terça-feira, 31 de julho de 2012

Mensalão - Até que enfim vão fazer alguma coisa...






O caso do Mensalão realmente vai a julgamento no próximo dia 2 de agosto. Pelo menos isso para melhorar a imagem do Brasil no exterior, onde a famosa revista americana The Economist, publicou uma reportagem na qual disse que no nosso país há uma cultura de impunidade, mostrando exemplos como o ex-presidente Fernando Collor, que sofreu impeachment e hoje é senador pelo Estado de Alagoas e Paulo Maluf que é acusado de desviar somas bilionárias quando era prefeito de São Paulo, esteve até mesmo preso e hoje tem participação ativa na política brasileira.


O mensalão foi um esquema de compra de votos de parlamentares na Câmara dos Deputados considerado a maior crise política do governo do presidente Lula. Foi denunciado pelo deputado Roberto Jefferson do PTB da base aliada ao governo no dia 06 de junho de 2005.
O mensalão existe muito antes de ser denunciado e traduz uma série de palavras que o brasileiro não merecia conhecer: corrupção, propina, maracutaia, pedágio, gorjeta, superfaturamento, lavagem de dinheiro, caixa dois, dinheiro não contabilizado entre outras.

No final de 2005, logo após o caso do mensalão estourar, em uma entrevista Delúbio Soares avaliou a crise no PT e previu que o julgamento do mensalão não iria para frente. "Nós seremos vitoriosos, não só na Justiça, mas no processo político. É só ter calma. Em três ou quatro anos, tudo será esclarecido e esquecido, e acabará virando piada de salão", apostou.

Contrariando essa e outras previsões que colocavam em dúvida o julgamento sobre a principal crise do governo Lula, a data foi marcada. Sete anos após o caso vir à tona, os 38 réus do mensalão vão à Corte no dia 2 de agosto de 2012.

A surpresa, no entanto, recai sobre o papel de Delúbio na história. A cúpula petista decidiu, a um mês do desacreditado julgamento do caso, que o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares (o mesmo que não acreditou que o caso iria ao tribunal) assumiria que partiu somente dele a iniciativa de formar o caixa 2 para o financiamento de partidos e parlamentares que se coligaram com os petistas nas eleições de 2002 e 2004.

E foi o que aconteceu. Em memorial sucinto enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), Delúbio Soares assumiu sozinho a responsabilidade pela distribuição de recursos ilegais a políticos e partidos da base aliada do governo Luiz Inácio Lula da Silva. Mas negou que os pagamentos tivessem relação com o "falacioso mensalão" e alegou ser inocente das acusações de corrupção ativa e formação de quadrilha.

A iniciativa de colocar a conta do mensalão nos ombros de Delúbio para livrar os demais réus foi combinada pelo "núcleo central da quadrilha", definição usada pela Procuradoria-Geral da República na denúncia entregue ao STF em 2007, como antecipou o Estado em 2 de julho. O acerto teria sido articulado entre o ex-ministro José Dirceu (Casa Civil), apontado como "chefe da organização criminosa", o ex-presidente do PT José Genoino e o próprio Delúbio.

A estratégia de confissão de Delúbio é a seguinte: ao afirmar que foi atrás do dinheiro que resultou no caixa 2 sem pedir a autorização a ninguém, Delúbio fará mais do que manter o silêncio sobre o escândalo. E ainda abrirá o caminho para que José Dirceu possa reafirmar, no Supremo Tribunal Federal (STF), que estava afastado do partido, não acompanhava as finanças petistas e que não há no processo uma única testemunha ou ato que o incrimine. Como sempre, articulando maracutaias para poderem se safar das responsabilidades.

Roberto Jefferson o pivô da história



Somados a investigação da PF e da CPI criada em 2005, o inquérito do mensalão tem ao todo 77 volumes e mais de 13 mil páginas. Um total de 38 pessoas figura na lista de réus. Entre eles estão o ex-ministro José Dirceu (Casa Civil), apontado como cabeça do esquema, o ex-presidente do PT José Genoino, o ex-tesoureiro Delúbio Soares e o marqueteiro Duda Mendonça, além do publicitário Marcos Valério, apontado como operador financeiro do mensalão. Pela denúncia, apresentada e aceita pelo STF em agosto de 2007, tudo teria sido arquitetado durante a eleição de 2002 e passou a ser executado em 2003.

Eles vão responder pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro, evasão de divisas, peculato e formação de quadrilha. Originalmente, o MPF denunciou 40 réus, mas um morreu (o ex-deputado José Janene) e outro fez acordo para cumprir pena alternativa (o ex-secretário-geral do PT Silvio Pereira).

O atual procurador-geral, Roberto Gurgel, pediu a absolvição de dois outros réus dos autos - um deles é o ex-ministro Luiz Gushiken (Comunicação do Governo). Recentemente, pediu também a investigação de mais dois deputados: Carlos Bezerra (PMDB-MT) e José Mentor (PT-SP), ambos por suspeitas de terem favorecido o esquema de compra de apoio político.

Ministros. O julgamento da ação penal do mensalão começará dia 2 de agosto e deverá ter a participação dos 11 ministros da atual composição do tribunal. Para fechar o ano com o mensalão julgado, o STF arcou com um custo elevado chegando a revelar algumas rusgas entre ministros. O calendário corrido permitiu que Cezar Peluso, considerado como um dos mais experientes, e Carlos Ayres Britto, atual presidente da Corte, participassem.


Fonte: O Estadão


Momento de Refletir







"Não acredite em algo simplesmente porque ouviu. Não acredite em algo simplesmente porque todos falam a respeito. Não acredite em algo simplesmente porque esta escrito em seus livros religiosos. Não acredite em algo só porque seus professores e mestres dizem que é verdade. Não acredite em tradições só porque foram passadas de geração em geração. Mas depois de muita análise e observação, se você vê que algo concorda com a razão, e que conduz ao bem e beneficio de todos, aceite-o e viva-o"


Buda.



"A razão pela qual algumas pessoas acham tão difícil serem felizes é porque estão sempre a julgar o passado melhor do que foi, o presente pior do que é e o futuro melhor do que será".


Marcel Pagnol


"Trabalhe como se você não precisasse do dinheiro,
Ame como se você nunca tivesse sido magoado, e dance como
se ninguém estivesse te observando."

"O maior risco da vida é não fazer NADA."


Martha Medeiros





segunda-feira, 30 de julho de 2012

Batman - Focalizando Problemas Atuais.





