sexta-feira, 14 de março de 2014

Corrupção - Quem vai devolver nosso dinheiro?




Durante os debates no julgamento do mensalão ficou absolutamente claro que dinheiro nosso, arrecadado de impostos, foi desviado pelo governo Lula para encher os bolsos de políticos que se vendem, de banqueiros sem vergonha na cara e de empresários espertos em demasia.

As condenações criminais   representam um alívio para a sociedade brasileira, mas falta, quem sabe, o principal: a devolução desses milhões, porque não se haverá de admitir que todo esse dinheiro tenha ido parar no bolso de pessoas desonestas e que elas não o devolverão aos cofres públicos.

Entre as pessoas que receberam a fortuna desviada, não se tem notícia de que nenhuma delas esteja vivendo com dificuldades financeiras, morando em casa alugada, com carnês vencidos, carro velho na oficina para consertar. As notícias divulgadas pela imprensa indicam exatamente o contrário, até mesmo que um deles, o número 2 da quadrilha, morava em condomínio de luxo na cidade de Vinhedo, possui escritório suntuoso no bairro mais caro de São Paulo e, enfim, nada tem que ver com aquele modesto servidor da Assembleia Legislativa.

Os brasileiros esperam que ocorra com essa turminha braba, marcada pela improbidade, o mesmo que está sendo feito há 30 anos com o hoje, Paulo Maluf. Sim, Paulo Maluf, aliado de Lula, de José Dirceu e de todos os petistas, está em desvantagem e isso será injusto para ele caso os novos companheiros também não respondam patrimonialmente pelos crimes.

 A responsabilidade civil do administrador público é uma exigência imposta pela Constituição federal e, por isso, não constitui surpresa alguma que o Estado brasileiro use de todos os meios jurídicos possíveis para que Paulo Maluf devolva aos cofres públicos as quantias que o Ministério Público afirma terem sido por ele desviadas.

Não é possível que fato de muito maior relevância, que alcançou repercussão mundial, possa encerrar-se tão somente com as condenações dos envolvidos no mensalão. É necessário que todos sejam compelidos a devolver os valores irregularmente recebidos, bem como se impõe, por força da solidariedade em seu sentido jurídico, que o grande chefão também seja responsabilizado.

E não se fale em prescrição, porque os ilícitos por improbidade administrativa envolvendo dinheiro público são imprescritíveis, por disposição constitucional.

Haverá alguém neste país que acredite nas afirmações de Lula de que nada sabia dos desvios de dinheiros públicos (falou-se em R$ 350 milhões) cometidos debaixo do nariz dele? Seria possível que seus companheiros mais íntimos, Dirceu, José Genoino e Delúbio Soares, avançassem nesses dinheiros sem o aval do chefão supremo?

O pior de tudo é que pelo andar da carruagem, vai ficar tudo por isso mesmo. Houveram os julgamentos, mas estamos vendo uma justiça que parece aliada com esta corja de corruptos travestidos de homens honestos e de bem.

Diga-se isso devido ao resultado do julgamento de alguns dos mensaleiros. Todos receberam penas brandas e ainda com direito a embargos infringentes que como estamos vendo, vão deixar muitos dos condenados em situação bastante confortável.

Me pergunto se eles fossem homens pobres e comuns, se receberiam tantas regalias como estão recebendo desta justiça que insiste em não enxergar o óbvio!?

E o dinheiro do povo, onde fica? Onde está o dinheiro que falta na saúde, na educação? Será que os ministros do Supremo e a presidente Dilma saberiam responder para os eleitores que os ajudaram  a estarem no poder?

















Um comentário:

  1. Em quem vamos confiar se a mais alta instituição de justiça do país da regalias para esses ladrões!??

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