sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Homens - Dividam Tarefas Domésticas!





 Preste atenção, leitor. Se você divide um teto com a sua namorada, ou esposa, e costuma deixar as tarefas de lavar a louça, passar a roupa e arrumar a cama sempre para ela, é melhor mudar de atitude. Pelo seu próprio bem.

A recomendação vem de um estudo da Universidade Umeå, na Suécia, que acompanhou a vida de 723 pessoas ao longo de 26 anos. Os homens que não dividiam os afazeres domésticos com a parceira sofriam mais problemas psicológicos, como ansiedade, nervosismo, e problemas de concentração. Até sofriam com palpitações cardíacas (que é a sensação de sentir o coração parar por um segundo). Já aqueles que topavam fazer metade dos serviços eram mais tranquilos e felizes.

As mulheres também se dão mal com esse desequilíbrio na divisão das tarefas. O excesso de trabalho doméstico pode deixá-las mais vulneráveis às doenças.
Segundo a pesquisa, esses problemas só acontecem por conta dos papéis associados a cada gênero.

“Muitos homens entrevistados disseram que estavam cansados de consertar o carro, por exemplo, mas se sentiam presos a essas tarefas, por conta do estereótipo masculino”, conta a pesquisadora Lisa Harryson. A saída, diz ela, é bater um papo com o parceiro e colocar um fim nessas bobeiras.
É pela felicidade de vocês. E pela saúde de suas amadas.


Fonte: Carol Castro/Superinteressante


Mensalão - Não é que está funcionando...!


 


Pelo menos uma coisa boa para nossa imagem no exterior.  Uma reportagem do jornal britânico Financial Times nesta sexta-feira afirma que as primeiras condenações do julgamento do mensalão podem indicar que o Brasil está no rumo de uma "governança melhor", com combate mais eficiente à impunidade.
"Quando o julgamento começou no mês passado, havia preocupações de que ele se tornaria apenas mais um exemplo de como a elite brasileira rotineiramente consegue escapar de punições sérias por seus crimes", afirma o texto assinado pelo correspondente do jornal em São Paulo, Joe Leahy.

"Mas um número crescente de condenações está transformando [o julgamento] em um potencial marco – ou, ao menos, em um sinal – sobre o caminho tortuoso do Brasil rumo a uma governança melhor, com implicações políticas para o partido governista PT."
A reportagem intitulada "Carnaval acrescenta dramaticidade à julgamento de corrupção no Brasil" fala da popularidade que o Judiciário está ganhando no país com o julgamento do mensalão, com máscaras do relator do caso no STF, Joaquim Barbosa, sendo produzidas para o carnaval carioca.
"Graças ao julgamento, o Brasil tem a chance de reconquistar um pouco da sua confiança perdida em termos de sua governança."

Lula

O jornal analisa o impacto que o julgamento terá nas eleições municipais, daqui a menos de duas semanas. Para o Financial Times, o PT – e em especial o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que é cabo eleitoral de diversos candidatos – poderá sofrer caso o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, seja condenado.
"O julgamento deve atingir seu clímax com o veredicto sobre Dirceu, que poderia sair pouco antes das eleições municipais em outubro. Se ele for condenado, Lula – que está voltando à política após um período em que combateu um câncer na garganta – poderia ser o principal perdedor."

O jornal afirma que, apesar do empenho de Lula nas candidaturas petistas em algumas cidades – como São Paulo e Recife –, alguns candidatos estão tendo dificuldades para lidar com o mensalão, quando o assunto é citado em debates. Isso seria um sinal de que Lula já não é tão influente entre os eleitores – um dos efeitos do julgamento do mensalão.
No entanto, o jornal ressalta que, para alguns analistas políticos, outros presidentes e ex-presidentes brasileiros – por mais populares que fossem – nunca conseguiam eleger os prefeitos de sua escolha.

Fonte: BBC Brasil


quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Tecnologia - Onde Vai Nos Levar?

tecnologia mundo


É interessante como o homem através da história, tem conseguido evoluir no campo da ciência.
Tudo aquilo que ele sempre sonhou nos tempos primitivos, como voar, ir ao fundo do oceano, chegar até o espaço sideral ele conseguiu. O que os escritores e cientistas profetizaram que aconteceria, aos poucos foi acontecendo.

 Conseguimos hoje falar em tempo real com o outro lado do mundo, ver o que acontece em cada continente com imagens instantâneas, até mesmo com dispositivos móveis como os celulares. Isaac Asimov em seus livros falava sobres robôs fazerem parte da sociedade humana, como o computador hoje faz parte de cada faceta da vida humana. Tanto que, segundo seus romances, os robôs tomaram conta do ser humano, por dominá-los.

Ontem publiquei aqui uma reportagem sobre os robôs Nao, de uma empresa francesa que conseguem até mesmo captar as emoções humanas. Seria o começo de tudo aquilo que Isaac Asimov escreveu em " Eu, Robô"? O filme Parque dos Dinossauros, também contava a estória de cientistas que conseguiram recriar os grandes dinossauros do passado, por manipular geneticamente alguns fósseis de mosquitos que haviam sugado o sangue de algumas espécies desses  animais gigantes que viveram a muito tempo atrás.

 Mera fantasia? Eu diria: Talvez! Digo isso depois de ler uma matéria sobre um polêmico cientista sul - coreano Hwang Woo-souk, que confirmou nesta segunda-feira, 24, que tem um projeto voltado a conseguir a clonagem de uma espécie de mamute extinta há 4.500 anos.

 

Com este objetivo, a sul-coreana Fundação de Pesquisa Sooam Biotech assinou um acordo com a Universidade Federal Nordeste da Rússia que lhe dá o direito exclusivo de estudar as células de mamute encontradas semanas atrás no noroeste da Sibéria, segundo responsáveis do laboratório.

Os pesquisadores da fundação sul-coreana tentarão clonar o animal, um mamute lanudo, mediante o uso de suas amostras de tecido junto com óvulos de uma elefanta indiana atual.

Após aplicar às células um processo de transferência nuclear, passo habitual nos processos de clonagem, os óvulos serão implantados no útero de uma elefanta, que gerará o mamute durante 22 meses.

"Ao haver recuperado amostras frescas de regiões polares nunca antes exploradas na Sibéria, este será um importante ponto de inflexão rumo à clonagem do mamute extinto", disse o professor Hwang.




Os especialistas consideram que clonar um mamute é possível, já que as células desse animal pré-histórico podem ser encontradas tanto em seu sangue e órgãos internos, como na pele e nos ossos.

O acordo com a universidade russa aconteceu seis meses depois que ambas as partes assinaram um primeiro pacto para que os pesquisadores sul-coreanos pudessem utilizar as amostras tiradas de restos de mamutes achados nas geleiras da República da Iacútia.

O veterinário e investigador Hwang Woo-souk, considerado então um pioneiro no âmbito das células-tronco ao clonar um cachorro em 2005, caiu em desgraça em 2006, quando foi acusado de desviar fundos públicos e falsificar testes científicos para confirmar suas inovadoras teorias sobre clonagem humana.

Essa notícia, mostra que é possível sim recriar esses animais extintos há muito tempo. O interessante é que nos filmes e livros que falam sobre essas ficções científicas, sempre o homem acaba por quase extinguir a raça humana, ou é dominado pela sua própria tecnologia. Não seria isso um aviso para nós? Isso eu deixo para vocês leitores, conjecturarem!


Eli.
 

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Robôs - Eles estão chegando!



Robôs humanoides saem da fábrica prontos para aprender
Tarefas com diferentes graus de complexidade podem ser programadas nos robôs Nao por meio do controle de ferramentas que simulam visão, audição e fala. Modelos podem até ser ensinados a reconhecer emoções humanas.




Os pequenos robôs Nao podem ser programados para fazer muito mais do que jogar futebol.. Mais de 450 universidades ao redor do mundo fazem pesquisas usando o simpático humanoide de 57 centímetros produzido pela empresa francesa Aldebaran, que oferece modelos com diferentes configurações, dependendo da finalidade. A partir dos recursos tecnológicos disponíveis, cada grupo de pesquisa desenvolve diferentes funcionalidades para o Nao.

O projeto atende focos como pesquisa, educação, desenvolvimento, shows e competições. Os modelos do Nao saem da fábrica prontos para serem programados. Iniciantes em robótica conseguem ensinar os primeiros passos ao humanoide com a ajuda de um software que gera os comandos a partir de uma interface gráfica simples. Já os mais experientes escolhem linguagens de programação que se comunicam diretamente com a máquina ou podem, até mesmo, instalar um novo hardware.

Qualidade em hardware

Quanto mais avançados forem os conhecimentos dos usuários, mais autonomia adquirem sobre cada uma das ferramentas do Nao: visão, processamento de áudio, controle, planejamento, navegação e outras rotinas podem ser programadas individualmente. Só na locomoção, mais de 3 mil variáveis podem ser alteradas por programas em C++ ou Phyton.

