento de sobrevida (meses) e com alto custo (custo inicial de RS 40.000,00 + RS 8.000,00 a cada ciclo). As demais indicações não são baseadas em evidências e não há evidências para o uso em casos de melanomas avançados ou com metástase.”

Depois de ter o pedido de tratamento negado por duas vezes no judiciário, Mário ganhou ajuda de amigos e familiares que iniciaram uma campanha nas redes sociais para pagar o tratamento. O grupo já arrecadou quase R$ 8 mil, o que equivale a um ciclo do medicamento.

A Defensoria Pública do Rio Grande do Sul deve ingressar com recurso para tentar reverter a decisão. Ao G1, o desembargador Túlio Martins, presidente do Conselho de Comunicação do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS), defende a decisão da magistrada, mas disse que processos sobre tratamentos médicos sempre envolvem decisões difíceis.

“O juiz se ampara no que vem tecnicamente no processo, mas evidente que pode rever a decisão. Talvez possa existir uma alternativa que a juíza em questão não considerou ou não foi apresentada a ela. Mas é uma juíza muito experiente, uma pessoa sensível. Na verdade, são sempre decisões difíceis de se tomar”, explica.

Essa decisão é no mínimo revoltante, já que o uso do remédio poderia reduzir as chances de morte do paciente.
Alegar que o Estado teria prejuízo nos cofres públicos ao arcar com os custos da compra do remédio é sem dúvida um argumento fraco em um país onde os mesmos são assaltados por políticos e empresários corruptos e sem escrúpulos todos os dias. 

Foto: Diário.net

Nega-se assim a chance de vida a um trabalhador que cumpre com seus deveres e paga seus impostos enquanto que a justiça brasileira não consegue reaver os milhões de reais que são desviados dos cofres públicos por pessoas sem caráter e salafrárias!

No Brasil, pagar ajudas de custo desnecessárias a deputados que pouco trabalham, não lesa os cofres públicos, mas comprar uma medicação que pode vir a salvar a vida de um trabalhador é considerado como prejuízo! Isso é muito lamentável!

O pobre pedreiro foi sentenciado à morte pela nossa Justiça!

Eliezer.

Artigo baseado em notícia veiculada pelo G1.




terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Uma cidade destruída para perpetuar o racismo!

Moradores conversam em Sophiatown (Foto: Junrgen Schadberg)


   
Sophiatown, no subúrbio de Johannesburgo, era conhecida pelo estilo de vida boêmio e por seu destaque no cenário da música. Mas há 60 anos, o governo da África do Sul decidiu acabar com o bairro multirracial e transformá-lo em uma área exclusiva para brancos.
Certa manhã, os sons dos cascos dos cavalos e os gritos dos policiais acordaram Victor Mokine, então com dez anos de idade.

Isso aconteceu em fevereiro de 1955. Mokine vivia com sua família em Sophiatown, lar de 65 mil pessoas – negros, brancos, mestiços, chineses e indianos.
"Eu vi policiais a cavalo no nosso quintal. Nossos pais nos disseram para ficar dentro de casa porque pensaram que haveria violência", afirmou.

"Eles estavam armados com fuzis, pistolas e alguns com metralhadoras. Podíamos ouvir o barulho dos caminhões que chegavam para carregar os pertences das pessoas."

Os moradores de Sophiatown haviam sido avisados de que teriam que se mudar para outro local a 16 quilômetros de distância. Mas para minar qualquer tentativa de resistência, as autoridades chegaram três dias mais cedo que o planejado, enquanto ainda estava escuro, pegando os moradores despreparados.
Quando Mokine e sua família saíram à rua, eles perceberam que havia mais de 2 mil policiais no bairro.
Sophiatown era uma das poucas áreas na África do Sul em que naquele momento pessoas negras tinham o direto de possuir terras.

Mas o governo usou uma legislação que obrigava diferentes grupos raciais a viver separadamente para reforçar a política de segregação.
As autoridades haviam decidido que a população de Sophiatown deveria ser transferida para um local chamado Meadowlands depois que residentes de subúrbios brancos vizinhos pressionaram por sua remoção.

Desocupações
Moradores foram orientados a não reagir para não serem massacrados pela polícia
Os despejos começaram nos dias seguintes.
"Havia um clima de medo. Alguns policiais simplesmente arrombavam as portas e gritavam em africander para as pessoas saírem. Parecia uma situação de guerra", disse Mokine.

Paul Joseph, um operário na época com 20 anos, então membro da organização Congresso Indiano vivia perto de Fordsburg e foi para Sophiatown no dia em que os despejos começaram.
"Eu fiquei olhando dos arredores e vi pessoas sendo colocadas silenciosamente em caminhões. Não havia cantoria, gritaria ou oposição", disse.
"Era claramente intimidação."

