quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Inteligência Artificial - Ameaça à Humanidade?




Stephen Hawking, um dos mais proeminentes cientistas do mundo, disse que os esforços para criar máquinas pensantes é uma ameaça à existência humana.


"O desenvolvimento da inteligência artificial total poderia significar o fim da raça humana", afirmou.
Hawking fez a advertência ao responder uma pergunta sobre os avanços na tecnologia que ele próprio usa para se comunicar, a qual envolve uma forma básica de inteligência artificial.

O físico britânico, que sofre de esclerose lateral amiotrófica (ELA), uma doença degenerativa, está usando um novo sistema desenvolvido pela empresa Intel para se comunicar.

Especialistas da empresa britânica Swiftkey também participaram da criação do sistema. Sua tecnologia, já empregada como um aplicativo para teclados de smartphones, "aprende" a forma como Hawking pensa e sugere palavras que ele pode querer usar em seguida.



Hawking diz que as formas primitivas de inteligência artificial desenvolvidas até agora têm se mostrado muito úteis, mas ele teme eventuais consequências de se criar máquinas que sejam equivalentes ou superiores aos humanos.

"(Essas máquinas) avançariam por conta própria e se reprojetariam em ritmo sempre crescente", afirmou. "Os humanos, limitados pela evolução biológica lenta, não conseguiriam competir e seriam desbancados."

'No comando'
Nem todos os cientistas, porém, compartilham da visão negativa de Hawking sobre a inteligência artificial.

"Acredito que continuaremos no comando da tecnologia por um período razoável de tempo, e o potencial dela de resolver muitos dos problemas globais será concretizado", opinou o especialista em inteligência artificial Rollo Carpenter, criador do Cleverbot, cujo software aprende a imitar conversas humanas com crescente eficácia.

Carpenter disse que ainda estamos longe de ter o conhecimento de computação ou de algoritmos necessário para alcançar a inteligência artificial plena, mas acredita que isso acontecerá nas próximas décadas.

"Não podemos saber exatamente o que acontecerá se uma máquina superar nossa inteligência, então não sabemos se ela nos ajudará para sempre ou se nos jogará para escanteio e nos destruirá", disse Carpenter, que apesar disso vê o cenário como otimismo por acreditar que a inteligência artificial será uma força positiva.

Ao mesmo tempo, Hawking não está sozinho em seu temor.
No curto prazo, há preocupação quanto à eliminação de milhões de postos de trabalho por conta de máquinas capazes de realizar tarefas humanas; mas líderes de empresas de alta tecnologia, como Elon Musk, da fabricante de foguetes espaciais Space X, acreditam que, a longo prazo, a inteligência artificial se torne "nossa maior ameaça existencial".

Voz
 Hawking também alertou para os perigos da internet, citando o argumento usado por centros de inteligência britânicos de que a rede estaria se tornando "um centro de comando para terroristas".

Mas o cientista se disse entusiasta de todas as tecnologias de comunicação e espera conseguir escrever com mais rapidez usando o seu novo sistema.

Um aspecto tecnológico que não mudou no sistema é a voz robotizada que externaliza os pensamentos de Hawking. Mas o cientista diz que não faz questão de ter uma voz que soe natural.
"(A voz robótica) se tornou minha marca registrada, e não a trocaria por uma mais natural com sotaque britânico", disse. "Ouvi dizer que crianças que precisam de vozes computadorizadas querem uma igual à minha."




Fonte: BBC Brasil



terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Os Feios Não Têm Vez No Brasil!



Com mais de quatro décadas de apoio à população de rua do centro de São Paulo e pelo menos duas circulando pela Cracolândia, a assistente social Tina Galvão, de 71 anos, está preocupada: "A exposição dessa modelo só traz mais revolta e frustração para os demais, que vão continuar invisíveis".

Para Tina, "a figura da Loemy não traz reflexão sobre o resto da Cracolândia. Lá circula gente feia, pobre, desdentada. A estes, que também precisam de ajuda, fica a sensação de que não merecem atenção."

Tina, que conhece boa parte dos usuários pelo nome e costuma ser recebida com abraços em visitas semanais ao local, se refere à ex-modelo viciada em crack que ganhou fama após ser capa da revista Veja São Paulo no último fim de semana.

Uma fotomontagem que espelha o rosto de Loemy Marques nos tempos de passarela com suas feições atuais, marcadas pelo uso da droga, foi reproduzida em sites, jornais e na televisão. Programas vespertinos dedicaram horas ao tema - um deles, no próximo domingo, promete custear sua internação em uma edição especial sobre a trajetória da moça.

A repercussão causou frisson nas redes sociais. De um lado, elogios e torcida pela "jovem-símbolo" da degradação causada pela droga, "que também pode vitimizar a classe média". Alguns apontam que o destaque conseguido na mídia pela história da ex-modelo tem o aspecto positivo de aumentar a conscientização da população para as condições enfrentadas pelos dependentes de crack em São Paulo.

Por outro lado, circulam críticas à escolha da "loira magra, de 1,79 metro de altura e olhos verdes", nas palavras da revista, em detrimento da maioria - que em geral não atende aos padrões tradicionais de beleza.

A assistente social concorda com a última opção.
"Acho tudo isso cruel. Com ela (Loemy) e com os outros", diz. "Você passa anos invisível e, de um dia para o outro, é disputada por camarins e holofotes. Programas de televisão trazem deslumbramento, mas não oferecem estrutura para quem está doente."

Holofotes
Tina ficou conhecida pela população de rua nos anos 1970, quando se mudou de Jaú, interior de São Paulo, para a capital. Desde então, trabalhou com diferentes grupos que vivem em situação de vulnerabilidade na região central.

Primeiro, se aproximou de pessoas que dormiam em praças e sob viadutos. Depois, na antiga Febem (Fundação Estadual para o Bem Estar do Menor), ofereceu apoio a menores acusados de delitos e suas famílias. Mais tarde, dedicou-se às travestis e prostitutas expostas à violência e aos riscos do recém-chegado HIV. Nos anos 1990, conheceu o cotidiano dos usuários de crack da alameda Cleveland - onde até hoje eles se reúnem.

A assistente social ganhou fama no ano passado graças à "terapia do abraço" que implantou na região frequentada pelos craqueiros.

Em passeios noturnos, sozinha, ela passa horas conversando com os usuários e agindo como ponte entre suas demandas e o poder público. Tudo sempre depois de um longo abraço - ela considera o gesto importante para mostrar que "a conversa é de igual para igual".

Nos últimos 40 anos, Tina Galvão trabalhou com mendigos, menores infratores, travestis, prostitutas e usuários de crack
Tina, que diz conhecer a ex-modelo "de vista", afirma temer pelo dia em que "os holofotes se apagarem".

"Já vi casos parecidos: a família descobre o parente, leva o cara para uma clínica particular com tudo do bom e do melhor, mas não quer saber que tipo de terapia o usuário prefere encarar. Em todos, a pessoa voltou para a rua depois. Quando não parte do usuário, a droga costuma vencer. Por isso o meu lema: quem pita é quem apita."

Uma pesquisa feita pela fundação Oswaldo Cruz com usuários de crack de todos os estados do país e no Distrito Federal endossa a opinião de Tina. O estudo, divulgado neste ano, indica que menos de 5% dos entrevistados completam seus tratamentos contra a dependência.



Fonte: BBC Brasil

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Herbert Richers - O Pai da Dublagem Brasileira!





 Herbert Richers foi o cara que fundou, em 1950, o principal estúdio de produção e dublagem de filmes da América Latina.

Conversando com o próprio Walt Disney (Herbert era bem relacionado), ele teve a ideia de dublar filmes estrangeiros, já que naquela época os brasileiros tinham o estranho hábito de só dublarem a própria voz.

 Em seus 60 anos de funcionamento, o estúdio foi responsável pela produção de quase 80 filmes. E ainda lançou Renato Aragão no cinema.

 As versões brasileiras de novelas mexicanas como  A Usurpadora, apesar de terem o anúncio (VERSÃO BRASILEIRA HERBERT RICHERS) proibido por Sílvio Santos, também foram obra do magnata, responsável pela tradução de aproximadamente 4.000 produtos – filmes, novelas, minisséries e desenhos.

O super-homem da dublagem chegou a deter, nos tempos áureos, entre 90% e 100% de tudo o que ia para os cinemas no país.

Mas o bordão está em extinção. Isso porque após a morte do dono em 2009 e a falência da empresa em 2012,  o prédio foi – pasme – atingido por um incêndio que destruiu todos os originais.

 Ainda bem que antes do final derradeiro o senhor das dublagens ainda teve tempo de confiar ao jornalista Gonçalo Junior a sua biografia: Versão Brasileira Herbert Richers, lançada em maio deste ano.

