domingo, 5 de agosto de 2012

Ebola volta a matar na África!






A mais recente epidemia com o vírus Ebola já matou 16 pessoas no Uganda, enquanto outras 50 vítimas estão em tratamento, informou na sexta-feira a Organização Mundial de Saúde (OMS).
“Atualmente, temos 50 casos sob suspeita e 16 pessoas mortas”, disse, em Genebra, o porta-voz da OMS, Tarek Jasarevic.
Por enquanto, a epidemia limita-se ao oeste do país, disse o porta-voz, que acrescentou que o caso de uma mulher morta em Kampala se tratou de uma infecção contraída na região ocidental, que a levou a viajar para a cidade para se submeter a tratamento médico.
A nova epidemia de Ebola foi declarada em Julho na região de Kibale, a 200 quilómetros de Kampala e a 50 da fronteira com a República Democrática do Congo.
Países vizinhos, como Quénia, Ruanda, Sudão do Sul e Tanzânia, já emitiram alertas para que os seus cidadãos denunciem aos centros médicos qualquer caso que tenha sintomas parecidos com os de Ebola.


A febre hemorrágica ebola foi identificada, pela primeira vez, em 1976, na República Democrática do Congo, perto do rio Ebola, daí o nome. Pesquisadores belgas examinaram vítimas após epidemias que mataram adultos e crianças no Congo, no Gabão, em Uganda e no Sudão. Pouco tempo depois, houve mais duas epidemias na região. Mas há indicações de que, em 1967, foi identificado um vírus da doença na África, a partir de células dos rins de macacos de Uganda. Atualmente os cientistas analisam dois tipos distintos de vírus que causam a doença Ebola-Zaire (EBO-Z), Ebola-Sudão (EBO-S). A febre hemorrágica ebola é transmitida apenas pelo contato direto. Uma das suspeitas é que na África a doença seja mais comum porque há a tradição de lavar os corpos dos mortos durante a preparação para o enterro. O corpo da vítima do ebola permanece contagioso mesmo depois da morta. O ebola não é contagioso com o contato pelo ar, mas por meio de secreções e sangue. A orientação é que as equipes de enfermagem e médica usem luvas e filtro respiratório. O período de incubação do vírus ebola dura de cinco a 12 dias. Os sintomas são febre alta, calafrios, dor de cabeça, anorexia, náusea, dor abdominal, dor de garganta e prostração profunda. Em alguns casos, aparecem conjuntivite hemorrágica, feridas nos lábios e boca, sangramento da gengiva e vômito com presença de sangue, além de hemorragia intestinal. A revista científica News Medical informa que não há um tratamento padrão para os pacientes que sofrem com o vírus ebola. Vários estudos estão em desenvolvimento e medicamentos são aplicados na tentativa de conter o avanço da doença e melhorar o estado geral dos pacientes.


Fonte: Jornal de Angola


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