Mas as autoridades descreveram o episódio como um tempo de celebração, afirmando que os moradores estavam felizes em sair de um local assolado por uma "praga".
Um noticiário regional afirmou que eles regozijaram com "os corações cheios de felicidade e expectativas" enquanto se dirigiam para seu novo lar.

O termo "praga" teria sido usado porque até 1955 o bairro era frequentado por músicos, artistas escritores e gangsters.
Havia superlotação e banheiros compartilhados nos quintais - mas também uma energia incansável e otimismo, segundo afirmou Joseph.
"As pessoas iam ao Sophiatown para ouvir música", disse.

A área atraía pessoas de Johannesburgo, inclusive músicos que depois ficaram famosos, como Miriam Makeba e Hugh Masekela – que iniciaram suas carreiras em clubes de jazz de Sophiatown.
Mas o bairro não era apenas um local de salões de dança e festas. Também era um eixo de atividades do CNA (Congresso Nacional Africano). Um dos amigos do operário Joseph era ninguém menos que o jovem Nelson Mandela – que frequentava muito a região.

Nos meses anteriores às remoções, o CNA e a organização Congresso Indiano organizaram protestos em Sophiatown contra os planos de desocupação.
Mandela então era o vice-presidente do CNA. Ele fez um discurso na Praça da Liberdade de Sophiatown dizendo aos moradores que o tempo de resistência pacífica havia chegado ao fim. A liga jovem do CNA criou o slogan "Remoção sobre os nossos cadáveres".
Mas quando a população percebeu que a polícia traria muitas armas para a desocupação, as lideranças do CNA aconselharam os moradores a não resistir.

"Teria acontecido um massacre se eles tivessem resistido, não há dúvidas disso", disse Joseph.
Novo lar
Moradores tiveram que se mudar para Meadowland e enfrentaram dificuldades
Em agosto de 1956, no meio do inverno sulafricano, Victor Mokine e sua família foram finalmente removidos.
"Esperamos pelo caminhão de remoção durante todo o dia. Ele só chegou às 19h, quando já estava escuro e frio."
Quando chegaram a Meadowlands receberam dois pães, uma garrafa de leite e foram levados para sua nova casa.
"Quando chegamos lá nos jogaram para fora do caminhão com nossos bens. Não havia forro no telhado e as paredes não tinham recebido acabamento. O telhado havia apenas sido colocado sobre os tijolos, por isso a primeira noite foi muito fria, o vento uivava pelas aberturas. Tivemos que usar jornal para nos proteger naquela noite", disse.
"Ainda não havia lojas em Meadowlands e tivemos que ir ao distrito vizinho, Orlando West, para comprar coisas durante todo o primeiro ano."

E apesar da família de dez pessoas estar agora vivendo em uma casa de cinco quartos, muito maior que a de um quarto em Sophiatown, a mudança foi traumática.
"Ao voltar para casa do trabalho à noite as pessoas se perdiam, porque não havia luz e as estruturas das casas eram idênticas."
Para piorar, muitas famílias começaram a perder seus provedores.

"Eles simplesmente começaram a morrer. Na rua onde vivíamos percebi que em três ou quatro anos a maioria das famílias perderam seu provedor. Meu próprio pai morreu em 1963, aos 53 anos", disse Mokine.
"Atribuímos isso ao estresse que sofreram."
Sophiatown sempre foi conhecida pela diversidade e por atrair músicos e artistas

Reconstrução
Em 1962, Sophiatown havia sido demolida e reconstruída como uma área excluviva para brancos batizada de Triomf. O único lembrete do que aquilo havia sido é que os novos moradores às vezes achavam talheres e jarras enterrados em seus jardins.

Os empreiteiros haviam simplesmente construído sobre o entulho das casas demolidas.
Para o CNA, a campanha para salvar Sophiatown foi um fracasso. Mas a organização galvanizou o movimento antiapartheid e repensou sua estratégia.

"Foi um grande revés para nós. Mas um efeito que isso teve foi deixar claro que não tínhamos outro recurso senão a luta violenta", disse Mokine.
"Eu comecei a perceber nos jovens, quando pedia para que assinassem petições, que eles queriam armas para lutar contra o inimigo. Essa era a tendência para a qual começávamos a nos mover."

Sophiatown foi a primeira de uma série de remoções forçadas que desorganizaram muitas comunidades da África do Sul entre as décadas de 1950 e 1960. Sob o pretexto de preservar a harmonia racial, comunidades indianas dos distritos a oeste de Johannesburgo foram despejadas de locais onde moravam havia 70 anos e forçadas a mudar para Lenasia, mais de 30 quilômetros a sudoeste da cidade.