E quem faz o anúncio de “versão brasileira Herbert Richers” antes de cada episódio do seu desenho favorito? Segundo Gonçalo, não é a mesma pessoa toda vez. Cada época teve o seu dublador, geralmente um diretor que assumia a função depois de uma longa carreira na empresa.

Curiosidade: na virada de ano de 1959, quando saiu para pescar na Baía de Guanabara, Herbert viu um avião caindo. Como era medalista do Campeonato  Sulamericano de nado e treinava frequentemente com Roberto Marinho – sim, o dono da Rede Globo – se atirou na água e conseguiu resgatar oito pessoas, inclusive duas irmãs gêmeas.

Herbert Richers faleceu aos 86 anos no Rio de Janeiro em 2009.



Fonte.  Superinteressante


sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Coveiros em greve em cidades assoladas pelo ebola!




Atraso em pagamento de adicional por insalubridade fez com que coveiros de Kenema abandonassem cadáveres no principal hospital da cidade

Uma disputa trabalhista em Kenema, cidade de Serra Leoa, criou uma situação de risco numa área afetada pelo vírus ebola.

Coveiros da cidade se recusaram a recolher os corpos de 15 vítimas no principal hospital da cidade. Os trabalhadores entraram em greve depois de a prefeitura atrasar o pagamento de um adicional de insalubridade pelo transporte dos cadáveres infectados - o vírus é tão contagioso que mesmo depois de mortas suas vítimas ainda podem transmiti-lo.

Terceira maior cidade de Serra Leoa - um dos países mais atingidos pelo surto, com mais de 1,2 mil mortes -, Kenema fica justamente no leste, a região onde surgiram os primeiros casos do ebola.
Verba 'desaparecida'

Segundo autoridades de Kenema, os coveiros foram demitidos depois de deixar um corpo no escritório do administrador do hospital e dois na entrada do local.

Os trabalhadores disseram à BBC não ter recebido nos últimos dois meses a gratificação combinada pela atividade de risco.

Apesar de prometer uma investigação sobre a questão do pagamento, especialmente porque a verba tinha sido repassada pela União para as autoridades locais, o governo de Serra Leoa condenou a atitude dos coveiros.

"Eles não foram demitidos pela greve, mas por terem tratado os cadáveres de forma desumana", afirmou Sidi Tunis, porta-voz do governo para questões ligadas ao ebola, que também prometeu punir quem não pagou os coveiros.

Covas abertas
Enterrar o mais rápido possível mortos por ebola é uma recomendação para diminuir os riscos de contágio, que permanecem após a morte

O incidente em Kenema ocorreu duas semanas depois de outra greve em Serra Leoa: uma paralisação de enfermeiros na cidade de Bo, onde fica a única clínica que trata os infectados pelo vírus no sul do país.

De acordo com as recomendações médicas, os corpos de mortos pelo ebola devem ser enterrados o mais rápido possível para diminuir os riscos de contágio. O vírus pode ser contraído através de contato com fluidos corporais, incluindo indiretamente - por roupas, lençóis e superfícies infectadas, por exemplo.

Segundo balanço da Organização Mundial da Saúde, há até o momento 15,9 mil casos oficiais de ebola na atual epidemia, com 5,6 mil mortes contabilizadas.




Fonte: BBC Brasil

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

E Eu Não Estava Errado...!




No final do ano passado publiquei nesse blog alguns prognósticos sobre 2014 e vi que eu estava mais certo do que nunca! Se vocês quiserem conferir o que escrevi leiam a última postagem do ano passado.

E eu não estava errado! Nada mudou, e se mudou foi para pior! Pessimista eu? Não, apenas realista!
A farra com o dinheiro público continuou! Nunca se roubou tanto o nosso dinheiro como nesse ano de 2014!

 Alguns corruptos que foram presos na Operação Lava-Jato até concordaram em devolver parte do dinheiro surrupiado com sua falcatruas! Um deles, Pedro Barusco concordou em devolver 250 milhões de reais. 250 milhões de reais! Pessoal, vocês sabem o que é isso? É muita grana! Dá para pagar mais ou menos 346 mil pensionistas que ganham um salário mínimo!

O câncer da corrupção está cada vez mais entranhado nos setores do governo e sua cura está difícil de ser encontrada. E quando um ladrão desses de colarinho branco diz que vai devolver essa quantia,podemos estar certos de que ele roubou muito mais e que deve estar muito bem guardado em algum paraíso fiscal onde certamente nunca vai ser encontrado!

Comemorei a prisão dos mensaleiros, mas como previ, a maioria esta em casa cumprindo pena!
No futebol eu disse que alguma coisa mudaria só para os jogadores e para o técnico que ficariam com suas contas bancárias mais gordas, mas não poderia prever o fiasco que nossa seleção passou!

A nós torcedores e trabalhadores resta pagar a conta das reformas dos estádios que foram gastos superfaturados que certamente engordou o bolso de algum político salafrário e empreiteiras inescrupulosas!

Tivemos eleições e tudo continua igual, porque o PT continua no poder e não vejo nenhuma luz no fim do túnel! Isso não quer dizer que se a oposição ganhasse as eleições faria muita diferença, porque a oposição de hoje foi o poder de ontem, antes do PT subir ao poder e eles também deixaram muito a desejar!

Agora nos resta ver se esses juízes que aumentaram seus próprios salários vão realmente julgar essa quadrilha de políticos e empresários que assaltaram os cofres da Petrobrás e vão mantê-los na cadeia por um bom tempo e não relaxando a prisão deles como aconteceu com os mensaleiros onde quase a maioria estão em casa cumprindo prisão domiciliar numa boa!

É.Esse Brasil não tem mais jeito mesmo!




Eliezer Lopes



quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Líbia - Ficou Pior Após A Queda de Khadafi?




Quando a cura é pior que a doença? Esta é uma pergunta sem resposta, mas quando se trata da Líbia pós-revolução, é uma questão a ser analisada.
A doença era a tirania brutal de Muamar Khadafi. A cura foi uma revolução apoiada por ataques aéreos internacionais, sucedida por um Estado fracassado que se tornou um campo para extremistas islâmicos.

Diplomatas tendem a ser otimistas profissionais. A maioria acredita que é possível chegar-se a um bom resultado em quase qualquer crise - pelo menos na teoria. Mas conversar sobre o colapso da Líbia é um teste duro para o sangue frio que eles costumam ter.

Sempre que, por exemplo, há algum pequeno sinal de progresso em meio a um aparente desastre, diplomatas britânicos costumam falar em "progresso na direção certa". Mas ninguém usa essa frase sobre a Líbia atual.

Em vez disso, os conselhos de viagem emitidos pela chancelaria britânica não deixam espaço para dúvidas. "Desaconselha-se qualquer viagem à Líbia devidos aos combates e a grande instabilidade no país".
"Cidadãos britânicos na Líbia são instados a deixar imediatamente (o país) por meios comerciais. A embaixada britânica em Trípoli foi fechada temporariamente e não é possível prestar assistência consular".
O alerta foi seguido pelo Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas esta semana, ao anunciar sanções contra dois grupos islâmicos líbios acusados de terem ligações com o grupo Al-Qaeda no Magrebe Islâmico.
O governo britânico não chega a dizer que a Líbia está em colapso total mas analistas são mais diretos.

Forças rebeldes
O grupo de estudos Menas aponta para a decisão extraordinária da Suprema Corte da Líbia que considerou a Câmara dos Deputados do país inconstitucional.
"Esta decisão foi especialmente chocante para a Câmara", disse o Menas, "já que a decisão do tribunal era sobre se a realização de suas sessões (na cidade de) Tobruk era legal ou não.

"Por isso, a decisão de que a própria existência da Câmara (ao invés apenas sobre a sua localização) é ilegal foi um grande golpe contra o Parlamento. O tribunal também determinou que sua decisão não pode ser apelada e que todas as decisões tomadas pela Câmara deveriam ser consideradas nulas e sem efeito".

Então, o que aconteceu com o país "libertado" em 2011 de décadas de ditadura Khadafi?
Ocorreu-se o colapso - previsto por muitos especialistas - de uma frágil aliança de conveniência entre os rebeldes.

Em junho de 2014, a Líbia realizou sua segunda eleição nacional desde a derrubada de Khadafi. Mas poucos meses depois de ser eleito, o novo Parlamento foi forçado a deixar a capital, Tripoli, expulso por islamistas e milícias tribais em um país fragmentado e excessivamente armado.

A Câmara dos Deputados foi forçada a um exílio interno, reunindo-se na cidade de Tobruk, perto da fronteira leste da Líbia. Os islamitas têm a sua própria legislatura alternativa em Trípoli, o Conselho Nacional Geral.