Se você ainda não assistiu ao novo filme do Batman, assista porque a trama é muito boa e focaliza os problemas modernos que afligem os países capitalistas de uma maneira muito atual, com um roteiro muito bem escrito e efeitos especiais excelentes.
O ator inglês Christian Bale veste bem os ternos Armani que simbolizam os anos de prosperidade de Wall Street. Em 2000, no filme O psicopata americano, ele foi o investidor yuppie Patrick Bateman. Narcisista e violento, o personagem se tornou o símbolo perverso dos Estados Unidos do final dos anos 1980, quando a prosperidade econômica do governo Ronald Reagan impulsionava as Bolsas de Valores e produzia milionários da noite para o dia.
Agora, com O cavaleiro das trevas ressurge, que teve estréia no dia 27 nos cinemas brasileiros, Bale volta a vestir ternos elegantes, mas num cenário econômico distinto. Na pele do bilionário Bruce Wayne, ele depara com uma população inflamada pela desigualdade social. Cidadãos ressentidos são atraídos pelo vilão Bane (Tom Hardy), um terrorista carismático que alicia a multidão para seu projeto de destruição de Gotham City com um discurso ao mesmo tempo populista e intimidador. Sob o comando de Bane, a cidade vive uma espécie de revolução criminosa, com julgamentos e execuções sumários, expropriações e acerto de contas social.
A história fictícia tem correspondência no mundo real. Trata-se de uma parábola dos embates sociais que se estenderam pelo fim do ano passado no Parque Zuccotti, em Nova York, próximo a Wall Street – não por coincidência, vizinho ao local escolhido para as filmagens. O personagem Bruce Wayne, mesmo meio falido, faz parte do 1% de ricos e milionários que foram alvo dos protestos Ocupe Wall Street. Os 99% excluídos de Gotham ficam na sombra, assustados, ou se aliam aos criminosos que dominam a cidade. Formam uma massa confusa e amorfa, que requer proteção e comando. Batman, a sua maneira inarticulada e muscular, é o líder conservador que detém a revolução e restaura a ordem. Um legítimo representante da elite econômica e moral da cidade. Nolan, o diretor do filme, diz que sua principal influência para o roteiro foi o romance Um conto de duas cidades, de 1859, do britânico Charles Dickens. O livro, ambientado na Revolução Francesa de 1789, acompanha o impacto dos acontecimentos históricos sobre a vida de personagens que pertencem a diferentes grupos sociais – o aristocrata, o malandro, o miserável... As multidões, ora inflamadas, ora submissas, conferem o pano de fundo contra o qual a trama se desenrola. Da mesma forma, Nolan tentou fundir a complexidade das lutas e dos interesses sociais aos dilemas morais e afetivos de seus personagens. Em alguns momentos, com a ajuda de atores como Michael Caine, Batmam ganha tons quase shakespearianos.O conflito social é o motor do filme, o último de uma trilogia iniciada em 2005. A nova Mulher Gato, interpretada por Anne Hathaway, veio de baixo na pirâmide. Filha de operários, ela rouba e seduz milionários idiotas, movida por um vago propósito social. Seu lema é fazer os abastados se arrepender de seus excessos. “Ela se encaixa perfeitamente em nosso universo de personagens sombrios”, disse a produtora Emma Thomas, mulher do diretor Christopher Nolan. “Você nunca sabe de que lado ela está.” Numa das cenas mais simbólicas do filme, durante um baile de gala, ela encosta a boca vermelha e sensual no ouvido de Wayne e sussurra: “Há uma tempestade chegando. Quando ela nos atingir, vocês não entenderão como puderam viver com tanta largueza e deixar tão pouco para o resto de nós”. A frase poderia ter saído de um poema militante de Bertold Brecht. Para frear a avalanche criminosa e social, Batman, pela primeira vez, se alia oficialmente à polícia. A mensagem é clara: o Homem Morcego e a Justiça representam as forças capazes de vencer o mal, encarnado pelo ativismo social.
Com ele, Nolan se consagra como o diretor que melhor traduziu o personagem dos quadrinhos para o cinema. Foi o único capaz de captar a essência violenta e triste do Homem Morcego. Traz, ao mesmo tempo, realismo e modernidade para suas histórias. Agora, com O cavaleiro das trevas ressurge, ele acrescentou a isso tudo um toque de profundidade que o maniqueísmo original dos quadrinhos não tinha. Um Oscar para premiar a trilogia, e seu imenso sucesso comercial não seria nenhuma surpresa!


Fonte: Guilherme Pavarin - Revista Época








Sexo - Pense nisso...!




É impressionante como a palavra sexo vende! Postei uma pesquisa sobre sexo e traição, e imediatamente esse blog teve um aumento expressivo de visualizações. Bem, já que vocês gostam, então aqui vai mais uma pesquisa bastante interessante sobre sexo:
Pensar em sexo deixa você mais inteligente!
Essa pesquisa é do pessoal da Universidade de Amsterdã (Holanda).
Primeiro, eles fizeram parte dos voluntários, homens e mulheres, pensarem em sexo. Depois, colocaram todo mundo para resolver problemas de lógica e matemática. E, surpresa: o desempenho dos que estavam com ideias safadinhas na cabeça foi melhor.
É que, segundo os cientistas, quando pensamos em sexo, nosso cérebro ativa uma área “projetada” pela evolução para ajudar a gente a se reproduzir. Daí em diante, começamos a prestar mais atenção nas outras pessoas, a achá-las especialmente atraentes, a tentar identificar sinais de interesse sexual quando flertamos com alguém, e por aí vai.
Essas mudanças mentais, que acontecem naturalmente para favorecer a reprodução, intensificam a nossa atenção e o nosso foco nos detalhes, o que deixa a percepção mais afiada e acaba favorecendo também o raciocínio, explica o estudo. Olha que beleza hein!


Fonte: Superinteressante


Sexo Faz Bem - Trair Faz Mal!




