Apresentado pela Microsoft na última terça feira (31/07) como
substituto ao Hotmail, o Outlook.com conseguiu alcançar o primeiro milhão de
usuários em algumas horas. E merece o furor, pois ele veio com duas promessas
importantes: acabar com a marca Hotmail, que nos últimos anos se tornou
sinônimo de spam; e criar uma alternativa que realmente valha a pena em
comparação com os concorrentes - principalmente o Gmail.
Há algo muito bom no novo serviço de e-mail da Microsoft:
ele é limpo, mas não é aquele tipo de limpeza que simplesmente desaparece com
tudo, a empresa organizou as coisas muito bem no Outlook.com. Ao acessá-lo, o
internauta se depara com uma amigável tela branca e azul, em que pequenas
interferências como o verde (que mostra status) e o preto (presente em alguns
textos) soam agradáveis. E esse azul principal pode ser alterado, uma vez que
há 12 opções de cores.
Seis links foram colocados no topo da página: o logo do Outlook.com
(que só serve para levar à caixa de entrada); uma seta ao lado do logo que só
aparece quando você passa o mouse sobre ela; um link para criar novos e-mails;
um para ativação do chat; outro para configurações; e o último, para perfil
(altera foto e status, por exemplo).
Essa seta invisível abre quatro opções: Email, Contatos,
Calendário e SkyDrive. A área de contatos já aparece com o visual Metro que a
Microsoft está adotando nos produtos novos como Windows, Office, Windows Phone
e, agora, Outlook.com. O internauta pode pode unir ali gente do Twitter,
Facebook, LinkedIn e Google - todos aparecem em uma lista à esquerda e, quando
um deles é selecionado, a página traz inúmeras informações sobre a pessoa.
As áreas do Calendário e do SkyDrive fazem com que o
internauta queira ver a Microsoft acelerar o passo rumo à atualização geral.
Isso porque os dois produtos estão com o layout antigo - assim como
praticamente toda a área de configurações.
Inovações
No grosso, o Outlook.com é um serviços de e-mails padrão: à
esquerda ficam as caixas de entrada e de spam, rascunhos, itens enviados e a
lixeira. No centro estão os e-mails e, à direita, uma barra em que devem ser
acomodados os banners publicitários, mas que por ora abriga lista de amigos
disponíveis e as mensagens de bate-papo. O link do chat fica discreto no topo à
direita, e por ele pode-se falar com quem está online no MSN Messenger ou no
Facebook.
Na aba da esquerda fica ainda uma das boas novidades do
Outlook.com, a seção de visualizações rápidas. É uma área com separações
inteligentes, como as três padrões que reúnem mensagens que contenham
documentos, fotos ou que tenham sido sinalizadas. Mas é possível adicionar
outras, conforme suas necessidades.
A caixa de entrada também tem modelos de exibição
diferenciados, sendo que o cliente pode escolher visualizar apenas as mensagens
não lidas, os boletins informativos (newsletters), o que foi enviado por
contatos ou grupos, e-mails relacionados a redes sociais (fulano te marcou em
uma foto), ou tudo isso junto. Além disso, é possível organizar as mensagens
por remetente, assunto, tamanho ou conversa.
A Microsoft ainda conseguiu melhorar o envio de e-mails,
outra parte que ficou simples e bonita. O Outlook.com destaca os contatos
frequentes para dar menos trabalho ao internauta. E parte do esforço em acabar
com o estigma de destino para mensagens indesejadas aparece no envio do
primeiro e-mail, quando surge uma mensagem pedindo para que você verifique sua
conta. Isso servirá, como explica a empresa, para "parar os remetentes de
spam".
A parte ruim
A reportagem não pode fazer um teste mais aprofundado quando
tentou usar o Outlook.com com uma conta do Gmail, pois o serviço começou a
sincronizar e não parou mais. Todas as mensagens da caixa do e-mail do Google
foram parar lá - as da caixa de entrada, spams, as excluídas... todas. Em mais
de quatro horas de sincronização, o Outlook.com não recebeu e-mails novos
(nenhum dos vários testes foi bem sucedido), só os antigos.
Outro problema é que não há notificações de novos e-mails ou
mensagens de chat. Ironicamente, o Google Chrome mostra na aba o número total
do que ainda não foi lido, mas no Internet Explorer não há alterações. Isso
significa que se você estiver conversando com alguém via chat, precisa ficar o
tempo todo na página do Outlook.com esperando por atualizações.
Além disso, o serviço não deleta o histórico recente de
conversas no bate-papo, então não existe uma forma de esconder o que escreveu
ou com quem estava trocando mensagens. Por outro lado, o que parece ser um bug
apaga tudo quando se alterna entre os links da aba superior (Email, Contatos,
Calendário e SkyDrive).
Por ter sido lançado há tão pouco tempo, é mais do que
compreensível que o Outlook.com apresente problemas tão estranhos, mas no longo
prazo, conforme a Microsoft for aparando as arestas, ele tem tudo para bater de
frente com os principais players do mercado. E o Google, que trouxe a
simplicidade ao setor com seu Gmail, pode acabar ficando para trás.
Fonte: Olhar Digital
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