Analistas apontam que, além do efeito desastroso desta ruptura interna, a guerra civil é um golpe fatal nas perspectivas de investimento estrangeiro, vitais para a Líbia. Quem deve negociar com os investidores? Há qualquer lugar do país que seja seguro para eles investirem?
Luz no fim do túnel?
Há alguma esperança de uma cura para a Líbia?

Os Estados Unidos foram forçados a deixar o país. A embaixada americana agora tem sede em Malta, despojada da maior parte de sua influência. Diplomatas britânicos trabalham na embaixada em Túnis.
A ONU está tentando atuar como mediadora entre as facções rivais mas, até agora, sem sucesso - o que não é totalmente surpreendente já que acredita-se haver mais de 1.700 diferentes grupos espalhados por todo o país brigando por poder.

A inteligência ocidental tende a confirmar a crescente infiltração de extremistas islâmicos, o surgimento de grupos ativamente envolvidos com o grupo 'Estado Islâmico' ou pelo menos simpáticos à ideia de um califado conquistar o que for possível no Norte da África e o Oriente Médio.
A Líbia pode tornar a situação grotesca na Síria parecer relativamente simples.

Mas nada disso equivale a dizer que a Líbia era melhor sob Khadafi. Foi o controle absoluto, disfarçado de ideologia, imposto por ele e sua família que destruiu qualquer fundação de um governo representativo.
Muamar Khadafi foi uma doença terrível. E a cura ainda não foi encontrada.



Fonte: James Robbins/BBC Brasil


Usar Smartphone Por Muito Tempo Prejudica a Cervical!




Uso de smartphones aumenta problemas na coluna, diz estudo
Tecnologia é considerada a "vilã ortopédica" desde a década de 1990.


Na fila do banco, na sala de espera ou no ponto de ônibus, sempre há alguém de olho no smartphone. Se isso já virou epidemia, um problema de postura relacionado à inclinação da cabeça para consultar celulares e tablets está, também, quase se tornando uma.

É o que diz um estudo do Centro Médico de Cirurgia Espinhal e Reabilitação de Nova York ao cunhar o termo “text neck” (ou “pescoço da mensagem de texto”) em publicação recente na Biblioteca Nacional de Medicina dos Estados Unidos.


Acostumada a aguentar o peso da cabeça (cerca de seis quilos, em um adulto), a coluna cervical, dependendo do grau de inclinação do pescoço, pode receber até 27 quilos a mais – seria o equivalente a andar permanentemente com uma criança de oito anos sobre os ombros.


É um futuro possível para quem passa de duas a quatro horas por dia (média mundial descrita na pesquisa) de cabeça baixa para checar o Facebook, ler notícias, postar uma foto no Instagram ou bater papo pelo WhatsAp

– São de 700 a 1,4 mil horas por ano de estresse excessivo sobre a coluna, tempo que pode ser ainda maior em jovens em idade escolar – aponta o cirurgião de coluna e autor do estudo, Kenneth Hansraj.

DICA É LEVAR O DISPOSITIVO ATÉ A ALTURA DOS OLHOS

Entre as consequências do “text neck”, estão a perda da curva natural da cervical e o desgaste precoce da coluna – duas condições que podem exigir cirurgia de reparo. Para que isso não aconteça, o médico dá um conselho: manter a cabeça ereta. Ou seja, em vez de baixá-la até o smartphone, faça o contrário e leve o dispositivo até a altura dos olhos.

– Já que é quase impossível evitar as tecnologias que causam esses problemas, as pessoas deveriam fazer um esforço para usá-las em posição neutra, além de tentar diminuir o tempo de uso – sugere o pesquisador.

A posição neutra, ou postura ideal, é quando as orelhas se alinham aos ombros e o peito está aberto. Exercícios físicos como alongamento e ioga, segundo Hansraj, também auxiliam na saúde da coluna.




A tecnologia vem dando sinais de vilã ortopédica desde a década de 1990, quando o médico americano Richard Brasington batizou como “Nintendinite” uma lesão por esforço repetitivo relacionada ao manuseio do controle de videogames Nintendo. No início deste ano, outro problema semelhante, já em função do smartphone, foi descrito pela médica espanhola Inés Fernandez-Guerrero: a “Whatsappite”, lesão no pulso causada pela alta frequência de digitação nos celulares. O diagnóstico curioso foi publicado no periódico britânico The Lancet, especializado em saúde.





Fonte: Zero Hora


quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Pornografia - Estatística negativa!



Uma pesquisa realizada pelo site Extreme Tech constatou que a pornografia é responsável por 30% do tráfego de toda a Internet. Segundo o estudo, cerca de 100 milhões de páginas de conteúdo pornográfico são acessadas diariamente.

O cálculo foi realizado de acordo com o tempo de acesso dos internautas e o número de visualizações de páginas de sites de conteúdo pornográfico. A permanência média dos usuários em sites de conteúdo adulto fica entre 15 e 20 minutos, enquanto nas páginas comuns esse índice gira em torno de três a seis minutos.

A pesquisa constatou ainda que o site Xvideos é o maior site de pornografia do mundo, com aproximadamente 4,4 bilhões de páginas visualizadas e 350 milhões de visitantes por mês. Os únicos sites que ultrapassam suas estatísticas de audiência são o Facebook e o YouTube.

De acordo com o estudo, durante o horário de maior público, o tráfego de adultos em sites pornográficos chega a 1 terabyte por segundo (1 Tbps), totalizando entre 35 e 40 petabytes de dados mensais.

Essa pesquisa mostra como anda a cabeça das pessoas em relação ao que elas chamam de comportamento normal. E o mais lamentável é que milhares de crianças têm acesso a essas páginas objetáveis, isso quando elas mesmas não fazem parte do conteúdo de muitos sites que exploram a pornografia infantil.




Fonte: Techtudo


quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Exame de sangue que poderia diagnosticar câncer!



Teste seria capaz de distinguir o sangue de pessoas saudáveis de pacientes com câncer ou de quem está prestes a desenvolver a doença.

Cientistas da Universidade de Bradford criaram um exame simples de sangue que, em teoria, poderia ser usado para diagnosticar câncer. O teste vai capacitar médicos a descartar o câncer para pacientes que apresentam uma série de sintomas, tornando desnecessárias não apenas preocupações, mas a realização de exames caros e invasivos como biópsias.

Os primeiros estudos com o exame mostraram que ele é capaz de diagnosticar o câncer ou a eminência do desenvolvimento de câncer de cólon, de pulmão ou melanoma.

Batizado de Lymphocyte Genome Sensitivity (LGS), ele analisa linfócitos e mede o dano causado em seu DNA, através de raios ultravioletas. Os resultados mostram uma distinção clara entre pessoas saudáveis e quem tem ou tem risco de desenvolver a doença.

De acordo com Diana Anderson, professora de Bradford responsável pela pesquisa, os linfócitos são parte do sistema de defesa do corpo e, quando o organismo está combatendo um câncer, as células ficam mais frágeis. "Se expostas a raios ultravioleta, elas sofrem danos no DNA de forma mais fácil do que células saudáveis. E é dessa forma que ocorre o diagnóstico", explica.

Para verificar a hipótese, o estudo analisou amostras de 208 pessoas - 94 voluntários eram saudáveis, enquanto 114 pessoas eram pacientes em processo de diagnóstico ou tratamento. As amostras foram coletadas, anonimizadas, e, então, foram submetidas ao exame. E o diagnóstico foi feito de forma perfeita em todos os casos.

O exame deve passar por mais testes clínicos antes de sua administração ser liberada.





   Fonte: Luciana Galastri/Galileu

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Uma camisinha que mata HIV??




O preservativo é um método seguro para evitar as doenças sexualmente transmissíveis, mas não oferece uma proteção completa – falhas e infecções ainda podem ocorrer. Pensando em reduzir ainda mais estes riscos, a empresa farmacêutica australiana Starpharma desenvolveu um produto chamado Vivagel, capaz de neutralizar 99,9% dos vírus da Aids, herpes e HPV.

A substância foi recentemente aprovada pelo governo da Austrália, e uma parceria com a fabricante de preservativos Ansell promete, dentro dos próximos meses, colocar no mercado do país uma linha de camisinhas com o Vivagel incluído no lubrificante.

“Quanto maior o número de partículas virais a que se é exposto, isso tipicamente se traduz em uma chance maior de infecção”, disse a doutora Jackie Farley, executiva da Starpharma, em entrevista à rede australiana ABCNews.

Além do mercado australiano, a farmacêutica também já firmou parceria no Japão: a Okamoto, maior fabricante de preservativos do país, deve começar a produzir em breve uma linha com o gel. No Brasil, a Ansell marca presença com a marca Blowtex, portanto também tem a opção de vender camisinhas com o Vivagel por aqui.





