quarta-feira, 25 de junho de 2014

Amor culpado - Asas e Soneto.






Amor culpado.

O amor é culpado de tudo
O amor é culpado pelo sofrimento alheio,
O amor é culpado é pela alegria alheia,
O amor é culpado pelo bem estar, e também pelo mal estar,
O amor é culpado pela saudade, é culpado
pela presença de alguém amado ou talvez pela ausência.
O amor..! Ah! O amor, tanta culpa sobre ele
Mas mesmo assim, todos querem senti-lo,
Todos o querem dentro do peito, 
E mesmo aqueles que não o querem
Acabam um dia tendo-o dentro de si, mesmo sem querer!
O amor..! Sem ele não se vive!


Eliézer






Asas

Um dia terei asas e irei voar
pra bem longe! Lá no horizonte!
Voarei para bem perto do céu
Para poder te ver do alto.
Para ter uma visão bem ampla
de todo o teu ser! 
Voarei depois para baixo
Para perto de ti, e te ouvirei baixinho
Dizer que me ama! 
Te darei então minhas asas
Para você voar para o horizonte
E de lá contemplar-me ao longe!
Um dia terei asas e voarei para ti.
 E te direi o quanto te amo!

Eliézer


SONETO DO AMOR COMO UM RIO

Este infinito amor de um ano faz

Que é maior do que o tempo e do que tudo

Este amor que é real, e que, contudo,

Eu já não cria que existisse mais.



Este amor que surgiu insuspeitado

E que dentro do drama fez-se em paz

Este amor que é o túmulo onde jaz

Meu corpo para sempre sepultado.



Este amor meu é como um rio; um rio

Noturno, interminável e tardio

A deslizar macio pelo ermo



E que em seu curso sideral me leva

Iluminado de paixão na treva


Para o espaço sem fim de um mar sem termo.


Poesia em conta gotas.

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