quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Mensalão - Não existem culpados!

Advogados dos réus no tribunal



Se depender dos advogados das 38 pessoas que estão no banco dos réus, ninguém vai pagar pelos milhões, que estes pilantras levaram dos contribuintes, com as falcatruas do mensalão! Até agora, para os advogados, todos são inocentes e o mensalão não existiu. Além disso, todos reclamam que têm pouco tempo para poderem realizar uma ampla defesa dentro do cronograma do STF. Mas agora eu pergunto: Quando foi mesmo descoberto o tal mensalão? Não foi a sete anos atrás? Quando surgiram as denúncias, porque os réus não começaram lá suas defesas? Porque não começaram a juntar todas as provas que agora os advogados apresentam neste julgamento que está ocorrendo?
 É porque na realidade eles todos estavam certos de que nada aconteceria, de que cairia no esquecimento tais denúncias e que tudo acabaria em pizza!
E mesmo assim, com toda essa mídia em cima do caso, ainda tenho minhas dúvidas se alguém vai mesmo ser preso ao ser condenado. Porque quando se trata de políticos e de pessoas com alto poder aquisitivo, os advogados sempre cavam recursos para que o acusado cumpra em liberdade suas penas ou vão empurrando com a barriga até cair no esquecimento do público em geral.

Segundo publicado por Wilson Lima do Último Segundo do iG de Brasilia, os advogados dos réus no julgamento do mensalão estão revoltados com a forma como o Supremo Tribunal Federal (STF) vem conduzindo os trabalhos nesses primeiros dias. A rapidez da mais alta Corte do País, segundo os advogados, vai de encontro ao direito da ampla e irrestrita defesa dos réus.(Porque os réus não pensaram nisso antes de se envolverem nessa maracutaia?) Até agora, todas as questões de ordem levantadas pelos advogados foram negadas pelo plenário do STF. Nesta quarta-feira, o julgamento entra em seu quinto dia para ouvir as defesas dos três réus do Banco Rural, do deputado João Paulo Cunha (PT-SP) e do ex-ministro Luiz Gushiken, cuja absolvição foi pedida pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, na última sexta-feira.

Na segunda-feira, o advogado Marcelo Leonardo, que representa o publicitário Marcos Valério, acusado de ser o operador do mensalão, apresentou uma questão de ordem pedindo mais tempo para suas exposições orais sob o argumento de que o réu é o que responde ao maior número de crimes no processo. Ele teve o pedido negado e defendeu seu cliente no mesmo tempo dos outros advogados, durante uma hora, como definido em sessão administrativa realizada em junho.

Ontem, o advogado da ex-executiva do Banco Rural Kátia Rabelo, José Carlos Dias, também apresentou questão de ordem contra o cerceamento do direito de defesa. Ele questionou o fato de apresentar sua defesa para um plenário com um ministro a menos. Cármen Lúcia, que também preside o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), teve de se retirar no intervalo da sessão alegando compromissos no órgão. Novamente a questão de ordem foi negada pelo Supremo. Desta vez, a Corte alegou que, pelo regimento interno, há a possibilidade de um julgamento ser realizado com quórum mínimo de seis ministros.

O advogado do publicitário Marcos Valério, Marcelo Leonardo, se une ao coro dos críticos ao Supremo. "O STF está tendo uma extraordinária preocupação com o cronograma, mas a preocupação deveria ser com a Constituição", afirmou. (Que cara de pau!)

Leonardo Yarochewsky, advogado que defendeu Simone Vasconcelos, afirmou que claramente essas medidas confirmam o cerceamento da liberdade de defesa dos réus. “A questão é que não temos para onde apelar. Se continuar assim, teremos que procurar a OEA (Ordem dos Estados Americanos)”, disse Yarochewsky. “É necessário que se obedeça o direito de defesa de cada um, e isso não vem sendo totalmente respeitado”, emendou o advogado Alberto Zacharias Toron , que defende o deputado João Paulo Cunha.
O advogado de Geiza Dias, ex-gerente interna da SMP&B, empresa de Marcos Valério, Paulo Sérgio Abreu e Silva, sugeriu que o STF deveria julgar o mensalão de “uma outra forma”. Não com os 38 réus de uma só vez, mas um por vez para respeitar todos os preceitos legais da ampla defesa. “Eles vão julgar todo mundo em conjunto e depois vão aplicar a pena. Então, isso que no começo parece que está correndo muito, no final, eu acredito que o Peluso (que se aposenta dia 3 de setembro), nem vá aplicar a pena”, disse. “Esse julgamento é altamente cansativo”, disse.

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Ophir Cavalcante, classificou como natural esses questionamentos dos advogados, mas mostrou solidariedade a todos os defensores dos réus que tiveram suas questões de ordem negadas pelo Supremo. "É natural de todo julgamento. Mas, no mínimo, a defesa é desprestigiada”, declarou Cavalcante.

Nesta quarta-feira, serão ouvidos os advogados dos réus José Roberto Salgado, ex-vice-presidente e integrante do Comitê de Prevenção à Lavagem de Dinheiro do Banco Rural; Vinícius Samarane e Ayanna Tenório, também integrantes do Comitê de Prevenção à Lavagem de Dinheiro do Banco Rural; João Paulo Cunha, deputado e à época presidente da Câmara; e Luiz Gushiken, ex-ministro da Secretaria de Comunicação do governo Lula. Deste último, no entanto, a Procuradoria Geral da República pede sua absolvição por falta de provas.
Nós que estamos assistindo esse julgamento esperamos que o STF realmente faça um julgamento justo e coloque quem merecer na cadeia, e que também essa quadrilha de pilantras devolvam aos cofres públicos todas as evasões de divisas que eles praticaram, porque a Nação inteira não aguenta mais essa impunidade imperar na Política brasileira e ver nossa imagem cada vez mais denegrir perante outras nações. O Brasil lá fora é conhecido como o País da Impunidade. Temos que mudar essa imagem. Se você concorda com este artigo, comente, divulgue! Para que assim mais pessoas entendam o caso e o que está envolvido neste julgamento!


Artigo baseado no "Último Segundo" da página do iG



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