Fonte: André Jorge de Oliveira/Galileu

Glúten - O que é isso?



Glúten é uma proteína composta pela mistura das proteínas gliadina e glutenina, que se encontram naturalmente na semente de muitos cereais, como trigo, cevada, centeio e aveia. Para algumas pessoas, a ingestão de glúten provoca danos na parede do intestino Alimentos com Glútendelgado, acarretando prejuízos para a saúde.

Qualquer receita ou produto alimentar que apresenta na sua composição algum desses alimentos, vai possuir glúten, mesmo que em pequenas quantidades.

É muito frequente surgir em determinadas embalagens de produtos alimentícios a frase: "Contém glúten". É um alerta para as pessoas intolerantes ao glúten não consumirem aquele produto.

O glúten se encontra no endosperma dos grãos de amido. A sua capacidade de absorção de água e a sua viscosidade conferem à massa de farinha as propriedades que a tornam apta para a panificação. Como subproduto na obtenção do amido, é usado no fabrico de rações e alimentos ricos em proteínas e para a produção da glutamina.

Quando ingerido em excesso, o glúten pode provocar a diminuição da produção da serotonina, o que leva a um quadro de depressão mesmo nos indivíduos que não possuem nenhum problema de hipersensibilidade a essa proteína.

O excesso de glúten também propicia o aparecimento de psoríase e de artrite psoriática.

A palavra glúten tem origem no latim, sendo que gluten significa cola, o que pode ser explicado porque o glúten é uma substância viscosa.

Intolerância ao Glúten
Por ser uma proteína de difícil digestão, é comum haver algum tipo de intolerância ao glúten, semelhante à que ocorre com a lactose do leite, embora neste caso se trate de um açúcar.

Já a doença celíaca é uma reação autoimune do organismo provocada pela ingestão de glúten. As células de defesa atacam o glúten mas ao mesmo tempo atacam também as paredes do intestino, provocando uma atrofia na mucosa intestinal que impede a absorção dos nutrientes. É uma doença crônica que exige a eliminação total do glúten na dieta por toda a vida.

Acredita-se que a doença celíaca seja desenvolvida por pessoas geneticamente suscetíveis, sendo mais comum em mulheres e aparecendo geralmente na infância, embora possa surgir em qualquer idade.

Muitas pessoas são intolerantes ao glúten e por esse motivo, o mercado de produtos alimentares sem glúten tem crescido bastante, para suprir a necessidade de pessoas que não podem ingerir alimentos com glúten.

Glúten e Obesidade
Existem dietas que excluem totalmente o glúten da alimentação, porque algumas pessoas afirmam que o glúten está diretamente relacionado com a obesidade. Existe um livro da autoria de Regina Racco intitulado Glúten e Obesidade: A Verdade Que Emagrece, onde essa ligação é feita. Apesar disso, especialistas afirmam que a eliminação total do glúten só é aconselhada a pessoas que sejam intolerantes a essa proteína.

Nutricionistas também afirmam que como o glúten está presente em muitos carboidratos, a redução do glúten na alimentação implica uma redução nas calorias e consequentemente no peso, algo que acontece em qualquer tipo de dieta, com ou sem restrição do glúten.



Fonte: Significados.com


Porque Nossa Polícia É Violenta?!






Um estudo realizado com cerca de 21 mil policiais em todo o Brasil revelou que quase 30% deles já foram vítima de abusos físicos ou morais em suas instituições – parte deles, durante o treinamento policial.
Segundo especialistas ouvidos pela BBC Brasil, a violência dentro das instituições policiais colabora para que os agentes da lei reproduzam esses abusos contra setores menos favorecidos da sociedade.

O levantamento, Opinião dos Policiais Brasileiros sobre Reformas e Modernização da Segurança Pública, foi feito por pesquisadores do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e da Secretaria Nacional de Segurança Pública entre junho e julho deste ano por meio de um questionário eletrônico.

Segundo o documento, 28% dos policiais pesquisados disseram ter sido "vítima de tortura em treinamento ou fora dele" e 60% afirmaram ter sido desrespeitados ou humilhados por superiores hierárquicos.
"Se o policial sofre com a violência internamente, ele vai reproduzi-la na sociedade", afirmou Rafael Alcadipani, especialista em estudos organizacionais da FGV.

Ele disse que é preciso entender essa cifra em um contexto policial que muitas vezes preza a violência na formação de seus agentes.

"Você precisa de alguns grupos específicos de policiais mais duros para lidar com conflitos, mas a maior parte do policiamento não vai lidar com essa realidade, eles vão lidar com desentendimentos entre vizinhos e brigas de casais, por exemplo."

Segundo a pesquisadora Camila Nunes Dias, da Universidade Federal do ABC e associada ao Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo (NEV-USP), as humilhações praticadas por superiores contra policiais podem influenciar a forma com que esses agentes lidam especialmente com as camadas menos favorecidas da sociedade.

"A violência policial não acontece só entre policiais e a sociedade civil, ela é frequente dentro da própria corporação."
"Se policiais são alvo de humilhação espera-se que alguns desses indivíduos queiram reproduzir isso com as pessoas com as quais eles lidam, sobretudo as mais vulneráveis socioeconomicamente e os egressos do sistema prisional."

Treinamento duro
O relato de abusos por todo esse contingente de policiais pode estar relacionado a treinamentos precários, mas também à falta de entendimento da profissão por parte dos policiais.

Esse é o ponto de vista do coronel José Vicente da Silva Filho, ex-secretário Nacional de Segurança Pública, professor do Centro de Altos Estudos de Segurança da PM de São Paulo e membro do fórum organizador do estudo.
Segundo ele, as escolas policiais do mundo todo adotam um ritmo intenso e bastante militarizado no processo de treinamento, no qual alguns exercícios podem até ser interpretados como abusos ou tortura.
Entre eles estão especialmente a imposição de exercícios físicos extenuantes e a privação de sono ou alimentação por períodos prolongados.

"Não há outra forma de lidar com tensão senão senti-la. Se o nível de estresse não for trabalhado, pode afetar as decisões do policial", afirmou.
"A polícia não é igual às Forças Armadas, mas as situações de estresse são tão frequentes quanto as das Forças Armadas."

Ressentimento
Para José Vicente da Silva, interpretar certas atividades intensas como abuso por decorrer de um desentendimento, fruto de uma deficiência no processo de ensino ou de compreensão do policial sobre sua própria carreira.

Ele geraria uma série de policiais ressentidos, cujo trabalho com a sociedade também seria comprometido.
Porém, também pode ser resultado de escolas de formação de baixa qualidade, onde instrutores pouco preparados impõem situações de abuso que podem até colocar em risco a integridade dos novos policiais.
Isso tenderia a acontecer principalmente em Estados onde há um volume maior de treinamento de policiais.

José Vicente Silva Filho afirmou que de fato nesses casos os abusos podem ser reproduzidos no tratamento da sociedade. Porém, segundo ele, os abusos policiais não podem ser explicados apenas por problemas de formação.
Eles estão relacionados às condições de trabalho dos policiais, que envolvem baixos salários (o maior problema, segundo 84% dos entrevistados), altas jornadas, falta de recursos e apoio médico e psicológico deficitário.

A pesquisa mostrou que essa realidade está fazendo muitos policiais se arrependerem da carreira. Entre os pesquisados, 34% disseram que sairão da polícia quando tiverem oportunidade e 38% afirmaram que teriam escolhido outra profissão se pudessem voltar no tempo.

Desmilitarização
O estudo também constatou que a maior parte dos agentes da lei entrevistados gostaria que a atividade policial fosse organizada em uma carreira única, integrada e de natureza civil.
Segundo os dados, 27% são favoráveis a uma nova polícia de caráter civil, que faça patrulhamento de ostensivo de rua e investigação. Outros 21% querem a união das polícias militar e civil em uma instituição civil.

Apenas 14% dos pesquisados disseram preferir a manutenção da estrutura atual, na qual a Polícia Militar patrulha e a Civil investiga.

Segundo Alcadipani, essa porcentagem é resultado do fato de que a maior parcela dos entrevistados era composta de policiais de nível hierárquico mais baixo. Eles estariam descontentes com o alto nível de controle de sua atividade por níveis hierárquicos mais altos.

De acordo com Alcadipani, por vezes a questão da desmilitarização é vista pela opinião pública como sinônimo de uma polícia mais aberta e mais comunitária – fatores que são essenciais, mas não estariam relacionados a uma hierarquia militar, necessária, segundo ele.

Para Dias, a discussão sobre a desmilitarização ou não da polícia diz respeito somente à eficácia da instituição. Segundo ela, antes de entrar nesse debate é preciso reduzir os casos de violência, arbitrariedade e corrupção da polícia.
"É difícil debater modelos de eficácia quando ainda temos esquadrões de extermínio integrados por policiais."



