Fine passou um ano em uma comunidade rural no condado de Mendocino, na Califórnia, para escrever este livro. Lá o plantio da Cannabis para fins medicinais é autorizado pelo xerife da cidade, mediante o pagamento de taxa. Cada produtor pode cultivar no máximo 99 mudas da planta, para não passar por cima da lei federal, que determina prisão para quem tiver 100 mudas ou mais.
O que o jornalista constatou:
- 80% da economia de Mendocino é movimentada por conta da droga: por ano, são gerados de US$ 6 bi a US$ 8 bi;
- Segundo professor de economia de Harvard entrevistado no livro, em 2011 a droga poderia ter gerado impostos no valor de US$ 6,2 bilhões ao governo. Se a planta fosse legalizada, o lucro poderia ser de US$ 47 bilhões;
- A Cannabis industrial – para os setores têxtil, alimentício e energético – tem mais potencial econômico do que para o uso medicinal.
“Imagine se a economia americana se beneficiasse
desses números, em invés de eles irem para as contas de gangues criminosas”,
afirma o jornalista em seu
site.
Enquanto alguns Estados dos EUA consideram votar pela legalização da maconha
para uso recreativo nas próximas eleições de novembro, a população da pequena
cidade de Rasquera, na região espanhola da Catalunha, aprovou
por plebiscito a plantação da erva para pagar as dívidas da crise
financeira.O cultivo, para consumo social, será feito pela ABCDA – Associação de Barcelona de Autoconsumo de Cannabis, que é legal e tem cinco mil sócios, em terrenos alugados da prefeitura da cidade. A ABCDA pagará 550 mil euros por mês. Estima-se que em dois anos a dívida de Rasquera estará quitada.
Para reduzir seu impacto ao meio
ambiente, as plantações propostas por Doug Fine e pela ABCDA poderiam
se inspirar na norma da cidade de Boulder, no Colorado, que exige fontes
limpas de energia para o cultivo de maconha.
E no Brasil? Será que esta idéia daria certo? Comente esta matéria dando sua opinião!
Fonte: Superinteressante
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