segunda-feira, 18 de junho de 2012

Aumento de Doenças Venéreas




 Um estudo nacional realizado em outubro do ano passado pelo Centro de Referência e Treinamento em DST/Aids revela que uma em cada 10 jovens brasileiras atendidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) tem doença transmitida pelo sexo.
O relatório indica alta prevalência de infecção por clamídia entre jovens brasileiras atendidas nos serviços públicos de saúde. 
Esta é uma DST (doença sexualmente transmissível), transmitida em relações sem o uso de preservativos com parceiro portador. O período de incubação é de aproximadamente quinze dias entre a relação sexual e o aparecimento dos sintomas. Durante este período, o portador já pode ser capaz de transmitir a doença.

Não há registro de casos de clamídia congênita (transmissão vertical, da mulher grávida para o feto). Entretanto, mães infectadas podem contaminar seus filhos no momento do parto, que podem contrair conjuntivite (oftalmia neonatal) ou mesmo pneumonia. Partos prematuros podem ocorrer.

Além do que já foi citado, a infecção pode causar também, nas mulheres, dor no baixo ventre, sangramento após a relação sexual, câimbra, tontura, vômito, e febre. Nos homens, pode haver inflamação das estruturas próximas à uretra, como epidídimos, testículos e próstata.

Na ausência de tratamento, indivíduos do sexo masculino podem ter suas uretras estreitadas. Já os do sexo feminino, gravidez nas trompas, parto prematuro e até esterilidade. Ambos correm o risco de sofrerem de infertilidade e passam a ter maior probabilidade de serem infectados pelo vírus da AIDS.

diagnóstico consiste na coleta de material por esfregaço na uretra ou colo do útero, para que sejam feitos exames de imunofluorescência direta, a fim de identificar o agente infeccioso.

Por se tratar de uma doença sexualmente transmissível, o uso de camisinha (mesmo em sexo anal ou oral) e higiene pós-coito são medidas necessárias quanto à prevenção.  
Pelo fato de haver grandes chances de reinfecção, recomenda-se que novos exames sejam feitos entre três e quatro meses após o término do tratamento
.
 Ao todo 2.071 jovens, entre 15 e 24 anos, atendidas nas unidades do SUS, nas cinco macrorregiões (norte, nordeste, sudeste, sul, centro-oeste), participaram do estudo. A prevalência de clamídia entre as jovens avaliadas foi de 9,8%, sendo que 4% delas também tiveram resultado positivo para infecção por gonorreia. A doença pode ser assintomática em até 80% das mulheres e em 50% dos homens. 
 Uma vez instalada a infecção, o tratamento deve ser realizado com o uso de antibióticos específicos e deve incluir o tratamento do parceiro ou parceira para garantir a cura e evitar a reinfecção. Este estudo foi realizado o ano passado. Isto quer dizer que esses dados podem ter certamente aumentado.


Fonte: Brasil Escola e Estadão

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