Fonte:  Luis Kawaguti/BBC Brasil




segunda-feira, 30 de junho de 2014

Real - 20 Anos depois!





Houve um tempo em que os brasileiros recebiam seus salários e corriam para fazer a compra do mês, porque no dia seguinte os preços poderiam estar mais altos.

Nos supermercados, era comum ver os clientes se apressando para pegar as mercadorias antes que os temidos remarcadores passassem mudando as etiquetas.
Despensas e freezers eram itens essenciais para muitas famílias e se uma alta da gasolina era anunciada, em minutos os postos de combustível se tornavam o ponto final de uma peregrinação de carros a perder de vista.

Há exatos 20 anos, o real colocou um ponto final nessa luta diária dos brasileiros para garantir o poder de compra do seu dinheiro.

Lançado em 1º de julho de 1994, a atual moeda brasileira marcou o fim de um longo período em que o país teve de conviver, primeiro, com o descontrole de preços. Foram três décadas de inflação alta, que culminaram em taxas anuais de mais de 2.000% na primeira metade dos anos 90.

Segundo, com uma sucessão de planos econômicos, mudanças de moeda e medidas anti-inflacionárias hoje inimagináveis, como o confisco do Plano Collor.
Em uma tentativa de colocar essa trajetória em perspectiva, a BBC Brasil fez, com a ajuda de economistas, um levantamento dos sete aspectos da vida dos brasileiros que mudaram com o real e a estabilização da economia.

A lista inclui desde mudanças no dia a dia das famílias até aquelas que contribuíram para transformar o quadro econômico e social do país.
Confira aqui o resultado:

Fim da compra para estoque
Possibilidade de planejar o futuro
Fim das visitas frequentes aos bancos
Redução da pobreza
Intolerância a 'pacotes-surpresa'
Crescimento do crédito
Facilitação de investimentos

Com a redução da inflação, o brasileiro trocou as compras mensais por semanais
Em seu auge, nos anos 90, a inflação chegou a 80% ao mês. Ou seja, em trinta dias, o poder de compra dos salários caía quase pela metade.

Isso explica por que muitos brasileiros corriam para os supermercados ao receber seu pagamento. Era como se todo início do mês fosse véspera de Natal, com filas intermináveis e carrinhos abarrotados.
"Para os supermercados, era um desafio logístico: imagine só ter de fazer a maior parte das vendas do mês em um ou dois dias", diz Clemens Nunes, professor de economia da FGV.

"Cheguei a ouvir de um fazendeiro de São Carlos que seus funcionários lhe pediam que os pagasse em dias aleatórios e sem aviso prévio, porque se o comércio local ficasse sabendo quando recebiam, subia os preços na véspera", lembra o economista Edmar Bacha, um dos arquitetos do Plano Real.
Com a estabilidade da moeda, as famílias brasileiras puderam parar de estocar alimentos e as compras semanais se tornaram mais comuns.

Despensas e freezers deixaram de ser essenciais – e muitos brasileiros se livraram dos últimos na crise energética de 2001 e 2002, quando o governo estabeleceu punições para quem não economizasse energia.



Fonte:Ruth Costas/ bbc brasil

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Amor culpado - Asas e Soneto.






Amor culpado.

O amor é culpado de tudo
O amor é culpado pelo sofrimento alheio,
O amor é culpado é pela alegria alheia,
O amor é culpado pelo bem estar, e também pelo mal estar,
O amor é culpado pela saudade, é culpado
pela presença de alguém amado ou talvez pela ausência.
O amor..! Ah! O amor, tanta culpa sobre ele
Mas mesmo assim, todos querem senti-lo,
Todos o querem dentro do peito, 
E mesmo aqueles que não o querem
Acabam um dia tendo-o dentro de si, mesmo sem querer!
O amor..! Sem ele não se vive!


Eliézer






Asas

Um dia terei asas e irei voar
pra bem longe! Lá no horizonte!
Voarei para bem perto do céu
Para poder te ver do alto.
Para ter uma visão bem ampla
de todo o teu ser! 
Voarei depois para baixo
Para perto de ti, e te ouvirei baixinho
Dizer que me ama! 
Te darei então minhas asas
Para você voar para o horizonte
E de lá contemplar-me ao longe!
Um dia terei asas e voarei para ti.
 E te direi o quanto te amo!

Eliézer


SONETO DO AMOR COMO UM RIO

Este infinito amor de um ano faz

Que é maior do que o tempo e do que tudo

Este amor que é real, e que, contudo,

Eu já não cria que existisse mais.



Este amor que surgiu insuspeitado

E que dentro do drama fez-se em paz

Este amor que é o túmulo onde jaz

Meu corpo para sempre sepultado.



Este amor meu é como um rio; um rio

Noturno, interminável e tardio

A deslizar macio pelo ermo



E que em seu curso sideral me leva

Iluminado de paixão na treva


Para o espaço sem fim de um mar sem termo.


Poesia em conta gotas.

terça-feira, 24 de junho de 2014

A vida no Iraque segundo três iraquianos!




Em uma série de ataques recentes no Iraque, militantes sunitas e jihadistas do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (Isis, na sigla em inglês) tomaram o controle de cidades importantes, além de poços de petróleo e de fronteiras no norte do país.
A BBC entrevistou três iraquianos para saber quais são os seus temores e as suas esperanças. Confira os depoimentos.

Mohamed, 28 anos, Mosul
Tudo em Mosul (norte do Iraque) está normal. As pessoas estão indo para o trabalho e não há tantos problemas. O único incidente de que eu ouvi falar aconteceu no sábado, quando um avião lançou dois mísseis em uma casa abandonada. Os proprietários tinham deixado a cidade duas semanas antes do bombardeio.

Há um problema de fornecimento de gasolina, uma vez que falta combustível. Os carros estão fazendo longas filas em frente aos postos de gasolina e lá permanecem por horas a fio.
Mas as condições de vida aqui são melhores do que no passado. Agora as estradas estão abertas e nós podemos ir e voltar do trabalho mais facilmente. Antes, o Exército costumava fechar todas as estradas que davam acesso a uma única área, por exemplo, deixando apenas uma via aberta com um posto de controle. Por causa disso, sempre havia congestionamento.

Eu demorava mais ou menos 30 minutos para chegar ao trabalho. Agora, só levo cinco. Eu trabalho em um restaurante e as famílias não deixaram de frequentá-lo. Você pode ver pessoas na rua até meia-noite.
Os insurgentes estão por toda a parte. Eles organizam o trânsito e asseguram que os comerciantes não vendam os produtos por preços abusivos.

Em geral, a relação da população com os rebeldes é boa. Eles participaram de duas grandes passeatas desde que chegaram à cidade. A última, na quinta-feira, contou com apoio popular.
Os insurgentes também afirmaram que integrantes do Exército e da polícia seriam libertados se entregassem as armas e desertassem.

Como resultado, tenho visto muitos ex-soldados e policiais que vão para as mesquitas, onde os rebeldes se reúnem, para anunciar a deserção e se arrepender de seus atos.
A maioria dos insurgentes é de iraquianos de Mosul. Há outros que integram o grupo Isis e eles são, em sua maioria, árabes. Falei com um deles e ele disse que era da Arábia Saudita. Também há rebeldes da Síria e do Líbano.
Nem sempre temos conexão à internet aqui. Isso significa que a nossa voz é bloqueada e não podemos mostrar a verdade ao mundo.

Emad, 51 anos, Sulaymaniyah, no Curdistão
Os preços dos alimentos têm subido um pouco, já que não conseguimos trazer mantimentos do centro e do leste do Iraque.
Com a tomada de controle da refinaria de petróleo de Baiji, foi implementado um rodízio de abastecimento dos veículos, de acordo com a numeração da placa. Os motoristas também só podem abastecer um máximo de 30 litros de combustível por dia, em dias alternados.
Mas, apesar disso, a crise tem unido a população curda. Se isso não tivesse acontecido sob essas circunstâncias, o povo curdo não se uniria, mas agora todos os povos curdos estão se voluntariando para combater a Isis.
Em certa medida, temos nos beneficiado dessa crise, uma vez que a retirada do Exército iraquiano permitiu aos peshmerga (combatentes curdos) reconquistar partes da nossa terra que tinham sido tomadas pelo governo central de Bagdá.

Nós confiamos em nossos peshmerga, mas há temores de que a Isis poderia se aproveitar dessa situação para assumir o controle de algumas pequenas aldeias no Curdistão.
Acho que a permanência do primeiro-ministro iraquiano Nouri al-Maliki no poder, e sua insistência em resolver a crise com o uso da força, prolongarão os problemas no Iraque.
A única solução é dialogar com todos os representantes iraquianos - sunitas, xiitas ou curdos - para resolver os problemas e lutar contra o Isis.