Como se faltassem motivos para você adorar sexo, um grupo de italianos trouxe uma boa novidade: homens com vida sexual saudável correm menos risco de sofrer um problema cardíaco.
A pesquisa, realizada pela Universidade de Florença, na Itália, avaliou a vida de 4 mil homens. E, entre todos, aqueles que tinham a vida sexual ativa mostravam menos problemas no coração e viviam por mais tempo. A explicação é simples: o sexo estimula a produção de testosterona, que melhora todo o sistema cardiovascular.
Mas, vale lembrar, como esse mesmo grupo de pesquisadores já mostrou, que trair o parceiro só aumenta os riscos de morrer de infarto. Portanto, não adianta usar essa pesquisa para justificar suas escapadas por aí, porque ter uma amante pode custar a vida dos homens que traem.
O aviso vem de uma pesquisa da Universidade de Florença, na Itália. Os pesquisadores revisaram estudos anteriores sobre as causas e efeitos da infidelidade e perceberam uma tendência mortal: homens que traem correm mais risco de sofrer infarto fatal.
Um dos estudos revisados veio de uma universidade da Alemanha. Os pesquisadores de lá avaliaram casos de infarto durante o sexo. E a maioria dos homens que morreram nessas situações estava traindo suas mulheres.
Em janeiro deste ano, o Centro de Prevenção e Controle de Doenças dos Estados Unidos, fez estudo semelhante. Após analisarem as autópsias de mais de 5 mil homens, eles descobriram que, entre aqueles que morreram durante o sexo, 75% estavam com as amantes.
Os pesquisadores não sabem exatamente por que, mas desconfiam de vários motivos. Primeiro, os homens casados costumam se envolver com menininhas mais novas. E eles trabalham duro para dar conta do sexo com elas. Sem contar a alimentação nada saudável: pizzas, hambúrgueres e aquela porcariada toda, que só vão gerar preocupação nelas anos mais tarde.
Dentro dessa conta de problemas, o homem ainda soma um sentimento de culpa (poxa). Quando eles ainda gostam da mulher, a chance de trair e ter um infarto é maior ainda. “Ele pode punir a si mesmo por trair esta parceira”, diz a pesquisadora Alessandra Fisher e eles ainda tendem a ficar mais estressados. Portanto, faça sexo seguro, isso não quer dizer, usar somente preservativos, mas sim, com sua parceira oficial, sem escapadinhas, se você não quer vestir o paletó de madeira mais cedo...!

Fonte: Superinteressante






sábado, 28 de julho de 2012

Momento Poesia










Esperança




Conserve o calor
de um amor já vivido


Calcule o tempo
que não foi perdido


Reserve uma parte
do que a vida ensina


Coloque no canto
de tua lembrança


Viva os momentos
em plena alegria


Solte do teu intimo
uma nova esperança!



Autora: Lúcia Biazetto 






Verbos do Amor







Se eu te telefonar
Se mandar te buscar
Der o braço a torcer
Sei que irias ganhar
E eu não iria perder


Da outra vez eu sofri
Te magoei, me feri
Foi difícil aprender
Que, quando chega a paixão
Justamente a razão
É a primeira a ceder


Mas as palavras vazias
Rolaram na mesa, pesaram no ar
Eu não sabia pedir
Tu não sabias perdoar


Mulher nascida pra amar
Tenho que obedecer
Ao que o destino quis
E satisfeita dizer
Que sofrer de amor
Só me deixa feliz



 João Donato e Abel Silva



sexta-feira, 27 de julho de 2012

Momento Poesia - Sentimentos




te amo todo esse tempo



Te amo todo esse tempo ainda não te
esqueci;
Te amo para sempre sem você não sou feliz.
A solidão é amarga e fere a minha alma, mas só me faz te amar mais.
Passe o tempo que passar nunca vou deixar de te amar;
Se em outros labios me perdi foi tentando te encotrar.
Pois se me esqueces-te não me faz mas sentido viver nessa vida;
Te amo para sempre ___________________ minha querida.




: André Luiz dos Santos







SENTIMENTOS

Sentimentos que vem do
coraçãoque sai da alma,
alma que habita em nós,
os mais belos sentimentos.

Sentimentos de carinho de
amizade, de alegria de amor.
Amor que se aloja em nossos
corações, corações cheios

de Paz, de sensibilidade,
de carisma e de amor.
Sentimentos sentidos por
nós concedidos por Deus!


Imara Ione Vieira





Para os erros há perdão; para os fracassos, chance; para os amores impossíveis, tempo. De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma. O romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance. Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar. Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando, porque embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu.


Luís Fernando Veríssimo




quinta-feira, 26 de julho de 2012

Código Penal - Necessidade de Mudança!









Assistindo ontem ao Jornal Nacional, uma série de reportagens que a Globo vem fazendo sobre a necessidade de mudanças no código penal brasileiro, já que ele data de 1940, portando bastante ultrapassado para uma sociedade que vem mudando a cada ano, observei que a Lei só é válida para as classes mais altas. A grande maioria das pessoas que vão presas são aquelas que não tem poder aquisitivo, não tem instrução, e estão alheias às leis que regem o país hoje.

Porque acontece isso? Porque quem tem dinheiro pode pagar um advogado, e esse advogado vai explorar todos os recursos necessários, todas as brechas que existe nas leis brasileiras para poder liberar o contraventor. Outro detalhe é que quem faz as leis são pessoas instruídas, juristas, ou seja, pessoas que fazem parte da elite brasileira, já que são poucos os que tiveram que dar duro para poderem chegar aonde estão. A mesma coisa acontece na Assembléia Legislativa. Os políticos quando votam um determinado projeto, eles nunca vão fazer algo que vá prejudicar eles próprios, já que a grande maioria deles são empresários, ou de uma forma errada, trabalham para promover os interesses de outros empresários. Uma prova disso é a grande número de empresários e políticos corruptos que são citados em CPI's e poucos são os que vão para cadeia.
 A reportagem ainda salientou que pessoas acusadas de corrupção e envolvimento com a exploração ilegal de jogos tiveram a prisão temporária decretada. A maioria já foi condenada, mas ninguém está na cadeia. Os acusados, como qualquer pessoa no Brasil, só cumprem pena depois de esgotadas todas as possibilidades de recursos. É o que se chama de "trânsito em julgado".