O modelo mais recente, o Nao Next Gen, possui como cérebro um processador interno de 1,6 GHz, com Linux, capaz de processar com alta velocidade as imagens captadas por duas câmeras de alta definição que funcionam como olhos para o humanoide. Além disso, possui uma segunda CPU no torso.
A rede de sensores conta ainda com quatro microfones, sonar, emissores de infravermelho, sensores táteis e de pressão. Para comunicar-se, o robô foi equipado com um sintetizador de voz, luzes de LED e dois alto-falantes de alta fidelidade.

Uma bateria de 27,6 watt-hora garante 1,5 hora de autonomia. "Neste novo modelo há funcionalidades como um controle inteligente de torque, um sistema de prevenção de colisões, um algoritmo de caminhada melhorado e mais. Usamos nossa experiência e o retorno dos consumidores para construir uma plataforma mais eficiente", disse o fundador da empresa, Bruno Maisonnier, por ocasião do último lançamento. Mais de 2,5 mil unidades do Nao já foram vendidas para 60 países.

Diferentes modelos

Para levar para casa um robô da Aldebaran é preciso investir 32 mil reais. Mas modelos mais simples, como robôs controláveis por meio de plataformas Arduíno, podem custar menos de 1000 reais. Outros robôs da empresa são mais brinquedos do que ferramentas de trabalho. Modelos de mesa – que apenas se deslocam para a direita e esquerda, para frente e pra trás - podem ser controlados por um aplicativo instalado no telefone celular.

O próprio Nao pode fazer o papel de um brinquedo. Em feiras e eventos, um grupo de humanoides pode ser programado para dançar uma coreografia. Nas universidades, no entanto, a busca é por outro tipo de movimento. Pesquisadores da Academia de Ciências de Shenzhen, na China, usam o Nao como plataforma de pesquisa para testar seus algoritmos de controle de inteligência artificial.
Além disso, com a ajuda de um leitor de movimentos de videogame adaptado, fazem o humanoide imitar a forma como uma pessoa se move para melhorar a velocidade de resposta e a capacidade de equilíbrio da máquina.


Interação e reações em foco

Na Universidade Albert-Ludwig de Freiburg, na Alemanha, o Nao ganhou uma cabeça equipada com laser e serve de objeto para um pesquisa complexa de navegação em ambientes internos. Como descrevem os pesquisadores, isso inclui localização 3D e o percurso por ambientes com diferentes níveis e obstáculos, como escadas e rampas.

Nos Estados Unidos, os humanoides estão sendo usados pela Universidade do Kansas como auxiliares no cuidado com idosos. Os robôs oferecem entretenimento como filmes, clips de TV e notícias. As imagens são projetadas em diferentes superfícies. Os robôs devem monitorar a reação dos pacientes, medindo suas respostas emocionais em conversas, para sugerir novas atividades.

As interações sociais também são alvo de pesquisa na Universidade de Augsburg, na Alemanha. Mas, desta vez, no Neo não deve ser apenas capaz de entender seus interlocutores em uma simulação de convívio. Os pesquisadores programaram o robô para expressar oito diferentes reações emocionais – como raiva, tristeza, medo, alegria, etc – que combinam movimentos de corpo, sons e as cores nos olhos.
Para os cientistas, trata-se de uma ferramenta fundamental para a comunicação entre homem e máquina, uma vez que a expectativa é a de que os robôs se tornem presença cada vez mais comum em diferentes situações cotidianas.

"Como o escritor de ficção científica, Isaac Asimov previa, eles estão chegando! E devagarinho vão tomando nosso lugar em tudo". Eli


Fonte: Ivana Ebel/Futurando

Amor - Ah, esse sentimento...!







Ah, o amor. Esse sentimento nobre é amplamente estudado pela ciência e um dos temas favoritos por aqui. Existe prova científica de que existe amor duradouro, uma advertência importante para quem não sabe se casa ou se compra uma bicicleta e a quebra do mito de que homens que pagam por sexo não querem compromisso. 



- A ciência garante: o amor duradouro é possível

Quando a gente começa um romance, é tudo lindo e eterno. Até acabar em corações partidos e cada um partir para outra história. Muita gente acha que esse é um ciclo inevitável e não acredita em amor que nunca se acabe. Por outro lado, existem vários casais por aí que estão juntos e felizes há décadas. O que a ciência diz sobre isso?

Um estudo publicado no ano passado na Social Cognitive and Affective Neuroscience concluiu que o amor duradouro é possível, sim. Os pesquisadores, liderados pelo neurocientista social Arthur Aron, da Universidade Stony Brook em Nova York, descobriram respostas neurológicas similares entre pessoas vivendo um novo amor (naquela empolgação típica) e aqueles em relacionamentos apaixonados de longa duração.

O estudo examinou as respostas cerebrais de 10 mulheres e 7 homens casados há um tempo que variava entre 10 e 29 anos usando ressonância magnética funcional (fMRI). Enquanto isso, eles tinham de olhar para fotos do rosto de seus parceiros, de conhecidos próximos e de pessoas com quem tinham pouca familiaridade.
Também foi feito o mesmo teste com casais que haviam acabado de começar um relacionamento romântico. Estes, ao olharem para a imagem de seu parceiro, mostraram respostas na área responsável pela liberação de dopamina, frequentemente associada ao consumo de alimentos e álcool e motivadora de vontades e desejos. Isso não aconteceu quando os mesmos indivíduos viram fotos de outras pessoas.

Para os 17 adultos em relacionamentos antigos (os quais garantiam sentir pelo parceiro o mesmo amor do início do namoro), foi criada uma escala de sete pontos que classificou a intensidade do amor que eles sentiam em seu relacionamento. Todos eles marcaram cinco ou mais pontos.
Na hora do exame da ressonância magnética, eles apresentaram atividade semelhante aos dos novos namorados na área responsável pelo processamento da dopamina – e quem havia sido classificado com sete pontos mostrou atividade maior que os classificados com cinco.

Mas o estudo também mostrou diferenças entre as atividades cerebrais dos dois grupos. Quem estava em relacionamentos recentes mostrou atividade nas regiões relacionadas à obsessão e tensão, enquanto aqueles em relacionamentos de longo prazo apresentaram atividade nas regiões relacionadas com a ligação emocional e o apego.
Para os pesquisadores, o estudo prova que a sensação de recompensa associada a um parceiro de longo prazo pode ser sustentada e se manter semelhante à sentida no início de um novo relacionamento – a diferença é que isso envolve áreas cerebrais diferentes. Segundo eles, esse é o passo inicial para entender a biologia por trás desses relacionamentos.




- Sexo pode fazer os homens se apegarem e desejarem relacionamento sério – inclusive com prostitutas.

Um estudo publicado em agosto na revista Men and Masculinities desmente a ideia amplamente difundida de que os homens que pagam por sexo não querem compromisso. Os pesquisadores concluíram que, embora isso seja verdade num primeiro momento, muitos homens que se tornam clientes regulares de prostitutas frequentemente desenvolvem sentimentos profundos de afeição por elas e passam a desejar uma conexão emocional além do sexo.

No estudo, foram analisadas ​​2.442 postagens em um fórum popular em que os usuários classificavam o serviço de profissionais do sexo e contavam sobre suas experiências. Aproximadamente um terço dessas postagens falava sobre envolvimentos emocionais com as prostitutas e muitos dos seus clientes expressaram o desejo de desenvolver relações que iam além da mera interação física.

Em outras palavras, eles muitas vezes passam a querer um relacionamento amoroso sério e monogâmico. “A provedora do sexo deixa de ser só a fornecedora de uma breve experiência e passa a ser vista como uma parceira romântica na vida real”, explica a autora principal do estudo, a psicoterapeuta Christine Milrod.
“Muitas das narrativas revelam surpresa a respeito do desenrolar dos fatos: o que era meramente uma transação de pagamento por sexo se torna algo em que sentimentos surgem e o cliente se questiona se os sentimentos do provedor do sexo são fingidos ou se baseiam em amizade mútua e sentimentos profundos partilhados”, diz o estudo.




Fonte: Ana Carolina Prado/Superinteressante

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Álcool Deixa Mais Esperto?




Sabe aquela desinibição que só uns copos de cerveja conseguem te dar? Ela também serve para apagar um pouco sua mania de “pensar muito” e liberar seu lado criativo.
Uma pesquisa da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, convidou 40 homens, entre 21 e 30 anos, para provarem esta hipótese. Metade deles fez jejum por 4 horas e ficou sem ingerir álcool ou usar qualquer tipo de drogas nas 24 horas anteriores ao teste. Ao chegarem para o desafio, esses 20 homens comeram um biscoito (o tamanho variava de acordo com o peso do participante) e tomaram drinks de vodka com suco de cranberry. Tomaram, no total, o equivalente a 1 litro de cerveja.

