A guerra civil que já dura dois anos na Síria e continua a matar milhares de civis inocentes, principalmente crianças, parece que vai sofrer uma intervenção da ONU.
O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, afirmou nesta sexta-feira em Seul, onde se encontra em visita oficial, que uma intervenção da ONU na crise da Síria é "uma questão de tempo". Ban pediu apoio internacional para a resolução do conflito, que voltou a entrar na ordem do dia da comunidade internacional após os fortes indícios de um ataque com armas químicas ter ocorrido na periferia da capital Damasco no meio da semana.
"Todos os preparativos técnicos e logísticos estão completos. O momento no qual vamos poder fazer e no qual as partes vão estar prontas para participar (na tarefa de resolver o conflito) é questão de tempo", detalhou Ban em declarações à agência de notícias sul-coreana Yonhap.
As fortes imagens das vítimas do massacre sendo atendidas em hospitais e de corpos amontoados, incluindo muitas crianças nos dois casos, levaram o Conselho de Segurança da ONU a se reunir em caráter emergencial na última quarta-feira. Mas o organismo, única instância capaz de decidir por uma intervenção internacional na crise síria, não entrou em acordo para que seus técnicos realizassem uma investigação a fundo da denúncia do ataque que, segundo a oposição ao ditador Bashar Assad, foi organizado por forças leais ao regime e causou a morte de pelo menos 1.300 pessoas.
Já não é sem tempo uma intervenção nesse país dilacerado pela guerra. O que mais me anoja é que as grandes potências esperaram demais para tomar esta decisão. Foi preciso usarem armas químicas e morrerem mais crianças para que se chegasse a essa decisão, e mesmo assim, a execução dessa decisão depende ainda de uma investigação pelos organismos internacionais.
As imagens de milhares de crianças mortas correm o mundo, mas a ONU tem que primeiro investigar se realmente tais inocentes morreram pelas armas químicas ou não. Se foram mortas pelos 'meios convencionais' de uma guerra civil, não há intervenção!
Enquanto para a ONU é 'questão de tempo', para os civis é questão de vida ou morte!
Imagens: Revista Veja
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