“Acho que há um número excessivo de recursos no processo penal brasileiro. Na maioria dos países civilizados, a presunção de inocência vale até a condenação. Não até o trânsito em julgado. O criminoso muitas vezes aposta na certeza da impunidade”, afirmou Antônio José Campos Moreira, subprocurador geral da Justiça do Rio. Para se chegar a uma punição é preciso existir antes uma condenação. E o caminho para se fazer justiça passa por lugares, pelos fóruns, onde defesa e acusação têm suas chances para apresentar provas, trazer testemunhas para que o juiz possa dar uma decisão, proferir a sentença. Tudo isso está previsto nas leis.
Mas são tantas leis, e, muitas vezes, com tantas interpretações, que quem conhece bem os atalhos pode interferir no tempo e no resultado de um processo. Usando as brechas da lei até para absolver ou condenar alguém, mesmo que no fim fique o sentimento de que não foi feita a justiça. Um advogado  Rodrigo Roca que ganha a vida defendendo quem tem problemas sérios com a lei, como assassinatos, roubos, e tráfico de drogas disse que. “existem manobras, mas manobras legais. Se você tem dez dias pra cumprir um prazo, você pode cumprir no primeiro ou no décimo, é uma questão de estratégia”. Hoje um processo leva, em média, 11 anos para ser concluído no Brasil. “A lei não é igual para todos. Aqueles que possuem um poder aquisitivo, uma posição de status, eles obtêm de certa forma com mais facilidade tais direitos”, diz o defensor público Felipe Lima.
E se a lei não é igual pra todos, quem, então, vai pra cadeia? O Brasil tem hoje meio milhão de pessoas presas. A maioria é homem, tem menos de 35 anos e não completou o ensino fundamental. Quase metade está na cadeia por crimes contra o patrimônio, como furto e roubo. Só um em cada dez detentos está preso por crimes contra a pessoa: assassinato, sequestro e cárcere privado. "Tem um traço de seletividade no sistema penal, ele atua de forma diferente sobre as pessoas dependendo da classe sócio-econômica delas", explicou Thiago Bottino, professor de direito penal. A comissão que propôs a reforma do código penal sugere cadeia como punição só para crimes mais graves. No caso dos furtos simples, a ideia é eliminar a pena se houver o ressarcimento da vítima.
O encarceramento faliu. A solução punitiva da cadeia deve ser reduzida para os casos extremos, para os casos que realmente não tenha alternativa”, salientou o advogado Técio Lins e Silva, integrante da comissão de reforma do Código. Já o subprocurador geral de Justiça do Ministério Público do Rio, Antônio José Campos Moreira, tem outra opinião. “A pena privativa de liberdade deve ser a última opção do juiz nesses crimes de menor gravidade, agora simplesmente deixar de provê-la ou criar alternativas para que ela não seja efetivamente cumprida desfavorece a sociedade, deixa a sociedade desprotegida”, afirmou.
 Portanto, há sim extrema necessidade de mudar o código penal brasileiro e torná-lo mais justo para a sociedade como um todo, onde não haja favorecimento para as classes de alto poder aquisitivo e nem para políticos que extorquem o erário público. Opine você também sobre esse assunto, deixe seu comentário.

Baseado na Reportagem do Jornal Nacional de 25/07/12

quarta-feira, 25 de julho de 2012

O Flagelo da Gripe.






Já ocorreram 133 mortes na Região Sul, por conta da Gripe A. Isso faz lembrar que devemos estar atentos aos cuidados que devemos ter em relação às técnicas de prevenção, para que não se alastre tornando-se  uma pandemia, como a que ocorreu em 1918 com a Gripe Espanhola. Você sabe o que foi a Gripe Espanhola? Sabia que foi uma das maiores calamidades que afligiu a humanidade no inicio do século passado? Veja um breve histórico da abrangência desta pandemia que vitimou milhões de pessoas.
            A pandemia de gripe que ocorreu nos anos 1918-1919, ao final da I Guerra Mundial, é conhecida como gripe espanhola, denominação imprópria porque a mesma não se originou na Espanha.
            Embora o rei da Espanha, Afonso XIII, tenha sido vítima da gripe, acredita-se que a origem desta denominação se deve ao fato de ter sido a Espanha um dos países mais atingidos no início da epidemia e ter divulgado para outros países a gravidade da doença.
            Epidemias de gripe acompanharam a humanidade desde épocas remotas e há registros de muitas pandemias no passado, porém todas com mortalidade inferior a de 1918-191
            A gripe, ou influenza, para usar o nome correto da terminologia médica, é causada por um vírus que só foi isolado em 1933 e que apresenta a propriedade de sofrer mutações a intervalos variáveis de 10 a 20 anos. Admite-se que este vírus tenha tido sua origem na China, em aves aquáticas e, por recombinação de genes, tenham surgido cepas infectantes para outras aves, mamíferos e o próprio homem.
Os vírus em geral são constituídos de um núcleo central de DNA ou RNA, denominado vírion, recoberto por uma camada protéica, chamada capsídio. São micro-organismos que não se reproduzem como as bactérias e só se replicam no interior de outras células.
Há três tipos de vírus da influenza: A, B e C, sendo que somente o tipo A causa grandes epidemias e pandemias. Na superfície do vírus A encontram-se hemaglutininas que atuam facilitando sua adesão e penetração no interior da célula, e a enzima neuraminidase, que possibilita a extrusão das novas partículas virais que se formam.
Há 16 formas diferentes de hemaglutinina e nove de neuraminidase, as quais servem como referência para a classificação dos subtipos do vírus A. Na nomenclatura oficial, a hemaglutinina é representada pela letra H, seguida de um número, e a neuraminidase pela letra N, também seguida de um número. Assim, a notação AH1N1 da gripe atual significa que o vírus é do tipo A, com hemaglutinina da forma 1 e a neuraminidase também da forma 1.
Em outras epidemias já foram identificados os subtipos H2N2 (gripe asiática, 1957), H3N2 (gripe de Hong Kong, 1968), H5N1 (gripe aviária, China, 1997).
Além do tipo e subtipos, são comuns variantes de um mesmo subtipo, o que dificulta a produção da vacina específica.
O vírus da gripe espanhola foi recuperado de cadáveres congelados encontrados no Alaska e só foi identificado em 1990, sendo também do subtipo AH1N1.
Recentemente, um estudo demonstrou que o vírus da gripe espanhola possui três genes que o tornam apto a infectar células pulmonares, além do epitélio traqueobrônquico, o que poderia explicar a alta mortalidade daquela pandemia, pois a maioria das enfermos morria em decorrência de complicações pulmonares.
Não se sabe ao certo quando nem onde teve início a epidemia.
Em março de 1918 foram registrados alguns casos em soldados norte-americanos que iam ser enviados à Europa para tomar parte no exército aliado da I Guerra Mundial. Em abril, a epidemia manifestou-se simultaneamente em vários paises eropeus, na Austrália, na China, na Índia e países do sudeste asiático
O exército alemão havia planejado uma grande ofensiva contra a França, que foi frustrada pela disseminação da gripe em suas tropas.
A partir de agosto de 1918 houve um recrudescimento da epidemia, referida como “segunda onda”, de maior gravidade, que se estendeu a todas as regiões da Europa, da Ásia, Sibéria, costa oeste da África, ilhas do pacífico e países do continente americano.
Em setembro de 1918, os Estados Unidos enviaram para a França, em um navio, 9.000 soldados. Na travessia do Atlântico, a gripe se alastrou na corporação e no 4º. dia de viagem já havia 2.000 enfermos. O número de mortes aumentava a cada dia e os mortos eram simplesmente jogados ao mar.  Os sintomas iniciais eram febre, cefaléia, dores musculares, tosse, congestão nasal. A doença evoluía rapidamente nos casos mais graves para complicações pulmonares, que se acreditava, na época, fossem devidas ao bacilo de Pfeiffer, pois ainda na se conheciam os vírus. A mortandade foi geral. Para citar apenas alguns países que contabilizaram os óbitos ocorridos nesta segunda onda, o número de mortos foi de 225.000 na Alemanha, 375.000 na Itália, 228.000 na Inglaterra. Nos Estados Unidos, somente em três cidades (New York, Philadelphia e Chicago) ocorreram 63.200 óbitos.
Não há dados estatísticos sobre a mortalidade global; as estimativas variam entre 20 e 50 milhões de vítimas em todo o mundo, a maior parte na Índia e outros países da Ásia e da África. Uma terceira onda da epidemia ocorreu em 1919, porém mais branda e com menor número de vítimas.
Em novembro de 1918 foi assinado em Versailles o tratado de paz entre os beligerantes, com a vitória dos aliados sobre a Alemanha e o Império Austro-Húngaro, pondo fim à I Guerra Mundial. Sem dúvida, a pandemia da gripe contribuiu para o fim das hostilida
As conseqüências da pandemia foram terríveis. A maioria dos países não possuía serviços de saúde adequados a uma situação de emergência. O número de leitos hospitalares era insuficiente e o atendimento aos enfermos precário; os médicos e enfermeiros eram poucos para a enorme demanda e muitos deles morreram vitimados pela gripe. Muitos tratamentos empíricos foram tentados, sem qualquer resultado.
O reflexo da catástrofe nas atividades econômicas se fez sentir em todas as nações; no comércio, na indústria, e sobretudo na agricultura. A produção de alimentos tornou-se insuficiente e houve fome em vários países, especialmente na Índia.
 