Os outros 20 participantes ficaram só com a parte chata: responderam aos exercícios, mas não beberam uma gota de álcool. Nem biscoitinho eles ganharam.
E ainda perderam nos testes de criatividade. Em uma das tarefas, cada pessoa recebeu três palavras (tipo colher, moeda, brinco). O desafio era acrescentar uma quarta que fizesse sentido no contexto (prata, por exemplo). Aí os bêbados levaram a melhor. Eles acertaram 40% a mais nestes testes e responderam mais rápidos: precisaram de 12 segundos, enquanto os sóbrios gastaram, em média, 15,5 segundos.

Isso porque o álcool diminui as atividades da memória ativa – é aquele conhecimento de fácil acesso no seu cérebro; é ela quem te faz entender essa sentença do início ao fim – e deixa mais vivo seu lado criativo. Com a memória ativa em baixa, a pessoa se distrai mais e se deixa levar por alguns “sinais” intuitivos, que seriam ignorados numa situação normal. Só não vale pedir para o pessoal alcoolizado fazer conta ou lembrar de coisas mais complicadas.
“A intoxicação moderada pode ser um caminho para deixar o estado de atenção mais favorável ao processo de criação”, diz o estudo.
Dá para até para abrir uma cervejinha para comemorar, não?


fonte: Carol Castro/Superinteressante


O Amor - Momento Poesia.





 O amor contagia, o amor envolve, cresce a cada sorriso dado, ele surge a distâncias, ele move montes, faz transbordar todos os sentimentos juntos é uma sensação quase indescritível para alguns, para mim o amor é sempre o mais longe onde podemos chegar, independentemente de quem seja de que cor seja, isso não é nada em comparação com o verdadeiro sentido da palavra amar. Ps é o melhor da vida quando verdadeiro.  

Autor: Géssica Holanda





 Antes de amar o outro vocé deve se amar . aceitando a si mesmo, feliz de ser o que é , vocé concretiza sua capacidade e sua simples presença pode fazer os outros felizes.  

Autor: desconhecido





As sem-razões do amor


Eu te amo porque te amo.
Não precisas ser amante,
e nem sempre sabe sê-lo.
Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça
e com amor não se paga.

Amor é dado de graça,
é semeado no vento,
na cachoeira, no eclipse.
Amor foge a dicionários
e a regulamentos vários.

Eu te amo porque te amo
bastante ou demais a mim.
Porque amor não se troca,
não se conjuga nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
feliz e forte em si mesmo.

Amor é primo da morte,
e da morte vencedor,
por mais que o matem (e matam)
a cada instante de amor.

Autor: Carlos Drummond de Andrade




Vírus Letal da Gripe!




Uma nova doença respiratória semelhante à SARS – epidemia global que matou centenas de pessoas em 2003 – foi diagnosticada em um homem que está sendo tratado na Grã-Bretanha. Outro caso, na Arábia Saudita, resultou na morte de um paciente..

O que é o novo vírus?

A nova doença é consequência de um tipo de coronavírus – uma família ampla de vírus que inclui desde um resfriado comum à SARS (sigla em inglês para síndrome respiratória grave e aguda).
Até agora, apenas dois casos foram diagnosticados deste novo vírus, e ambas as infecções foram originadas no Oriente Médio.

Um dos casos foi confirmado por um exame de laboratório feito pela Agência de Proteção à Saúde da Grã-Bretanha, em Londres. O paciente está sendo tratado pelas autoridades britânicas de saúde.
O outro foi detectado por um exame de laboratório na Arábia Saudita. Os dados foram enviados a outro laboratório na Holanda, que confirmou se tratar do novo tipo de vírus.
Ainda há poucas informações sobre o novo vírus e o quão letal ele pode ser entre seres humanos.

O que o vírus faz?

Os coronavírus provocam infecções respiratórias em humanos e animais. Os dois contaminados tiveram febre, tosse e dificuldades de respiração. O paciente na Arábia Saudita acabou falecendo, e o britânico está na UTI.
Por ora, ainda não está claro se esse forte efeito é típico deste novo vírus, ou se há muitas pessoas contaminadas e apenas poucas estão tendo uma reação tão drástica.

Como ele se espalha?

Acredita-se que ele se espalhe por fluidos expelidos na tosse ou pelo espirro. Os especialistas acreditam não se tratar de uma doença altamente contagiosa, já que, nos dois casos diagnosticados até agora, as pessoas que trataram os pacientes não adoeceram.
Os coronavírus são bastante frágeis. Fora do corpo humano, eles só sobrevivem por um dia e são facilmente mortos por detergentes e por outros produtos de limpeza.

Como é o tratamento?

Os médicos ainda não sabem qual é o melhor tipo de tratamento, mas as pessoas com sintomas graves precisam de cuidados intensivos que ajudem sobretudo na respiração. Não existe nenhuma vacina.
Em Londres, o paciente está isolado, e todos que o estão atendendo usam máscaras e equipamentos de proteção.

Como se originou o vírus?

Os especialistas ainda não sabem a sua origem. Eles especulam que possa se tratar de uma nova mutação de um vírus já existente. Ou talvez seja uma infecção que já circula entre animais e que agora passou para os seres humanos.

Existe algum tipo de recomendação às pessoas que viajam?

Por enquanto, a Organização Mundial da Saúde descartou qualquer tipo de restrição a viagens ao Oriente Médio, onde ambos os casos surgiram. Mas esta decisão está sendo constantemente reavaliada.


Fonte: BBC Brasil

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Brasil não controla corrupção de suas empresas no exterior.




Além de violar convenções internacionais contra a corrupção, o governo brasileiro se vale de manobras ilegais para conceder empréstimos a companhias brasileiras que operam fora do país, diz Cláudio Abramo, diretor da ONG Transparência Brasil.


"Não existe qualquer mecanismo de controle para atos de corrupção de empresas brasileiras no exterior", ele afirma.
"Hoje, uma empresa brasileira vai a um país, suborna um ministro e adquire um contrato sem qualquer licitação. De posse do contrato, vai ao BNDES (Banco Nacional para o Desenvolvimento Econômico e Social) e consegue um financiamento para a execução desse serviço."
O Brasil é um dos 39 signatários da Convenção Anti-Propina da Organização para a Cooperação Econômica e Desenvolvimento (OCDE), de 1997. Ao subscrever o documento, o país se comprometeu a combater propinas pagas por suas empresas no exterior.
No entanto, segundo a ONG Transparency International (sem relações com a Transparência Brasil), o país não tem cumprido a convenção.

Em relatório divulgado no início do mês, o órgão avaliou a aplicação da convenção por cada um de seus signatários. Os países foram divididos em quatro categorias, conforme o grau de adoção de medidas contra propinas.
O Brasil ficou na penúltima categoria, entre os países que fazem "pouca aplicação" da convenção. No topo da lista, EUA, Alemanha, Itália e Grã-Bretanha integram o grupo que faz "aplicação ativa" das medidas.

Falhas

Abramo diz que o BNDES, maior financiador de empresas nacionais no exterior, deveria exigir que todos os seus empréstimos externos fossem regidos pela lei brasileira de licitações.
Ele cita como exemplo os procedimentos adotados pelo BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) e pelo Banco Mundial em seus empréstimos – ambos condicionam os financiamentos ao cumprimento de suas próprias regras, e não à legislação dos países beneficiados.
Abramo diz ter defendido o modelo em reuniões com a direção do BNDES. O banco, no entanto, teria rejeitado a sugestão.

O diretor da Transparência Brasil considera haver outras falhas nos financiamentos dos bancos públicos nacionais a empresas brasileiras no exterior.
Pelo sistema, os bancos fazem os repasses às empresas em reais, no Brasil, mas as dívidas são quitadas pelos governos dos países onde as obras são realizadas. Ou seja, por meio de uma triangulação, os financiamentos têm esses governos como partes.

Para Abramo, a prática é fraudulenta, uma vez que os bancos nacionais não poderiam participar de operações com Estados estrangeiros.
"A situação é no mínimo irregular, porque esses bancos não são agências bilaterais."
O diretor da Transparência Brasil questiona ainda o conceito de "exportação de serviços", categoria em que os bancos enquadram a maioria dos repasses feitos às empresas brasileiras no exterior.
"É um conceito frágil, porque quando uma empreiteira brasileira faz um serviço no exterior, contrata localmente a mão de obra e usa equipamentos fabricados em outros países."

Legalidade

Em nota, o BNDES diz que as operações realizadas pelo banco no exterior ocorrem "dentro da mais absoluta legalidade" e são amparadas pelo 9º artigo de seu estatuto.
O artigo prevê que o banco contrate "operações, no Brasil ou no exterior, com entidades estrangeiras ou internacionais" e que financie "a exportação de produtos e de serviços, inclusive serviços de instalação, compreendidas as despesas realizadas no exterior, associadas à exportação".
De acordo com o banco, o objetivo dos financiamentos é incentivar a criação de postos de trabalho, renda e de divisas no Brasil.

