terça-feira, 7 de agosto de 2012

Fim do Mundo - Pode Acontecer?




Ontem, a Globo passou o filme "2012", um sucesso do cinema de 2009, onde o tema central é o fim do mundo tão alardeado como sendo neste ano, especificamente no dia 21 de dezembro.
Este assunto tem feito muitas pessoas se perguntarem se realmente tais fenômenos que são apresentados no filme podem ocorrer na terra. 
A agência americana NASA (National Aeronautics and Space Administration) realizou uma conferência com o objetivo de sensibilizar os produtores de Hollywood para fazerem filmes de ficção científica mais racionais. O encontro aconteceu na Califórnia em  2009 e o longa “2012” foi eleito o mais absurdo filme do gênero.
Dinald Yeomans, chefe da missão Near-Earth Asteroid Rendezvous da NASA, dedicada a estudar os perigos que o planeta pode sofrer vindos do espaço, disse:

“’2012’ é um caso excepcional e extraordinário. A agência está recebendo tantas questões de pessoas preocupadas com a possibilidade de o mundo acabar em 2012 que tivemos que criar um site para negar esses mitos. Nunca precisamos fazer isso antes”.

O filme faz breves referências ao Maianismo, ao Calendário de Contagem Longa e ao fenômeno 2012 em um retrato de eventos cataclísmicos que se desenrola no ano de 2012. Na trama, devido a bombardeamentos de erupções solares, o núcleo da Terra começa a aquecer a um ritmo sem precedentes, provocando o deslocamento da crosta terrestre. Isso resulta em vários tipos de cenários apocalípticos, que vão desde a Califórnia caindo no Oceano Pacífico, a erupção do supervulcão de Yellowstone, grandes terremotos e vários megatsunamis ao longo de cada costa na Terra, mergulhando o mundo em caos.
O filme  centra-se em torno de um elenco de personagens e em como eles escapam das catástrofes múltiplas em um esforço para atingir alguns navios construídos no Himalaia, junto com cientistas e governos do mundo todo que estão tentando salvar tantas vidas quanto podem antes das catástrofes decorrentes.
NASA diz que as ondas solares podem causar interferências em transmissões de rádio, mas os neutrinos são partículas neutras incapazes de interagir com substâncias físicas. Para Yeomans, a aceleração do aquecimento do núcleo do planeta no filme é “absurda“. 
Por outro lado, o deslocamento da crosta terrestre, tem um uma explicação plausível.
Quando esta teoria foi apresentada pela primeira vez pelo prof. Charles Hapgood, a comunidade científica não se manifestou, com uma notável excessão: Albert Einstein. Em sua teoria, o prof. Hapgood propôs que em certos períodos de tempo, toda a crosta terrestre poderia se movimentar, como uma casca solta de laranja. Isto explicaria o desaparecimento de civilizações como a Atlântida e a Lemúria. Segundo Einstein, “…não se pode duvidar que ocorreram deslocamentos significativos da crosta terrestre repentinamente, em curto período de tempo.”

O professor, para elaborar sua teoria, se baseou em fatos aceitos. Antes existia a Pangéia, depois os continentes foram se separando e temos a formação de hoje. Mas ainda não acabou. Os continentes continuam se movimentando. Isto é possível porque a crosta terrestre “flutua” em uma camada semi-líquida. O elo final para a teoria de Hapgood veio com o descobrimento, em 1977, de um mamute congelado, perfeitamente preservado, no norte da Sibéria, o qual culminou no descobrimento de milhares de espécies de grandes mamíferos nestas condições tanto no norte da Sibéria como no norte do Canadá.

Por quê elo final? Primeiro porque foram achados, em seu estômago, vegetais de clima quente. Segundo, que estes vegetais não estavam digeridos, o que sugere uma morte súbita. Terceiro, é que para se congelar animais deste porte de uma maneira que, estes se mantivessem preservados de uma maneira tão fabulosa, seria necessário que estes animais tivessem sido expostos a um frio muito intenso, repentinamente como o caso do Mamute Congelado.

Hoje esta teoria já é aceita. De acordo com ela, houve, ha cerca de 12 mil anos atrás, um deslocamento da crosta terrestre, a qual se moveu em torno de 3,6 mil quilômetros. Com este deslocamento, a Antártida foi englobada pela zona polar, enquanto que, ao mesmo tempo, a América do Norte foi liberada do Círculo Polar se tornando área temperada. Hapgood documentou deslocamentos ocorridos nos últimos 100 mil anos. Acredita-se que estes ocorram a cada 41 mil anos. O último ocorreu ha 11,5 mil anos atrás, portanto o próximo deve ser esperado para daqui a 29,5 mil anos.

De acordo com Hapgood, este movimento repentino da crosta se deve ao acúmulo de gelo nas calotas terrestres. Depois de milhares de anos acumulando gelo, chegando a uma espessura de até 3,6 quilômetros, há um desequilíbrio no globo, ocasionando o deslocamento das massas. O gelo se desloca, arrastando consigo a crosta externa e os continentes em um bloco, para novas posições. Com isso, as calotas polares alcançam um clima mais quente e começam a derreter, enquanto que as terras de clima temperado vão para regiões polares nas quais congelam e acumulam gelo. Cálculos realizados ha poucos anos, indicam que a crosta poderia ter alcançado, em seu movimento, uma velocidade aproximada de 70 km/h (setenta quilômetros por hora).

Se a teoria do prof. Charles Hapgood estiver correta, poderia explicar dentre outras coisas, o desaparecimento de continentes inteiros como a Atlântida. 
E agora? Será que isso vai acontecer de novo? Se acontecer, segundo esta teoria, não vamos mais estar aqui para presenciar tal acontecimento, portanto, vamos nos preocupar com assuntos mais urgentes, que precisam de nossa atenção!

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