A gripe espanhola no Brasil
 
Os primeiros casos de gripe espanhola no Brasil ocorreram em setembro de 1918. Neste mês aportaram ao Brasil navios procedentes da Europa com pessoas infectadas a bordo. O vírus se propagou rapidamente na população do Rio de Janeiro e difundiu-se a todo o território nacional, especialmente nas maiores cidades, como São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, Belo Horizonte, Salvador e Recife, causando grande mortandade. Calcula-se que tenha havido cerca de 35.000 mortes, a maior parte das quais nos meses de outubro e novembro de 1918. Somente no Rio de Janeiro, no período de 13 de outubro a 15 de novembro de 1918 foram registrados 14.348 óbitos.


A situação na então Capital federal tornou-se caótica: doentes morriam sem assistência médica, serviços públicos paralisados, escolas e casas de diversão fechadas, desabastecimento, remédios caros e escassos, falta de alimentos, fome e saques aos armazéns. Cadáveres jaziam insepultos e abandonados, pois não havia quem os transportasse ao cemitério e quem os enterrasse. A polícia passou a usar presidiários para esse mister, que cortavam dedos e orelhas dos mortos para se apossarem de anéis e brincos deixados na vítima.
Apesar dos esforços das autoridades sanitárias, orientadas por Carlos Chagas, na época diretor do Departamento Nacional de Saúde, a falta de uma     infraestrutura adequada, de leitos hospitalares em número suficiente, e de pessoal qualificado para cuidar dos enfermos, a epidemia transformou-se em calamidade pública.
Em São Paulo, os serviços de saúde estavam mais bem organizados e foram mais eficientes. Coube a Arthur Neiva, que dirigia o Serviço Sanitário do Estado, coordenar os trabalhos de atendimento à população. Foram improvisados 43 hospitais na capital e 119 no interior. Mesmo assim, o número de óbitos em todo o Estado foi de 12.386.
Em Curitiba, somente no dia 14 de outubro de 1918, foram registradas 24 mortes. A imprensa foi censurada e o jornal Diário da Tarde, em protesto, publicou apenas o título A Influenza, deixando em branco o espaço destinado ao texto.
Em Porto Alegre foi criado um cemitério especialmente destinado às vítimas da gripe espanhola.
Como não se conhecia a natureza da doença, os mais diversos tratamentos foram utilizados, alguns com aprovação médica, como purgativos e sais de quinino. O pior de tudo é que reconstrução do vírus de gripe de 1918 permitiu a um grupo de cientistas confirmar que os efeitos daquela pandemia são semelhantes aos efeitos da variante da Gripe das Aves (H5N1), segundo um estudo publicado na revista Nature.
No estudo foram infectados vários macacos com uma reconstrução do vírus da chamada “Gripe Espanhola” (de 1918), tendo os resultados confirmado que a reação selvagem e descontrolada do sistema imunitário dos macacos, que em poucos dias, levou à destruição dos seus pulmões, foi similar à ocorrida nas pessoas que pereceram desde 2003 devido à Gripe das Aves.
Segundo os cientistas, a reconstrução do vírus de 1918, que dizimou a população mundial provocando mais de 50 milhões de mortos, foi possível através dos genes extraídos dos tecidos de algumas vítimas. Um dos autores do estudo, Yoshihiro Kawaoka, afirmou que “o que se vê nos macacos infectados com o vírus de 1918 é também o que se vê com o vírus H5N1, pelo que esta variante da Gripe das Aves também pode originar uma pandemia mundial da mesma dimensão da de 1918″.


Beleza Masculina.









Você já parou para ver que as mulheres não se importam apenas com a beleza dos homens, mas sim com seu caráter e personalidade? É o que fez Martha Medeiros com esse excelente texto abaixo. Leia e veja se no fundo você não vai concordar com ela!