Jaffar, 27 anos, Bagdá
As pessoas em Bagdá estão com muito medo. Há menos gente andando nas ruas. Os preços de alimentos e gás estão aumentando e a situação tende a ficar ainda mais crítica, especialmente considerando que o mês sagrado do Ramadã começa em duas semanas e já existe uma grande demanda por alimentos.
Há alguns confrontos nas zonas sunitas, onde os xiitas têm medo de serem mortos por combatentes do Isis. Bagdá é de maioria xiita, mas existem algumas áreas sunitas na cidade.

Em Bagdá, os jovens se apresentaram como voluntários para combater o Isis, e esta é causa da fatwa (decreto islâmico) dos clérigos xiitas, que pedem que as pessoas combatam o Isis.
É preocupante, pois há muita gente armada e não sabemos quem são essas pessoas, nem quem são seus líderes, nem o Exército do qual fazem parte.

As mídias sociais, como Facebook, Twitter e YouTube, são oficialmente proibidas em Bagdá porque espalham a propaganda do Isis e os ajuda a organizar suas táticas e lutas. No entanto, podemos tranquilamente acessá-las usando proxies e outras ferramentas de computador.



Fonte: BBC News


segunda-feira, 23 de junho de 2014

Facebook Quer Comprar Tudo!



Biz Stone revelou que Mark Zuckerberg ofereceu US$ 500 milhões pelo microblog anos atrás; atualmente a plataforma vale US$ 23,5 bilhões

Um dos fundadores do Twitter revelou que o Facebook tentou comprar o microblog por US$ 500 milhões, mas a proposta foi rejeitada. Segundo o site inglês Sky News, Biz Stone disse que viajou com seu sócio Evan Williams para conhecer Mark Zuckerberg anos atrás. Embora Williams e Stone não quisessem vender a plataforma, eles acertaram um valor que seria “tão alto” que seria impossível dizer não caso uma proposta do gênero aparecesse: US$ 500 milhões.

No encontro, Zuckerberg teria achado o valor alto, mas apresentou proposta de compra pelo valor estipulado. No entanto, a dupla do Twitter acabou rejeitando a proposta por estarem apenas no começo do negócio. Biz Stone afirmou que embora goste e respeite o CEO do Facebook, ele não simpatizou com o executivo.


Biz Stone

Stone ainda não se acostumou com o tamanho de seu empreendimento, atualmente avaliado em US$ 23,5 bilhões. "Não diria que me surpreende, mas é um sentimento estranho, em bom sentido, ir a um shopping e ver o pequeno pássaro (Twitter) que desenhei”, disse ele. O cofundador do Twitter também comentou sobre o modo como extremistas no Iraque estão usando o microblog. Para ele, quando uma ferramenta de larga escala e liberdade de expressão é criada para milhões de pessoas, você tem o lado bom ao lado do mal.



Fonte: Terra Notícias


sexta-feira, 20 de junho de 2014

Refugiados - Um Problema Galopante!




O número de pessoas forçadas a deixar suas casas devido a guerras ou perseguição superou a marca de 50 milhões em 2013 pela primeira vez desde a Segunda Guerra Mundial, informou a agência de refugiados da ONU.
O número, de 51,2 milhões, é seis vezes maior que o registrado no ano anterior, e foi inflado pelos conflitos na Síria, no Sudão do Sul e na República Centro-Africana, segundo o relatório da UNHCR.

O alto-comissário da ONU para refugiados, António Guterres,disse que o aumento é um "desafio dramático" para organizações que prestam ajuda humanitária.
"Os conflitos estão se multiplicando, mais e mais", disse Guterres. "E, ao mesmo tempo, conflitos antigos parecem nunca terminar".
Há uma preocupação especial com os cerca de 6,3 milhões de pessoas que são refugiados há anos - em alguns casos, há décadas.
Deslocados internamente
O Afeganistão ainda responde pela emissão do maior número de refugiados no mundo, e o vizinho Paquistão é o país que abriga o maior contingente, com cerca de 1,6 milhão deles.
Pessoas em condições classificadas pela ONU como situação de refúgio "prolongada" incluem mais de 2,5 milhões de afegãos.

Em todo o mundo, milhares de refugiados de crises ausentes do noticiário têm passado boa parte de suas vidas em campos. Na fronteira entre a Tailândia e Mianmar, cerca de 120 mil integrantes da minoria karen, de Mianmar, vivem em campos de refugiados há mais de 20 anos.



Refugiados não devem ser removidos à força, segundo a ONU, e não devem retornar aos seus países ao menos que seja seguro e que tenham para onde voltar. Para muitos, entre eles os mais de 300 mil refugiados somalis no campo de Dadaab, no Quênia, esta é uma perspectiva distante.

Alguns campos se tornaram praticamente permanentes, com escolas, hospitais e comércio, de acordo com a ONU. Mas eles não são, e jamais poderão ser, um lar.

Mas o número de refugiados é excedido pela quantidade de pessoas deslocadas internamente - aquelas que foram forçadas a deixar suas casas, mas que seguem em seus próprios países.

Só na Síria, acredita-se que haja cerca de 6,5 milhões de pessoas deslocadas. O conflito armado no país afetou famílias por diversas maneiras. O acesso a comida, água, abrigo e assistência médica é limitado e, por permanecerem dentro de uma zona de conflito, é difícil para agências de ajuda chegarem até elas.

A ONU estima haver cerca de 33,3 milhões de pessoas deslocadas internamente em todo o mundo.
Grandes quantidades de refugiados e de internamente deslocados representam um desafio na questão de recursos e podem, inclusive, desestabilizar o país que os acolhe.

Durante a crise na Síria, os vizinhos Líbano, Jordânia e Turquia mantiveram suas fronteiras abertas. O Líbano tem agora mais de um milhão de refugiados sírios, o que representa um quarto de sua população. A pressão sobre moradia, educação e saúde está causando tensões em um país que tem sua própria história recente de conflito.

A ONU está preocupada que a tarefa de assistir refugiados esteja, cada vez mais, sob responsabilidade de países com poucos recursos. Países em desenvolvimento abrigam 86% dos refugiados em todo o mundo, com países ricos atendendo apenas 14%.

E, apesar de temores na Europa sobre o crescente número de pedidos de asilo e imigração, esta diferença está crescendo. Há 10 anos, países ricos recebiam 30% dos refugiados e países em desenvolvimento abrigavam 70% deles.

Para Guterres, a Europa pode e deve fazer mais.
"Eu acho que é muito importante que a Europa assuma suas responsabilidades", disse.
"Eu também acho que está claro que temos bons exemplos na Europa, como a Suécia e a Alemanha, que têm tomado medidas generosas... mas precisamos de uma expressão conjunta da solidariedade europeia".

ONU diz se preocupar com o fato de que países em desenvolvimento são os que mais recebem refugiados
Mas o que mais frustra as agências de ajuda humanitária da ONU é o número cada vez maior de refugiados, enquanto o braço político da ONU, o Conselho de Segurança, parece ser incapaz de resolver conflitos ou prevenir o início de novos.

"O mundo está se tornando mais violento, e mais pessoas estão sendo forçadas a fugir", disse Guterres, acrescentando que organizações humanitárias não têm a capacidade e recursos de lidar com este crescente número de refugiados.
"Não há solução humanitária para esses problemas... ver o Conselho de Segurança paralisado, quando todas essas crises estão se ampliando, é algo que não faz sentido".
"O que mais me frustra é o sofrimento das pessoas, é ver tantas pessoas inocentes morrendo, tantas pessoas inocentes fugindo, tantas pessoas inocentes vendo suas vidas completamente destruídas, e o mundo ser incapaz de por um fim a esse absurdo".



Fonte: BBC Brasil

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Cartões de créditos roubados sendo vendidos no YouTube!




Uma revisão no conteúdo do serviço YouTube, da Google, descobriu dezenas de vídeos que vendem dados de cartões de crédito roubados, segundo um grupo de pesquisas sobre segurança na internet que tenta lançar mais luz a uma indústria ilícita de US$ 18 bilhões.

O grupo, chamado Digital Citizens Alliance (“Aliança dos Cidadãos Digitais”, em tradução livre), acusou o YouTube de não bloquear os vídeos e de lucrar com anúncios legítimos publicados junto a eles.

Uma pesquisa sobre como conseguir números de cartões de crédito de 2014 válidos gera 16.000 resultados, segundo um relatório de 13 páginas divulgado hoje.

Um dos exemplos disso é um vídeo que vende informações de cartões de crédito roubados postado ao lado de um anúncio da Target, que sofreu uma das maiores violações da história, em dezembro, quando hackers roubaram dados de milhões de clientes da rede varejista.