Mas meio século depois, em 2006, Triomf foi renomeada e se tornou Sophiatown novamente. Hoje é um dos subúrbios de Johanesburgo com maior diversidade.

"Sophiatown hoje está ficando como era antes – as pessoas ainda se cumprimentam na rua, as crianças brincam na rua ou nas casas umas das outras e as mulheres ainda ficam sentadas nas esquinas esperando pelo número do fahfee (uma espécie de loteria). A diferença é que agora não é tão lotado", afirmou o antigo morador Rasheed Subjee.

Mas para Victor Mokine, uma coisa se perdeu quando a Sophiatown original foi destruída. "Eu sinto falta da mistura de diferentes amigos. Eu costumava ter amigos negros e indianos em Sophiatown. A tragédia é que quebraram a união das pessoas."




Fonte: Ellen Otzen Da BBC News

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Feriado de Carnaval - Perda de Milhões de Reais na Economia!

 

É só falar em feriado para boa parte dos trabalhadores brasileiros abrirem um sorriso. Quando o assunto é carnaval ou feriados mais longos, então, a alegria se mostra mais extensa. São alguns dias sem trabalho para milhares de trabalhadores ativos no Brasil, seja para descansar ou para aproveitar um arsenal de festas disponíveis.

Há aqueles que defendem que nessas datas são criados muitos trabalhos temporários, que o mercado fica aquecido em diferentes setores, o que não deixa de ser verdade! No entanto, de acordo com um estudo da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro, as perdas ocasionadas pelos feriados nacionais e estaduais à indústria brasileira podem ter atingido R$ 45,5 bilhões em 2014, valor 2,8% maior do que o estimado para o ano de 2013. Isso significa dizer que a economia brasileira deixou de produzir até 3,6% do seu PIB industrial.

Os estados mais industrializados são também os que concentram as maiores perdas. Em São Paulo, a conta pode ter chegado a R$ 15,6 bilhões, enquanto no Rio de Janeiro os prejuízos somaram R$ 5,5 bilhões. Minas Gerais e Rio Grande do Sul  deixaram de produzir, respectivamente, R$ 4,5 bilhões e R$ 2,8 bilhões. Para a Paraíba, o custo foi de 310 milhões em 2014. As informações estão na Nota Técnica “O Custo Econômico dos Feriados”, divulgado pelo Sistema FIRJAN.

A paralisação excessiva da atividade econômica gerada pelos feriados foi maior em 2014 porque 30 dos 44 feriados estaduais caíram em dia útil, seis a mais do que no ano retrasado. Dos feriados nacionais, oito de 12 ocorreram em dia de semana, originando pontos facultativos ou a prática de “enforcamentos”. É o caso, por exemplo, do Dia do Trabalho (1º de maio, quinta-feira) e Corpus Christi (19 de junho, quinta). Os feriados da Independência do Brasil (7 de setembro), Nossa Sra. Aparecida (12 de outubro), Finados (2 de novembro) e Proclamação da República (15 de novembro) cairam em fim de semana.

Acre, Alagoas e Amazonas são os estados com o maior número de feriados estaduais em dias úteis (três em cada estado) e, consequentemente, tiveram maior perda relativa: 4,4% do PIB industrial. Os prejuízos podem ter somado R$ 64 milhões no Acre, R$ 277 milhões em Alagoas e R$ 1,4 bilhão no Amazonas.
 E esse ano não vai ser diferente!
Mas esse é o Brasil! E está difícil de mudar essa cultura que o povo em geral têm!
Hoje para muitos  é feriado prolongado que se estende até amanhã, e aqueles que não ganharam feriado estão se maldizendo! Eta povinho bem preguiçoso!!
 Só querem saber de samba e de folia! Depois reclamam que o país não vai pra frente!



Eliezer.


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sábado, 14 de fevereiro de 2015

Lava-Jato - Dá pra confiar nas delaçôes premiadas?


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Lava-Jato: Precisamos tomar cuidado para não ser enredados pelo excesso de narrativas; é bom lembrar que delatores premiados seguem tendo interesses a resguardar e contas a acertar

Acompanhar as lambanças do submundo não é fácil, especialmente porque temos de lidar com vazamentos de depoimentos. E quem vaza isso ou aquilo sempre tem lá os seus motivos, não é?

 Que uma safadeza das grandes, de muitos bilhões, foi perpetrada na Petrobras (e onde mais?), isso é fato. Vamos ver. O doleiro Alberto Youssef afirma que José Dirceu recebeu propina do empresário Júlio Camargo, na Toyo Setal. A exemplo do doleiro, Camargo também fez acordo de delação premiada. E, até onde se sabe, não citou Dirceu. Ainda segundo Youssef, Camargo era íntimo do ex-ministro da Casa Civil e também de Antonio Palocci. Os petistas costumavam usar, afirmou, um avião Citation Excel, de propriedade de Camargo, que ficava num hangar da TAM, em São Paulo.

