O Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) diz que nenhum lado da guerra civil na Síria está fazendo o suficiente para proteger os civis.
Numa atualização de dados do confronto divulgada feita nesta última segunda-feira, o conselho, sediado em Genebra, disse que cerca de 2,5 milhões de sírios estão desalojados internamente e outro 1 milhão deixaram o país.
O conselho diz que "o fracasso em resolver este conflito, cada vez mais violento, vai condenar a Síria, a região e os milhões de civis pegos no fogo cruzado a um futuro inimaginavelmente sombrio".
Segundo a organização, forças do governo têm atacado civis que fazem fila para comprar pão e em funerais, enquanto forças contrárias ao governo continuam a usar locais protegidos, como mesquitas, como bases ou locais para estocar armas.
O conselho afirma que os dois lados têm mostrado "respeito insuficientes com a proteção da população civil".
Além disso, um relatório da Save the Children, publicado por ocasião do segundo aniversário da guerra na Síria, afirma que dois milhões de crianças são «vítimas inocentes» de um conflito sangrento.
Estas crianças vivem em permanência em risco de «malnutrição, doença, traumatismo», afirmou a ONG com sede na Grã-Bretanha.
As crianças sírias "são cada vez mais colocadas diretamente em risco já que são recrutadas por grupos armados e pelas forças governamentais", afirma o relatório.
Segundo esta ONG, as duas partes do conflito procuram usar as crianças, muitas recrutadas à força durante operações militares, como "mensageiros, guardas, informadores ou combatentes", tendo algumas delas com apenas oito anos sido usadas como escudos humanos.
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