Data é para lembrar essa vitória e tem origem em um greve histórica, realizada em 1º de maio de 1886, nos Estados Unidos
No Dia do Trabalho, comemorado em 1º de maio, quase todo mundo está descansando porque é feriado. E se você está em casa lendo isso agora, saiba que é graças à luta de muitos trabalhadores no passado que esse dia foi conquistado. Não, eles não lutaram por um feriado, mas sim por direitos fundamentais ao trabalho humano, como jornada de 8 horas e condições dignas de emprego. A folga hoje é para lembrar essa vitória e tem origem em um greve histórica, realizada em 1º de maio de 1886, nos Estados Unidos.
Neste dia, em Chicago, mais de 1 milhão de trabalhadores saíram às ruas para protestar. Centenas foram presos pela polícia. Três dias depois, numa assembléia na praça Haymarket, uma bomba explodiu, matando dezenas de trabalhadores e ferindo outros 200. Mesmo ilegais e com tamanha repressão, os protestos resultaram em mudanças. Em 1890, o Congresso americano votou e aprovou a lei que fixava a carga horária de trabalho em oito horas. Antes disso, eram comuns jornadas de mais de 14 horas. Dá pra imaginar?
Em 1889, a Segunda Internacional Socialista, um congresso realizado em Paris que reuniu os principais partidos socialistas e sindicatos de toda Europa, decidiu escolher essa data em memória aos protestos de Chicago de três anos antes. O Dia Internacional do Trabalho é comemorado em diversos lugares do mundo (no Brasil, Portugal, Rússia, Espanha, França, Japão e cerca de outros oitenta países).
Aqui no Brasil, a chegada dos europeus no fim do século XIX e começo do século XX trouxe com eles os ideais de luta trabalhista. A Greve Geral de 1917 ajudou a pressionar o governo pela mudança no cenário operário. Em 1925, o então presidente Artur Bernardes decretou o Dia do Trabalhador, como também é chamado, em 1º de maio. A maior mudança, no entanto, veio bastante tempo depois, com a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Em 1º de maio de 1943 (sim, a data foi escolhida propositalmente), Getúlio Vargas assinou o Decreto-Lei nº 5.452 garantindo direitos básicos, como salário mínimo e duração da jornada de trabalho.
Infelizmente, ainda hoje, mesmo com leis que regularizam as profissões, vemos muitos casos de exploração e de pessoas que são submetidas ao trabalho escravo. Por isso é importante que a luta do 1º de maio continue.
Fonte: Guia do Estudante
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