A Odebrecht emprega aproximadamente 1.400 funcionários brasileiros e 18,6 mil angolanos em suas operações em Angola. As empreiteiras brasileiras, ao contrário das chinesas, por exemplo, costumam dizer que contratam grande porcentual de mão de obra local nos países em que atuam.
O banco diz ainda que os financiamentos são liberados conforme a execução dos serviços.
"Cada liberação do BNDES é obrigatoriamente precedida de dois relatórios de auditoria (um do exportador e outro do importador), comprovando a efetiva prestação do serviço e as exportações brasileiras. Ambas as auditorias são exigências contratuais do BNDES."

De acordo com o banco, as aprovações de crédito são analisadas individualmente e atendem às prioridades dos governos estrangeiros. O banco diz que os empréstimos são garantidos pelo Tesouro Nacional.
"O cuidado com que essas operações são realizadas pode ser mensurado pelo baixo índice de inadimplência, que é praticamente zero."

Fonte:  BBC Brasil

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Momento Poesia - A Saudade.





A Saudade

Que sentimento é esse
Que insiste em me machucar
Que não sai do meu ser,
Que quero arrancar de mim,
Mas que insiste em ser assim.
Será a falta da pessoa amada,
Ou daquela que se amou,
Mas que tamanha falta está,
Na realidade nos dizendo que
Ainda amamos, que ainda queremos
Que ainda ansiamos estar junto, mas
Não somente isso, mas estar ao lado
De braços dados,  de lábios colados
Que não podemos estar sozinhos,
Porque a imagem logo vem, da pessoa
Que amávamos, mas que a saudade diz
Que ainda amamos, que ainda queremos,
Não podemos escutar aquela música
Romântica, que a saudade faz dos 
Olhos brotar lágrimas a rolar
Noites sem dormir, não podendo sorrir
Mas sim só chorar.
Saudade é isso, saudade é...quase amar!

Eliézer Lopes


"Se você optar pelo orgulho, aprenda a lidar com a saudade."

Nathaniel Araújo.



Te encontrar

me mato na solidão, se não toco o seu coração
ao som de uma gaita me perco ainda mais
porque é o som que essa garota me trás

ainda assim consigo te ver
sentir teu amor fui feliz
pouco tempo para que eu possa viver
e talvez morrer um dia como quis

sentir saudade é até normal
quanto foi bom, complicado entender
pode ter roubado meu coração
mas em minhas lembranças encontro você

se é triste agora, então vou indo
irei sair dessa tristeza
com dúvidas eu choro agora e estou caindo
vou à ti encontrar a minha certeza

Mazinho Souza

Homens - São mais românticos?





Um estudo dos EUA, feito por duas pesquisadoras da Universidade de Illinois, diz, simples assim, que o imaginário popular está totalmente errado – e as moças desiludidas que esbravejam contra o sexo oposto também. De acordo com o que foi apurado, os homens tendem a ser mais românticos do que as mulheres.
Você pode já se armar dizendo que esse romantismo de que elas estão falando seria aquele ligado ao heroísmo, à bravura, à luta por ideais – esse sim, tradicionalmente associado ao sexo masculino. Mas não: o papo era amor mesmo.
Para avaliar o quanto cada gênero idealiza o sentimento, as pesquisadoras submeteram 730 estudantes de ambos os sexos a questionários e testes que mediam suas reações a conceitos como amor à primeira vista e almas-gêmeas. E, apuração feita, não ficou dúvida: “Os homens eram geralmente mais românticos do que as mulheres”, afirma o estudo.
Viram, meninas? Quem aí vai me mandar flores, hein?


Fonte:  Thiago Perin/Superinterssante

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Dores de Cabeça - Você pode ser o culpado!



Quase 1 milhão de pessoas na Grã-Bretanha sofrem intensas dores de cabeça "completamente evitáveis", causadas pela ingestão de analgésicos em excesso, informam médicos do Instituto Nacional de Excelência Clínica e de Saúde (Nice, na sigla em inglês).
De acordo com as orientações da organização, muitas pessoas encontram-se em estado de dependência, após cederem a um "ciclo vicioso" de alívio da dor, o que acaba causando ainda mais dores de cabeça.

"Pessoas que ingerem medicamentos regularmente, como aspirina, paracetamol e triptan, podem estar causando mais dor do que alívio a si mesmos", diz documento elaborado pelo painel. "Enquanto tratamentos de farmácia são eficientes para aliviar dores de cabeça ocasionais, acredita-se que 1 em cada 50 pessoas sofra dores causadas pelo excesso de medicação, e a incidência é cinco vezes maior entre as mulheres."
Não há dados específicos na Grã-Bretanha sobre a incidência do problema, mas estudos em outros países sugerem que entre 1% e 2% da população é afetada por dores de cabeça. A Organização Mundial da Saúde (OMS) cita estatísticas que apontam que, em alguns grupos pesquisados, a incidência chega a 5% da população.

Para Martin Underwood, da Escola de Medicina de Warwick, que liderou a pesquisa do Nice, "(a ingestão de analgésicos) pode acabar em um ciclo vicioso no qual a dor de cabeça fica cada vez pior, então você toma mais analgésicos, sua dor de cabeça fica pior, e pior e pior. E é uma coisa tão fácil de prevenir".
As novas orientações para os médicos na Inglaterra e no País de Gales são: alertar os pacientes para que suspendam imediatamente o uso dos analgésicos. Entretanto, isso pode levar a aproximadamente um mês de agonia, até que os sintomas eventualmente melhorem.
Os especialistas disseram ainda que devem ser considerados outras opções de tratamentos profiláticos e preventivos - em alguns casos, por exemplo, recomenda-se a acupuntura.

Efeito

A forma como os analgésicos atuam no cérebro não é totalmente compreendida pelos médicos.
Acredita-se que a maior parte das pessoas afetadas tenha começado a ter dores de cabeça comuns diárias ou enxaquecas; o problema foi se agravando à medida que essas pessoas passaram a recorrer à automedicação frequente.
Manjit Matharu, neurologista consultor do Hospital Nacional de Neurologia e Neurocirurgia, disse que, em geral, a automedicação se torna um problema sério quando os pacientes começam a ingerir analgésicos por dez a 15 dias todo mês.

"Isso é um grande problema para a população. O número de pessoas com excesso de uso de remédios para dor de cabeça já é de um a cada 50. Isso representa aproximadamente 1 milhão de pessoas que têm dor de cabeça diariamente ou quase diariamente devido ao uso de analgésicos", diz Matharu.
As pessoas com um histórico familiar de dores de cabeça tensionais ou enxaqueca também podem ter uma vulnerabilidade genética ao excesso de medicação para dor de cabeça. Elas podem ser mais suscetíveis aos anlagésicos, mesmo que estes não sejam específicos para dor de cabeça.

'Diagnóstico mais preciso'

O Nice sugere que os médicos recomendem acupuntura para pacientes suscetíveis a enxaquecas e dores de cabeça tensionais.
"Podemos esperar que isso leve mais pessoas a procurarem acupuntura. Levando em conta que há evidências de que a prática é eficaz para a prevenção de enxaquecas e dores de cabeça tensionais, isso é algo positivo", diz Martin Underwood.

A chefe da Fundação Enxaqueca da Grã-Bretanha, Wendy Thomas, disse que as orientações deverão ajudar o trabalho dos médicos.
"As medidas vão colaborar para um diagnóstico mais preciso, recomendações apropriadas e informações baseadas em evidências para aqueles com dores de cabeça perturbadoras. Também vão conscientizar sobre os excessos de automedicação, que podem ser um problema sério para aqueles com dores de cabeça graves."

Fayyaz Ahmed, director da Associação Britânica para o Estudo de Enxaqueca, também vê as orientações com bons olhos.
"A dor de cabeça é a doença mais frequente, e uma em cada sete pessoas na Grã-Bretanha sofre de enxaqueca. O problema coloca um peso enorme sobre os recursos do sistema de saúde e a economia de forma geral", avalia.
No Brasil, estudos de 2009 apontam a incidência de enxaqueca em cerca de 15% da população.

Fonte: BBC Brasil


terça-feira, 18 de setembro de 2012

Sem Tempo Para Chorar - Cap. 11


A revolução de 1917


Aos poucos Maggie foi se acostumando com a rotina da casa de Vladimir. Logo já estava ajudando a senhora Chernenko nos afazeres domésticos da casa, na preparação de refeições e gradativamente estava se habituando ao novo idioma. Ela aprendia rápido. Já estava num nível intermediário do russo e já compreendia muita coisa em ucraniano.