OS PORÉM LINDOS 
28 de dezembro de 1998 

"As feias que me perdoem, mas beleza é fundamental". Era um poeta maravilhoso, esse Vinicius de Moraes, mas deixou imortalizada uma frase que jamais sairia da boca de uma mulher. Aos feios, as mulheres dão boas vindas, desde que por trás do olho que não é azul e do corpo que não é atlético haja bom humor, inteligência e sex appeal. 

Nunca veremos Brad Pitt e George Clooney namorando feinhas, mas já vimos Julia Roberts casar com Lyle Lovatt, um músico que tinha o rosto decorados com crateras, e a estonteante Sharon Stone desfilar com baixinhos barrigudos até contrair matrimônio com um senhor que mais parece um boneco de cêra. Há quem defenda a idéia de que mulheres casam com qualquer um, desde que tenha poder ou dinheiro. Poucas. Não foi o caso de Julia Roberts nem o de Sharon Stone, ricas e poderosas por si só, e também não é o caso de muitas Lucias, Andreas, Cristinas, Danielas, Fernandas e Jussaras anônimas. Mulheres preferem ser amadas do que invejadas. 

Essa história de beleza tem a ver com atração, que tem a ver com "a primeira impressão é a que fica", que tem a ver com inícios de relações. Se a garota for um canhão, as chances de conquistar um deus são quase zero (é uma generalização, toda regra tem exceções). Já se o garoto for feio, porém espirituoso, talentoso e auto-confiante, pode descolar o número do telefone da Marisa Monte. Lembrem-se que ela já namorou o Nando Reis, dos Titãs. Alguma coisa ele tem de lindo. 

Mick Jagger é raquítico e branquela. Gerald Thomas é raquítico, branquela e usa óculos. Woody Allen é raquítico, branquela, usa óculos e está quase careca. Apesar desse quadro de horror, sei de muita mulher que não os expulsariam da sua cama. Será que elas nunca ouviram falar em Mel Gibson, Antonio Banderas, Pedro Bial? Elas nunca ouviram falar é que beleza garanta o conteúdo. 

Mulher tem faro, não se contenta com a embalagem. É bem mais comum ver uma mulher linda acompanhada de um homem aparentemente sem graça do que o contrário. Não é (só) porque a concorrência é implacável e nos contentamos com o que sobra. É porque mulher tem raio-x: consegue olhar o que se esconde lá dentro. Se além de um belo coração e um cérebro em atividade ele ainda for apetecível, é lucro. Pena que a recíproca raramente seja verdadeira. Economizaríamos fortunas em cabeleireiros e academias se os homens fossem direto ao que interessa, na alma e no espírito, para os quais não adianta maquiagem.




segunda-feira, 23 de julho de 2012

Armas - Liberar ou Não?






A revelação de que James E. Holmes, de 24 anos, que matou 12 pessoas a tiros em um ataque na cidade americana de Aurora, tinha comprado 6 mil balas pela internet e adquirido as armas usadas no ataque legalmente em lojas no Estado do Colorado, reacendeu o debate sobre o controle de vendas de armas no país. E agora, deixar como está ou estabelecer leis que pelo menos diminuam o comércio livre de armas nos Estados Unidos?

 Tanto o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, quanto o pré-candidato republicano à presidência americana, Mitt Romney, vêm evitando o tema em todos os seus pronunciamentos sobre o massacre.
Foram poucos os políticos americanos que se posicionaram a favor do controle de armas após o incidente, em que 12 pessoas foram mortas e outras 58 ficaram feridas. O prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, que defende o controle de armas abertamente, disse que cabe a Obama e Romney agirem em relação ao tema.Holmes, que está sendo mantido em uma solitária na prisão do condado de Arapahoe, comparecerá a um tribunal pela primeira vez nesta segunda-feira.

Obama e Romney


''Palavras amenas são boas, mas talvez seja a hora de que essas duas pessoas que pretendem ser presidentes dos Estados Unidos se manifestem e digam o que pretendem fazer a respeito'', afirmou Bloomberg.
Segundo o chefe de polícia de Aurora, Dan Oates, todas as armas - duas pistolas Glock e um rifle AR-15 -, os pentes de balas e a munição que teriam sido utilizadas por Holmes no ataque foram adquiridas legalmente. Holmes comprou as armas ao longo dos últimos dois meses em lojas do Colorado.
Oates disse que a munição e os vários pentes de balas usados no massacre foram comprados pela internet.
Segundo reportagem publicada no New York Times nesta segunda-feira, Holmes pôde comprar as milhares de balas que usou sem chamar a atenção das autoridades porque vendedores não precisam fornecer informações sobre vendas de armas à polícia, mesmo quando feitas em grandes quantidades.
A senadora pela Califórnia Dianne Feinstein questionou a razão da disponibilidade nos Estados Unidos de uma arma com um pente com capacidade para cem balas, como o que teria sido adquirido por Holmes, segundo a polícia.
''Você não precisa disso para autodefesa, precisa? Por que nós disponibilizamos isso?'', afirmou, em uma entrevista à rede de TV Fox News.

Veto


David Vice, do Centro Brady para Prevenção de Violência com Armas, afirmou que o pente de balas que Holmes teria usado é proibido de acordo com um veto a armas de assalto. Mas, segundo Vice, quando o veto expirou, em 2004, fabricantes de armas inundaram o mercado com câmaras de balas de alta capacidade.
Durante a campanha presidencial de 2008, Obama chegou a defender a restauração do veto federal, que havia sido instaurado na gestão do ex-presidente Bill Clinton, mas que expirou durante o mandato de George W. Bush.
Pouco antes da chegada de Obama à Casa Branca, houve um aumento da venda de armas, devido a temores de que o líder americano impusesse restrições ao seu comércio. Mas, desde eleito, Obama deixou de pressionar por medidas de controle à venda de armas.
Grupos que defendem o direito ao porte de armas exercem um poderoso lobby nos Estados Unidos. O direito de portar armas é garantido pela segunda emenda da Constituição Americana. Os defensores do porte de armas são particularmente fortes nas regiões rurais e mais conservadoras dos Estados Unidos. Aqui no Brasil, é proibido o livre comércio de armas, e mesmo assim vemos uma incidência muito grande de pessoas que morrem vítimas de acidentes com armas de fogo e a criminalidade cada vez aumenta mais, com os traficantes do Rio de Janeiro que possuem armas mais poderosas do que a própria polícia! Qual é sua opinião sobre isso? Acha que o cidadão comum também deveria poder andar armado, para se proteger?  Comente esta matéria!