“Estamos perplexos com o que encontramos”, disse Tom Galvin, diretor-executivo da aliança com sede em Washington, em entrevista por telefone. “Encontramos dezenas, senão centenas de cartões de crédito sendo vendidos no YouTube”.

O YouTube disse que suas diretrizes proíbem conteúdos que incentivam atividades ilegais, incluindo vídeos que vendam material ilícito.

“A equipe de revisão do YouTube responde a vídeos sinalizados para nossa atenção o tempo todo, removendo milhões de vídeos por dia que violam nossas políticas”, disse Niki Christoff, porta-voz da companhia com sede em Mountain View, Califórnia, por e-mail.

A aliança não citou outros serviços on-line de vídeo, como o Bing.com, da Microsoft Corp., embora eles também tenham vídeos que vendem números de cartões roubados

Indústria em crescimento
O cibercrime é encarado como uma indústria em crescimento, com a Javelin Strategy Research Inc. estimando que os hackers furtaram US$ 18 bilhões no ano passado por meio de roubos de identidades e fraudes em contas. Outras empresas, além da Target, que também reportaram violações a dados de seus clientes, são a China Bistro Inc., dona da rede P.F. Chang’s, e a Neiman Marcus Group.

Galvin telefonou para um dos vendedores dos vídeos, que ofereceu a ele um preço entre US$ 20 cada, para 10 cartões, ou US$ 10 cada, para 100 cartões.

No telefonema, que o grupo gravou, o vendedor instruiu Galvin sobre onde usar os dados roubados e ofereceu a ele, por US$ 250, uma máquina que fabricaria cartões de crédito falsos.

Diretrizes da Google
Google tem “diretrizes rigorosas de publicidade” e trabalha “para evitar que os anúncios apareçam junto a qualquer vídeo, canal ou página uma vez que determinamos que o conteúdo não é apropriado para nossos parceiros anunciantes”, disse Christoff.

O investimento em anúncios de vídeos digitais aumentará US$ 1,76 bilhão neste ano, contra US$ 1,31 bilhão em 2013, com o YouTube e a Facebook Inc. liderando o caminho, segundo pesquisa da Bloomberg Industries.

A Digital Citizens Alliance preferiu não revelar suas fontes de financiamento.

Segundo seu site, a aliança é apoiada por “cidadãos privados; indústrias líderes de saúde, farmacêutica, criatividade e outras; especialistas de segurança on-line e outras comunidades focadas em segurança na internet”.

O conselho consultivo da aliança tem como membros Jonathan Zuck, presidente da Associação por uma Tecnologia Competitiva, que é patrocinada por Microsoft e Apple, concorrentes da Google.

Também faz parte do conselho Sally Greenberg, diretora-executiva da Liga Nacional de Consumidores, que listou a Google como patrocinador.

A aliança planeja notificar companhias que tiveram seus anúncios mostrados junto a vídeos que vendiam dados de cartões de crédito roubados com o objetivo de fazê-las pressionar a Google a remover o conteúdo.





Fonte: Jason Alden/Bloomberg/Exame.

terça-feira, 17 de junho de 2014

Sexo, Orgias, Baladas e o Vaticano!




Livro escandaliza ao expor a rotina de sacerdotes que frequentam festas e saunas, engravidam mulheres e patrocinam abortos.

De noite, orgias, festas e bebedeiras. De dia, missa, confessionário e oração. De noite, jeans, pele bronzeada à mostra e gel no cabelo. De dia, batina, estola e ascetismo. É assim a rotina de um sem-número de padres católicos que vivem uma vida dupla nas grandes capitais do mundo, Roma inclusive.

 Pelo menos é isso que garante, com vídeos, fotos e descrições dolorosamente ricas, um dossiê em forma de livro e site lançado em abril, na Europa. Batizado de “Sex and the Vatican”, uma alusão ao seriado “Sex and the City” – que conta as aventuras sexuais de quatro mulheres em Nova York –, a obra detalha orgias entre sacerdotes gays e seus amantes e conta histórias de religiosos que engravidam mulheres, compram, com dinheiro da Igreja, o silêncio das mães e, em alguns casos, até bancam seus abortos.

 Já em sua segunda edição na Itália e na França, “Sex and the Vatican – Viaggio Segreto Nel Regno Dei Casti” (Ed. Piemme) (“Sexo e o Vaticano – uma viagem secreta no reino dos castos”, sem tradução no Brasil) está em via de ser publicado em inglês enquanto versões em espanhol e português são negociadas. “Não faço campanha contra a Igreja”, justifica Carmelo Abbate, jornalista e autor da obra. “Ela é que se complica quando se recusa a admitir que coisas comso essas acontecem dentro da instituição”, explica.

 Abatte resolveu escrever o livro depois do sucesso de uma matéria que publicou em julho de 2010 na revista “Panorama”, a semanal de maior prestígio da Itália. Nela, o foco eram os padres homossexuais. Detalhes inéditos dessa apuração abrem o primeiro capítulo do livro. Mas o grosso da obra mergulha em um submundo que revela desvios do sacerdócio bem mais chocantes do que a homossexualidade.

Na Índia, por exemplo, o autor descobriu o caso de um padre que estuprava, sistematicamente, as freiras de sua missão. Muitas ficaram grávidas, algumas abortaram por pressão do religioso e da missão e outras morreram durante processos toscos para interromper a gravidez. As missionárias que reclamavam eram transferidas para obras em outros países. Histórias semelhantes foram ouvidas pelo jornalista nos Estados Unidos, na Inglaterra e na Irlanda.

“O fenômeno é mundial e inclui o Brasil”, garante ele, que ainda não descobriu nenhum caso com provas irrefutáveis no País.
Esse tipo de comportamento é tão comum que existem associações para dar auxílio às amantes e aos filhos de padres em diversos países. Abbate, por exemplo, arrolou nove delas em seu livro. Uma é a Bethany, coordenada pelo ex-padre irlandês Pat Buckley. A instituição, sediada em Dublin, dá assistência a pelo menos 120 mulheres que são não só amantes de sacerdotes como também mães de seus filhos.

 Há casos de mulheres com mais de dez crianças, muitas criadas com ajuda financeira dada secretamente pelas paróquias dos padres pais. Nos atendimentos a essas pessoas, Buckley descobriu que houve até uma excursão coordenada por padres com o objetivo de levar suas amantes grávidas até Londres para que elas fizessem abortos, proibidos na Irlanda. “São muitos casos como esses, mas, como tudo acontece escondido, é difícil quantificar”, admite. “A Igreja se dispõe a aceitar muita coisa se houver chances de o assunto não virar escândalo”, diz o jornalista.

O caso das orgias gays em Roma, porém, é forte candidato a se tornar um escândalo incendiário. Primeiro, porque foi filmado e as imagens são fortes e reveladoras. Segundo, porque os mesmos padres flagrados em festas bebendo e mantendo relações sexuais com outros homens dizem ter rezado missas em lugares como a Basílica de São Pedro, no Vaticano, e encontrado pessoalmente o papa Bento XVI. Terceiro, porque a população tende a ser menos tolerante com padres homossexuais do que com heterossexuais – o pecado, no caso dos gays, seria duplo. “Ninguém imagina um padre em uma boate gay ”, diz a psicóloga Maria Luiza Macedo de Araújo, presidente da Sociedade Brasileira de Estudos da Sexualidade Humana (Sbrash).

“Lugar de sacerdote é na igreja e o contraste entre o que é pregado e o que é feito é que choca.” Se depender do Vaticano, porém, o caso, deve passar despercebido. Questionado sobre o lançamento do livro, o órgão se limitou a dizer, por meio de porta-voz, que “não pode reagir a todos os livros que falam mal da instituição”. No Brasil, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) disse que “não tinha conhecimento do livro e por isso não poderia comentar os temas citados”.




Fonte: João Loes/Istoé

Preconceito - Sinal de burrice!




Estudos desenvolvidos no Canadá denunciaram o fato e mostraram que os conservadores levavam a pior na hora de demonstrar o grau de inteligência.

Você não gosta de negros? Não suporta homossexuais? Acha que as mulheres devem ficar só na cozinha?

Por mais que o mundo hoje em dia pregue a miscigenação e o convívio pacífico entre pessoas de diferentes etnias, a verdade é que a sociedade ainda abriga alguns preconceituosos de primeira. Mas esses indivíduos não são apenas atrasados quanto ao progresso do planeta.

 Estudos comprovaram que pessoas que têm preconceitos aflorados apresentam um grau de inteligência menor.
O estudo que apontou esse detalhe foi realizado na Brock University, no Canadá. Conforme os estudiosos, um experimento foi feito com um grupo de crianças, que nasceram entre 1958 e 1970, e que – por volta dos 10 anos de idade – fizeram um teste de inteligência. Depois de adultos, na faixa dos 30 anos, essas pessoas voltaram a fazer o teste em que precisavam encontrar padrões entre palavras, símbolos e formatos.