 O modo de vida era completamente diferente do que ela estava acostumada. Tudo o que eles precisavam comprar para o dia a dia eram obrigados sempre a entrarem em filas. Nas grandes cidades era comum ver a polícia nas ruas juntamente com homens do exército. O partido parece que vigiava os cidadãos comuns de perto. Não era incomum ouvir relatos de pessoas que simplesmente desapareciam e o motivo era quase sempre o mesmo. Falaram o que não deviam sobre o partido

.Quando Jose Stálin, filho de um sapateiro e de uma costureira chegou ao poder de um grande país, seria sensato imaginar um governo digno para a população em geral, em especial as camadas mais pobres, já que ele havia passado por todos os problemas típicos de uma classe proletária oprimida pelos burgueses. Entretanto, não foi assim que aconteceu. Quando ele se tornou-se o  líder em 1929, imediatamente teve início o domínio mais sanguinário e aterrorizante que já fora construído na Rússia.

Sob a bandeira do patriotismo e sob o pretexto de modernizar a URSS para assim torná-la segura e competitiva economicamente e militarmente, Stálin expôs seus planos qüinqüenais aos soviéticos, adquirindo para si em nome do Estado o controle de todas as indústrias, incluindo a agricultura. Em 1946 Stalin implantou mais um plano quinquenal no qual cidadãos da Rússia eram enviados para um campo de trabalhos forçados, e nestes eram obrigados a cumprir metas praticamente impossíveis sob as circunstâncias que se encontravam tanto física quanto psicológica. Mesmo com a tortura nesses campos de trabalhos forçados os cidadãos eram obrigados a agradecer Stalin com slogans do tipo “Obrigado, camarada Stalin!” Ninguém questionava sua autoridade. Mas não foi esse controle que marcou os anos stalinistas, foram os expurgos e as eliminações coletivas de dissidentes ante a sua paranoia.

 A desconfiança o levou a mandar matar mais de um milhão de membros do Partido Comunista – os mesmos que o colocaram no poder. Sem falar da coletivização agrícola que causou a morte de 14 milhões de pessoas, além de tantos outros, como a grande maioria dos líderes militares, aos quais julgava serem incompetentes ou despreparados. Sua agressiva campanha de protecionismo o levou a tornar o cotidiano de muitos um pesadelo sem fim...

 Mas por incrível que pareça Josef Stálin, o chefe supremo do partido e da nação era quase como que adorado, ao mesmo tempo em que era também odiado, mas ninguém ousava em falar isso. Aqueles que se atreviam a falar alguma coisa logo eram deportados para a Sibéria ou simplesmente nunca mais se ouvia falar neles. O país era dirigido com mão de ferro. O poderio bélico era sempre ostentado ao extremo. Dizia-se que uma grande nação, que vivia uma política de comunismo, onde todos tinham direitos iguais, precisava de proteção contra idéias ocidentais, de idéias que pregavam o capitalismo, que pregavam uma falsa liberdade, onde, na realidade, para os russos, as nações fora da cortina de ferro eram escravas do poder econômico. Viviam a mercê daqueles que detinham o capital. Para eles de nada adiantava a liberdade de mercado, se não tinham o que comer, ou onde morar ou acesso à educação.

 Mas essas coisas não escapavam à percepção de Maggie. Ela notava que a população também sofria a miséria da mesma forma que as populações dos países capitalistas além de viverem sempre com medo do partido. Mas quem seria ela para poder comentar suas opiniões, já que estava viva devida a benevolência de um homem que fazia parte de todo aquele sistema e o defendia com toda a sua força?

Continuamente ela lembrava de sua infância, no período anterior a guerra. Edward - o que teria acontecido àquele jovem inteligente que ela tanto admirava? Teria sua vida se esvaído nos campos de batalha, ou estaria ele ainda vivo? Que diferença faria? Sim, se ela voltasse para Londres será que ele lembraria dela? Não. O melhor seria ficar ali mesmo. Aos poucos estava desenvolvendo um amor por aquela família. Vladimir era um homem de poucas palavras, mas que fazia de tudo para que ela se sentisse bem e a tratava com uma delicadeza que ela jamais vira antes.  Era extramente educado e polido naquilo que conversava com ela.

Quando ele se ausentava por um período muito longo devido aos seus compromissos no exército, ela já sentia falta dele. Dos seus comentários no jantar, ao contar dos tempos em que ele esteve ativamente envolvido nas greves antes da revolução russa, na sua atuação para acabar com a opressão das grandes empresas que oprimiam seus pais...emfim, ele realmente fazia falta.

 Maggie sentia-se protegida quando ele estava ao seu lado. Ele era um homem de feições fortes. Era alto, de ombros largos que poucos não deixavam de notar sua presença onde quer que ele estivesse. Ela sentia-se importante quando estava ao seu lado. As pessoas o cumprimentavam sempre com um sorriso no rosto. E quando ela ia até a feira ou o mercado com a senhora Chernenko, ela notava que as outras mulheres a observavam com a admiração, como se a invejassem por ela fazer parte daquela família respeitável.

-------------

O caixão do ditador é carregado por seus
 principais colaboradores no dia 09 de março de 1953

Janeiro de 1953.

O chefe supremo do partido comunista, Josef Stalin só ia ao Kremlin ( sede do poder central ) à tarde e à noite. Depois de assinar a correspondência e receber visitantes, recolhia-se em sua datcha  ( Casa de campo ou fazenda ) de Kuntsevo, em plena floresta, a 15 minutos de carro do Kremlin. Ao redor da vila, protegido por cercas entre as quais circulavam guardas com cães, ele gostava de caminhar e respirar o cheiro dos pinheiros. Incapaz de suportar a solidão depois do suicídio de sua segunda esposa, costumava convidar três ou quatro colaboradores para um jantar interminável e copiosamente regado.


O cardiologista Vinogradov, que tratava dele havia 15 anos, recomendou-lhe cuidar da saúde e parar de fumar. Stalin não gostava de receber ordens; tinha medo da morte e, para evitar que o envenenassem, recusava-se a tomar remédio. Eternamente paranoico, encarregou Ryumin, um dos agentes do serviço secreto, de averiguar se os médicos que tratavam dos principais dignitários do partido não haviam fomentado um complô.

No dia 13 de janeiro de 1953, o jornal Pravda denunciou os "assassinos de jaleco branco", professores de medicina, na maioria judeus, suspeitos de atuar sob as ordens do serviço secreto inglês ou americano e de uma organização sionista, a Junta, que, segundo os boatos, se infiltrara nos mais altos escalões do partido.

Não passava um dia sem que os jornais denunciassem novos escândalos, novas prisões. Cochichava-se que jovens oficiais não saíam vivos de certos hospitais. Aparentemente, as enfermeiras sabiam que ocorriam coisas estranhas, mas não se atreviam a dizer nada por medo dos médicos judeus. O processo dos "assassinos de jaleco branco" estava previsto para 5 a 7 de março. Quanto à sentença, não havia a menor dúvida, já se haviam tomado providências para que as execuções ocorressem em 11 e 12 de março. Todos os homens de confiança sentiam-se ameaçados.


Stalin não poupava os colaboradores mais próximos. Demitiu seu fiel secretário Proskrebychev depois de mandar fuzilar sua esposa judia. Mandou prender o chefe de sua guarda pessoal, o general Nikolai Vlassik, suspeito de ter "favorecido os médicos envenenadores". Prometeu poupar a vida de seu médico Vinogradov, "desde que ele reconhecesse francamente seus crimes e delatasse todos os cúmplices", mas só conseguiu arrancar-lhe uma confissão depois de vários dias seguidos de espancamento.

Às 11 horas da noite de 28 de fevereiro de 1953, quatro habitués chegaram à datcha: Gueorgui Malenkov, Nikolai Bulganin, Kruschev e Beria. Eles conversaram e brindaram com o chefe, mas não se sentiram à vontade. Principalmente Beria, que tinha ligação com muitos envolvidos em uma pretensa conspiração mingreliana (grupo étnico da Geórgia).

Às 4 horas da madrugada, Stalin foi se deitar. Os quatro convidados se despediram. Dias antes, Beria tinha conseguido afastar o guarda-costas mais chegado a Stalin, Alexei Rybin, nomeando-o chefe da guarda do Teatro Bolshoi, e substituí-lo por um homem de sua confiança, Krustalev.

Em 1º de março, Stalin, que costumava acordar às 11 horas, não deu sinal de vida. Mas ninguém estava autorizado a entrar em seus aposentos sem ordem expressa dele. O tempo passou. Meio-dia. Duas horas. Seis horas da tarde. Dez horas da noite. Os empregados e os guarda-costas já estavam preocupados. No entanto, havia telefones instalados em todos os quartos, em todos os salões, em todos os banheiros, para que Stalin pudesse pedir o chá, a correspondência, os jornais. Mas não havia utilizado nenhum. Essa rede telefônica era complementada por um sistema de alarme. Os cômodos eram equipados de sensores escondidos nas cortinas e nas portas para que os guardas monitorassem todas as idas e vindas. Ora, nenhum deles havia detectado o menor movimento.