Fonte: BBC Brasil


domingo, 22 de julho de 2012

Café - Faz mal ou faz bem?








Puro ou adoçado? Coado ou expresso? Forte ou fraco? Arábica ou robusta? Da Colômbia ou das nossas montanhas de Minas? Com petit four ou pão de queijo? Assim como em uma cafeteria, inúmeras questões sobre o café são levantadas em centros de pesquisas ao redor do planeta. Grande parte dos cientistas busca elucidar a maior das dúvidas: afinal, ele faz mesmo bem para a saúde?

O cardiologista Bruno Mahler Mioto, do Instituto do Coração, o InCor, que fica em São Paulo, é um dos que estão atrás da resposta. "Embora existam mitos em relação à bebida e ao coração, ela não parece elevar o risco de doenças cardiovasculares", afirma. Mioto está envolvido em um estudo sobre esse elo e ficou animado com os primeiros resultados obtidos. "O consumo de três a quatro xícaras diárias, por um grupo de 27 voluntários, não mostrou aumento da pressão arterial", conta. Esse achado tem tudo a ver com outra pesquisa, publicada no periódico científico Circulation, da Associação Americana do Coração. Realizada com 83 076 mulheres, ela aponta, inclusive, um discreto efeito protetor contra o acidente vascular cerebral, o derrame. "Por causa do grande número de análises positivas que existem na literatura especializada, hoje não há mais razão para as pessoas temerem o cafezinho", enfatiza Mioto. Mas daí vem mais uma pergunta: até mesmo as crianças devem incluí-lo no dia a dia? "Sim", responde, com ar seguro, a psicóloga Carla Verônica Machado, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, a UFRJ. Ela se dedica a analisar efeitos da bebida entre os pequenos. "Algumas substâncias ajudam na concentração e melhoram a memória, por isso a preparação é bem-vinda para quem está na escola", diz.

Aliás, por falar em cérebro, um trabalho da Universidade do Sul da Flórida, nos Estados Unidos, revela que, na massa cinzenta, a cafeína reduz os níveis de uma proteína chamada beta-amilóide, que, em concentrações elevadas, seria um dos principais estopins para o Alzheimer. E outra vez nos deparamos com uma dúvida: o café é feito exclusivamente de cafeína? Quem ajuda com a resposta desta vez é o farmacêutico-bioquímico Tasso Moraes e Santos, professor da Universidade Federal de Minas Gerais, a UFMG: "Ele concentra diversos compostos benéficos, além de vitaminas e de sais minerais", conta. E o mais saboroso nessa história é que a rica mistura atua em sinergia, bem ali, dentro da xicrinha.

Em prol do fígado

Para o professor Tasso Moraes, o café merece lugar de destaque no seleto rol dos alimentos funcionais. E qual seria o motivo? "É que, além de oferecer nutrientes, ele contém substâncias capazes de reduzir o risco de doenças", justifica, sem pestanejar. O pesquisador e sua equipe observaram, por exemplo, uma boa atuação no fígado. "Nós oferecemos a um grupo de ratos uma ração especial feita com café e notamos uma diminuição de nódulos hepáticos", conta. Como esses nódulos tendem a virar encrenca, segundo Moraes é possível deduzir que a bebida protege contra o desenvolvimento de tumores.

A relação entre o fígado e o café também aparece em um estudo do Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos. Os cientistas avaliaram 766 pacientes que tiveram hepatite C e entre aqueles que bebiam mais de três xícaras de cafezinho por dia houve uma desaceleração no desenvolvimento da doença.

Em ambos os trabalhos, existem suspeitas de que compostos fenólicos, moléculas presentes na bebida, estejam por trás dos resultados. Dentro dessa turma do bem, um dos destaques é o já mencionado ácido clorogênico, mas existem ainda o ácido cafeico, o ácido ferúlico e o ácido p-cumárico. "Todos eles têm ação antioxidante", explica outra estudiosa do assunto, a nutricionista Rosana Perim, do Hospital do Coração, na capital paulista.

Torra e preparo

Apesar de tantos defensores, várias questões podem continuar martelando em sua cabeça, como esta: será que todas essas substâncias benéficas se mantêm mesmo quando o fruto é processado? "Sim. Embora exista uma queda na quantidade, esses compostos permanecem em dosagens razoáveis no grão torrado", garante a nutricionista Liliane Machado, da Universidade de Brasília, a UnB, que também faz parte do time de especialistas brasileiros atrás de respostas para tantas e tantas interrogações.

Embora o processamento preserve boa parte das substâncias benéficas, é o grau de torrefação que determina a quantidade delas. "Quanto menor a torra, maior o número de compostos fenólicos e de nutrientes encontrados na bebida", diz Liliane Machado, nutricionista da UnB. "Os grãos menos torrados também resultam em bebidas mais aromáticas", lembra o expert Marco Suplicy, da Suplicy Cafés Especiais, em São Paulo. Aliás, a bebida não precisa ser totalmente negra para ser de boa qualidade, muito pelo contrário. "Os cafés mais escuros costumam acumular cinzas", diz Suplicy. E, para piorar, o gosto não fica dos melhores, o que leva o consumidor a lotar a xícara com açúcar ou adoçante.

"O exagero na hora de adoçar é um dos piores erros", lamenta Liliane, que analisa os poderes do café na diminuição do risco do diabetes do tipo 2. "Diversas experiências mostram que a ingestão saudável da bebida interfere positivamente com a absorção da glicose, que então é feita de maneira mais gradual", explica. Assim, a produção de insulina — hormônio que se encarrega de botar o açúcar dentro das células — ocorre de forma harmoniosa, sem sobressaltos. Mas essa boa atuação dificilmente acontecerá se o preparado ficar mais parecido com uma espécie de melado. Então faça uma pausa agora e deguste um excelente cafezinho!

Fonte: Saúde Abril.com


Aborto - Porque não fazer - Parte II








Esta fota acima ficou muito famosa e é usada como uma das bandeiras contra a legalização do aborto.




Enquanto Paul Harris cobria, na Universidade de Vanderbilt em Nashville, Tennessee, aquilo que considerou uma das boas notícias no desenvolvimento deste tipo de cirurgias, captou o momento em que o bebê tirou sua mão pequena do interior do útero da mãe, tentando segurar um dos dedos do doutor que estava a operá-lo.