Os participantes da pesquisa também precisavam dizer o quanto concordavam com algumas frases (algumas preconceituosas, outras não). Foi nesse momento que os pesquisadores notaram uma menor pontuação conseguida por aqueles mais conservadores, que demonstravam preconceitos arraigados.

Tenso, não é? Apesar de existirem exceções para tudo na vida (como Hitler, por exemplo, que era super inteligente), é melhor começar a pensar mais “aberto” de agora em diante. Afinal, é provável que você não queira ter um baixo QI, não é mesmo?


Fonte: Fatos Desconhecidos.

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Só o Brasil tem problemas?




Só no Brasil... o transporte atrasa, não há táxis, a fila não anda, o aeroporto é uma bagunça, o ônibus é lotado. Só no Brasil existe burocracia, injustiça e corrupção. Só no Brasil tem protesto e confusão.

Só que... não!

Desde que o país do futebol virou o palco desta Copa do Mundo, a expressão virou o bordão dos brasileiros para reclamar dos problemas mais sérios --ou esdrúxulos-- que temos por aqui e para manifestar grandes doses de "vergonha" pelo mundo estar vendo nossas mazelas. Mas os comentários dos internautas de outros países nas redes sociais têm mostrado que não é bem assim.



A revista britânica The Economist publicou na terça-feira (10) o texto "Traffic and tempers" (algo como "trânsito e humores") no Facebook, que traz um relato do imbróglio que é circular por São Paulo na véspera do Mundial e diz que "no momento em que você aterrissa no Brasil você começa a perder tempo". Dezenas de gringos rebateram o artigo com frases que podem deixar alguns internautas canarinhos chocados:

"Parece quando você visita o departamento da Receita da Filadélfia [nos EUA] para pagar uma conta", diz o americano Sam Sherman.

"Há filas diárias por táxis no aeroporto Schiphol, em Amsterdã... E não é Copa do Mundo", conta Tatyana Cade.

"Cena diária do trajeto em Tóquio, exatamente como esta imagem", alerta Ryo Yagishita.

"Parece a Argentina, nada mais refrescante que viajar como gado depois de um longo dia de trabalho", descreve Pao Radeljak. "Me lembra Buenos Aires", completa Paola Scarlett.

"A mesma coisa aconteceu com os brasileiros quando eles viajaram de Heathrow para Gatwick. O engarrafamento caótico de Londres [que sediou a última Olimpíada] também é mundialmente famoso. Depois, pense no eletricista inocente que foi morto por policiais justiceiros no metrô de Londres, que disseram que ele era terrorista [caso Jean Charles de Menezes]. Não é uma vergonha para um país desenvolvido reclamar do Brasil quando também tem problemas em seu país? Pense nos manifestantes em Londres, e na destruição por quatro dias alguns anos atrás. Então vira vergonha duplar", afirmou Naithirithi Chellappa.

"Para todos os brasileiros que reclamam de seu país: vocês deveriam tentar viver na Europa por um minuto. Sim, nós temos tudo regulado, mas as coisas estão cada vez mais nazistas. E falar sobre corrupção? Você acha que não acontece aqui? Aqui é tão desenvolvido que você nem vê, está muito escondido e tudo é feito por políticos e outros criminosos [daqui] fora da Europa", analisa o holandês Roas Metten. "A polícia é uma piada, eles não pegam criminosos, eles dão multas o dia todo."

Metten completa: "Os abraços e beijos que recebo em um mês no Brasil, não ganharia em dez anos na Europa. Então talvez as coisas aqui sejam melhores reguladas pelas leis e sistemas, mas é um inferno culturalmente e nas relações."

O espanhol Álvaro Munhoz tenta fazer uma análise mais ampla: "Para falar a verdade, se o número de pessoas que chega ao mesmo tempo excede a capacidade, a situação poderia acontecer em qualquer lugar do mundo."

Enquanto o internauta Leandro Cintra aproveitou para contar que recentemente levou 40 minutos para conseguir um táxi... em Nova York (EUA). E mais meia hora para entrar em um ônibus... em Fort Lauderdale (EUA). Já Wenderson Neves lembrou que a fila na imigração de Londres é de pelo menos duas horas com policiais muito pouco cordiais.



Favela no Qênia

A também britânica BBC perguntou em texto publicado na terça: "What is it like to live in a Favela?" (Como é viver numa favela?). E a internauta Adreane Bertumen prontamente respondeu: "Todo país, toda cidade tem a sua 'favela'. Gueto é gueto em todos os lugares. O Brasil não é o único".

"Essas favelas não são nada comparadas às que temos em Nairóbi, no Quênia", diz Eric Murimi. "Venham ver Sodoma e Gomorra em Gana", convida Leroy Amankwa.

"Nos Estados Unidos, nós precisamos acordar e olhar ao redor. É difícil achar uma cidade que não tenha acampamentos de sem-teto por todo seu perímetro. Bem escondidos, mas estão cada vez maiores a cada ano. Não estamos em posição de jogar pedra em outros governo", ressalta Marie Lawson. "Nos EUA, temos guetos e estacionamentos de trailers", concorda Eric D Molino.

Tumblr ironiza "complexo de vira-lata"
Os problemas são gerais, mas talvez "só no Brasil" as pessoas se disponham a gastar tempo e paciência para criar uma página da internet só para isso. O pessoal do Tumblr "Só no Brazil" faz isso: pescar os desabafos nas redes sociais e provar que certas coisas não são privilégio nosso.




Fonte: Fabiana Uchinaka/Uol


Lavar frango antes de cozinhar pode matar!





A prática de lavar frango cru aumenta o risco de intoxicação alimentar, alerta a Food Standards Agency (FSA), agência de segurança alimentar britânica.

O processo de lavagem espalha bactérias Campylobacter nas mãos, roupas e em utensílios e superfícies de cozinha, devido ao espirro de gotas de água.
Na verdade, não há necessidade de lavar o frango, pois a bactéria morre quando ele é bem cozinhado ou assado.

Conhecida como bactéria retorcida, a Campylobacter é a forma mais comum de intoxicação alimentar na Grã-Bretanha, e a maioria dos casos é proveniente de aves contaminadas.
Os sintomas incluem diarreia, dores de estômago, cólicas, febre e mal-estar geral. A maioria das pessoas só fica doente por alguns dias, mas a doença pode levar a problemas de saúde a longo prazo, como a síndrome do intestino irritável e a síndrome de Guillain-Barre, uma doença grave do sistema nervoso.

A Campylobacter também pode matar - os que correm maior risco são crianças menores de cinco anos ou idosos.
A britânica Ann Edwards disse à BBC que ficou completamente paralisada ao contrair a bactéria 17 anos atrás, quando tinha quase 50 anos, e desde então não trabalha mais.
"Eu primeiro notei que havia algo errado quando eu tive uma diarreia muito grave que durou pouco mais de uma semana. Fui levada ao hospital e a partir daí fiquei totalmente paralisada.

"Meu sistema imunológico teve uma reação exagerada [à bactéria], o que afetou meus nervos", contou.
Edwards se recuperou apenas parcialmente. Ela ainda sofre alguma paralisia nos pés e tem baixa imunidade.
"Eu trabalhava numa empresa de seguros, era muito ativa e em boa forma. Isso ocorreu duas semanas antes de eu fazer 50 anos. Eu não trabalho desde então. Mudou completamente a minha vida", lamenta ela.

Pesquisa
Uma pesquisa online com 4.500 adultos realizada na Grã-Bretanha pela FSA descobriu que 44% dos entrevistados lavam o frango antes de cozinhar.

A Campylobacter afeta cerca de 280 mil pessoas na Grã-Bretanha a cada ano, mas apenas 28% dos entrevistados na pesquisa da FSA tinham ouvido falar dele e, desse grupo, só um terço sabia que aves são a principal fonte das bactérias.

Os entrevistados disseram que lavam o frango para remover a sujeira ou germes ou, simplesmente, porque sempre fizeram isso.
"Embora as pessoas costumem seguir as práticas recomendadas para o manuseio de aves, como lavar as mãos depois de tocar em carne de frango crua e ter certeza de que ela está bem cozida, nossa pesquisa descobriu que lavar frango cru também é prática comum", disse a presidente-executiva da FSA, Catherine Brown.

Segundo Brown, infecções por Campylobacter custam à economia centenas de milhões de libras por ano por causa de pessoas que faltam ao trabalho por estar doente e dos gastos do NHS [o sistema público de saúde britânico].
Brown disse que a FSA também está trabalhando com agricultores, abatedouros e processadores para tentar reduzir a presença de Campylobacter nas aves.


Fonte: BBC Brasil