Às 11 horas da noite, depois de muita hesitação, Starostin, o chefe da guarda pessoal da datcha, tomou coragem. Usando como pretexto a chegada da correspondência do Comitê Central, ousou bater na porta do chefe. Nenhuma resposta. Ele entrou e deu com Stalin caído no chão, de pijama, os olhos arregalados, incapaz de articular uma palavra. O chefe maior do partido estava morto!

Sexo - Mulheres excitadas sentem menos nojo?





E não perdem o nojo só em situações ligadas ao sexo, caro leitor. Excitadas, as mulheres sentem mais coragem até de usar papel higiênico do lixo (ui). Sério. Dá uma olhada.

A pesquisa veio lá da Universidade de Groningen, na Holanda. As 90 voluntárias, meio malucas, foram divididas em três grupos: algumas seriam excitadas sexualmente (com filmes pornôs, vibradores e outras cositas), outras receberiam estímulos positivos, mas sem qualquer relação com sexo, e a outra turma seria neutra, sem sentir nenhum tipo de excitação.

Para excitar o pessoal, os gênios holandeses mostraram filmes pornôs ao primeiro grupo, aventura ao segundo, e umas cenas de trens e paisagens à turma que não podia se divertir neutra.
Depois de assistir aos vídeos, as mulheres tiveram de cumprir algumas tarefas nada prazerosas, como secar as mãos com papel higiênico usado, tocar em camisinhas usadas, lubrificar um vibrador e tomar um gole de suco com um inseto dentro. Elas não sabiam, mas era tudo uma farsa, todos os objetos eram novos e o bichinho no suco era de mentirinha. De qualquer forma, entre todas as participantes, as mulheres excitadas se mostraram bem mais dispostas a encarar os desafios nojentos. Entre os outros dois grupos não houve diferença.

E o estudo não parou por aí. Elas ainda tiveram de completar outras tarefas, do tipo fazer espetar um boneco de voodoo pensando em alguém ou abraçar a camiseta de um pedófilo (isso também era mentira). E, veja só, as mulheres excitadas, mais uma vez, ficaram menos constrangidas ao fazer coisas não tão corretas assim…  No fim da história, foi este o grupo que mais concluiu as tarefas.
Disso tudo os pesquisadores concluíram que a excitação sexual realmente diminui a sensação de nojo, em todos os aspectos. E mais: mulheres que acham o sexo nojento ou não sentem prazer em praticá-lo talvez estejam, na verdade, pouco excitadas. Eles só não sabem se o efeito é o mesmo nos homens.
Alguém aí se voluntaria a fazer o teste e contar o resultado para gente? kkkk!


Fonte: Carol Castro/Superinteressante


domingo, 16 de setembro de 2012

Sem Tempo Para Chorar - Cap. 10



Típica família americana nos anos 50


O mundo estava passando por grandes transformações. A guerra havia despontado os Estados Unidos como uma grande potência mundial. Seu poderio econômico e militar crescia cada vez mais. Falava-se no modo americano de viver, no sonho americano. Os Estados Unidos era um país de grandes oportunidades, que cada vez mais era o sonho de muitas pessoas que viviam em nações do então chamado Terceiro Mundo.

Em contra partida, a União Soviética abocanhava mais países do leste europeu com suas ideologias comunistas. Para muitas nações tais ideologias foram postas à força, ou porque foram dominadas antes da guerra, ou porque foram ocupadas pelo exército vermelho e tiveram que engolir o regime contra a vontade do povo. E para outras, o comunismo foi realmente visto como solução contra a exploração daqueles que eram ricos e oprimiam aqueles de poucos meios. Enquanto os Estados Unidos pregavam a liberdade democrática, o direito de ir e vir, ao mesmo tempo só aqueles que tinham o poder econômico é que conseguiam se dar bem no mundo capitalista.

Edward via isso como uma grande oportunidade. Decidiu ir morar em Nova York onde na sua profissão havia grandes oportunidades de crescimento. Vendera sua parte na Empresa de Engenharia e Arquitetura, na qual havia se tornado sócio depois de ter se destacado como um excelente engenheiro civil e realizados grandes projetos para a reconstrução de Londres e começara um pequeno escritório de engenharia também na Big Apple, a meca do sonho americano. Seu tio decidira ficar em Londres cuidando da casa já que estava bem idoso e achava que este tipo de sonho era para homens jovens como Edward, que segundo ele estava no auge da sua carreira. Mas apesar de todas essas mudanças, uma coisa não havia mudado ainda na vida de Edward.


Os pais do comunismo.

 A sua busca por aquela menina que fora a sua paixão de infância. Para ele, enquanto não tivesse a confirmação de que ela realmente morrera na guerra, ele não desistiria de procurá-la.
- Ed, não adianta. Já se passaram mais de dez anos. Acha que se ela estivesse viva você já não teria recebido alguma informação sobre ela? Desista meu jovem. Você está perdendo tempo da sua juventude. Já poderia ter arrumado uma boa moça e já teria se casado – dizia-lhe o tio.
- Não meu querido tio. Quem disse que eu quero me casar? Sou um homem muito ocupado com os meus negócios e não tenho tempo para me preocupar com essas coisas agora. O dia que eu achar uma moça adequada para mim eu vou pensar no assunto.

Mas isso ele dizia só para agradar seu velho tio. Na realidade ele ainda sabia que a encontraria, nem que encontrasse apenas seus restos mortais para satisfazer sua busca incansável. Quando isso ocorresse, aí sim ele pensaria em arrumar um outro alguém para preencher o vazio que ele sentia em sua vida, apesar de todas as realizações profissionais que havia conseguido.
Em uma tarde de sexta-feira, no happy hour, Edward estava com alguns colegas em um pequeno bar no centro de Nova York, e entre conversas e algumas risadas, alguém fez uma piada sobre judeus. Todos deram altas gargalhadas, mas Edward não gostou nem um pouco do que ouvira e ficou com seu semblante bastante sério. Mais tarde na hora de ir embora um de seus colegas perguntou se podia pegar uma carona com ele até o posto onde havia deixado seu carro e Edward concordou.

- Posso lhe fazer uma pergunta Ed?
- Sim, porque não Aldrin?
- Você é descendente de judeus?
- Não – respondeu Ed enfaticamente.
- Desculpa a pergunta, mas é que observei que você não gostou da piada que Geofrey contou. Você mudou o semblante enquanto todos nós ríamos.
- É que na realidade não acho certo falar contra outras raças. Nem de judeus, nem de negros ou latinos. Na minha concepção, acho isso de péssimo gosto. E quando eu cresci em Londres eu vivia em um bairro que era praticamente só de judeus e vivia no meio deles de maneira pacífica. Inclusive havia uma menina que eu gostava muito. Seu pai tinha um comércio e ao contrário do que falam contra os judeus de que eles são sovinas, ele era extremamente generoso, não só comigo ao me dar balas ou doces, mas toda vizinhança comprava no seu pequeno mercado e pagavam sempre depois. E essa garotinha era igual ao pai. Até na escola, no horário do recreio ela dividia seu lanche comigo.

- Ah! Entendi. Uma paixão de infância por uma menina judia.
- Exatamente! Não vou negar isso...
Edward marejou os olhos enquanto falava sobre sua infância e sobre Maggie.
- Mas porque não vingou essa paixão? Perguntou Aldrin.
- Por que na realidade eu não sei se ela ainda está viva. Veio a guerra e os alemães eliminaram todos os judeus. Sei que seu pai e sua irmã morreram, porque eu vi os corpos. Mas ela, pelo que sei, foi levada para um campo de concentração em Berlim e depois fiquei sabendo que com a queda de Berlim nas mãos dos russos, ela foi levada para  Moscou por um oficial do exército vermelho. Mas tudo isso são apenas especulações. Nunca ninguém me deu uma informação concreta sobre isso.
- Sinto muito meu amigo – disse Aldrin; no que puder lhe ajudar, se eu souber alguma coisa prometo que vou lhe contar.

Chegaram ao seu destino e Aldrin agradeceu e desceu do carro. Edward sentiu-se melhor ao falar com alguém sobre Maggie. Era isso que ele andava precisando. Precisava desabafar suas angústias com alguém. Precisava tirar aquela dor da incerteza e da dúvida que por mais de uma década o consumiam por dentro.

Chegando em casa, Edward colocou o carro na garagem e subiu e escada que havia no
 interior que dava para a sua cozinha e pegou as chaves que estavam em seu bolso. Ao encontrar a chave e colocá-la na fechadura, observou que a porta não estava fechada. Não se preocupou, pois imaginou que a empregada havia esquecido aberta. Trancou normalmente a porta e seguiu pela cozinha. Ao chegar a sala de estar para subir para o seu quarto, notou que havia uma grande bagunça. Seu sofá fora rasgado, como que cortado por uma faca ou canivete, como se estivessem procurando algo no estofamento.
Seus livros e os papéis da estante estavam todos espalhados pelo chão. Seu aquário estava no chão e os peixinhos jaziam mortos! Um pavor tomou conta de Edward. Fora assaltado!