O nome de Dirceu já havia aparecido no escândalo do petrolão. A sua consultoria recebeu, ao todo, R$ 4,6 milhões das empreiteiras UTC, Camargo Corrêa, Galvão Engenharia e OAS. Segundo o chefão petista, o pagamento decorre de serviços efetivamente prestados. Youssef diz ainda que Camargo tinha um testa de ferro chamado Franco Clemente Pinto, encarregado de distribuir os pagamentos. Na lista de Franco, Dirceu era identificado como “Bob”.

Em reportagem de 2005, no início do escândalo do mensalão, VEJA revelou que entre as pessoas autorizadas a sacar dinheiro das contas do publicitário Marcos Valério, no Banco Rural, estava um dos principais ajudantes de Dirceu, Roberto Marques, conhecido justamente como… “Bob”. Era ele quem cuidava da agenda do então ministro.

Então tá. A menos que estejamos perdendo alguma coisa, ou Youssef fantasia — e por que o faria? —, ou Júlio Camargo não contou toda a verdade, a não ser que já tenha implicado Dirceu em seu depoimento, e a gente não saiba. O que estou dizendo é que duas delações premiadas, que trarão benefícios a seus respetivos autores, não podem ser verdadeiras com versões tão distintas. Ou por outra: precisamos ficar atentos para não ser enredados pelo cipoal de interesses, que permanecem e remanescem, mesmo no curso das investigações.

Querem outra história estranha? Paulo Roberto Costa diz ter recebido US$ 31,5 milhões da Odebrecht no exterior, o que a empresa nega. Ninguém esperaria que confirmasse, claro! Mas aí Costa diz que esse dinheiro não teria nenhuma relação com aquele que alimentava, digamos, normalmente o esquema, irrigando o bolso dos políticos. Cabe à Polícia e ao Ministério Público investigar. Mas fico cá me perguntando por que a Odebrecht daria uma bolada dessa — e não é pouco dinheiro — “por fora” a Paulo Roberto.

Segundo ele disse, não se tratava nem de comissão, mas apenas de uma política de bom relacionamento. A rigor, se o depoimento foi mesmo esse, não seria crime ainda que a empresa admitisse. Mas vocês imaginam uma gigante como a Odebrecht a premiar com mais de US$ 30 milhões um diretor da Petrobras — que não decidia nada sozinho — só como política de bom relacionamento? Se é para comprar alguém a esse preço, não seria o caso na subir na escala?

Acho que é chegada a hora de começar a divulgar, oficialmente e de forma ordenada, os depoimentos. Já sobram versões e começa a faltar sentido em toda essa sem-vergonhice.







Por Reinaldo Azevedo

Porque a pipoca estoura na panela?

 
Você alguma vez já se perguntou por que a pipoca estoura na panela? Pesquisadores franceses decidiram investigar o que causa o barulho do estouro no exato momento em que o grão de milho se transforma em pipoca.
A explicação é simples: cada grão de milho contém cerca de 20 miligramas de água, que se transforma em vapor na panela. Quando atinge uma temperatura de 180 graus celsius, o vapor d'água finalmente consegue romper a casca do grão de milho e... popp!
"Até agora existiam apenas estudos focados em aspectos comerciais, como o consumo de pipoca. Por isso, nós queríamos observar esse fenômeno do ponto de vista científico", explica Emmanuel Virot, físico da Escola Politécnica de Paris. O estudo foi publicado no Journal of the Royal Society Interface.

A pipoca no cinema e a publicidade

Ele e seu colega Alexandre Pnomarenko registraram o som e a imagem do estouro da pipoca com uma câmera de alta velocidade, capaz de filmar mais de 10 mil frames por segundo.
Assim eles conseguiram isolar o exato instante em que o vapor rompe a casca do grão de milho, produzindo som.
Mas isso não é tudo: eles também descobriram que a pipoca não teria o formato que tem se não fosse pelas cambalhotas que dá dentro da panela. Um vídeo do experimento mostra como os grãos saltam de formas variadas.
Segundo registros, a humanidade come pipoca há mais de 9.000 anos. Mas por que alguém se daria ao trabalho de fazer testes científicos com ela?
"Quando começamos a observar a transformação da pipoca, percebemos que esse fenômeno envolve diferentes áreas da física: termodinâmica, biomecânica, acústica ", justifica Virot.
Segundo ele, o projeto une teoria e prática para tornar processos científicos complexos interessantes para os estudantes. Além do mais, todo mundo gosta de pipoca.




Fonte - Terra Noticias