A espectacular fotografia foi publicada por vários jornais nos Estados Unidos, e cruzou o mundo até chegar à Irlanda, onde se tornou uma das mais fortes bandeiras contra a legalização do aborto. A mão pequena que comoveu o mundo pertence a Samuel Alexander, nascido a 28 de dezembro 1999 (no dia da foto ele tinha 3 meses de gestação). Quando pensamos bem nisto, a foto é ainda mais eloquente. A vida do bebé está literalmente por um fio; os especialistas sabiam que não conseguiriam mantê-lo vivo fora do útero materno e que deveriam tratá-lo lá dentro, corrigir a anomalia fatal e fechá-lo para que o bebé continuasse seu crescimento normalmente.


Por tudo isto, a imagem foi considerada como uma das fotografias médicas mais importantes dos últimos tempos e uma recordação de uma das operações mais extraordinárias efetuadas no mundo.


A história por trás da imagem é ainda mais impressionante, pois reflete a luta e a experiência passadas por um casal que decidiu esgotar todas as possibilidades, até o último recurso, para salvar a vida do seu primeiro filho, ao contrário de milhares de mães jovens que decidem amputar a vida de seus pequenos fetos em desenvolvimento por optarem fazer um aborto.


Essa é a odisseia de Julie e Alex Arms, que moram na Geórgia, Estados Unidos. Eles lutaram durante muito tempo para ter um bebé. Julie, enfermeira de 27 anos de idade, sofreu dois abortos antes de ficar grávida do pequeno Samuel. Porém, quando, completou 14 semanas de gestação, começou a sofrer câimbras fortes, e um teste de ultra-som mostrou as razões. Quando foi revelada a forma do cérebro e a posição do bebé no útero, o teste comprovou problemas sérios.
O cérebro de Samuel estava mal-formado e a espinha dorsal também mostrou anomalias.


O diagnóstico, como já era esperado, foi de que o bebé sofria de espinha bífida e eles poderiam decidir entre um aborto ou um filho com sérias incapacidades.


De acordo com Alex, 28 anos, engenheiro aeronáutico, eles sentiram-se destruídos pelas notícias, mas o aborto nunca seria uma opção. Em vez de se deixar ir abaixo, o casal decidiu procurar uma solução pelos seus próprios meios e foi então que ambos começaram a procurar ajuda através da Internet. A mãe de Julie encontrou uma página que trazia detalhes de uma cirurgia fetal experimental desenvolvido por uma equipa da Universidade de Vanderbilt. Deste modo, entraram em contato com o Dr. Joseph Bruner (cujo dedo Samuel segura na foto) e começou uma corrida contra o tempo.


Uma espinha dorsal bífida pode levar a danos cerebrais, gerar paralisias diversas e até mesmo uma incapacidade total. Porém, quando pode ser corrigido antes de o bebê nascer, muitas são as chances de cura. Apesar do grande risco por o bebê não poder nascer ainda naquele momento, os Arms decidiram recomendá-lo a Deus. A operação foi um sucesso. Nela, os médicos puderam tratar o bebê, cujo tamanho não era maior do que o de um porquinho da índia – sem o tirar do útero, fechar a abertura originada pela deformação e proteger a coluna vertebral de modo a que os sinais vitais nervosos pudessem ir agora para o cérebro.


Samuel tornou-se o paciente mais jovem que foi submetido a esse tipo de intervenção e, embora ainda não tenha sentido a pele da mãe e ainda não conheça o mundo que há fora do útero, é perfeitamente possível que Samuel Alexander Arms aperte novamente a mão do médico Bruner.


Mas quantos fetos não poderão fazer isso, de apertar a mão do obstetra que realizou o seu nascimento, visto que suas vidas foram obliteradas antes mesmo de se completarem os nove meses de gestação para que pudessem nascer?



Um dos processos do raciocínio, velho como o homem, diz-nos que a realidade das coisas não admite contradição: uma coisa é o que é e não outra coisa qualquer. Por outras palavras, um gato não pode ser um gato e ao mesmo tempo um guarda-chuva: ou é um gato ou é um guarda-chuva.


Portanto, a questão do aborto só admite duas possibilidades.
A primeira é a de que o feto é realmente um ser humano - pequeno e indefeso - que está numa fase de desenvolvimento no ventre de uma mulher. Se assim for, o aborto é talvez o maior dos crimes, a ação mais horrível e monstruosa que os homens podem cometer. E os milhões de abortos cometidos anualmente no mundo constituem o mais sangrento holocausto da História: qualquer coisa tão macabra e ignóbil que de nenhuma forma pode ser admitida por uma pessoa de bem.


A segunda possibilidade é a de que o feto não é uma fase do desenvolvimento do ser humano, mas é qualquer outra coisa. Por exemplo, como dizem alguns, uma parte anómala do corpo da mulher, uma espécie de tumor. Neste caso, pode ser eliminado em qualquer altura, sem que se perceba muito bem por que razão deve a lei meter-se no assunto.


Segundo o tal velho princípio, a realidade não permite que aquilo que está no ventre da mulher seja um bebê no caso de os pais quererem a criança, e não passe de "um tumor" se os pais resolverem não receber a criança.


Um dia, a mulher diz ao marido: Estou grávida; vamos ter uma criança. No dia seguinte resolvem que não querem ter o filho, e a mulher dirige-se a um médico para que lhe retire um "tumor" do corpo. De um dia para o outro "aquilo" passou de criança a tumor... Então isto pode ser assim?


Aquilo que a mulher traz dentro de si é uma realidade objetiva: os interesses do casal, ou de quem quer que seja, não pode mudar a realidade daquele ser.
Ou é um bebê ou não é um bebê.


Ora acontece que a ciência nos diz que "aquilo" é um ser humano em desenvolvimento dentro da mãe. Assim aprendem os nossos filhos na escola. De resto, também não era preciso que a ciência falasse: qualquer um vê que se um bebê, ao sair da barriga da mãe, é um bebê, não pode ser outra coisa antes de sair da barriga da mãe. Será mais pequeno, mas os bebês - por serem homens - também não se medem aos palmos...


Depois de assim usarmos o raciocínio - começamos por nos ofender a nós mesmos se procedermos como seres irracionais - resta-nos aplicar aquela expressão, rude mas bela, que o nosso povo conservou: chamar os bois pelos nomes; chamar o aborto  do que realmente é: "horroroso homicídio".
E, depois, atuar de acordo com isso.








Fonte: aaldeia.net/paulo geraldo