( Continua... )

Café - Faz você viver mais!








É o que mostra uma pesquisa realizada nos Estados Unidos com pouco mais de 400 mil pessoas. Em 14 anos de estudo, cientistas compararam a taxa de mortalidade de quem bebe café com aqueles que não bebem. Resultado: houve menos mortes entre os participantes que tomavam, pelo menos, 3 xícaras ao dia, do que aqueles que não tomavam café.

Quem bebe menos de 3 xícaras ganha uma vantagem ínfima sobre quem dispensa o café, quase irrelevante. Mas quem toma de 4 a 5 xícaras diariamente tem vantagem sobre todos. É a medida ideal. Homens que bebiam essa quantidade tinham até 12% menos chances de morrer; já as mulheres tinham mais 16% de chances de viver – sempre na comparação com quem não toma nada de café.

Para os mais viciados, que tomam 6 xícaras ou mais ao dia, as chances de morrer diminuem 10% neles e 15% nelas. Quem bebe de 2 a 3 xícaras, pode viver até 10%, se for homem, e 5%, se for mulher.
Apesar da associação positiva entre sobrevivência e consumo de café, os pesquisadores não garantem que o mérito de viver mais seja exclusivamente da bebida. “Não é possível concluir que essa relação entre consumo de café e mortalidade reflete causa e efeito”, diz Neal Freedman, chefe da pesquisa. “Mas podemos especular sobre os benefícios do café na saúde. Este estudo mostrou uma relação inversa entre o consumo da bebida e as mortes”. A pesquisa considerou todos os motivos de óbitos: desde derrames até infecções e diabetes.
Então, vai um cafezinho aí?



Fonte: Superinteressante/Carol Castro

sábado, 15 de setembro de 2012

Sem Tempo Para Chorar - Cap.10


Kgb - Símbolo da Polícia Secreta soviética



Maggie acordou cedo. Ainda sentia dores no ferimento e uma leve dificuldade ao respirar, visto o projétil ter atingido seu pulmão. Foi até o banheiro, lavou-se e desceu as escadas. Todos da família Chernenko já estavam à mesa esperando-a para o café da manhã. Quando a avistaram todos disseram quase em uníssono:
 - Zdravstvujtje ( algo como: Seja saudável, bom dia ) - Maggie apenas assentiu com a cabeça.
- Espero que tenha tido uma boa noite de sono senhorita Maggie - falou Feodor num inglês muito pobre, mas compreensível. Maggie disse que realmente tivera uma bela noite de sono, visto ter ficado bastante cansada durante os dias que esteve hospitalizada e sentia-se profundamente agradecida por tudo o que aquela família estava fazendo por ela. A matriarca da familia, a serviu sempre com um belo sorriso no rosto, falando coisas que Maggie não entendia, mas pela fisionomia da senhora eram coisas agradáveis.
Após o desejum, Vladimir a levou até a sala de estar para conversarem sobre qual seria seu futuro na Rússia dali pra frente.

- Senhorita Maggie, vou ser bem direto. Eu a trouxe para este país porque quando a encontrei em Berlim, você estava bastante ferida e vou confessar que ao ver seu rosto me apaixonei a primeira vista!
Esta declaração fez com que o rosto de Maggie avermelhasse de tal maneira que ela não teve como esconder e sentiu-se lisonjeada, mas ao mesmo tempo constrangida.

- Desculpa seu Vladimir, mas sinceramente não sei nem o que vou lhe dizer. Sinto-me profundamente grata por tudo, mas quanto a isso...Sinceramente não sei... Tudo aconteceu tão rápido na minha vida.
Sua voz começou a embargar e seus olhos começaram a umedecer tornando turva sua visão.
- Não precisa responder nada, senhorita Maggie. Eu sei que este é um assunto delicado, que não se resolve da noite para o dia e que estas questões de sentimento amoroso são muito complexas. Tenho consciência de que a senhorita não me conhece direito e que somos totalmente estranhos. Apenas quero ser sincero. Se você quiser voltar para Inglaterra providenciarei tudo, porque afinal de contas a guerra acabou e você não é nenhuma prisioneira aqui no meu país. Talvez você tenha parentes lá e queira vê-los.

 Você é para nós aqui como uma hóspede. Tenha certeza de que nunca vou importuná-la e forçá-la a ter algum relacionamento comigo. Somos russos, mas somos pessoas de bem. O que alguns soldados fizeram em Berlim quando derrubamos a cidade, foi para eles como que uma vingança. Muitos daqueles homens tiveram suas esposas, filhas e mães também violentadas quando os alemães invadiram meu país e estavam sedentos de justiça!
- E o senhor acha que violentando mulheres alemãs resolveria alguma coisa?
- Não, certamente que não. Não estou aqui justificando as ações dos meus soldados ou dos alemães, mas tenha certeza que não tomei parte nessa barbárie e puni muitos dos meus homens, mas como você deve saber, eu não tinha condições de conter todos eles. Era uma coisa impossível. Mas como falei antes a hora que você quiser voltar, esteja à vontade. Não vou impedi-la! Se quiser ficar aqui, providenciarei também para você toda a documentação necessária para que se torne uma cidadã russa. Mas você terá todo o tempo do mundo para pensar sobre isso. Agora se me der licença vou ter que sair para o quartel.

Maggie concordou com um aceno de cabeça enquanto Vladimir caminhava até a porta principal para sair da residência. Ela sentou-se no grande sofá da sala e ficou a pensar sobre a sua situação.E agora? O que ela faria? Sabia que não tinha mais parentes vivos na Inglaterra. O comércio que seu pai tinha já não existia mais, nem mesmo o prédio estava mais de pé. Sentia-se completamente desolada! Agora estava em um país estrangeiro com um homem que dizia que lhe amava, com uma família estranha que nem mesmo compreendia direito, devido à dificuldade do idioma. Sim, ela estava em um beco sem saída. Teria que pensar muito sobre isso. Como amaria um homem bem mais velho que ela, um estranho que nunca vira?


Era certo que ele e sua família eram pessoas decentes, tal a atitude com que a trataram desde que ela havia chegado. E se voltasse para Inglaterra não tinha a quem recorrer. Os amigos que tivera lá antes da guerra a grande maioria deles estavam mortos ou desaparecidos. Sim, era isso. Por hora ela teria que ficar ali e depois mais tarde tentaria contato com com alguém do lado inglês. Como ela faria isso ela ainda não sabia...

Vladimir achou que tinha sido um tanto seco ao falar com Maggie. Agora talvez ela duvidasse do seu real sentimento por ela. Pensou que não deveria ter falado que estava apaixonado por ela. Teria sido melhor se tivesse dito que a salvara porque era um homem clemente, e que não fez mais do que sua obrigação. Deveria deixar que ela descobrisse seus reais sentimentos por ela mesma. Chegando ao destacamento notou que havia um grande alvoroço na entrada. Caminhões com carrocerias cobertas com panos chegavam a todo o momento. Soldados andavam de um lado para outro acatando ordens do seus superiores. O bairro todo estava em alvoroço. Subiu imediatamente para falar com seus superiores. Ao entrar e fazer continência ao seu superior ficou sabendo que tropas russas estava se movimentando para dar continuidade ao processo de expansão do Comunismo nos países fronteiriços com a União Soviética.



Inglaterra, Estados Unidos e União Soviética - vencedores na 2 Guerra

 Era algo que Vladimir não concordava. Sempre fora a favor do partido, cooperando ativamente em eliminar todos aqueles que eram contrários ao ideais de Stálin, mesmo às vezes não concordando com a política de deportação de pessoas para a Sibéria. Pare ele, as pessoas deveriam ter liberdade de escolher qual tipo de Governo atenderia melhor as sua expectativas, sem precisar que União Soviética impusesse seu modelo de governo à força como estava acontecendo mesmo antes da guerra. Mas ele executava as ordens sem mencionar seus reais sentimentos relacionados à politica de deportação, porque ele sabia que Stálin eliminara até mesmo aqueles generais que haviam sido leais a ele durante os primeiros anos do Comunismo. E ele sabia que falar alguma coisa ou apenas exprimir alguma opinião poderia ser o fim de toda uma carreira no exército vermelho e ser preso como sendo um traidor do partido.

Com o fim da  Guerra e o breve período de aliança com os países ocidentais, os soviéticos se deram conta de duas coisas: A primeira: os antigos inimigos dos russos tinham perdido muito poder. A França e a Inglaterra não eram os mesmos impérios e a Alemanha saíra derrotada. A segunda: o inimigo que sobrou, os Estados Unidos, estava muito mais forte e determinado a combater o comunismo.E era nesta questão que o partido queria a sua participação. Agir como espião para não deixar que a potência anglo-americana enfraquecesse os ideais do Comunismo além das fronteiras da União Soviética, o lado ocidental. Vladimir estava deixando o exército vermelho para agir agora como um homem que agiria por debaixo dos panos, fora da Rússia. O alto comando do partido estava o designando para agir na Inglaterra!

( Continua... )

Marcos Valério Abre O Bico!



Valério

A revista Veja desta semana publicou uma reportagem bomba sobre a participação de Lula no esquema do mensalão.



Dos 37 réus do mensalão, o empresário Marcos Valério é o único que não tem um mínimo de dúvida sobre o seu futuro. Na semana passada, o publicitário foi condenado por lavagem de dinheiro, crime que acarreta pena mínima de três anos de prisão. Computadas punições pelos crimes de corrupção ativa e peculato, já decididas, mais evasão de divisas e formação de quadrilha, ainda por julgar a sentença de Marcos Valério pode passar de 100 anos de reclusão. Com todas as atenuantes da lei penal brasileira, não é totalmente improvável que ele termine seus dias na cadeia.


Apontado como responsável pela engenharia financeira que possibilitou ao PT montar o maior esquema de corrupção da história, Valério enfrenta um dilema. Nos últimos dias, ele confidenciou a pessoas próximas detalhes do pacto que havia firmado com o partido. Para proteger os figurões, conta que assumiu a responsabilidade por crimes que não praticou sozinho e manteve em segredo histórias comprometedoras que testemunhou quando era o "predileto" do poder. Em troca do silêncio, recebeu garantias. Primeiro, de impunidade. Depois, quando o esquema teve suas entranhas expostas pela Procuradoria-Geral da República, de penas mais brandas. Valério guarda segredos tão estarrecedores sobre o mensalão que ele não consegue mais guardar só para si - mesmo que agora, desiludido com a falsa promessa de ajuda dos poderosos a quem ajudou, tenha um crescente temor de que eles possam se vingar dele de forma ainda mais cruel.

Feita com base em revelações de parentes, amigos e associados, a reportagem de capa de VEJA  reabre de forma incontornável a questão da participação do ex-presidente Lula no mensalão. "Lula era o chefe", vem repetindo Valério com mais frequência e amargura agora que já foi condenado pelo STF. A reportagem tem cinco capítulos - e o primeiro deles pode ser lido abaixo:


"O caixa do PT foi de 350 milhões de reais"



O CHEFE: Segredo guardados por Valério põem o ex-presidente Lula no centro do esquema do mensalão
A acusação do Ministério Público Federal sustenta que o mensalão foi abastecido com 55 milhões de reais tomados por empréstimo por Marcos Valério junto aos bancos Rural e BMG, que se somaram a 74 milhões desviados da Visanet, fundo abastecido com dinheiro público e controlado pelo Banco do Brasil. Segundo Marcos Valério, esse valor é subestimado. Ele conta que o caixa real do mensalão era o triplo do descoberto pela polícia e denunciado pelo MP. Valério diz que pelas arcas do esquema passaram pelo menos 350 milhões de reais.




O chefe do esquema?


 "Da SMP&B vão achar só os 55 milhões, mas o caixa era muito maior. O caixa do PT foi de 350 milhões de reais, com dinheiro de outras empresas que nada tinham a ver com a SMP&B nem com a DNA", afirma o empresário. Esse caixa paralelo, conta ele, era abastecido com dinheiro oriundo de operações tão heterodoxas quanto os empréstimos fictícios tomados por suas empresas para pagar políticos aliados do PT. Havia doações diretas diante da perspectiva de obter facilidades no governo. "Muitas empresas davam via empréstimos, outras não." O fiador dessas operações, garante Valério, era o próprio presidente da República.

Lula teria se empenhado pessoalmente na coleta de dinheiro para a engrenagem clandestina, cujos contribuintes tinham algum interesse no governo federal. Tudo corria por fora, sem registros formais, sem deixar nenhum rastro. Muitos empresários, relata Marcos Valério, se reuniam com o presidente, combinavam a contribuição e em seguida despejavam dinheiro no cofre secreto petista. O controle dessa contabilidade cabia ao então tesoureiro do partido, Delúbio Soares, que é réu no processo do mensalão e começa a ser julgado nos próximos dias pelos crimes de formação de quadrilha e corrupção ativa.

 O papel de Delúbio era, além de ajudar na administração da captação, definir o nome dos políticos que deveriam receber os pagamentos determinados pela cúpula do PT, com o aval do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, acusado no processo como o chefe da quadrilha do mensalão: "Dirceu era o braço direito do Lula, um braço que comandava". Valério diz que, graças a sua proximidade com a cúpula petista no auge do esquema, em 2003 e 2004, teve acesso à contabilidade real.

 Ele conta que a entrada e a saída de recursos foram registradas minuciosamente em um livro guardado a sete chaves por Delúbio. Pelo seu relato, o restante do dinheiro desse fundão teve destino semelhante ao dos 55 milhões de reais obtidos por meio dos empréstimos fraudulentos tomados pela DNA e pela SMP&B. Foram usados para remunerar correligionários e aliados. Os valores calculados por Valério delineiam um caixa clandestino sem paralelo na política. Ele fala em valores dez vezes maiores que a arrecadação declarada da campanha de Lula nas eleições presidenciais de 2002.


Fonte: Leandro Martins/Futura Pres/VEJA



sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Momento Poesia.



Ines - SP


Causa e Efeito

Um perfume de rosas

Um jeito no olhar

Uma boca de esquentar

O mundo a te rodar

Ensinamentos distorcidos
                                                                                                          
Cobrança pelo consumismo

No seu modo de vida

desinteresse, uma falta de conhecimento

Preguiça de pensar

Confusões, opiniões múltiplas

se adaptando a ouvidos atentos

Família desvalorizada

Amizades superficiais

Romances de conveniência

Tempo de solidão e talvez de reflexão.

Fabiano Chaves




A força de um amor


Um paraíso particular dentro de cada um

Desafio alguém a me mostrar força maior

Como é visível a todos quando estamos com tal envolvimento

Aumento de criatividade, bom humor a mil

Problemas complexos que se tornam banais, uma verdadeira injeção de animo

Os olhos tomam brilhos estrelares

Um turbilhão de emoção

Um furacão que varre sem avisar os pensamentos negativos

Palavras em sintonia que geram movimentos criativos

Corações próximos que murmuram carinho

Corra os riscos, sem medo do final

Não deixe isso lhe faltar

Deveria ser lei exercer essa troca


Fabiano Faria Chaves



Recomeço


Olhar para trás
E ver que nem
Tudo foi em vão
Que se aprendeu
Que se sofreu
Que se cresceu
Interiormente
Que se viveu 
Intensamente
Mas agora
São outros tempos
Tempo de recomeço
De usar experiências
Passadas para tornar
O presente melhor
E ser feliz e fazer
Feliz outro alguém
Reviver o amor
Agora de uma maneira
Melhor e mais intensa
Sim, essa é toda a essência
Do ser humano,
Amar sempre!

Eliézer Lopes


Mentir Faz Mal Pra Saúde!




Depois de recusar umas três ou quatro vezes, você, enfim, topou sair com o pessoal do trabalho. Em pleno sábado. Só que surgiram outras propostas bem mais legais: churrasco com o pessoal da faculdade, balada com bebida liberada por 30 reais, cerveja com uma paquera. E aí, você inventa uma desculpa ou conta logo a verdade aos amigos do escritório? Se você é desses que prefere mentir, reconsidere: essas mentirinhas fazem mal à saúde.
Foi o que descobriu um grupo de psicólogos da Universidade de Notre Dame, nos Estados Unidos. Eles reuniram 110 pessoas, de 18 a 71 anos, e as separaram em dois grupos. Um deles foi instruído a evitar mentiras por 10 semanas, enquanto os outros não receberam nenhuma recomendação especial. A cada sete dias, todos os voluntários tinham de ir até o laboratório para completar questionários sobre saúde e para passar por um detector de mentiras para descobrir quantas vezes haviam enganado alguém na semana.

Ao longo do teste, o grupo dos não-mentirosos mostrou uma melhora na saúde física e emocional. Quando deixavam de contar pelo menos três mentiras (importantes ou não) durante a semana, cortavam até quatro reclamações sobre tensão ou melancolia e outras três sobre dores de cabeça ou garganta. No outro grupo, quando os participantes cortavam três mentiras, relatavam até duas reclamações a menos sobre a saúde mental e uma a menos sobre problemas físicos.
Ok, segundo a pesquisa, uma vida com menos mentiras parece reduzir o estresse do dia-a-dia e evitar alguns incômodos físicos e emocionais.  Mas dá mesmo para fugir das desculpinhas? Será que não daria ainda mais dor de cabeça ser sincero o tempo todo?


Fonte: Carol Castro/Superinteressante